Mulher, de Ary dos
Santos
A mulher não é só
casa
mulher-loiça, mulher-cama
ela é também mulher-asa,
mulher-força, mulher-chama
E é preciso dizer
dessa antiga condição
a mulher soube trazer
a cabeça e o coração
Trouxe a fábrica ao
seu lar
e ordenado à cozinha
e impôs a trabalhar
a razão que sempre tinha
Trabalho não só de
parto
mas também de construção
para um filho crescer farto
para um filho crescer são
A posse vai-se acabar
no tempo da liberdade
o que importa é saber estar
juntos em pé de igualdade
Desde que as coisas
se tornem
naquilo que a gente quer
é igual dizer meu homem
ou dizer minha mulher.
O dia Internacional da mulher, 08 de Março não é apenas
uma data de homenagens às mulheres, mas, diferentemente de outros dias
comemorativas, ela não foi criada pelo comércio - e tem raízes históricas mais
profundas e sérias.
Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU)
em 1975, o chamado Dia Internacional da Mulher é comemorado desde o início do
século 20.
Hoje, a data é cada vez mais lembrada como um dia para
reivindicar igualdade de gênero e com protestos ao redor do mundo - aproximando-a
de sua origem na luta de mulheres que trabalhavam em fábricas nos Estados
Unidos e em alguns países da Europa.
O chamado Dia Internacional da Mulher só foi
oficializado em 1975, ano que a ONU intitulou de Ano Internacional da Mulher
para lembrar suas conquistas políticas e sociais.
"Esse dia tem uma importância histórica porque
levantou um problema que não foi resolvido até hoje. A desigualdade de gênero
permanece até hoje. As condições de trabalho ainda são piores para as mulheres",
pontuou Eva Blay.
"Certamente, 08 de Março é um dia de luta, dia
para lembrarmos que ainda há muitos problemas a serem resolvidos, como os da
violência contra a mulher, do feminicídio, do aborto, e da própria diferença
salarial", observou Blay.
Segundo ela, mesmo passadas décadas de protestos das
mulheres e de celebração do 08 de Março, a evolução ainda foi muito pequena.
"Acho que o que evoluiu é que hoje a gente
consegue falar sobre os problemas. Antes, se escondia isso. Tudo ficava entre
quatro paredes. Antes, esses problemas eram mais aceitos, hoje não."
Nesta data, vale refletir sobre um assunto triste que
vem acontecendo com as mulheres. O FEMINICÍDIO.
Quem ama não maltrata, muito menos mata!
Infelizmente os indicadores apontam que o feminicídio
no Brasil, vem acontecendo de forma cruel e com uma taxa muito elevada. Chega
de feminicídio, que o amor verdadeiro prevaleça.
Feminicídio é uma palavra nova para uma prática
antiga, uma vez que mulheres morrem de formas trágicas todos os dias no Brasil:
são espancadas, estranguladas, agredidas brutalmente até o momento em que
perdem a vida. A palavra feminicídio passou a ser usada para designar
um crime no Brasil a partir de 2015, pois existe nele uma particularidade.
Vamos falar sobre feminicídio?
No Brasil, a taxa de feminicídios é de 4,8 para 100
mil mulheres – a quinta maior no mundo, segundo dados da Organização Mundial da
Saúde (OMS). Em 2015, o Mapa da Violência sobre homicídios entre o público
feminino revelou que, de 2003 a 2013, o número de assassinatos de mulheres
negras cresceu 54%, passando de 1.864 para 2.875.
Na mesma década, foi registrado um aumento de 190,9%
na vitimização de negras, índice que resulta da relação entre as taxas de
mortalidade branca e negra. Para o mesmo período, a quantidade anual de
homicídios de mulheres brancas caiu 9,8%, saindo de 1.747 em 2003 para 1.576 em
2013. Do total de feminicídios registrados em 2013, 33,2% dos homicidas eram
parceiros ou ex-parceiros das vítimas.
“As Diretrizes Nacionais buscam eliminar as
discriminações a que as mulheres são alvo pelo machismo, pelo racismo, pelo
etnocentrismo, pela lesbofobia e por outras formas de desigualdades que se
manifestam desde a maneira como elas vivem, a deflagração de conflitos com base
em gênero e os ciclos de violência, que culminam com as mortes violentas”,
explicou a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman.
“Feminicídios são assassinatos cruéis e marcados por
impossibilidade de defesa da vítima, torturas, mutilações e degradações do
corpo e da memória. E, na maioria das vezes, não se encerram com o assassinato.
Mantém-se pela impunidade e pela dificuldade do poder público em garantir a
justiça às vítimas e a punição aos agressores”.
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A luta e a perseverança de Madre Teresa, mesmo contra
inúmeras adversidades, por melhores condições de vida para os necessitados,
deve ser um exemplo para as pessoas que sentem que suas ações são infrutíferas.
Com esse exemplo de força, garra e coragem dessa Santa Mulher, tomemos como exemplo para todas nós, sua garra e sua coragem.
Por isso, quando acharmos que nossos atos não vão fazer a
diferença, lembre- mo-nos que são pequenas gotas em conjunto que formam o oceano!
Sejamos gotas no oceano, juntas seremos mais forte, não nos calemos diante de qualquer forma de crime e discriminação contra mulheres.
Feliz dia da mulher para nós!