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10.5.15

Ausência

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

( Carlos Drummond de Andrade )

25.12.07



não sei como vieste,
mas deve haver um caminho
para regressar da morte


(excerto do poema "pequena elegia de setembro") de EA