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domingo, 17 de fevereiro de 2019

Em Trânsito



Um filme franco-alemão de Christian Petzold, com Franz Rogowski, Paula Beer e Godehard Giese.
Uma história, muito bem imaginada, que começa em Paris, à beira da ocupação alemã, e desenrola-se em Marselha, revisitando diversas épocas, desde a II Guerra Mundial até à atualidade. Um filme sobre vários tipos de refugiados, mas o que pretendem o mesmo: fugir e encontrar um país que os acolha.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Boa noite!

Um dos meus filmes preferidos:


«Com essa dicotomia cidade-campo lembrei-me do filme Aurora, de Murnau, que é um dos seus cineastas preferidos...
«Esse filme é muito bonito [...].
«Porquê?
«Não vale fazer perguntas difíceis!
«É a história de um homem que vai à cidade e se apaixona, e no regresso quase mata a mulher que deixou na aldeia...
«É um homem encadeado pela luz, que de repente volta a si. A cidade é um sítio fascinante.»

Entrevista de Jorge Molder. A Revista do Expresso, 16 jun. 2018, p. 54

domingo, 27 de maio de 2018

Os Invisíveis


Em junho de 1943, em Berlim, no ambiente de terror de caça aos judeus que se vivia, 7000 pessoas tornam-se «invisíveis», mantendo falsas identidades e vivendo na penumbra para que ninguém se aperceba da sua existência. Escondidas em caves, armazéns ou sótãos, sobrevivem graças à generosidade de alguns alemães. Alguns vivem e dormem de dia em casas e passam a noite na rua. Neste contexto, aparecem-nos quatro personagens judias: Hanni Lévy, uma órfã de dezassete anos que, graças a ter pintado o cabelo de loiro, passa por alemã; Cioma Schönhaus, um estudante de arte que passa a viver como falsificador de passaportes e cujos pais foram deportados e mortos; Eugen Friede, um jovem que acaba recolhido em casa de comunistas alemães e é envolvido na Resistência; e Ruth Arndt, uma rapariga cuja família se dividiu por várias casas e tornou toda «invisível». Todos eles - jovens, quase crianças - vivem ilegalmente em Berlim, num constante esforço para evitar a morte. 
No filme, a dramatização das 'aventuras' destes quatro sobreviventes é alternada com os seus testemunhos. O filme foi escrito e realizado por Claus Räfle, que tem aqui uma estreia auspiciosa.
Das 7000 pessoas que se tornaram «invisíveis» sobreviveram 1200.


quinta-feira, 9 de março de 2017

Cinenovidades





Bem gostava de ver este filme sobre a fascinante pintora alemã Paula Modersohn-Becker, que vendeu apenas 5 quadros em vida, uma vida curta de 31 anos, mas depois encheu exposições e colecções . Ficou a obra imensa, de 750 telas e uns milhares de desenhos. A realização é de Christian Schwochow, e Carla Juni é a protagonista.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Fritz Bauer

Ontem, enquanto Portugal e a Polónia jogavam, meti-me no cinema a ver este filme, que recomendo. 
Eu nem sabia da existência de Fritz Bauer, nem do seu envolvimento na 'caça' a Eichmann, o que só foi revelado dez anos após a morte do Procurador-Geral de Frankfurt. Quem não souber porquê, o ficará a saber quando vir o filme.

domingo, 17 de janeiro de 2016

A minha tarde


Já em tempos aqui falei do livro de Johanna Spyri, das edições que tenho e das inúmeras vezes que as li.
A edição atualmente disponível no mercado é esta, que já está encomendada para oferecer. Assim os infantes a leiam e não digam que é «um livro para meninas». 

Lisboa: Booksmile, 2013

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

In memoriam Ruth Leuwerik


O nome Ruth Leuwerik pouco dirá ao leitor português. Nunca se tornou conhecida junto de um vasto público fora dos países de expressão germânica, no entanto, Leuwerik foi um dos grandes nomes do cinema do pós-guerra na década de 1950, ao lado de Maria Schell ou Romy Schneider. 
Iniciou o seu percurso artístico no teatro em 1947, mas a sua carreira centrou-se na Sétima Arte: em 1953, com o apoio de Thomas Mann, desempenhou o papel principal no filme “Königliche Hoheit” (Sua Alteza Real), baseado na obra homónima do autor, e a partir desse momento, marcou presença em inúmeras películas até aos anos 60. Um dos pontos altos: a personagem de Maria von Trapp na primeira adaptação cinematográfica em 1956, muito antes da versão de "Música no Coração" com Julie Andrews em 1965.
Uma das suas últimas aparições relacionou Ruth Leuwerik de novo com Thomas Mann: A saga da família Buddenbrook foi filmada em 1979 para a televisão alemã, e aí, vimos Leuwerik no papel da cônsul Buddenbrook.
A atriz alemã faleceu ontem em Munique, aos 91 anos. Foi casada com o cantor lírico Dietrich Fischer-Dieskau entre 1965 e 1967.


sábado, 11 de abril de 2015

Primavera de 1945 - 1


Na Alemanha estreou anteontem o filme "Elser" da autoria do realizador Oliver Hirschbiegel (A queda, 2004). Anteontem, a 9 de Abril, decorridos setenta anos após a morte de Georg Elser. Quem foi este herói desconhecido?
Poucas semanas após o início da Segunda Guerra Mundial, tornou-se manifesta a superioridade da exército alemão. A população apoiava cegamente Hitler e o regime nazi. Apenas alguns cidadãos opuseram-se à tendência generalizada. Georg Elser, carpinteiro de 36 anos, não se conformava com as ambições bélicas do regime e decidiu levar a cabo um atentado contra Hitler. Um explosivo, escondido na cerverjaria Bürgerbräukeller de Munique, deveria pôr fim à vida do Führer e da "elite" na noite de 8 de Novembro de 1939.
Desnecessário referir que o atentado falhou. Hitler que assinalava o golpe de Estado de 1923 neste local, abandonara a cervejaria poucos minutos antes, com vista a regressar a Berlim de comboio. Elser foi capturado na mesma noite, próximo da fronteira com a Suíça. Deportado para o campo de concentração de Dachau, aí permaneceu até 9 de Abril de 1945. 
Nessa data, escassos dias antes do fim da guerra portanto, foi assassinado por ordem de Himmler.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Boa noite!

Estreia amanhã este filme de Christian Petzold. Speak Low, uma canção de Kurt Weill e Ogdan Nash atravessa todo o filme. Foi cantada por Ava Gardner em A Deusa do Amor. Aqui a deixo interpretada por Sarah Vaughan.

terça-feira, 3 de junho de 2014

In memoriam Karlheinz Böhm


Karlheinz Böhm faleceu no passado dia 29 de Maio. 
A geração cinéfila dos anos 5o recordar-se-á deste actor no papel do Imperador Francisco José I ao lado de Romy Schneider na trilogia “Sissi”. 
Fillho (único) de um dos mais importantes maestros do século XX, Karl Böhm, e da soprano Thea Linhard, iniciou, no final dos anos quarenta, a sua actividade como actor no conceituado Burgtheater de Viena e, mais tarde, no Theater in der Josefstadt. Seguiram-se os primeiros êxitos no cinema alemão e austríaco.
O ano de 1955 foi determinante na sua vida e carreira: nasce a primeira filha que se chama “Sissi” – não em homenagem à imperatriz como seria de esperar, mas sim em homenagem ao seu primeiro (e platónico) amor de juventude. O pai reabre com um magnífico “Fidelio” a Ópera Estatal de Viena (Wiener Staatsoper), destruída durante a segunda guerra mundial. E claro – o realizador Ernst Marischka oferece-lhe o papel de Franz Joseph I para a sua trilogia sobre a vida da Imperatriz Elisabeth “Sissi” (1955 – 1957). 
Os filmes tornaram-se um enorme sucesso em toda a Europa. Karlheinz e Romyrapidamente ascenderam ao estatuto de ídolos.“Após a trilogia, poderia ter interpretado centenas de imperadores, reis e príncipes herdeiros. Recusei estas propostas”, referiu Böhm na sua autobiografia de 2008, “Suchen – Werden - Finden”. Mas ao contrário de Romy que sofrera com o cliché de Sissi durante toda a sua vida, Böhm afirmava “ter feito as pazes com Sissi”. 
 
A tentativa de fugir à “imagem de um porquinho de maçapão que impedia qualquer evolução” (entrevista à Cosmopolitan) falhou no entanto. As experiências em Hollywood não resultaram. Durante doze anos, não recebeu uma única proposta de realizadores alemães, até que Rainer Werner Fassbinder, enfant terrible do cinema alemão da década de 70, o descobriu para três películas: Effi Briest (1972-1974), Faustrecht der Freiheit (O direito do mais forte à liberdade, 1974) e Mutter Küsters Fahrt zum Himmel (A mãe Küster vai para o Céu, 1975).
A vida de Karlheinz Böhm mudou radicalmente em Maio de 1981, quando, num concurso de televisão alemão, perdeu uma aposta e se comprometeu a angariar fundos para a população faminta na Etiópia. Encontrou então o sentido e a missão da sua vida: criou a organização humanitária "Menschen für Menschen" para ajudar os etíopes e combater a pobreza e injustiça. Ao lado da sua mulher Almaz (etíope), desempenhou assim o seu papel mais notável de toda a sua carreira e vida.
 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Hannah Arendt


Um filme que gira à volta do julgamento do século XX e da cobertura que Hannah Arendt, judia, exilada nos EUA, se propôs fazer do julgamento de Eichmann para o The New Yorker. Mais tarde, escreverá o livro Eichmann em Jerusalém. E para que alerta ela nessa reportagem e no livro? Para a banalização do mal, para estejamos todos alerta e defendamos a liberdade. 
O trailer do filme já está a passar nas salas portuguesas.

terça-feira, 10 de julho de 2012

A Família Trapp


Em geminação com a Livraria Lumière por ter à venda o livro de Maria Augusta Trapp que deu origem ao filme A Família Trapp (1956) e mais tarde ao Música no Coração (1965). Lembro-me de ter visto A Família Trapp num Verão, na Parede. Pensava que o filme era a preto e branco. Mais tarde houve uma continuação chamada A Família Trapp na América (1958) que também vi.



E para HMJ que também deve ter visto estes filmes. :)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Janela do quartel do Carmo, Largo do Carmo, Lisboa



Na tua fragilidade está a tua força


Pina Bausch


Fui ver o filme Pina de Wim Wenders cuja homenagem a Pina Bausch é justamente bela. Gostei do filme, associei-o a uma janela aberta.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

In memoriam Bernd Eichinger

Bernd Eichinger, produtor e realizador, faleceu ontem aos 61 anos em Los Angeles na sequência de um ataque cardíaco. Foi um dos grandes nomes do cinema alemão com projecção internacional: produziu “O nome da rosa” e “O perfume”, entre outros filmes. Alcançou um dos maiores êxitos da sua carreira em 2003, ao ganhar o Óscar na categoria de melhor filme estrangeiro com a película “Nirgendwo in Afrika”.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

IN MEMORIAM Werner Schroeter

Werner Schroeter, nome incontornável da vanguarda cinematográfica alemã, morreu na passada terça-feira. Filmou várias vezes em Portugal, país de que gostava muito, inclusive o seu último filme: Esta Noite, adaptação do livro do Juan Carlos Onetti.
Escolhi este excerto do Der Rosenkönig/ O Rei das Rosas, porque é um dos filmes dele de que mais gosto, rodado em Portugal e com uma banda-sonora fantástica. Foi o último filme da actriz-fétiche de Schroeter, a grande Magdalena Montezuma.

sábado, 6 de março de 2010

O laço branco...

Ontem fui ver O Laço Branco, de Michael Heneke, já aqui falado no blogue pelo Filipe. Saí do cinema com uma sensação de vazio. Vazio no sentido em que a beleza fotográfica do filme contrasta com a maldade e perversidade de um conjunto de pessoas: crianças e adultos.
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Não conheço a realidade alemã do início do século XX com profundidade para avaliar esta narrativa. Porém, a dimensão humana, vida/morte, poder/servidão, amor/ódio são muito bem retratados pelos realizador e argumentista.

De costas voltadas estas crianças agrupam-se em torno do inexplicável. A inocência revelada pela presença do laço branco está longe da pureza idealizada, ela é uma imposição de um protestantismo puritano. O ódio, a malícia, a hipocrisia e a inveja contracenam com a generosidade de um menino/inocência.
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O filme foca a condição do ser humano com tudo o que de bom e de mau encerra. Tem uma excelente fotografia, reflecte a beleza do preto e branco e uma tranquilidade aparente.
Apesar de sair vazia da sala do cinema gostei muito desta película.
Obrigada Filipe.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O Laço Branco


O Laço Branco (Das weisse Band) de Michael Haneke estreia amanhã nas nossas salas de cinema. A narrativa do filme decorre em 1913 e 1914, numa pequena aldeia em Mecklenburg, algures no Norte de Alemanha. À primeira vista, voltamos aos “bons velhos tempos”, na sua autenticidade reforçados pela opção de Haneke de realizar toda a película a preto e branco. A partir da perspectiva do jovem professor desta localidade, é retratada a vida austera dos principais protagonistas, entre eles o médico, o pastor protestante e sua família. As estruturas, “bem” definidas, transportam-nos para uma época em que a mulher se submete ao homem, e as crianças se sujeitam a uma educação de rigor e disciplina prussianos.

No entanto, a “pseudo”-nostalgia e inocência não correspondem à mensagem que Haneke costuma transmitir aos seus espectadores. E O Laço Branco não foge à regra: A aldeia pitoresca e seus habitantes estão a ser alvos de crimes misteriosos. À medida que a acção se desenvolve, confrontamo-nos com os suspeitos principais destes actos - um grupo de crianças, aparentemente inocentes…


O filme orgulha-se de ter conquistado vários prémios, tais como, a Palma de Ouro de Cannes 2009 e os European Film Awards nas categorias de melhor filme, melhor realizador e melhor argumento. Os 145 minutos constituem uma obra-prima em meu entender: dificilmente ficamos indiferentes ao espelho de uma sociedade em que deliberadamente prevalecem a ordem desmesurada, a tortura e a obediência incondicional, por vezes entendidas como expressão necessária do protestantismo vivido – e, por isso, “desculpáveis”. Das weisse Band é um contributo impressionante de Haneke - por vezes difícil de digerir nalgumas passagens -, ao explicar-nos uma das razões que conduziu à ascensão do Terceiro Reich.
Destacam-se as interpretações magníficas e convincentes dos jovens actores.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Os assassinos estão entre nós

Berlim, 1945. Susanne Wallner, libertada de um campo de concentração, regressa à capital alemã, tal como o oficial e médico, Dr. Mertens, que fora forçado a assistir a um massacre a civis inocentes na Polónia, comandado pela sua chefia na noite de 24 de Dezembro de 1942. Wallner encontra Mertens em sua casa semi-destruída. Marcada pelos horrores sofridos, retoma ainda assim a sua vida com esperança e apaixona-se por Mertens. Este, resignado e inicialmente contra uma relação com Susanne, procura o seu equilíbrio interior, até se cruzar acidentalmente com o seu antigo chefe que agora se reveste de empresário bem-sucedido. Mertens decide matá-lo…


Die Mörder sind unter uns (Os assassinos estão entre nós) ocupa um lugar determinante na história do cinema alemão por vários motivos: acima de tudo, trata-se da primeira película alemã realizada após a Segunda Guerra Mundial. O cenário não poderia ser mais realista, pois ruínas não faltavam em Berlim em 1946. O expressionismo, destacado por fortes contrastes, é assustador. Todavia, a verdadeira importância deste filme centra-se no confronto com o passado recente, ou seja, com os crimes do regime recém-derrubado, bem como na tentativa de disfarce e esquecimento por parte de ex-nazis envolvidos.

Die Mörder sind unter uns marca também o regresso de Wolfgang Staudte à Sétima Arte, desta vez na qualidade de realizador. Poucos anos antes, participara como actor no filme de propaganda Jud Süß. Staudte que viria a trabalhar na ex-RDA durante os anos cinquenta, tornou-se num dos nomes mais reconhecidos do movimento pacifista alemão e numa testemunha incómoda para aqueles que pretendiam uma continuidade incólume sem recordar o pior capítulo da História Alemã.

Hildegard Knef iniciou a sua carreira cinematográfica como leading woman nesta película. Uma das maiores actrizes alemãs do pós-guerra, viveu momentos polémicos no seu percurso, por exemplo, ao aparecer, por poucos segundos e quase invisivelmente, despida no filme Die Sünderin (A pecadora) em 1951. Coroada de algum sucesso internacional (As neves do Kilimanjaro de H. King de 1952), empenhou-se igualmente a favor de um confronto aberto, justo e sem tabus com o período do Terceiro Reich. Foi ainda amiga de Marlene Dietrich.

O ciclo “Os mil rostos de Berlim” traz este filme de volta à Cinemateca hoje às 19h (legendado em espanhol).



Imagens: Wolfgang Staudte e Hildegard Knef; Berlim 1945/46; Hildegard Knef e Marlene Dietrich, Berlim, 1960

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Cinenovidades - 63 : A Papisa Joana


Estreia esta semana na Alemanha mais um filme, desta vez uma produção made in Germany, sobre uma lenda (será apenas uma lenda? ) medieval: a Papisa Joana. Todos aqui no blogue conhecem certamente o tema, pelo que dispensarei esclarecimentos. O filme é protagonizado pelo norte-americano John Goodman e pela alemã Johanna Wokalek, e adapta o best-seller de Donna Woolfolk.