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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Notícias preocupantes...

Mas a crise não anda só por aí... Com tantos dólares a cairem ao chão, outras notícias, e más, têm sido esquecidas...

Um grupo de navios da Armada do Norte da Rússia partirão hoje rumo à Venezuela a fim de participar em manobras navais conjuntas com vasos de guerra desse país da América Latina.

Segundo Igor Digalo, porta-voz da Marinha da Rússia, fazem parte da expedição o cruzador atómico pesado Piotr Velikii, o navio de combate a submarinos Admiral Tchabanenko e dois navios de apoio.

O vice-almirante Vladimir Koroliov comanda a expedição.

Digalo informou também que os marinheiros, durante a expedição, irão realizar “exercícios de treino militar”, participarão em “manobras navais conjuntas com a Armada da Venezuela, em Novembro, para treinar acções conjuntas de salvamento nos mares e de combate contra os terroristas navais”.

É a primeira vez que um cruzador atómico russo participa em manobras militares internacionais.“Não se deve procurar qualquer sentido político oculto nestas manobras. Elas estavam planeadas há muito tempo e segundo este esquema. São semelhantes a manobras que a Marinha da Rússia realiza com congêneres estrangeiras”, frisou o porta-voz.

Alguns analistas políticos, porém, consideram que esta operação é uma resposta ao aparecimento de navios de guerra da NATO no Mar Negro depois da guerra entre a Rússia e a Geórgia.

Na passada sexta-feira, dois bombardeiros estratégicos russos Tupolev-160 regressaram da Venezuela, depois de terem participado em manobras no Mar das Caraíbas.

Face às últimas notícias, talvez devessem mudar de rumo...

Artigo de José Milhazes retirado daqui

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Mais Geórgia, menos juízo...



Cada vez me cansa mais ler ou ouvir as baboseiras emanadas por qualquer cloaca do eixo do bem, dos dentro da lei. Este desabafo vem a propósito das palavras dessa coisa que dá pelo nome de Condolezza Rice, espécie de Bush de saias em versão colorida, e que vem dizer que os maus estão a agir, uma vez mais, fora da lei no conflito da Geórgia… (o quê? Quem é que disse isso?) Para além disto, agem de forma absolutamente desapropriada num estado vizinho; o que nos legitima supor que se for num estado não vizinho, sei lá, se fosse no Afeganistão, Iraque, Cuba ou em outro lado qualquer, as normas de conduta já poderiam ser diferentes… De facto, é assim que pensa e age essa gente representada pela Cruela Colorida, numa conversa que começa a conseguir irritar-me tanto como a do Alberto João Jardim.

Curiosamente, ou talvez não, estão a levar a Europa a reboque; esfregando os olhos e parecendo não ver, quando olham para uns lados, e tudo vendo quando olham para outro… Até os suecos, esses bebedores de leite esquisitos até mais não, se esquecem de ter juízo e olharem, lá do longe, de uma forma mais aberta para o mundo…
As coisas animam-se ainda mais com a visita e aproximação do presidente sírio à Rússia e à perspectiva de um entendimento entre os dois países para a instalação de bases de mísseis russos na Síria… Quem semeia ventos, colhe tempestades…

domingo, 17 de agosto de 2008

Chapéus de Sol? Só nas zonas autorizadas...



Logo após ter sabido do ataque georgiano às forças russas convenci-me, e escrevi-o aqui, que Putin não iria abrir mão de retirar deste incidente todas as vantagens possíveis. Por isso, sempre tenho considerado Mikhail Saakashvili como um imprudente e um arrivista megalómano, marioneta não sei de quem, com uma verborreia tão escorreita que só a sua cobardia parece superar… De resto, também aqui, mostrei as imagens do bem falante galaró que, ao ouvir um pequeno zumbido, foge com a maior valentia, velocidade e inutilidade para debaixo das saias da mãe, no caso uma série de guarda costas completamente assustados e desnorteados que me pareceram, eles próprios, mais perigosos para si e para quem protegem, do que qualquer atacante… Faz-me lembrar a letra de uma música dos Trust (infelizmente indisponível no You Tube) intitulada Mr. Comédie, dedicada ao ayatollah Komeni que vos passo a citar:
C'est un peu facile de dicter des messages
Quand on est au chaud à l'abri des assauts.
Pendant que tout un peuple criait "démission"
Et tombait sous les balles. (…)
Agora, creio que, apesar das palavras daqui e dali, a Geórgia acabou por deitar tudo a perder… A sombra do chapéu-de-sol da Nato não chega ali e foi precisamente isso que Putin quis fazer notar. Quando outras figuras, como a chanceler alemã, ainda insistem nesse tema é apenas fogo de vista, para além disso, a entrada de novos membros para a Nato tem de ter a concordância dos já signatários e quem quer hoje assinar com a Geórgia e com o monsieur comédie (desculpem Sakashvilli, mas como rima na mesma…), um acordo de ajuda e intervenção militar em caso de agressão de países terceiros? Quem nos diz que o homem, caso se aguente, não repete a mesma frescura? Depois, o sinal da Rússia foi claro: não queremos Estados como estes na Nato, aliás, se pensarmos bem, que sentido faz hoje em dia a Nato, se não se pensar numa guerra contra a Rússia ou a China e isso é impensável para mentes saudáveis…
É apenas isto que eu gostaria de perguntar, não se apagam fogueiras atirando gasolina para cima delas, nem se melhoram as relações com os vizinhos do lado reforçando o muro do quintal com arame farpado electrificado e comprando dois pastores alemães… Ora, é exactamente isso que os americanos, alguns europeus e outros, que querem fazer de conta que já o são, estão a fazer. Não me parece o caminho a seguir.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

A bola de neve georgiana...




A falta de tacto e a ausência de previsão das consequências subsequentes tem sido uma constante que nos vai, cada vez mais, surpreendendo no caso da Geórgia. Agora, surge um novo episódio o presidente (?) Eduard Kokoiti, da Ossétia do Sul, não quer o regresso dos georgianos ao seu território, o qual, para todos os efeitos, parece que ainda pertence à Geórgia… Saakashvili foi acordar um vespeiro adormecido do qual ou não se apercebeu das consequências, e aí foi de uma leviandade sem limites, ou, então, já as esperava e pensava (ou alguém o convenceu disso) que estava ao abrigo do grande chapéu-de-sol protector da Nato e da EU…
Puro engano, nem tinha uma coisa nem a outra, apenas a ambição de as ter, agora, fruto dessa ambição desmedida, parece começar a perceber-se que vai acabar por perder quer uma coisa quer outra e, ainda, tudo parece indicar, ter perdido o seu frágil poder militar e irá perder partes significativas do seu território, uma vez que estes se reforçaram militarmente, não só pelo saque ao material abandonado como, também, pela perda dos principais efectivos materiais georgianos.
Internacionalmente, conseguiram abrir um frente a frente entre a Rússia e o ocidente, do qual só os russos parecem poder tirar dividendos, já que apenas estes vêem sair reforçadas as suas posições, não só na área como no próprio xadrez internacional. Apagados, também eles aparentemente adormecidos, ressurgem agora com um Putin extremamente decidido a reerguer a velha Rússia e a devolver-lhe o prestígio que, por alguns anos parecera perder. Como no velho mito da caixa de Pandora, temos visto sair cada vez mais coisas deste incidente, só nos resta ir esperando para ver o que vai restar no fim…

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Esclarecendo…





Ao que me parece tenho sido muito mal interpretado nas coisas que tenho escrito a respeito desta historieta, mais própria de um libreto de uma ópera bufa que propriamente de história. É o risco que corre quem diz o que pensa, nada de grave. No entanto, apesar de achar a todos os títulos perfeitamente vomitivo o Obikuelo georgiano, não significa que, nem de perto nem de longe aprecie mais os Putin, Bush, Sarko & Cia… Pelo contrário, quanto mais responsabilidade têm, pelo que os vejo fazer, menos gosto deles e neste caso, todos eles deveriam ter tido uma intervenção neutralizadora das acções do demente georgiano… Neste ponto, sobretudo os que controlam a demência do Bush e o Putin… Os primeiros não aumentando o ego homicida de um micróbio patológico e o segundo, como aliás sempre o referi, agindo com a contenção que um adulto tem que ter quando está a ser, pretensamente, agredido por uma criança de dois ou três anos… Ora, sabendo nós que o exército russo é uma força militar disciplinada e não um grupo de maltrapilhos armados, como por vezes se vê por aí, estamos certos que sem ordens, mesmo atacados, protegem-se mas não reagem. Assim, se o fizeram foi com ordens expressas, convicção que, aliás, a presença na zona de alguns recursos convenientemente disponíveis apenas vem reforçar.
Creio que todos estaríamos certos de que Putin iria neutralizar e aniquilar o mais possível as forças georgianas e retirar os máximos dividendos desta contenda e, curiosamente, andam todos a clamar vitória menos ele… Mais uma atitude inteligente, mais um ponto para o baixinho. Porém, retomando o assunto não por aquilo que vi e ouvi, do qual já falei sobejamente, mas, desta feita, por aquilo que não vi e não ouvi…
Neste aspecto, gostaria de salientar o seguinte: não vi e não ouvi nenhuma das partes envolvidas, desde a Geórgia, Rússia, EU, EUA, etc, falar dos milhares de mortos e feridos e do que fazer para repor a vida dessas famílias destruídas, da reconstrução dos milhares de casas e das infra-estruturas completamente arrasadas, do tempo e do dinheiro que vai custar recuperar tudo isso e das pobres pessoas que, sem serem tidas e achadas, se viram nesta situação absolutamente calamitosa… O micróbio cobarde e os amiguinhos voltam para os seus palácios, os Putins para as suas dachas, o Sarko para a sua amiguinha e o Bush para o seu ranchinho. Quem me preocupa são os outros, os mesmos de sempre…

terça-feira, 12 de agosto de 2008

O Linguarudo



Quer-me parecer que manda o decoro mais elementar não nos vangloriarmos, pelo menos publicamente, quando vencemos seja no que for. São vários os motivos e mais alguns... por exemplo, não acicatarmos ódios, não provocarmos reacções inúteis e até por uma questão de respeito aos mortos e aos adversários. O caso deste Saakachvili é, paradigmaticamente, um caso de demagogia patológica, eu parece-me que roça a demência... O homem perde em todas as frentes, faz figuras de uma cobardia chocante, fica com o país e o exército desfeito e não pára de discursar como o triunfador do mundo? Mais idiota do que ele só os que vão ouvir e aplaudir as baboseiras que diz... vencemos os russos, salvamos o mundo, etc.etc... Alguém que o interne... ou então cortem-lhe a bem língua curta.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

O elefante e a formiga II




Obviamente... Após a cobertura que foi dada pelo ataque risível e idiota às forças russas, Putin não desejará abrir mão deste incidente sem retirar os seus dividendos, nomeadamente no que respeita à cobertura que a Geórgia tem dado às repúblicas vizinhas, em grande parte, fomentada pelo presidente georgiano, Mikhail Saakashvili. No seu lugar, também não ficaria satisfeito com um mero cessar fogo georgiano, até porque o seu fogo não constitui qualquer ameaça para as forças russas, exigiria, no mínimo, uma rendição incondicional, o reconhecimento de culpa, indemnizações de guerra e o afastamento do presidente megalómano e convencido que foi o principal responsável por tudo isto. Se eu penso assim, Putin não só não deixará de pensar nisto, como não perderá a oportunidade que lhe é dada para marcar pontos significativos e exemplares na região. É o que se está a verificar e Putin não tem feito mais do que agir na defesa dos interesses russos; podemos não gostar, mas no lugar dele teríamos ou deveríamos agir assim... Deixou-se ser atacado e depois, com essa legitimidade, atacou com calma e toda a tranquilidade do mundo. Veremos apenas até onde quer ir... o grande culpado aqui parece-me ter sido o idiota e megalómano Saakashvilli, que resolveu colocar-se nos bicos dos pés, sem ver para onde subia, e bateu com a tola no tecto...
Penso que devemos caminhar no sentido que nos é sugerido pelo Boris Vian, no tema que apresento em baixo, e esse sentido é que sempre que os governates digam às populações, que são quem combate, que vão combater elas respondam, simplesmente:vão vocês... Por exemplo, eu, se o Sócrates ou outro qualquer me mandasse ir combater não nem sei com quem eu, e creio que a maioria da população portuguesa, não iria…Por outro lado, tento fazer uma análise fria das coisas, onde tento deixar de fora o que desejava que fosse, para tentar perceber o que é e no que se vai tornar… São duas coisas completamente diferentes…
Vejam o filme: http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/7554507.stm “The Georgian president runs for cover as he visits a bomb site” e vejam o herói Saakashvili a fugir como um rato daquilo em que lançou o seu povo…É deprimente… Mas elucidativo.

domingo, 10 de agosto de 2008

A formiga e o elefante...




Há, quanto a mim, alguns aspectos que falham aqui... 1º Não se pode levar a sério uma guerra entre a Geórgia e a Rússia; 2º Mikhail Saakashvili, na tentativa de recuperar alguma da popularidade perdida, não hesitou em fazer chacinar o próprio povo, pelo que sai como o criminoso maior deste incidente, pelo que deveria ser, imediatamente, afastado; 3º Não se percebe a necessidade e a estupidez da Rússia em atingir alvos civis, o que acabou por a deixar também ficar muito mal vista neste caso e, finalmente, veremos, e aí sim temos guerra, se este incidente tem alguma extensão ao Irão...
Mais, com a cobertura que foi dada pelo ataque risível e idiota às forças russas, Putin não desejará abrir mão deste incidente sem retirar os seus dividendos, nomeadamente à cobertura que a Geórgia tem dado às repúblicas vizinhas, em grande parte, fomentada pelo presidente georgiano, Mikhail Saakashvili. No seu lugar, não ficaria satisfeito com um mero cessar fogo georgiano, até porque o seu fogo não constitui qualquer ameaça para as forças russas, exigiria, no mínimo, uma rendição incondicional, o reconhecimento de culpa, indemnizações de guerra e o afastamento do presidente megalómano e convencido que foi o principal responsável por tudo isto. Se eu penso assim, Putin não só não deixará de pensar nisto, como não perderá a oportunidade que lhe é dada para marcar pontos significativos e exemplares na região.

sábado, 9 de agosto de 2008

À sombra dos jogos olímpicos





À sombra dos jogos olímpicos
O conflito lactente na região do Cáucaso entre a Rússia e as diversas repúblicas e províncias locais, está a viver, desde há dias, mais um sangrento episódio pelo controle da passagem e posse dos hidrocarbonetos existentes no local. Algo de muito estranho se passa quando um ínfimo estado como a Geórgia, que só em problemas internos já tem que chegue, resolve atacar a Rússia… é a formiga e o elefante… Para a Rússia é toda sua presença naquela problemática região que está em causa, porém, será que como enormíssima potência militar que é precisa de atacar alvos civis? Esta questão, mais que uma pergunta, é uma denúncia…
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