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10 abril 2012

Da homofobia

As pessoas que têm mais reações contra os homossexuais são aquelas que apresentam maior atração por pessoas do mesmo sexo e que cresceram em ambientes familiares que reprimiram esses mesmos sentimentos, lê-se nas conclusões de um estudo internacional. As conclusões constam de um estudo que incidiu em 160 universitários, na Alemanha e nos Estados Unidos da América, agora publicado no Revista da Psicologia da Personalidade e Social (Journal of Personality and Social Psychology).
Conduzido por investigadores das universidades de Rochester, de Essex e de Santa Bárbara (Califórnia), o estudo é o primeiro que analisou o papel dos pais e da orientação sexual na construção do medo intenso ou de ódio aos homossexuais.

Fonte: JN

26 março 2012

Faces da mesma moeda

1 - Enquanto os franceses vivem uma época de ajustes, com o governo a aprovar medidas de contenção e planos de poupança orçamental, Nicolas Sarkozy não pode dizer que esteja a ser afectado. A sua fortuna aumentou mais de meio milhão de euros desde que subiu ao poder.

2 - O principal tesoureiro do Partido Conservador, Peter Cruddas, foi filmado por jornalistas do Sunday Times a propor acesso “de primeira linha” ao primeiro-ministro David Cameron por um financiamento partidário de 250 mil libras (quase 300 mil euros). E vai mais longe, garantindo que os encontros com David Cameron são bons para recolher “muita informação” e garante que fará chegar ao primeiro-ministro todas as sugestões: “Terão a oportunidade de lhe perguntar praticamente tudo o que quiserem”. Cameron, muito agastado com a notícia, nega obviamente que tal aconteça.

3 - Intervenientes dos confrontos de quinta-feira, no Chiado, garantem que as imagens de violência nas esplanadas foram registadas depois de uma primeira actuação da polícia. Já o ministro que tutela as polícias manifesta-se preocupado... com os jornalistas. "Aquilo que aconteceu que se traduz na situação dos jornalistas é uma situação que eu lamento. Foram tomadas as medidas que deviam ser tomadas, no imediato, a Inspecção-geral da Administração Interna vai proceder à averiguação daquelas circunstâncias. A PSP disse já também sobre essa matéria está a proceder às averiguações daquilo que se passou", afirmou Miguel Macedo.

Cortam para enriquecer. Aceitam subornos para se manterem no poder. Mandam a polícia ser dura para fazer passar a mensagem de que quem arrebita cabelo sujeita-se a levar no trombil. E negam sempre tudo. E sempre com o ar mais seráfico de que são capazes.
Porque o que importa é a "defesa da democracia" "garantir a paz pública", fazer com que as pessoas vivam "tranquilamente", dar a ideia de que os cidadãos têm na mão a "condição absoluta do exercício das liberdades".

20 março 2012

Os mercados provavelmente enganam-se

A especulação é a norma. O resto é folclórico e tem por objectivo constranger os países a jogar segundo regras que aceitam quando pedem emprestado. Ou isso se pensa ao ler afirmações como esta: "a reestruturação da dívida da Grécia que causou pânico no mercado obrigacionista e provavelmente provocou uma recessão desnecessária na Europa".
Todos os países recorrem aos "mercados" para se abastecerem de dinheiro. Os ditos analisam a situação financeira do país, o risco envolvido e taxam supostamente em função disso. Mas sabe-se que não é assim. Há países como a Espanha que são altamente penalizados e outros como os EUA, a França, Inglaterra ou Alemanha que são altamente beneficiados.
Vir dizer que os investidores estão preocupados em saber como vai Portugal desencantar "os 9,7 mil milhões de euros de obrigações cuja maturidade terminam em Setembro de 2013 e que não estão cobertos pelo resgate de 78 mil milhões" e recordar que as yields das obrigações portuguesas a cinco anos continuam perto dos 16%, é mostrar como os mercados apenas querem ganhar dinheiro fácil com os aflitos. Seguem, aliás, o mesmo raciocínio que se aplica nos países em crise: quem paga mais é quem menos tem. Chama-se a isto justiça mercantil ou negócio. Antigamente chamavam-lhe agiotagem.

Sonae, amiga, o povo acredita na cantiga

«O volume de descontos concedidos em cartão e talão aos clientes das áreas de retalho da Sonae aumentou 23%, para 330 milhões de euros, em 2011 face a 2010, anunciou hoje o grupo. (...) "Num contexto económico adverso, a Sonae manteve-se ao lado dos seus clientes e daqueles que mais necessitam, contribuindo para aliviar as dificuldades que as famílias enfrentam", sustentou o presidente do conselho de administração da Sonae MC, Luís Moutinho.» (fonte)

Eis como as notícias servem interesses particulares. Quem passar os olhos pelo cabeçalho até pensa que a Sonae é generosa. Quem usa as lojas da empresa para fazer compras há muito percebeu que os descontos são uma miragem. Os preços sobem ali a um ritmo vertiginoso. Os descontos não passam de um engodo ou de um modo de chamar a malta para continuar a consumir.

Essa coisa proibida e nojenta

Fumar é cada vez mais atentar contra a moral e os bons costumes. Uma pessoa pode ser um crápula, fazer a vida negra aos outros, tratar toda a gente como lixo - coisas que se desculpam se a pessoa em causa for ou rica, ou televisionável, ou um político. Já se fumar um cigarro é banido do grémio. Que o diga Fábio Coentrão.

15 março 2012

Um português que se enganou no sítio e na língua



“Chamo-me Clarence. Sou um ponto de acesso à Internet 4G.” A frase, estampada na t-shirt usada por Clarence e outros 12 sem-abrigo de Austin durante o festival de cinema, música e tecnologia South By Southwest, era um sinal para que todos os utilizadores de telemóveis, tablets e computadores portáteis que passeavam pelas ruas da cidade texana pudessem aceder à Web.

“O South By Southwest de 2012 pode ser resumido desta forma: uma empresa de marketing com um nome impossível, chamada Bartle Boogle Hegarty, está a levar a cabo uma pequena experiência de ciências humanas denominada 'Homeless Hotspots'. Dão aparelhos de acesso à Internet a pessoas sem-abrigo, juntamente com uma t-shirt. Na t-shirt não está escrito ‘Eu tenho um ponto de acesso 4G’. Está escrito ‘Eu sou um ponto de acesso 4G’”.

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28 fevereiro 2012

Das câmaras indiscretas

A televisão é boa quando é porta-voz dos interesses que o governo representa, mas péssima quando mostra inadvertidamente aquilo que não era suposto ver-se. Portugal ainda há pouco se ria com a postura do senhor ministro das finanças portuguesas, em tudo distinta da que tem quando dá conferências de imprensa. Víamo-lo meio encavacado, não por causa de S. Exa. o senhor Presidente da República Portuguesa mas para corresponder à enfadada generosidade de um alemão.
Agora vemos Wolfgang Schäuble, ministro das Finanças de Berlim, a jogar sudoku enquanto o Parlamento discute um novo resgate à Grécia. O homem não se interessa por miudezas. Não. Um joguinho de sudoku sim, dá um bocado de adrenalina.


24 fevereiro 2012

A crise cá e noutros lados

Portugal está no grupo de países com maiores desigualdades em termos de rendimento disponível das famílias, sendo o terceiro com maior desigualdade em rendimento de trabalhadores a tempo inteiro, diz a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico. (fonte)
Entre os 17 países do euro, os quatro países do Sul - Portugal, Grécia, Espanha e Itália - que estão a realizar maiores esforços de consolidação orçamental são precisamente aqueles que enfrentam um panorama mais negro. Todos estarão este ano em recessão, o que já era esperado para Portugal e Grécia, que terão um crescimento de menos 3,3 e menos 4,4%, respectivamente. A surpresa surge em Espanha e Itália, cujo PIB sofrerá uma contracção de 1 e 1,3%, respectivamente, contra uma progressão de 0,7 e 0,1% esperada há três meses. (fonte)
A receita aplicada, como se ouve repetir até à náusea, é boa. Para quem? Segundo o jornalista e investigador espanhol Santiago Camacho, autor do livro "A Troika e os 40 Ladrões", "Os Estados como Portugal, Grécia, Itália e Espanha têm dívidas, mas uma boa parte dos défices públicos ficaria resolvido se não fossem as enormes fraudes cometidas por empresas que estão a pagar muito menos impostos do que aquilo que deveriam de facto pagar porque utilizam mecanismos de engenharia financeira através da banca offshore". Já "em Espanha, as empresas que fazem parte do índice bolsista estão a descontar em impostos uma quantidade ínfima em relação aquilo que deveriam pagar porque utilizam filiais nas ilhas Marshall, no Lichtenstein, nas ilhas Caimão e que ficam com todo o dinheiro. Se a fraude e a evasão fiscais dessas empresas fosse combatida em Espanha, na Grécia e em Portugal o défice seria anulado".
Camacho advoga que está na hora de "os países que estão a ser atacados pela crise dizerem que estas medidas não servem de nada e que é preciso repensar a economia desde o ponto de vista do interesse dos cidadãos e não em benefício dos bancos que foram os que nos atiraram para esta situação".
Mas para isso era preciso que a democracia funcionasse, ou seja, que as pessoas dissessem basta! Ora, a democracia precisa de partidos e os do arco de poder estão reféns da banca e de instituições afins.

20 fevereiro 2012

Da democracia e do dinheiro

Os governos cortam e onde se notam logo os cortes é nos salários e no emprego. O emprego cai, os salários das maiorias baixam e os mercados sorriem de satisfação. Ao desemprego junta-se a exclusão social, o aumento das desigualdades e da pobreza, a rotina da humilhação, o desmembramento da dignidade humana (isso em que supostamente assentam as constituições de todos os países europeus). A hierarquia de valores inverteu-se e o dinheiro sobrepõe-se à vida das pessoas. Podem morrer milhares, isso são migalhas num negócio de biliões.
Wolfgang Munchau, colunista do "Financial Times", acusa a Alemanha de ter tentado que a Grécia adiasse as eleições e permanecesse com o Governo liderado por Lucas Papademos. Mas as acusações não ficam por este ponto. O colunista diz mesmo que “a estratégia da Alemanha parece ser fazer a vida tão miserável que os próprios gregos vão querer sair da Zona Euro.” “É uma estratégia de suicídio assistido” e “extremamente perigosa e irresponsável.”

Pequenas coisas sem importância

Independência é uma palavra redonda, cheia de ondulações, musical. E também rica de sentido. Segundo o dicionário Houaiss, tomo IV, pág. 2078, é o estado, condição, carácter daquele que goza de autonomia, de liberdade em relação a alguém ou alguma coisa.
Ora, como nos vêm ensinando muitos autores, desde antiguidade, passando pelo século XVII e seguintes, é uma fantasia a que alguns se entregam e que costumam pagar com a vida.
O mundo de hoje, tão informativo, é um mundo cheio de independentes. A informação é independente, mas em dando-se o caso de ser indiscreta pode-lhe acontecer como a António Galvão (o repórter de imagem da TVI que captou a polémica conversa a 9 deste mês, entre Vítor Gaspar e Wolfgang Schäuble), que passa a estar impedido de aceder à sala onde se reúnem os ministros da União Europeia, pelos serviços de imprensa.
Noutra parte do globo, esse lídimo representante do povo russo (que é apelidado nas ruas de aldrabão e de vigarista) chamado Vladimir Putin tem a vitória assegurada na primeira volta das eleições presidenciais. Ele sabe como ninguém que teclas tocar para pôr os russos a dançar ao som da sua orquestra. E já prometeu um rearmamento “sem precedentes” da Rússia. Ah o orgulho russo. Ah o mundo belo em que vivemos, a caminhar contente e tranquilo para um regresso em força das ditaduras, em nome do enriquecimento da meia dúzia do costume, e num tempo supostamente de informação.

15 fevereiro 2012

A choldra da Europa comunitária

A Comunidade Europeia mostra-se tal como é: uma farsa. Nada de comunidade e muito do E que deixou cair, Económica. O que interessa, sempre, é o plim. O resto é uma velha cantiga que continua a ter os seus efeitos sociais.
Desde que os bancos alemães, franceses e outros se livraram da dívida grega que o "risco de contágio" se tornou irrelevante. E logo começaram os arautos a apregoar a cantilena da saída do euro da Grécia. Países que têm latente uma forte tendência de extrema-direita (populismo disfarçado de patriotismo, negócios de milhões em nome das pátrias) como a Alemanha, a Holanda e a Finlândia começam a subir o tom e a revelar-se a cloaca, senão mesmo a latrina que são.
Abençoado presidente grego Carolos Papouilas que pergunta e bem: "Quem é o Sr. Schauble para criticar a Grécia?"
Mesmo gente nascida na Grécia não se enxerga e vem com a prosápia rançosa da publicidade, como esse deputado alemão de origem grega, Yiorgos Chatzimarkakis, militante do Partido Liberal incorporado na coligação Merkel. Propõe ele que “Para um honesto ‘new beginning’, a constituição grega deve ser escrita a partir do zero e o país deve passar a ser conhecido em todas as línguas como ‘Hellas’, porque precisa de uma nova imagem.”
A idiotice levou a Europa a este beco. Será que os europeus têm tomates para sair da choldra em que estão atolados?
Se houver mudança no país de Sarkozy, pode ser que a Europa comece a orientar-se numa direcção menos infecta. Por ora resta-nos fazer como Cossery e olhar para esses burocratas com escárnio e altivez.

10 fevereiro 2012

Quanto mais preocupados com o dinheiro

mais comprovam que o dinheiro é, de facto, o que os move. E assim são muitos políticos. Trabalham sempre com um objectivo claro: o enriquecimento pessoal. Enchem a boca para falar da sua localidade, da sua região, do seu país, mas não passa disso: ar e vento, balelas.
Veja-se o caso desse grande representante da direita europeia que é Nicolas Sarkozy. Gasta quantias astronómicas ao erário público. O orçamento do Eliseu ultrapassa as despesas anuais da Rainha Isabel II de Inglaterra.
As manias da grandeza fazem lembrar as de qualquer pato bravo ou novo-rico: o presidente gasta, por dia, 12 mil euros em alimentação, tem 121 carros estacionados no Eliseu (o dobro da frota do ex-presidente, Jacques Chirac) e usou quase 260 milhões de euros de dinheiro público para comprar e manter o seu Airbus A330 (baptizado de Air Sarko One).
É este mesmo homem que quer fazer referendos... sobre os benefícios dos desempregados e os direitos dos estrangeiros.
Há gente que tem os tiques da rainha dos croissants, Marie Antoinette. Vive em ambiente forrado a ouro enquanto na rua corre o cheiro fétido da fome.

09 fevereiro 2012

Alemanha e Madeira

As estratégias de que se serviu Merkel para chegar ao poder são afins das que se servem Alberto João Jardim e outros para o mesmo. Os alemães há muito vivem noutra dimensão económica. E têm acesso a outros níveis de formação. Mas nem por isso deixam de ser egoístas.
O egoísmo madeirense permite que JJ conserve o poder há três décadas. E isso tem custos. Custos elevados. Os alemães podem encher o peito de ar e apontar baterias à Madeira ou a Portugal. Mas quando Passos Coelho ou Sarkozy se encostam a Merkel ela dá apoio e isso vale muito mais, simbólica e efectivamente, do que o blá blá das parangonas.
De resto, a Madeira recebeu dinheiro porque os seus projectos foram validados. E também na Alemanha há casos de corrupção e de fundos públicos que vão parar aos bolsos de certos tubarões (o que não é de molde a desenvolver a economia ou a competitividade).

Os preconceitos alemães

O partido e apoiantes da senhora Merkel mantêm tiques e comportamentos que levaram a Alemanha às duas grandes guerras. São arrogantes e pretenciosos e estão convencidos de que ajudar um país é impor-lhe a sua vontade.
A Europa nunca foi e não é um estado, mas um conjunto de países com história e mentalidades diferentes que ainda há não muito se digladiavam. Circunstâncias económicas deste início de século e opções políticas/económicas desastrosas (nomeadamente de bancos) legitimaram a necessidade de países tão diferentes como a Islândia, Grécia, Irlanda e Portugal terem de recorrer a instituições como o FMI para terem dinheiro. A Europa da CE, se não fossem as decisões políticas tomadas, poderia e deveria ter mecanismos de apoio que facilitassem aos países carenciados cumprir as suas obrigações e reestruturar as economias nacionais para se desenvolverem e poderem pagar as dívidas contraídas.
Mas não só a Europa não ajuda como é parte do problema. Estivéssemos noutro século e estaríamos já perante uma situação de guerra na Europa. A Alemanha comporta-se como uma menina mimada, que quer à viva força impor o seu modelo de sociedade, de vida, de mentalidade aos gregos. E fá-lo com armas mais mortíferas do que os mísseis: com dinheiro.
Os gregos terão os seus defeitos, mas não são parvos. Sentem na pele a merda que o mundo mercantil ali despeja. E descobrem-se, como em todo o lado, impotentes para travar uma estratégia mundial de destruição da dignidade humana. O que vale, sempre, por inércia e por costume, é a lei da selva ou a lei do mais forte.
A Alemanha tem tiques autoritários. E o autoritarismo faz crescer ódios que acabarão por vir ao de cima. Como é o que se verá durante esta década.

24 janeiro 2012

O estranho caso das crianças desaparecidas

Eis um caso a seguir com atenção pela APCD: no ano em que as Finanças exigiram o número de contribuinte dos filhos para poderem entrar no IRS dos pais, "desapareceram" 111 mil crianças das declarações.
A polícia não tem mãos a medir. Talvez por estarem a olhar para o céu, a ver se percebem as mudanças nas hierarquias.
Dar-se-á o caso de tal desaparecimento ser um prenúncio do apocalipse? O sol está a enviar em direcção à Terra partículas com carga eléctrica.
Ai tantos sustos que abalam o mundo em geral e o nosso país em particular.

18 janeiro 2012

Confirma-se. O quê? Olha, não sei, ratices, talvez

Isto parece o pim pam pum, cada bola mata um. De um lado, Joseph Stiglitz assegura que a política de austeridade, seguida pela generalidade dos países europeus, apenas vai deteriorar a situação. Não só porque reduz a dimensão do PIB, mas também porque faz com que caiam as receitas fiscais, fazendo com que a opção seja contraprodutiva.
Por outro lado, a Moody’s confirma, prevendo que Portugal, Espanha, Itália e Grécia estejam em recessão em 2012 e que haja um aumento das falências das pequenas e médias empresas nos quatro países.
Stiglitz constata que "os empréstimos não chegam à economia real. As pequenas e médias empresas não estão a obter os fundos de que precisam e as falências estão a alastrar”.

O mundo dos negócios sufoca-nos


Quantas leis não se têm feito para, supostamente, nos defenderem, embora apenas sirvam estratégias de grandes grupos económicos e financeiros?
Nos EUA, pátria da liberdade, há quem queira dinamitar a internet. Não é na China, no Líbano, no Egipto ou noutros países assim. Não, é nos EUA.
A defesa dos "nossos" interesses, como não poderia deixar de ser, é encabeçada por um republicano. Os tais que nunca querem mexer na lei de uso de porte de arma, em nome da liberdade. Mas querem limitá-la onde se sentem mais ameaçados, na internet.
Entre sopas e pipas (o Stop Online Piracy Act -SOPA- e o Protect IP Act -PIPA), navega Lamar Smith, coadjuvado por empresas como a NBC e ABC ou como a Nike e a Ford, que, como se percebe, são grandes defensores dos direitos de autor. Querem que o Departamento de Justiça norte-americano possa pedir uma ordem judicial para encerrar ou bloquear o acesso a sites que considere estarem a disponibilizar ou facilitar o acesso ilegal a músicas, filmes ou outro género de obras protegidas. Admitem também que o procurador-geral norte-americano possa exigir a remoção de sites das pesquisas nos motores de busca.
O primeiro passo é este. Seguir-se-á a manobra de fechar sítios online por veicularem informação contrária aos interesses A ou B. Chama-se a isso censura ou D-I-T-A-D-U-R-A do poder contra a liberdade individual.
Felizmente, a resposta não tardou e vários sítios, como a Wikipedia afirmam: "Há mais de uma década que gastamos milhões de horas a construir a maior enciclopédia da história da humanidade. Agora, o Congresso dos Estados Unidos está a discutir legislação que pode matar uma Internet livre e aberta. Durante 24 horas, como forma de sensibilização, a Wikipedia está em baixo".



A Wired corresponde, censurando as entradas de textos e imagens.



Outros fizeram o mesmo e bloquearam total ou parcialmente o acesso às suas páginas, em protesto contra duas leis em discussão no Congresso norte-americano que poderão afectar o funcionamento de sites registados fora dos Estados Unidos.

Os republicanos são um atentado à liberdade dos cidadãos.

12 janeiro 2012

15 anos de recessão na Europa

O que provoca a austeridade? Recessão. Há quem garanta que será de três lustros. Se a Europa continuar sob a dupla batuta Merkozy.

04 janeiro 2012

Depois de nós a Espanha? Ou a Itália?

«O risco da dívida de Espanha está hoje a disparar, devido à notícia que indica que o Governo estará a ponderar um pedido de ajuda externa para recapitalizar a banca do país. As nações afectadas pela crise da dívida não escapam também a esse agravamento.
Uma subida dos “credit-default swaps” – instrumentos que se assemelham a um seguro contra o incumprimento da dívida – sinaliza uma deterioração da percepção que os investidores têm relativamente à dívida que protegem.» (aqui)
Ai se a Espanha cai...