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terça-feira, 7 de junho de 2022

Antiga Casa do Governador da Torre de Belém

A Casa do Governador da Torre de Belém foi recuperada há uns anos e nela instalada um hotel. Os trabalhos de recuperação levaram à descoberta de uma grande unidade de preparação de conservas de peixe romana, provavelmente dos séculos I-V d.C. 

Nestes tanques eram feitos preparados de peixe: o garum. Peixes, marisco e sal eram misturados e esmagados e aqui ficavam a fermentar. Dado o cheiro deste produto, as fábricas eram construídas nas periferias das cidades.
Estes tanques podem ser vistos antes da entrada no hotel. Ler aqui.

sábado, 26 de outubro de 2019

Pastelaria Suíça


A génese deste livro resultou do convite de uma sociedade de advogados a João Bernardo Galvão Teles para colaborar na preparação da candidatura da Pastelaria Suíça ao programa Lojas com História, promovido pela CML. « Mas quando, a todo o momento, se esperava pela aprovação da autarquia, tornou-se conhecida da opinião pública a notícia de encerramento da Pastelaria Suíça e a consequente desistência daquela candidatura, circunstâncias a que não foi alheio o facto de todo o edifício onde se encontrava instalado o estabelecimento ter mudado de proprietário e estar em vias de ser reabilitado e reconvertido. Revelando sentido de responsabilidade cultural e social, os últimos proprietários entenderam deixar registada e disponível ao público a história da Pastelaria Suíça, promovendo a conversão do relatório de candidatura ao programa Lojas com História no livro que acaba de sair do prelo. Lisboa pode assim preservar a sua memória.»
O livro conta a história da Pastelaria Suíça - estabelecimento que se orgulhava de ter introduzido em Portugal o croissant francês -, fundada em 1922, no Rossio, em Lisboa, e que encerrou definitivamente a 31 de agosto de 2018. 
O que me lembro das vezes em que fui à Suíça, que foram poucas nos últimos anos, é de uma local cheio de papéis no chão, com um atendimento péssimo e uma pastelaria deficiente. A última vez comi lá um duchesse com um chantilly alterado. Só lastimo o seu encerramento por ser mais um estabelecimento ligado à história de Lisboa da II Guerra Mundial em Lisboa. Mas se continuasse aberto, ue tivesse outra gerência.

Suíça, 1960: só homens da esplanada.



quinta-feira, 4 de maio de 2017

Museu Militar

Fachada para o Largo dos Caminhos de Ferro, século XIX
AML
A mesma fachada, ca 1908.
Foto de Alberto Carlos Lima.
AML 

Ver: http://lisboadeantigamente.blogspot.pt/2017/04/largo-dos-caminhos-de-ferro-museu.html

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Lisboa careca


No início do séc. XX, procedeu-se ao corte de centenas de árvores nos jardins da capital com os  jornais da época a afirmarem que "Lisboa estava careca". Esta foto foi tirada na Av. da Liberdade.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Vendedores de gravatas

Vendedor ambulante de gravatas
Foto de Garcia Nunes
PT/AMLSB/NUN/S01326
Vendedor ambulante de gravatas na Praça Luís de Camões
Foto de Fernando Martinez Pozal, 1948
PT/AMLSB/POZ/S00012
Vendedor ambulante de gravatas e bonés
Foto de Fernando Martinez Pozal, 1948
PT/AMLSB/POZ/S00011
Vendedor ambulante de gravatas e cintos
Foto de Arnaldo Madureira, 1960
PT/AMLSB/ARM/I00536
Vendedores ambulantes de gravatas na Av. de Roma
Foto de Arnaldo Madureira, 1960
PT/AMLSB/ARM/I00553
Vendedores ambulantes de gravatas e de fruta, na Alameda D. Afonso Henriques
Foto de Arnaldo Madureira, 1960
PT/AMLSB/ARM/I00556
Vendedora de gravatas na Feira da Ladra
Foto de Sid Kerner, 1967
PT/AMLSB/SID/000053

Em geminação com o Arpose. Não encontrei nenhum chinês...

domingo, 21 de setembro de 2014

Feira da Luz

http://luisdesenha.blogspot.pt/2009/09/feiras-anuais-como-esta-que-rodeavam.html

«Faz-se ainda anualmente, a 8 de setembro, durante uma semana, a Feira da Luz, no largo que tem a mesma denominação, junto a Carnide. É aí que pela primeira vez no ano aparecem castanhas e leitões assados. Tem algumas barracas ed comidas e quinquilharias e um ou dois teatrinhos de fantoches. O seu principal movimento e a sua fama dá-lha a feira de gado.» 
Sousa Bastos
In: Lisboa velha: sessenta anos de recordações (1850 a 1910). Lisboa: [CML], 1947, p. 32

Este ano, a Feira da Luz começou a 31 de agosto e vai terminar a 29 de setembro.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Do Diário de João Chagas

O primeiro elétrico de Lisboa começou a circular em 1901, entre o Cais do Sodré e Algés.
Av. 24 de Julho

17 de setembro de 1914
«Volto a Lisboa no elétrico e pelo caminho, Junqueira e Aterro fora, venho vendo, revendo esta velha cidade - em que quase nasci. É curioso! Parece que a vejo pela primeira vez há muitos anos. Tenho presente a lembrança das últimas leituras que fiz em Paris do Jacome Ratton e do Du Châtelet e talvez por isso parece-me que a Lisboa de hoje está tal qual eles a viram no século XVIII, em toda a sua sordidez. Em Belém lembro-me da velha gravura de Bertolozzi, que está no meu escritório de Paris e parece-me que se encontra tudo no mesmo estado em que o deixou D. João VI e a corte ao embarcarem para o Brasil, no meio dos seus frades, dos ses boleeiros e do seu povo infeliz que lhe beijava as mãos. Há apnas algumas árvores a mais. A praia é a mesma com o seu chão de barro que um dia de chuva transforma em lameiro.» (vol. 1, p. 233)

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Passeando em Lisboa - 5

Esta praça chama-se atualmente Príncipe Real.
Antes de ser Praça do Rio de Janeiro, a zona foi conhecida por Patriarcal e Patriarcal Queimada.
Andei por aqui há dias.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Alguns amores comuns

O Vítor Wladimiro e eu tínhamos alguns (muitos) amores em comum, de que os colocados são apenas alguns exemplos. Como o Luís já aqui referiu, ele era um excelente comunicador e contador de histórias, tendo  desenterrado, para nosso deleite, outros excelentes contadores de histórias, em edições primorosamente anotadas.

Manuel Teixeira Gomes
Alguns volumes das obras completas de Teixeira Gomes com comentários e notas de V.W.F.

Júlio César Machado


Uma antologia editada pela CM do Bombarral.

Alfredo Mesquita e Lisboa

«Alfredo Mesquita consulta olisipógrafos, crónicas do passado, memorialistas e folhetinistas de Lisboa, mas recorre, igualmente, ao percurso das suas leituras pessoais [...]. Encontramos nos textos o seu fascínio por figuras que expressavam a vivência lisboeta na sua diversidade humana. A Lisboa popular, cujas origens sarracenas evoca, tem, na rua e nos bairros mais populares o seu espetáculo com os tipos excêntricos que o autor conheceu ao vivo mas também com aqueles que recuperou nas páginas de Luís Augusto Palmeirim; passa, também, com os flagrantes, instantâneos da mentalidade e práticas citadinas, documentadas por Júlio César Machado; as referências a literatos são colhidas em Bulhão Pato enquanto que o calcorrear do passado das pedras foi apreendido com Júlio de Castilho que os carreou, num incessante labor de pesquisa por documentação dispersa e ignorada.» «A Lisboa de Alfredo Mesquita», (p. X-XI)
Sobre estes dois livros de Bulhão Pato, cujo centenário da morte passou em 24 de agosto, igualmente apresentados e anotados pelo Vítor Wladimiro Ferreira, já falei aqui no Prosimetron: 

Pref. de V.W.F. 
Lisboa: Perspectivas & Realidades, 1989

Outro dos amores comuns era a gastronomia nas letras. Aqui ficam dois exemplos, muito bem sucedidos, de antologias organizadas por V.W.F.: uma de crónicas de Júlio César Machado, outra com trechos da literatura portuguesa. 

Os jornais de Teatro ficarão para outra altura.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Leituras no Metro - 111


Chafariz do Loreto. Litografia de Charles Legrand, ca 1842
Actual Largo do Chiado.
O Neptuno é da autoria de Machado Castro (1771), executado em mármore de Carrara, que se encontra desde 1951 no Largo D. Estefânia.

Rua das Portas de Santa Catarina, actual Rua Garrett
Litografia de Charles Legrand, ca 1850

Finalmente, continuo a leitura do Macedo (Lisboa: Sudoeste, 2011) de Mega Ferreira.

«Lugares de pasto, de jogatina ou de estadia mais demorada defronte de um copo de vinho do pichel havia-os, pelo menos desde em 1560 o prestimoso taberneiro Gaspar Dias abrira a sua loja ao alto da Rua das Portas de Santa Catarina , mais ou menos a actual Rua Garrett. Que o bairro (ou lugar)  do Chiado lhe deve o nome parece hoje solidamente estabelecido, tanto mais que os documentos lhe referem a viúva, Catarina Dias, como "a chiada de alcunha". Tinha a alcunha  que ver com a estridência da voz? Diz-se que sim. E o nome do poeta, um Frei António do Espírito Santo, a quem a partir de certa altura deu para as versalhadas, tem parentesco com Gaspar Dias, por alcunha o Chiado? Não se sabe. Mas que a casa foi célebre, não restam dúvidas.» (p. 82)

terça-feira, 8 de maio de 2012

Marquês de Pombal

Faz hoje 230 anos que o Marquês de Pombal morreu, em Pombal. 
A fotografia mostra a praça Marquês de Pombal em Lisboa, com o monumento inaugurado em 13 de maio de 1934.  

Um agradecimento ao Jad que se lembrou desta efeméride.

sábado, 30 de julho de 2011

Lactário Aboim Ascenção

Edifício do primeiro lactário da Associação Protectora da Primeira Infância, fundado no Largo do Museu de Artilharia, em Lisboa, em 1901.
Busto do coronel Rodrigo António de Aboim Ascenção (1859-1930), fundador da Associação Protectora da Primeira Infância, instituidora de vários lactários em Lisboa. Devido ao legado que deixou foi fundado o Refúgio Aboim Ascenção, em Faro.
Busto de José Luís Morais.

Capa e pormenor da primeira página da 3.ª edição (1947) de um folheto, Primeiros conselhos às mães, editado pela Associação Protectora da Primeira Infância.

E quais são os «Primeiros conselhos às mães»?
1.º «A mãe deve criar o seu filho. O leite de mãe é o melhor alimento - alimento sem igual - para criar o seu filho.
«Criar ao peito uma criança é evitar muitas doenças que podem levar à morte.»
4.º «Até aos 6 meses o único alimento que se deve dar á criança é leite e só leite
5.º «A mãe deve fazer o possível para ter sempre o filho perto de si. Não o confiará a outra pessoa, excepto se a mãe for tuberculosa, muito menos a menores.»
6.º «Deve banhar a criança todas as manhãs em água quente [...] em alguidar ou tinha bem lavada, em casa ou no balneário do lactário. Nunca meter a criança na água sem verificar com o cotovelo que não esteja quente de mais.»
7.º «A criança será pesada todas as semanas, para se apreciar o seu desenvolvimento e a sua saúde. Qualquer balança serve, mesmo a de uma mercearia.»
8.º «Logo que a criança adoeça a mãe deve consultar o médico. Logo que apareça diarreia, mal terrível as mais das vezes causado por falta de asseio e de cuidados com a alimentação [...].»
9.º «A criança e a habitação têm que estar sempre muito asseadas bem como todos e tudo que tocar e sirva à criança.»
10.º «Dormir entre as mamadas e toda a noite sossegadamente, faz muito bem à criancinha e é sintoma de saúde.»
11.º «A criança deve sair todos os dias de preferência na parte da manhã, depois dos 30 dias, excepto quando estiver doente, quando faça mau tempo ou muito calor.»
Os conselhos 2.º e 3.º têm a ver com a amamentação e o 12.º são as conclusões.

Para a Margarida Elias, na sequência de um seu post nas Memórias e Imagens.