
"É MUITO DIFÍCIL QUE NÃO SENDO HONRADOS OS PRINCIPAIS CIDADÃOS DE UM ESTADO, OS OUTROS QUEIRAM SER HOMENS DE BEM; QUE AQUELES ENGANEM E ESTES SE CONFORMEM COM SER ENGANADOS." MONTESQUIEU, De l'Esprit des Lois,I:III,5
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Notícias preocupantes...

quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Mais Geórgia, menos juízo...


Curiosamente, ou talvez não, estão a levar a Europa a reboque; esfregando os olhos e parecendo não ver, quando olham para uns lados, e tudo vendo quando olham para outro… Até os suecos, esses bebedores de leite esquisitos até mais não, se esquecem de ter juízo e olharem, lá do longe, de uma forma mais aberta para o mundo…
As coisas animam-se ainda mais com a visita e aproximação do presidente sírio à Rússia e à perspectiva de um entendimento entre os dois países para a instalação de bases de mísseis russos na Síria… Quem semeia ventos, colhe tempestades…
domingo, 17 de agosto de 2008
Chapéus de Sol? Só nas zonas autorizadas...

C'est un peu facile de dicter des messages
Quand on est au chaud à l'abri des assauts.
Pendant que tout un peuple criait "démission"
Agora, creio que, apesar das palavras daqui e dali, a Geórgia acabou por deitar tudo a perder… A sombra do chapéu-de-sol da Nato não chega ali e foi precisamente isso que Putin quis fazer notar. Quando outras figuras, como a chanceler alemã, ainda insistem nesse tema é apenas fogo de vista, para além disso, a entrada de novos membros para a Nato tem de ter a concordância dos já signatários e quem quer hoje assinar com a Geórgia e com o monsieur comédie (desculpem Sakashvilli, mas como rima na mesma…), um acordo de ajuda e intervenção militar em caso de agressão de países terceiros? Quem nos diz que o homem, caso se aguente, não repete a mesma frescura? Depois, o sinal da Rússia foi claro: não queremos Estados como estes na Nato, aliás, se pensarmos bem, que sentido faz hoje em dia a Nato, se não se pensar numa guerra contra a Rússia ou a China e isso é impensável para mentes saudáveis…
É apenas isto que eu gostaria de perguntar, não se apagam fogueiras atirando gasolina para cima delas, nem se melhoram as relações com os vizinhos do lado reforçando o muro do quintal com arame farpado electrificado e comprando dois pastores alemães… Ora, é exactamente isso que os americanos, alguns europeus e outros, que querem fazer de conta que já o são, estão a fazer. Não me parece o caminho a seguir.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008
A bola de neve georgiana...

A falta de tacto e a ausência de previsão das consequências subsequentes tem sido uma constante que nos vai, cada vez mais, surpreendendo no caso da Geórgia. Agora, surge um novo episódio o presidente (?) Eduard Kokoiti, da Ossétia do Sul, não quer o regresso dos georgianos ao seu território, o qual, para todos os efeitos, parece que ainda pertence à Geórgia… Saakashvili foi acordar um vespeiro adormecido do qual ou não se apercebeu das consequências, e aí foi de uma leviandade sem limites, ou, então, já as esperava e pensava (ou alguém o convenceu disso) que estava ao abrigo do grande chapéu-de-sol protector da Nato e da EU…
Puro engano, nem tinha uma coisa nem a outra, apenas a ambição de as ter, agora, fruto dessa ambição desmedida, parece começar a perceber-se que vai acabar por perder quer uma coisa quer outra e, ainda, tudo parece indicar, ter perdido o seu frágil poder militar e irá perder partes significativas do seu território, uma vez que estes se reforçaram militarmente, não só pelo saque ao material abandonado como, também, pela perda dos principais efectivos materiais georgianos.
Internacionalmente, conseguiram abrir um frente a frente entre a Rússia e o ocidente, do qual só os russos parecem poder tirar dividendos, já que apenas estes vêem sair reforçadas as suas posições, não só na área como no próprio xadrez internacional. Apagados, também eles aparentemente adormecidos, ressurgem agora com um Putin extremamente decidido a reerguer a velha Rússia e a devolver-lhe o prestígio que, por alguns anos parecera perder. Como no velho mito da caixa de Pandora, temos visto sair cada vez mais coisas deste incidente, só nos resta ir esperando para ver o que vai restar no fim…
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Esclarecendo…


Creio que todos estaríamos certos de que Putin iria neutralizar e aniquilar o mais possível as forças georgianas e retirar os máximos dividendos desta contenda e, curiosamente, andam todos a clamar vitória menos ele… Mais uma atitude inteligente, mais um ponto para o baixinho. Porém, retomando o assunto não por aquilo que vi e ouvi, do qual já falei sobejamente, mas, desta feita, por aquilo que não vi e não ouvi…
Neste aspecto, gostaria de salientar o seguinte: não vi e não ouvi nenhuma das partes envolvidas, desde a Geórgia, Rússia, EU, EUA, etc, falar dos milhares de mortos e feridos e do que fazer para repor a vida dessas famílias destruídas, da reconstrução dos milhares de casas e das infra-estruturas completamente arrasadas, do tempo e do dinheiro que vai custar recuperar tudo isso e das pobres pessoas que, sem serem tidas e achadas, se viram nesta situação absolutamente calamitosa… O micróbio cobarde e os amiguinhos voltam para os seus palácios, os Putins para as suas dachas, o Sarko para a sua amiguinha e o Bush para o seu ranchinho. Quem me preocupa são os outros, os mesmos de sempre…

terça-feira, 12 de agosto de 2008
O Linguarudo

Quer-me parecer que manda o decoro mais elementar não nos vangloriarmos, pelo menos publicamente, quando vencemos seja no que for. São vários os motivos e mais alguns... por exemplo, não acicatarmos ódios, não provocarmos reacções inúteis e até por uma questão de respeito aos mortos e aos adversários. O caso deste Saakachvili é, paradigmaticamente, um caso de demagogia patológica, eu parece-me que roça a demência... O homem perde em todas as frentes, faz figuras de uma cobardia chocante, fica com o país e o exército desfeito e não pára de discursar como o triunfador do mundo? Mais idiota do que ele só os que vão ouvir e aplaudir as baboseiras que diz... vencemos os russos, salvamos o mundo, etc.etc... Alguém que o interne... ou então cortem-lhe a bem língua curta.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
O elefante e a formiga II

domingo, 10 de agosto de 2008
A formiga e o elefante...

Mais, com a cobertura que foi dada pelo ataque risível e idiota às forças russas, Putin não desejará abrir mão deste incidente sem retirar os seus dividendos, nomeadamente à cobertura que a Geórgia tem dado às repúblicas vizinhas, em grande parte, fomentada pelo presidente georgiano, Mikhail Saakashvili. No seu lugar, não ficaria satisfeito com um mero cessar fogo georgiano, até porque o seu fogo não constitui qualquer ameaça para as forças russas, exigiria, no mínimo, uma rendição incondicional, o reconhecimento de culpa, indemnizações de guerra e o afastamento do presidente megalómano e convencido que foi o principal responsável por tudo isto. Se eu penso assim, Putin não só não deixará de pensar nisto, como não perderá a oportunidade que lhe é dada para marcar pontos significativos e exemplares na região.
sábado, 9 de agosto de 2008
À sombra dos jogos olímpicos
O conflito lactente na região do Cáucaso entre a Rússia e as diversas repúblicas e províncias locais, está a viver, desde há dias, mais um sangrento episódio pelo controle da passagem e posse dos hidrocarbonetos existentes no local. Algo de muito estranho se passa quando um ínfimo estado como a Geórgia, que só em problemas internos já tem que chegue, resolve atacar a Rússia… é a formiga e o elefante… Para a Rússia é toda sua presença naquela problemática região que está em causa, porém, será que como enormíssima potência militar que é precisa de atacar alvos civis? Esta questão, mais que uma pergunta, é uma denúncia…
