Prosimetron
Mostrar mensagens com a etiqueta José Carlos de Vasconcelos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta José Carlos de Vasconcelos. Mostrar todas as mensagens
terça-feira, 28 de abril de 2015
Citações
(...) após o 11 de Março as anunciadas eleições para a Constituinte estiveram em perigo efetivo, pois sobretudo um setor de militares de extrema-esquerda, ou assim ditos, então com muita força, a elas se opunha. E para a sua realização, sem prejuízo de outros importantes contributos, mormente do que viria a constituir o " Grupo dos Nove ", em particular Vasco Lourenço, foi decisiva a intervenção do Presidente da República, Costa Gomes . Isto mesmo e - entre reais ou aparentes flutuações para manter os equilíbrios possíveis - o papel essencial que teve ainda para ser evitada uma guerra civil, no Verão Quente de 1975, foi reconhecido nas suas Memórias por Freitas do Amaral, líder do partido então mais à direita, e também membro do Conselho de Estado. (...)
- José Carlos de Vasconcelos, na Visão .
Não tenho especial apreço por Costa Gomes, mas ainda assim reconheço que a sua inteligência política era muito superior à de Spínola, para o bem e para o mal ...
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Citações : Ainda Ubaldo Ribeiro
(...) Quando podia, o autor de A Casa dos Budas Ditosos cá vinha à pátria. Sempre com muitas histórias, em geral divertidíssimas, ninguém que as ouviu as poderá esquecer, e às suas gargalhadas. Mas também lhe podia dar, já se viu, para a melancolia. Uma vez ficou, sozinho, num hotel da Rua Castilho, e passei lá a buscá-lo, no fim do jantar. Estava ainda à mesa, com um vinhinho à frente. O Carlos Villaret tocava no piano melodias antigas e o João, reparei, em silêncio chorava, chorava, chorava. " Lembrou-me o meu velho avô português ... "
- José Carlos de Vasconcelos, na Visão .
terça-feira, 10 de junho de 2014
Citações
(...) Não percebo agora é a " pressa " de Costa ou de seus apoiantes, nem a insistência num Congresso em princípio muito mais fraturante do que as primárias propostas por Seguro. Primárias, já existentes em vários países, são um importante passo na boa direcção, a da maior participação dos cidadãos na escolha dos governantes. E como é que se pode classificá-las de simples " manobra dilatória " ?! Quando, além disso, o tempo corre contra Seguro e as primárias lhe são muito desfavoráveis? No poder e, diz-se, dominando o aparelho, ele poderia ganhar, a curto prazo, um congresso; pelas razões aduzidas nunca ganhará, julgo eu, as primárias. E já esclareceu que perdendo-as se demite de líder. (...)
- José Carlos de Vasconcelos, na VISÃO.
Tenho que dizer que subscrevo integralmente o texto citado. Se Seguro controla o aparelho, como toda a gente diz, então porque teme Costa as primárias onde os militantes poderão votar livremente ?
sábado, 24 de maio de 2014
sábado, 24 de março de 2012
Citações - 219
Em Portugal, ninguém responsável, que não seja pateta ou viva no reino de uma qualquer fantasia, defende hoje que se decida não cumprir o acordado com a troika, ou que não se faça o possível para o cumprir.
Mas creio também que ninguém responsável, com visão de futuro, sem uma fidelidade canina às fracassadas receitas neoliberais, pode defender o obediente e passivo cumprimento integral desse acordo, caso se torne evidente ( mas não se tornou já?... ) que ele tem terríveis consequências sociais e impede ou dificulta o crescimento sem o qual caminhamos para o abismo.
(...)
E continua, na Visão desta semana, mais uma lúcida análise de José Carlos de Vasconcelos.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Citações - 218
Já não se aguenta tanto economista a dar sentença ou palpites, a dizer a mesma coisa e o seu contrário.
- José Carlos de Vasconcelos, na VISÃO.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
«Que livros na Escola?»
Caçadas de Pedrinho é uma obra de Monteiro Lobato (1882-1948), escrita em 1933.
Nunca li este livro, logo socorro-me da Wikipédia para saber algo da sua história: «O livro relata uma descoberta do Marquês de Rabicó: uma onça anda rondando as proximidades do Sítio do Picapau Amarelo. Pedrinho e Narizinho decidem, então, organizar uma expedição para caçar a fera, mas sem avisar Dona Benta ou Tia Nastácia, que com certeza se oporiam à aventura. Durante a caçada, eles encontram Quindim, um rinoceronte falante, e decidem trazê-lo para morar no sítio.»
E porque fiquei com vontade de ler o livro? José Carlos de Vasconcelos, no editorial do JL (1 Dez. 2010, p. 3), escreve sobre uma polémica acesa no Brasil depois da Câmara da Educação Básica do Conselho Nacional de Educação daquele país ter emitido um parecer, pelo qual deveria deixar de ser usado nas escolas como livro de texto este Caçadas de Pedrinho. E porquê? Por ter um cunho «racista», «por isso não devendo ser uma daquelas obras que o Estado compra às centenas de milhar, senão milhões, para as escolas. Cunho racista por 'pecados' tão graves como uma personagem dizer que só toma leite para não ficar preta ou outra (Emília) dizer, a certa altura, "... parecem-me muito grosseiras e até bárbaras - coisa mesmo de negra beiçuda, como Tia Nastácia".»
«Claro que o 'caso' teve enorme repercussão, porque Monteiro Lobato é dos mais lidos e populares escritores brasileiros, mesmo o mais, para os leitores "mirins", sendo a sua série O Sítio do Pica-pau Amarelo, em que aquele título se integra, famosíssima, até porque teve diversas adaptações televisivas, a última da Globo, entre 1977 e 1986, que também passou em Portugal.»
O editorial refere também que o Ministro da Educação do Brasil não homologou o parecer, tendo-o devolvido para nova apreciação, o que vai ter lugar este mês.
Entretanto, andei pela net e transcrevo de um blogue: «Um dos trechos da obra que sustenta a argumentação do CNE diz: "Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão". Outro diz: "Não é a toa que macacos se parecem tanto com os homens. Só dizem bobagens." De acordo com Nilma Lino Gomes, professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e autora do parecer, o livro deve ser banido das escolas ou só poderá ser adoptado caso a obra seja acompanhada de nota sobre os "estudos actuais e críticos que discutam a presença de estereótipos raciais na literatura".» (http://periscopio.bligoo.com.br/content/view/1085037/Censura-do-MEC-As-Ca-adas-de-Pedrinho.html)
E porque fiquei com vontade de ler o livro? José Carlos de Vasconcelos, no editorial do JL (1 Dez. 2010, p. 3), escreve sobre uma polémica acesa no Brasil depois da Câmara da Educação Básica do Conselho Nacional de Educação daquele país ter emitido um parecer, pelo qual deveria deixar de ser usado nas escolas como livro de texto este Caçadas de Pedrinho. E porquê? Por ter um cunho «racista», «por isso não devendo ser uma daquelas obras que o Estado compra às centenas de milhar, senão milhões, para as escolas. Cunho racista por 'pecados' tão graves como uma personagem dizer que só toma leite para não ficar preta ou outra (Emília) dizer, a certa altura, "... parecem-me muito grosseiras e até bárbaras - coisa mesmo de negra beiçuda, como Tia Nastácia".»
«Claro que o 'caso' teve enorme repercussão, porque Monteiro Lobato é dos mais lidos e populares escritores brasileiros, mesmo o mais, para os leitores "mirins", sendo a sua série O Sítio do Pica-pau Amarelo, em que aquele título se integra, famosíssima, até porque teve diversas adaptações televisivas, a última da Globo, entre 1977 e 1986, que também passou em Portugal.»
O editorial refere também que o Ministro da Educação do Brasil não homologou o parecer, tendo-o devolvido para nova apreciação, o que vai ter lugar este mês.
Entretanto, andei pela net e transcrevo de um blogue: «Um dos trechos da obra que sustenta a argumentação do CNE diz: "Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão". Outro diz: "Não é a toa que macacos se parecem tanto com os homens. Só dizem bobagens." De acordo com Nilma Lino Gomes, professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e autora do parecer, o livro deve ser banido das escolas ou só poderá ser adoptado caso a obra seja acompanhada de nota sobre os "estudos actuais e críticos que discutam a presença de estereótipos raciais na literatura".» (http://periscopio.bligoo.com.br/content/view/1085037/Censura-do-MEC-As-Ca-adas-de-Pedrinho.html)
E para que servem os professores nas aulas? Não é para introduzirem e contextualizarem os textos ou livros que os seus alunos lêem? É mais fácil censurar do que explicar.
Nós, por cá, também conhecemos este estilo, sob várias nuances. Um exemplo: durante um ou dois anos, Os Lusíadas também foi banido do ensino. Já não me lembro por que razão.
Nós, por cá, também conhecemos este estilo, sob várias nuances. Um exemplo: durante um ou dois anos, Os Lusíadas também foi banido do ensino. Já não me lembro por que razão.
sábado, 9 de outubro de 2010
Citações - 124
domingo, 26 de setembro de 2010
Citações - 118
(...) Julgo inadmissível obrigar os cidadãos a utilizar a internet ou a preencher formulários extremamente complexos, se não incompreensíveis, para cumprir qualquer obrigação face ao Estado ou dele obter o que quer que seja. E quando se trata de matérias que afetam os mais pobres ou desprotegidos, em geral em simultâneo também mais iletrados, pior ainda. Como acontece com a prova de rendimento para receber apoios sociais. É desumano, escandaloso, que às já enormes desigualdades e exclusões de vária ordem se juntem as que resultam de não dominar as novas tecnologias.
( na Visão )
Completamente de acordo. Esta nova legislação que veio ampliar o conceito de "agregado familiar" para efeitos de subsídio, bem como obrigar à prova de rendimentos para obter apoios do Estado, está já a causar o caos nos serviços da Segurança Social e a dar cabo da paciência dos milhares de utentes que se dirigem às respectivas repartições com dúvidas pertinentes. E depois parece que quem governa esquece o essencial: a internet não é, por enquanto, obrigatória. E também não é gratuita...
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Ainda a " Face Oculta " - 2
" (...) O caso Face Oculta representa mais um murro no estômago da democracia portuguesa. Desta vez é a corrupção nos negócios, que há muito se diz serem uma mina, da sucata. Sem antecipar juízos e muito menos condenações, aqui aparecem, como de hábito, várias espécies de « sucateiros » - de profissão e « vocação », do mundo da política e de empresas. Há, também como de hábito, muita gente preocupada com o segredo de Justiça. E com razão. Neste momento pode haver inocentes a serem condenados na praça pública. Também por isso a Justiça tem de ser célere e os processos chegar ao fim em tempo útil.
Sem esquecer que uma eventual absolvição também não tem de significar inocência: por isso defendo que nestes casos o mais importante pode não ser o desfecho dos processos, mas o conhecimento exacto dos factos e comportamentos neles apurados. Para que os cidadãos possam formar o seu juízo e saber se tais figuras têm ou não idoneidade para exercer cargos públicos e outros que exigem estar-se acima de qualquer suspeita. (...) "
- José Carlos de Vasconcelos, " Sucateiros " vários , na Visão desta semana.
Sem esquecer que uma eventual absolvição também não tem de significar inocência: por isso defendo que nestes casos o mais importante pode não ser o desfecho dos processos, mas o conhecimento exacto dos factos e comportamentos neles apurados. Para que os cidadãos possam formar o seu juízo e saber se tais figuras têm ou não idoneidade para exercer cargos públicos e outros que exigem estar-se acima de qualquer suspeita. (...) "
- José Carlos de Vasconcelos, " Sucateiros " vários , na Visão desta semana.
sábado, 24 de outubro de 2009
Citações - 44 : José Carlos de Vasconcelos
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Citações - 13 : Os partidos e a Cultura
" (...) parece impossível que um partido como o PS dedique à Cultura seis linhas, seis, incompletas- e sem uma palavra sobre a Língua Portuguesa, quando Portugal preside à CPLP e prometeu fazer dela a sua primeira prioridade! "
- José Carlos de Vasconcelos, in VISÃO de 22 de Janeiro de 2009.
O insuspeito José Carlos de Vasconcelos referia-se às meras seis linhas sobre Cultura que constam da moção de José Sócrates para o próximo congresso do PS. Também me parece que, apesar da crise e dos problemas da economia real, seis linhas é muito pouco.
Mas também acrescento que os partidos da Oposição, e desde logo o PSD, parecem pouco interessados em políticas culturais. Não me lembro de ter ouvido a Manuela Ferreira Leite uma palavra sobre o tema. E a sua formação e apetência pelos assuntos económicos não colhem- basta pensar num Luís Campos e Cunha para perceber como são conciliáveis o mundo da Economia e o mundo da Cultura.
Subscrever:
Mensagens (Atom)