A auto-estima
oscila de acordo com as situações e principalmente em como nos sentimos em
relação a cada um delas. Mas o que faz com que algumas pessoas sejam mais
seguras de si, mais estáveis emocionalmente enquanto outras se perdem, se
desesperam quando algo acontece?
O
diferencial que faz com que cada um consiga ter controle sob suas emoções é o
autoconhecimento.
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O quanto
você se conhece? Muito? Pouco? A maior parte das pessoas acredita que se
conhece, mas na verdade se conhece muito pouco. Você ama alguém, confia em
alguém que pouco conhece? Geralmente amamos e confiamos apenas em quem
conhecemos muito! E se você não se conhece como quer acreditar mais em sua
própria capacidade? Como quer ir em busca de seus sonhos se não acredita ser
capaz? E por que não acredita ser capaz? Porque não sabe quem você é.
Por isso,
o autoconhecimento é fundamental para desenvolver o amor por si mesma e
fortalecer a auto-estima. É muito difícil alguém se conhecer interiormente
quando a busca está sempre no externo. Buscam cuidar da pele, mudar o corte do
cabelo, comprar roupas, carros, eliminar alguns quilinhos, mas quase sempre
esquecem que o caminho deve ser o contrário, de dentro para fora.
Quando
uma pessoa está bem com ela mesma você percebe isso não pela roupa que está
usando, ou o carro que está dirigindo, mas pelo brilho em seu olhar, o sorriso
em seu rosto, a paz em seu espírito. Como alguém que dorme mal toda noite pode
sentir paz? Como alguém que está constantemente se criticando, se culpando, se
achando errada, pode se amar? Amar-se é condição básica para elevar a
auto-estima. É importante identificar os fatores que estão te impedindo de
elevar sua auto-estima.
Podemos
perceber que a auto-estima está baixa quando desenvolvemos algumas
características como: insegurança, inadequação, perfeccionismo, dúvidas
constantes, incerteza do que se é, sentimento vago de não ser capaz, de não
conseguir realizar nada, não se permitindo errar e com muita necessidade de
agradar, ser aprovada, reconhecida pelo que faz e nem sempre pelo que é.
Se você
identificou algumas dessas características, pode ser que esteja precisando
aumentar seu autoconhecimento para assim elevar sua auto-estima.
Se
quiser, poderá fazer o seguinte exercício:
· Escreva dez
coisas que você gosta em si mesma.
· Depois
escreva dez coisas que você não gosta em si mesma ou que gostaria de mudar.
· Qual lista
foi mais fácil de completar?
A maioria
das pessoas sente mais facilidade em identificar as coisas negativas.
Aprendemos que dizer aquilo que gostamos em nós mesmas poderá ser rotulado de
presunção, esnobismo, egocentrismo. Nada disso! Para aumentar o
autoconhecimento é preciso ter consciência de quem se é de verdade, avaliando
os pontos positivos tanto quanto os negativos, pois só assim será capaz de mudar
aquilo que te incomoda ou te faz sofrer e valorizar o que tem de bom e que
geralmente mergulhada em tantas críticas e cobranças, acaba por esquecer.
Continue
o exercício:
· Observe as
listas. Coloque um "i" nas características internas, ou seja, que dependam
apenas de você reconhecê-las. E um "e" nas características externas,
que dependam da opinião de outras pessoas.
· Ao fazer o
sinal (i ou e), o que você percebe? Há um equilíbrio entre eles ou você tende
mais para um lado?
Se você
tem mais características externas ficará mais vulnerável à opinião dos outros e
assim, mais facilmente manipulável. Dependerá cada vez mais de aprovação, mas
infelizmente nunca da sua própria. Isso quer dizer que toda vez que algo que
dependa no mundo externo ou de outras pessoas não correspondam a sua
expectativa, você se sentirá frustrada e sua auto-estima tenderá a baixar.
Seu valor
estará sempre na dependência do que dirão sobre você, não importando muito sua
própria opinião. Por exemplo, quando você perde o emprego, quando recebe uma
crítica, quando alguém se distancia de você. Tudo isso pode baixar sua
auto-estima e se sentirá incapaz de continuar e desistirá no meio do caminho.
Abandona assim seus sonhos, seus objetivos.
Para
aumentar o autoconhecimento é preciso ter consciência de quem se é de verdade,
avaliando os pontos positivos tanto quanto os negativos.
Isso
acontece quando a principal fonte de auto-estima está naquilo que faz pelo
externo, sempre querendo fazer algo para as pessoas em busca de aprovação e
reconhecimento. E esse é o caminho mais curto para se machucar. Coloca assim
todo seu valor nas opiniões ou respostas no mundo externo e, como quase sempre
nada disso corresponde ao que espera, e nem ao que você é realmente, se permite
depender cada vez mais de como te avaliam, gerando um círculo vicioso.
O
importante é desenvolver a capacidade e ter a consciência de saber que o que
faz é o reflexo de quem você é. Ao reconhecer seus pontos negativos, poderá
mudar um por um. E reconhecendo seus pontos positivos se sentirá mais confiante
em sua capacidade de conseguir o que quer que deseje, independente das críticas
ou opiniões que terão sobre você, pois acredita ser capaz de conseguir tudo o
que deseja! E ainda que ninguém te aprove, você terá autoconhecimento suficiente
para você mesma se aprovar e principalmente se amar!
Por:
Rosemeire Zago
Psicóloga clínica com abordagem jungiana, especialização em psicossomática. Desenvolve o autoconhecimento e ministra palestras motivacionais. Contato: (011) 9950-5095
Rosemeire Zago
Psicóloga clínica com abordagem jungiana, especialização em psicossomática. Desenvolve o autoconhecimento e ministra palestras motivacionais. Contato: (011) 9950-5095