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outubro 18, 2016
Relógios assassinos: cientistas contabilizam os custos económicos e de saúde de mudar a hora
Minha tradução livre e pessoal do artigo «Killer clocks: Scientists count the health and economic costs of changing the time», um artigo de Herbert Vytiska para a EurActiv.
Estamos outra vez num daqueles momentos de cada ano, em que os europeus coçam a cabeça e se questionam se os relógios irão avançar ou recuar uma hora. Mais uma vez, os especialistas questionam a justificação para esta prática.
Durante bastante tempo, os críticos têm tentado provar que a mudança do tempo já não é útil. E agora recorrem à ciência para tentarem provar o seu ponto de vista.
A Turquia não vai mais mudar os seus relógios e vai continuar a praticar o horário de verão no inverno. Isso significa que, quem viaja para Istambul a partir da Europa Ocidental, terá que adiantar os seus relógios duas horas em vez de uma.
Numa conferência em Bruxelas, Russell Foster, professor de neurociência na Universidade de Oxford, e Till Roenneberg, professor de psicologia médica da Universidade de Munique, apresentaram as suas descobertas sobre como mudar os relógios afecta os padrões de sono.
A conclusão foi contundente: atrasar os relógios não traz economia de energia, tem riscos significativos para a saúde e acarreta um elevado custo para a economia.
Os cientistas não adoçam as suas palavras e tentam provar que a mudança da hora tem um efeito dramático sobre as funções físicas e mentais, por mexer com os nossos relógios biológicos. As crianças e os idosos levam semanas até superarem os efeitos da mudança. Além disso, foram registados um aumento em acidentes de trânsito e complicações em cirurgias.
Além dos efeitos nocivos sobre a saúde das pessoas, a economia também sofre. Os especialistas calculam que a mudança bianual custa à UE entre 1% e 2% do seu PIB, sendo esse custo, na sua maioria, directamente ligado aos problemas de saúde listados acima. Isto significa que quase € 300 mil milhões são perdidos todos os anos.
O Austríaco Heinz Becker, deputado do Parlamento Europeu, viu o suficiente nos dados científicos para convidar a Comissão Europeia a "finalmente tomar medidas" e pôr fim a uma prática que "só faz mal". Além disso, ele apelou a Violeta Bulc, a Comissária que ele considera responsável pela matéria, para parar de se recusar a avaliar os riscos da mudança da hora.
O extinto Império Alemão foi o primeiro país a implementar o horário de verão, em 1916.
Este tem sido sempre um assunto controverso. A maioria dos retalhistas e dos praticantes de desportos são a favor, pois permite-lhes aproveitar a luz do sol depois do trabalho. Mas os agricultores não têm sido sempre fãs deste procedimento.
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novembro 23, 2015
e o senhor doutor Cavaco Silva, Aníbal, insiste, insiste...
Fica uma vez mais provado que um dos problemas que aflige este País é a incompetência atroz dos seus gestores.
O senhor em funções de presidente da República quer mais esclarecimentos do senhor António Costa. O senhor de Boliqueime considera assisado o que assisado não é.
O governo proposto é do PS. Ponto final, aqui.. e já vai para dois meses.
Depois, vem a consideração de que tal circunstância conta com o apoio parlamentar de vários partidos.
Não é um governo de uma qualquer coligação, chiça! É - vou dizer outra vez - um governo do PS. No caso, com garantias de apoio parlamentar maioritário.
Se será, em futuro mais ou menos longínquo, estável ou não esta solução governativa é coisa que não pertence às competências do senhor de Boliqueime nem de qualquer outro senhor que ocupe as mesmas funções.
Será, tão-só, do foro íntimo e estrito das forças políticas envolvidas o relacionamento, presente e futuro, qualquer que ele venha a ser, que manterão entre si. Se não se entenderem, cairá o governo. Ou não será assim? O que é que não se percebe, aqui chegados?
Por outro lado, se, um destes dias, o BE ou o PCP obtiverem uma maioria parlamentar em eleições, o que é que o senhor de Boliqueime faria se ainda cá morasse? Uma birra, a bater com as chancas no chão? Uma raivinha de dentes? Dar-lhe-ia uma sulipampa, quiçá o badagaio?
Mas que raio de abetardas nos vão caindo na sopa...! E é que, depois, com as asas ensopadas, não levantam voo nem por um decreto!
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julho 01, 2015
As demagogias servidas sempre à Hora Nobre
Agora que estamos neste turbilhão a reboque das Grécias deste mundo, e sujeitos às lavagens de cérebro à hora nobre, em que misturamos a sopinha do jantar com os temperos de retórica e argumentos, lá vem mais uma vez esta figura destilar a TINA para cima das nossas angústias e preocupações. E a culpa, a enorme culpa que nos faz expiar até à última lágrima, até ao último tostão, é sempre do que veio de trás, que deu cabo de tudo e que estes agora estão a endireitar....
E é vê-lo e ouvi-lo a ler o tele-ponto inchado de vaidade e certezas, de pose alinhada e frases decisivas. Figura diferente faz quando é posto perante o contraditório e opiniões diferentes como se pode de vez em quando assistir.
Duas enormidades deu-as no dia 30 de Junho, Sic Notícias, em confronto com Pedro Marques Lopes, em debate sobre a situação da Grécia, quando surgiu o propósito do número de empresas que em consequência das receitas da Troika fecharam as portas, assim como do número de desempregados e aumento de pobreza:
1: As empresas que fecharam, com o consequente desemprego, tiveram de fechar, porque eram a parte da economia que não existia! Ou seja, eram a cara da dívida!
2: Os números são mais importantes do que as pessoas. Primeiro veio o número e só depois é que chegaram as pessoas.!
Extraordinário! Para quem ainda alimenta alguma ilusão quanto ao que vai na cabeça deste(s) senhor(es), eis que as patinhas de veludo e a conversa mansa que nunca me enganou, põe as garras, de unhacas afiadas, de fora.
Com a Grécia na situação em que se encontra, depois dos governos Gregos anteriores terem feito tudo o que a Troika exigia, eis que mais uma vez se invertem os dados, e os que deram o assentimento a todas as tropelias que arruinaram o País são os bons , ...e veio o Siriza estragou tudo.....
Mas como para a demagogia há sempre os factos, eis que sem escrever mais uma linha, transcrevo o que abaixo se pode consultar, copiado desta fonte, que embora faça algumas considerações marginais com cuja concordância se pode colocar em questão, relata no essencial o factual do nosso universo de dados.
1. NÂO TINHAMOS DINHEIRO PARA SALÁRIOS
nenhum país do mundo cuja oposição impeça o pedido de empréstimos terá dinheiro para pagar os seus salários…NENHUM, nem Alemanha, nem china, nem estados unidos.
o senhor comentador “esquece-se” de dizer em que momento o ministro das finanças disse isso. Foi depois do PSD impedir o PEC4 e quando os juros para empréstimos já ia em 7% .esse “esquecimento” não é isenção…é manipulação de massas. O PSD queria subir ao poder, e tudo valia a pena, colocando o FMI e destruindo Portugal
nenhum país do mundo cuja oposição impeça o pedido de empréstimos terá dinheiro para pagar os seus salários…NENHUM, nem Alemanha, nem china, nem estados unidos.
o senhor comentador “esquece-se” de dizer em que momento o ministro das finanças disse isso. Foi depois do PSD impedir o PEC4 e quando os juros para empréstimos já ia em 7% .esse “esquecimento” não é isenção…é manipulação de massas. O PSD queria subir ao poder, e tudo valia a pena, colocando o FMI e destruindo Portugal
2. O AUMENTO DA DIVIDA DESTE GOVERNO É HERANÇA DE SOCRATES
O comentador “esquece-se” de dizer qual a percentagem dessa herança de Sócrates no aumento da divida? Também se esquece de qual a percentagem de Santana, Cavaco, e os outros governos? Sabem quem foi o único governo a baixar os gastos do estado em relação ao PIB na historia da democracia? Sabem quando crescemos mais nos últimos 20 anos? sabem quando houve mais progressos na saúde, no ensino, na reforma da Segurança Social?
As alterações de suprimentos da Parpública num dos veículos para o BPN, foi 750 milhões (“HERANÇA” DE SOCRATES FOI APENAS 1% no ano de 2012) em 2011 pouco mais de 2% dos 38,2 mil milhões (com o BPN e SCUTS).
Se pegarem na divida em rácio com o PIB…Sócrates vence a milhas;
Se pegarem na divida com valores brutos…é ela por ela;
(ficam as duas a rondar os 37MM e 38MM de euros, já com a herança descontada)
A diferença está, que no primeiro caso, não estávamos em recessão, tínhamos um superavit em 2009 (antes do pec4), não tínhamos o desemprego a 16,6%, não tínhamos uma recessão nunca vista em Portugal, não tínhamos uma destruição do estado Social, não tínhamos uma paragem de todos os investimentos públicos que pudessem fazer a economia mover-se, não tínhamos vendido tudo que dava lucro ao Estado, não vivíamos numa sociedade de direita Neo-Darwinista, onde salvam-se só os mais fortes…
O comentador “esquece-se” de dizer qual a percentagem dessa herança de Sócrates no aumento da divida? Também se esquece de qual a percentagem de Santana, Cavaco, e os outros governos? Sabem quem foi o único governo a baixar os gastos do estado em relação ao PIB na historia da democracia? Sabem quando crescemos mais nos últimos 20 anos? sabem quando houve mais progressos na saúde, no ensino, na reforma da Segurança Social?
As alterações de suprimentos da Parpública num dos veículos para o BPN, foi 750 milhões (“HERANÇA” DE SOCRATES FOI APENAS 1% no ano de 2012) em 2011 pouco mais de 2% dos 38,2 mil milhões (com o BPN e SCUTS).
Se pegarem na divida em rácio com o PIB…Sócrates vence a milhas;
Se pegarem na divida com valores brutos…é ela por ela;
(ficam as duas a rondar os 37MM e 38MM de euros, já com a herança descontada)
A diferença está, que no primeiro caso, não estávamos em recessão, tínhamos um superavit em 2009 (antes do pec4), não tínhamos o desemprego a 16,6%, não tínhamos uma recessão nunca vista em Portugal, não tínhamos uma destruição do estado Social, não tínhamos uma paragem de todos os investimentos públicos que pudessem fazer a economia mover-se, não tínhamos vendido tudo que dava lucro ao Estado, não vivíamos numa sociedade de direita Neo-Darwinista, onde salvam-se só os mais fortes…
3. O SÓCRATES É O MONSTRO DAS PPPs
A Ernst & Young, no estudo de 36 contratos aponta que estradas representem encargos líquidos futuros da ordem dos 8,7 mil milhões de euros (cerca de 74% do valor anterior, menos que a divida escondida da MADEIRA).
Sócrates conseguiu reduzir os encargos líquidos por via da renegociação dos contratos que permitiu introduzir portagens. De um lado fala-se dos valores brutos (48MM), do outro dos valores líquidos.
O que importa mais? o que se gasta…ou o que se gasta menos o lucro??
o ideal era ninguém pagar pelas portagens…mas qual o mal do utilizador pagador??? (até é de direita essa lógica)…
Mas conhecem alguma SCUT que não seja essencial? E Hospital?
Sabiam que os custos (embora elevados) dos hospitais PPPs, são mais baixos que se fossem 100% do Estado?? Mais barato só se não existissem…(lógica neo-liberal)
Das 22 PPP rodoviárias existentes, o Executivo Sócrates lançou apenas oito.
(não sabiam?? pois…a lavagem cerebral foi mesmo muito boa)
E este governo o que fez? NADA, ABSOLUTAMENTE NADA
A Ernst & Young, no estudo de 36 contratos aponta que estradas representem encargos líquidos futuros da ordem dos 8,7 mil milhões de euros (cerca de 74% do valor anterior, menos que a divida escondida da MADEIRA).
Sócrates conseguiu reduzir os encargos líquidos por via da renegociação dos contratos que permitiu introduzir portagens. De um lado fala-se dos valores brutos (48MM), do outro dos valores líquidos.
O que importa mais? o que se gasta…ou o que se gasta menos o lucro??
o ideal era ninguém pagar pelas portagens…mas qual o mal do utilizador pagador??? (até é de direita essa lógica)…
Mas conhecem alguma SCUT que não seja essencial? E Hospital?
Sabiam que os custos (embora elevados) dos hospitais PPPs, são mais baixos que se fossem 100% do Estado?? Mais barato só se não existissem…(lógica neo-liberal)
Das 22 PPP rodoviárias existentes, o Executivo Sócrates lançou apenas oito.
(não sabiam?? pois…a lavagem cerebral foi mesmo muito boa)
E este governo o que fez? NADA, ABSOLUTAMENTE NADA
Ao tornar Sócrates mais negro que carvão…tentam fazer com que este governo pareça branco e imaculado…São todos cinzentos…~
Das considerações marginais estamos falados, mas os factos, são factos, estejam ou não em registo 44
Das considerações marginais estamos falados, mas os factos, são factos, estejam ou não em registo 44
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junho 06, 2015
A Falácia da insustentabilidade da Segurança Social, a grande Burla
...ninguém vive, depois das reformas, novamente os 40 ou 50 dos anos que fez de descontos, e uma parte considerável, morre antes disso e nunca chega a receber coisa alguma...
Está na ordem do dia o debate sobre o futuro, - necessariamente breve, pelas razões biológicas incontornáveis- de quem já deu à sociedade os melhores anos da sua vida, e que espera que ao último quartel da sua existência, possa chamar efectivamente "o descanso do guerreiro".
Sendo o território o das expectativas, da relativa independência e fundamentalmente, da dignidade, é objectivamente tanto mais importante quanto mais alta é a faixa etária, mas faz parte, desde muito cedo, das preocupações individuais.
Muito se tem debatido sobre o tema, com mais ou menos isenção, com mais ou menos distorção das realidades, mas este trabalho faz uma reflexão e análise concisa e objectiva, e desmonta de forma muito simples toda a nuvem de medo e demagogia que se tem lançado sobre a máquina que sustenta o tabuleiro das reformas, em última análise, a contribuição colectiva, todos nós.
O artigo está muito bem escrito, sintético e esclarecedor.
Factual até e indesmentível. Não há lugar para maquinações efabulásticas (permita-se me a liberdade) pois os factores estão reduzidos a valores mensuráveis.
De facto o que se passa é que as pensões são mais um enorme fundo de milhares de milhões, apetecível demais para ser desperdiçado pelos predadores.
O argumento da insustentabilidade cai pela base, sem recorrer-se a equações matemáticas, bastando para tal duas ou três perguntas/respostas:
1-Se os fundos de pensões são um buraco, ou seja: dão despesa, porque é que os governos foram sucessivamente a fundos PARTICULARES levantar milhares de milhões?
A resposta é: porque estavam la em ACTIVOS, não eram portanto dívida.
(vá lá em modernês, onde dívida renasce sob a magnificência conhecida como activo negativo)
2-As pensões que esses fundos proviam, passaram a ser pagas por quem?
Resposta:
Transitaram para o aumento das despesas da Segurança Social que teve de passar a pagá-las, sem qualquer contrapartida ou entrada de dinheiro pois os fundos surripiados, e que proviam essas reformas, foram para o orçamento geral do Estado e não para a S.S.
Um abuso de confiança portanto.
3-Não recebemos de acordo com o que descontamos e o Estado tem de completar, o que é um fardo grisalho terrível equiparado à Peste.
Resposta: Mentira!
O Estado, como patrão, não faz os descontos por cada funcionário do Estado como todo o tecido empresarial tem de fazer. O dinheiro que põe todos os meses para completar as pensões é parte da obrigação que mesmo assim fica aquém do devido.
Por outro lado, (quase) ninguém vive, depois das reformas, novamente os 40 ou 50 dos anos que fez de descontos, e uma parte considerável morre antes disso e nunca chega a receber um tostão.
Assim sendo, uma outra pergunta sub jaz: onde está todo esse dinheiro? E as capitalizações, etc? .....
As nossas reformas, actuais ou futuras, não são um encargo para o Estado e muito menos ainda um favor. São antes um DIREITO que compramos ao longo da vida, um investimento muito proveitoso para o Estado que se assume como administrador de verbas para as quais não contribui com coisa alguma.
É portanto, o mecanismo de segurança social, um grande negócio, se assim não fosse não estariam os abutres do costume de garras e bicos afiados para se atirar à carniça dos fundos de pensões.
Está na ordem do dia o debate sobre o futuro, - necessariamente breve, pelas razões biológicas incontornáveis- de quem já deu à sociedade os melhores anos da sua vida, e que espera que ao último quartel da sua existência, possa chamar efectivamente "o descanso do guerreiro".
Sendo o território o das expectativas, da relativa independência e fundamentalmente, da dignidade, é objectivamente tanto mais importante quanto mais alta é a faixa etária, mas faz parte, desde muito cedo, das preocupações individuais.
Muito se tem debatido sobre o tema, com mais ou menos isenção, com mais ou menos distorção das realidades, mas este trabalho faz uma reflexão e análise concisa e objectiva, e desmonta de forma muito simples toda a nuvem de medo e demagogia que se tem lançado sobre a máquina que sustenta o tabuleiro das reformas, em última análise, a contribuição colectiva, todos nós.
O artigo está muito bem escrito, sintético e esclarecedor.
Factual até e indesmentível. Não há lugar para maquinações efabulásticas (permita-se me a liberdade) pois os factores estão reduzidos a valores mensuráveis.
De facto o que se passa é que as pensões são mais um enorme fundo de milhares de milhões, apetecível demais para ser desperdiçado pelos predadores.
O argumento da insustentabilidade cai pela base, sem recorrer-se a equações matemáticas, bastando para tal duas ou três perguntas/respostas:
1-Se os fundos de pensões são um buraco, ou seja: dão despesa, porque é que os governos foram sucessivamente a fundos PARTICULARES levantar milhares de milhões?
A resposta é: porque estavam la em ACTIVOS, não eram portanto dívida.
(vá lá em modernês, onde dívida renasce sob a magnificência conhecida como activo negativo)
2-As pensões que esses fundos proviam, passaram a ser pagas por quem?
Resposta:
Transitaram para o aumento das despesas da Segurança Social que teve de passar a pagá-las, sem qualquer contrapartida ou entrada de dinheiro pois os fundos surripiados, e que proviam essas reformas, foram para o orçamento geral do Estado e não para a S.S.
Um abuso de confiança portanto.
3-Não recebemos de acordo com o que descontamos e o Estado tem de completar, o que é um fardo grisalho terrível equiparado à Peste.
Resposta: Mentira!
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Exceptuam-se obviamente os miseráveis casos de inúmeras figuras públicas que auferem de forma indigna, elevadosmontantes do bolo colectivo. |
Por outro lado, (quase) ninguém vive, depois das reformas, novamente os 40 ou 50 dos anos que fez de descontos, e uma parte considerável morre antes disso e nunca chega a receber um tostão.
(Exceptuam-se obviamente os miseráveis casos de inúmeras figuras públicas que auferem de forma indigna, elevados montantes depredados do bolo colectivo)
Assim sendo, uma outra pergunta sub jaz: onde está todo esse dinheiro? E as capitalizações, etc? .....
Algures certamente,já que o dinheiro é a tal coisa Lavoisieriana, que nunca desaparece, muda é de mãos.
As nossas reformas, actuais ou futuras, não são um encargo para o Estado e muito menos ainda um favor. São antes um DIREITO que compramos ao longo da vida, um investimento muito proveitoso para o Estado que se assume como administrador de verbas para as quais não contribui com coisa alguma.
É portanto, o mecanismo de segurança social, um grande negócio, se assim não fosse não estariam os abutres do costume de garras e bicos afiados para se atirar à carniça dos fundos de pensões.
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maio 27, 2015
A sustentabilidade da Segurança Social e a camorra que tem desgovernado Portugal…
… Já lá vai para uma mão-cheia de anos.
A verdade é que, da miríade de comentadores, economistas,
jornalistas e outros mentirosos e/ou vigaristas em que a nossa «comunicação»,
pública ou privada, é fértil, não há um só que venha a terreiro denunciar a
falácia que consiste, no que às pensões de reforma se refere, em articular aquilo
que se desconta hoje (vamos chamar-lhe assim para mais elementar
conhecimento de todos, a começar por mim…) com aquilo que se recebe hoje.
Vejamos, todo o sistema foi desenhado no sentido único e
exclusivo de que o desconto que cada indivíduo fizesse ao longo da sua vida
activa, acrescido do desconto que a referida entidade patronal seja, também,
obrigada a fazer, integram o que esse mesmo indivíduo irá receber aquando da
sua passagem à reforma.
Obviamente, este esquema acima enunciado decorre através de regras
entretanto instituídas, de suposta equanimidade, e que alguns líricos chamam
«contrato social», mas contabilizando até todos aqueles que, por vícios do
anterior regime (e que, em tantos casos, se prolongaram pelo regime actual,
diga-se) nunca tiveram sequer oportunidade de descontar mas que, chegados ao
fim da vida activa, merecem a dignidade que elementares conceitos de humanidade
o 25 de Abril nos trouxe e a Declaração Universal dos Direitos do Homem nos confere.
E a verdade é que, montado o sistema, ele sempre foi
saudável e sustentado, e, muito extraordinariamente, ao longo dos anos
revelou-se mesmo excedentário, em termos de proventos, coisa que, bem vistas
todas as circunstâncias, era motivo de orgulho nacional e, afinal, um pilar,
também, da Democracia, pelo que representava de promoção de equidade e
correlativas dignidade e coesão nacionais.
Entretanto, os sucessivos governos que têm vitimado Portugal
descobriram esta verdadeira «mina de açorda»: um fluxo de dinheirinho fresco, à
mão de semear e sem guardiões à porta. E entrou-se no fartar vilanagem que nos
é tão típico. Desde os desvios, chamemos-lhes assim, «funcionais» a bem de orçamentos dignos de contorcionistas
de circo, até investimentos em «produtos tóxicos», sem rei nem roque, eis que
se esvaziam, até à insanidade, os cofres que estavam tão confortáveis.
Agora, aqui-del-rei que há muitos velhos a receber e poucos
jovens a contribuir, situação alta e escandalosamente agravada pelas políticas
suicidárias que têm recaído sobre o mercado do trabalho por força das quais, de
súbito, aquela escandaleira se torna gritante hoje, enquanto os seus fautores apenas esperavam essa
escandaleira para daqui a uns decénios.
Carecas descobertas, há que criar um «conflito geracional»
articulado com uma «crise demográfica» para «provar» que a Segurança Social,
ASSIM, não é sustentável.
Ah, aí estamos todos de acordo! Ainda para mais se
acrescentarmos «pormenores» como as reformas principescas atribuídos aos
membros das seitas envolvidas, que em meia-dúzia de anos (por vezes, nem tanto…),
se vêem a auferir reformas impensáveis para qualquer dos demais comuns mortais
que descontaram uma vida inteira.
Mas quem diz que tem de ser ASSIM? Se o Estado, através dos
tais desgovernantes, delapidou indecente e ilegalmente o dinheiro que não lhe
pertencia, não lhe resta mais nada senão repor o que esbanjou, pelo menos com a mesma celeridade com que
acorre às maleitas de BPN, BES e quejandos.
Claro que a complexidade do assunto será bem maior, mas esta
não deixa de ser a pedra de toque de todo o problema e qualquer aldrabão que o
sonegue não é mais do que isso mesmo: um reles aldrabão que, por inconfessáveis
desígnios, fez mão-baixa do que não lhe pertencia e, agora, ainda quer roubar
(e tem conseguido…) a miséria que a imensa maioria dos reformados portugueses
aufere para tapar o buraco que ele próprio criou. Será, pois, também, nada mais
que um reles ladrão, para além do qualificativo acima.
Entendamo-nos: quando nos vêm com tretas de que aquilo que
eu pago também se destina aos desgraçados que nunca descontaram… bem, esses
desgraçados eram-no já antes de 25 de Abril e a maioria, pela ordem natural das
coisas, já não aufere nada de lado nenhum. É que, vendo bem, já passaram mais
de quarenta anos… e não há assim tantos idosos centenários.
Não, hoje, os novos «desgraçados» são muitos políticos e gestores
e banqueiros e etc., que constituem a pandilha dos interesses instalados e que
se alcandoram a chorudas reformas para as quais nunca descontaram um cêntimo,
gozando despudoradamente com a nossa cara de parvos e de conformados. E, sim, é
para esses que eu estou a pagar, sem certeza nenhuma de que, quando chegar a
minha vez de passar à reforma, tenha qualquer coisa que se aproxime sequer
daquilo que me é devido e foi anunciado.
E, sim também, são esses mesmos os que contribuem para que
as novas gerações tenham o seu futuro hipotecado, com a permanente ameaça do
esgotamento da Segurança Social, pelo que são duplamente culpados.
E se vier daí alguém perorando que esta minha opinião é
demagógica, que mo venha dizer na cara, pois eu ando com tanta raiva a essa
gente e as eleições ainda demoram tanto que eu preciso mesmo é de um bode
expiatório para descarregar frustrações e outras inquietudes…
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junho 21, 2014
Junta-te aos bons e serás como eles; junta-te aos maus...
Por mais voltas que demos, uma verdade e uma mentira não conseguem, estatisticamente, resultar em duas meias verdades. Serve de exemplo este anúncio. Há aqui duas premissas: uma falsa e uma verdadeira: p- Cristiano é o melhor no seu campo, o futebol - premissa assumida, partilhada (dita em argumentação informação ´velha', verificável); de outro lado temos q - Anselmo Ralf é o melhor no seu domínio, a música - premissa não assumida, não partilhada (informação nova não verificável). Concordamos que a primeira, por ser verificável, é verdadeira; a segunda, não sendo verificável, não assumida e não verdadeira, é falsa.
O que é curioso é que a permuta dos atributos de p e q vão resultar em duas mentiras, porque quando A. Ralf cogita "Cristiano Ronaldo?! O Anselmo Ralf do futebol?!" deixa de ser possível agora assumir que CR é o melhor do futebol, pois foi plasmado numa imagem de um músico menor (e nós sabemos que isso é mentira, porque CR é o melhor do futebol) e quando CR pensa "Anselmo Ralf?! O Cristiano da música?!" tenta dar ao cantor um estatuto que não tem, porque sabemos que não é o melhor da música.
E eis aqui de como com uma verdade e uma mentira se fazem apenas duas mentiras: nem o CR é o A. Ralf do futebol (graças a Deus!) nem o A. Ralf é o CR da música (temos pena, mas não é mesmo!).
maio 17, 2014
O "AJUSTAMENTO" funcionou!!! Cada Português deve agora mais de 21.000€. Um êxito portanto....
![]() |
" se se perderam empregos, é porque havia empregos a mais,".(SIC Notícias, 16/05/2014) |
Não é por nada de especial, mas as pessoas que vendem certezas absolutas, deixam-me sempre de pé atrás.
Uma questão de feitio: só sei que nada sei, e quanto mais sei, mais sei que mais há para saber.
Por isso, por gostar de História, da grande e das pequenas, gosto de comparar as pessoas pelo que elas são agora versus o que foram. Muitas vezes -e isso é bom-, as pessoas ficam melhores, aprendem com a vida, aumentam horizontes, e ao ver mais sabem dizer aos outros que os ouvem o alcance da sua visão.
Outros, que passam a vida a dizer que o sol é quadrado, e explicam à saciedade, com a lógica da sua razão e artes de retórica, a bondade e precisão da sua análise, não aprendem rigorosamente nada.
Curiosamente, quando após uma manhã de nevoeiro o sol desponta com a sua redondez ingénua, ei-los a agitar diante dos olhos dos interlocutores, a caixa quadrada e perfeita dos seus argumentos que colocados diante do astro demonstra como ali não cabe o "Pi", que o corpo luminoso tem tanto de largura como de altura, que os lados são iguais, que o perímetro é L x 4, a sua área é LxL, e que ainda, os diversos triângulos em que podemos dividir a figura, tem em si a génese da trigonometria, catetos e hipotenusas, senos e cosenos.
É assim este José Gomes Ferreira.
Perante a desgraça deste "ajustamento" , com a falência, o desemprego, a emigração, o aumento da dívida que em Março de 2014 era de 212.323.491.343€ (21.323€ por cada Português, contra 18.430€ em 2011)* o figurão saiu-se com a tirada de que " se se perderam empregos, é porque havia empregos a mais, a economia estava acima das suas possibilidades reais". O mesmo para os restaurantes e demais empresas. Ou seja, O ajustamento funcionou, e agora é que estamos bem!!!!
Fantástico!!! Devemos agora mais e não temos nada e assim é que a coisa está bem....
Este JGF que esteve sempre alinhado com esta estratégia, um fiasco completo, agora que se acabou o dinheiro da Troika o qual em vez de servir para criar riqueza para abater dívida, serviu como ferramenta para a chantagem humilhante que levou às falências e ao assalto "privatizador" das nossas melhores empresas, não teve outra tirada senão a de que havia empregos a mais.
Sou no limite a concordar com ele: há de facto empregos a mais, a começar pelo dele.
Não há pachorra....
* dados do Banco de Portugal
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maio 06, 2014
«Dívida Pública Europeia - O grande truque!»
"Dívida Pública - David Copperfield não faria melhor! Neste vídeo com pouco mais de três minutos, temos a explicação de uma forma simples, que até uma criança consegue entender! Não são necessários grandes debates com economistas e políticos com palavras caras sobre esta matéria! Infelizmente ainda existe muita gente que anda alienada a falar de políticos, partidos e eleições, que não consegue ver um boi a dois palmos do nariz! Ainda acreditam que os coelhinhos e as pombitas habitam na cartola do mágico!"
maio 02, 2014
«Reflexões em Dó Maior» - António Pimpão

Já nem vale a pena perder tempo a invocar que ainda há poucos dias vários ministros nos diziam que não iria haver mais aumentos de impostos. Aos governantes, aos políticos, já os conhecemos de ginjeira, já sabemos que são pessoas sem palavra!...
Desta vez, o governo argumenta, em sua defesa, através do PM e do vice-PM, que não há aqui qualquer aumento de impostos atendendo a que a receita resultante não vai para o Estado, antes se destinando ao pagamento das pensões dos reformados. Como se as pensões não estivessem a ser pagas com os impostos dos trabalhadores e das empresas!...
Lamento, mas é um argumento que só pode ser invocado se o governo nos tomar por parvos e ignorantes, ou se nós o estivermos a ser.
Com efeito, não colhe dizer que não há aumento de impostos quando a correspondente receita tem uma finalidade específica. Isso seria o equivalente a dizer que não se pode falar em aumento de impostos quando são agravados e a sua receita se destina a pagar as PPP ou a pagar juros da dívida ou a cobrir o deficit das empresas públicas, etc, etc. Há aumento de impostos sempre que as pessoas passam a pagar mais imposto, como é o caso.
Uma questão diferente e que merece análise é se se justificava que houvesse um aumento de impostos para garantir a sustentabilidade das pensões. Em minha opinião, isso não se justifica.
Estando as pensões a ser pagas com a receita obtida em cada ano das contribuições diretas e indiretas dos trabalhadores ativos e sendo esta contribuição insuficiente, então seriam as pensões que deveriam baixar. De outra forma, está-se a sobrecarregar ainda mais os atuais trabalhadores no ativo, para sustentar as pensões em pagamento, sem que se possa garantir a sustentabilidade das pensões que irão receber quando mais tarde se reformarem.
Bem sei que esta questão das pensões é delicada, que a sua fixação criou legítimas espectativas aos reformados, mas há que, de uma vez por todas, encarar a questão de frente e com realismo: as atuais pensões foram estabelecidas quando a economia estava em permanente crescimento, quando a esperança de vida era baixa, quando os rendimentos eram mais elevados e quando havia mais pessoas a contribuir para a segurança social (e caixa geral de aposentações) do que a beneficiar de pensão. Tendo-se tudo isto alterado profundamente, sempre no mesmo sentido negativo, não é realista continuar a invocar os direitos adquiridos e as espectativas criadas. É claro que já há muito se deveria ter mexido no sistema, se deveria ter corrigido a trajetória, mas os políticos são vendedores de ilusões, pessoas sem realismo, sem conhecimentos e sem coragem. Tenho dito!
António Pimpão
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fevereiro 08, 2014
O povo tem fome...
O Povo tem o quê?
Tem fome?!
Hahaha
Oh-oh -oh...
Ora...dêem-lhe brioches!!!
O Povo tem fome?
oh......
Dêem-lhe Porsches!!!
... É de perder-se a cabeça...
Tem fome?!
Hahaha
Oh-oh -oh...
Ora...dêem-lhe brioches!!!
O Povo tem fome?
oh......
Dêem-lhe Porsches!!!
... É de perder-se a cabeça...
outubro 22, 2013
«Ricos pobres» - António Pimpão

Segundo Paulo Portas – ler notícia aqui – os mais pobres não se manifestaram no passado domingo.
Pode ser que tenha razão uma vez que, tirando o problema do desemprego – mas a isso ninguém tem escapado – os pobres têm sido relativamente poupados à presente crise. Com efeito, tem sido sobretudo a classe média a suportar a maior carga do brutal aumento de impostos dos últimos anos, sendo também a mais ameaçada pelos despedimentos e pela redução das suas pensões (atuais ou futuras). Daí que não surpreenda que seja principalmente a classe média – e, não, os pobres – a manifestar-se contra as duras políticas do governo.
António Pimpão
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outubro 08, 2013
Registo de marcas - um abuso dos agentes da propriedade industrial que se mantém desde há muitos anos
Os detentores de uma marca ou patente já devem ter recebido cartas como esta, de «agentes oficiais de propriedade industrial», cujo texto é abusivo e enganador, pois dá a entender, de forma enganosa, que essa renovação tem de passar por essa entidade remetente, quando os registos e renovações de marcas ou patentes podem ser feitos directamente no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) pelos interessados, sendo que se pode usar a sua página internet para esse fim, com custos até mais reduzidos em relação à tabela "normal".
Saturado de receber estas cartas, contactei o INPI, que me remeteu para a ACPI - Associação Portuguesa dos Consultores em Propriedade Industrial. Contactei esta Associação em Maio deste ano e recebi um e-mail em que me comunicavam ir analisar o assunto. E que "podemos desde já informar e sem qualquer juízo de valor sobre o teor da carta que nos enviou em anexo, que nem a empresa que figura no papel de carta nem quem a assina não são associados da ACPI". Depois de muitas insistências minhas e de enviar uma segunda carta de teor idêntico (de outra entidade), em 27 de Setembro recebi finalmente este e-mail da ACPI:
"Exmo. Senhor Paulo Moura,
A Direcção da ACPI analisou o seu email de 14 de Maio de 2013 que nos parece suscitar 2 questões:
- a entidade “Agente Oficial da Propriedade Industrial”;
- o alegado carácter “enganoso” da carta recebida.
Quanto ao primeiro aspecto, gostaríamos de esclarecer que o Agente Oficial da Propriedade Industrial é uma profissão legalmente reconhecida e regulamentada pelo Decreto Lei n.º 15/95, de 24 de Janeiro. O AOPI é um profissional especialmente habilitado, por investidura formal do INPI após a prestação de provas de aptidão, a praticar actos junto do INPI e a aconselhar os interessados sobre matérias de propriedade industrial. Trata-se de matérias frequentemente complexas e muito relevantes para a actividade económica das empresas em que, portanto, o papel do agente e consultor em propriedade industrial é fundamental.
Quanto ao segundo aspecto, queremos salientar, antes de mais, que a ACPI é uma associação privada, sem fins lucrativos, cujo objectivo é limitado à defesa dos direitos e interesses profissionais dos seus associados e à contribuição para o estudo e aperfeiçoamento das leis sobre a Propriedade Intelectual. Não compete à ACPI o sancionamento ou a aplicação de quaisquer penas disciplinares aos Agentes Oficiais da Propriedade Industrial. Nos termos do artigo 19 do DL n.º 15/95, de 24 de Janeiro, o regime sancionatório da violação dos deveres profissionais dos Agentes Oficiais da Propriedade Industrial deverá constar de diploma próprio, ainda não aprovado. A este respeito, a direção da ACPI irá tentar minorar este problema junto das entidades oficiais. Nas atuais condições, a ACPI pode apenas pronunciar-se sobre o cumprimento das regras definidas nos seus próprios Estatutos por parte dos seus associados.
No caso concreto, o Conselho Disciplinar, a quem foi pedido que se debruçasse sobre o conteúdo da sua carta, e a Direcção da ACPI entenderam que, à luz dos Estatutos da ACPI, não se verificam os pressupostos necessários para iniciar um procedimento disciplinar.
No entanto, a direção da ACPI compreendeu o problema que nos endereçou, com a possibilidade do texto ser entendido como enganoso. Neste sentido a ACPI vai enviar aos seus associados uma recomendação para que tentem utilizar uma linguagem que afaste a possibilidade de esses avisos serem classificados como enganosos.
Por último e relativamente à última carta que recebeu, o resultado seria o mesmo, uma vez que ninguém nesse escritório é associado da ACPI.
Com os melhores cumprimentos,
João Carlos Santana Jorge
Secretário-Geral"
Ou seja, trabalho há 30 anos e há 30 anos que vejo estas "cartas"... mas não há nenhum diploma legal que regulamente a actividade dos Agentes Oficiais da Propriedade Industrial?!
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outubro 05, 2013
"Em Portugal, ninguém está acima da lei" - Cavaco da Silva hoje
Ah, pois não! Nem precisam! Contornam-na!
junho 27, 2013
As Falácias sobre os Swaps. Eram assim tão más?
Por ser um campo fácil para demagogias e interpretações abusivas tendentes a tirar dividendos políticos, transcrevo na íntegra o corpo do artigo de António Costa.
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Os ‘swaps' do Governo exigem mais explicações.
A ideia de que um conjunto de gestores provocou ‘buracos' de três mil milhões de euros tem tudo para pegar fogo, mais ainda na situação económica e social em que os portugueses vivem. E é por isso que o Governo já deveria ter vindo a público, e não com comunicados lacónicos, explicar o que levou à demissão de Juvenal Peneda e Braga Lino. Por eles e pelo Governo, porque, do que se sabe, uma secretária de Estado central nas Finanças, Maria Luís Albuquerque, terá também feito operações de cobertura de risco através do recurso a operações ‘swap' quando passou na Refer.
Vamos por partes: a decisão de realizar contratos que são, na prática, seguros para evitar os impactos negativos dos financiamentos com base na taxa variável da Euribor, era, em 2006 e anos seguintes, não só aconselhável como necessária. Não era ilegal, menos ainda crime. E foram feitos contratos deste tipo por empresas públicas e privadas. Portanto, é fácil hoje, com a informação disponível, afirmar que a Euribor acabou por descer para valores inferiores a 1% quando entre 2005 e 2009 aumentou de 2% para mais de 5%.
É, depois, necessário esclarecer que não há um ‘buraco' de três mil milhões de euros, há uma perda potencial deste montante por parte das 14 empresas que realizaram contratos deste tipo, precisamente porque os juros acabaram por evoluir em baixa desde 2009. Dito isto, ainda assim, o Estado corre o risco de ter de assumir prejuízos, desde logo nas empresas que estão dentro das contas das Administrações Públicas, isto é, no perímetro do Estado, como são os casos do Metro do Porto, do Metropolitano de Lisboa ou da própria Refer.
Ora, se o primeiro-ministro decidiu manter Maria Luís Albuquerque e demitir os outros dois secretários de Estado, é porque realizaram operações que vão muito mais além de ‘simples' contratos ‘swap'. Só pode ter uma explicação aceitável: os dois ex-governantes não fizeram apenas cobertura de risco, pelo contrário, arriscaram o que não deviam. Mas, então, porque é que só agora são demitidos? E como ficam nomes como Rui Rio ou Marco António Costa que também passaram pela administração do Metro do Porto?
Enquanto o Governo não prestar os esclarecimentos totais, revelando o detalhe das operações realizadas, a sua natureza e o que o poderá ter de assumir de prejuízos e porquê, a credibilidade do Governo fica em causa, internamente, mas também externamente, junto de dezenas de bancos internacionais que assinaram aqueles contratos e que são, também, os futuros investidores de dívida pública portuguesa.
PS: Durão Barroso foi secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado e João Gomes Cravinho também. Ontem, tomou posse Francisco Almeida Leite. O problema não é do próprio. É de quem o escolhe
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Os ‘swaps' do Governo exigem mais explicações.
A ideia de que um conjunto de gestores provocou ‘buracos' de três mil milhões de euros tem tudo para pegar fogo, mais ainda na situação económica e social em que os portugueses vivem. E é por isso que o Governo já deveria ter vindo a público, e não com comunicados lacónicos, explicar o que levou à demissão de Juvenal Peneda e Braga Lino. Por eles e pelo Governo, porque, do que se sabe, uma secretária de Estado central nas Finanças, Maria Luís Albuquerque, terá também feito operações de cobertura de risco através do recurso a operações ‘swap' quando passou na Refer.
Vamos por partes: a decisão de realizar contratos que são, na prática, seguros para evitar os impactos negativos dos financiamentos com base na taxa variável da Euribor, era, em 2006 e anos seguintes, não só aconselhável como necessária. Não era ilegal, menos ainda crime. E foram feitos contratos deste tipo por empresas públicas e privadas. Portanto, é fácil hoje, com a informação disponível, afirmar que a Euribor acabou por descer para valores inferiores a 1% quando entre 2005 e 2009 aumentou de 2% para mais de 5%.
É, depois, necessário esclarecer que não há um ‘buraco' de três mil milhões de euros, há uma perda potencial deste montante por parte das 14 empresas que realizaram contratos deste tipo, precisamente porque os juros acabaram por evoluir em baixa desde 2009. Dito isto, ainda assim, o Estado corre o risco de ter de assumir prejuízos, desde logo nas empresas que estão dentro das contas das Administrações Públicas, isto é, no perímetro do Estado, como são os casos do Metro do Porto, do Metropolitano de Lisboa ou da própria Refer.
Ora, se o primeiro-ministro decidiu manter Maria Luís Albuquerque e demitir os outros dois secretários de Estado, é porque realizaram operações que vão muito mais além de ‘simples' contratos ‘swap'. Só pode ter uma explicação aceitável: os dois ex-governantes não fizeram apenas cobertura de risco, pelo contrário, arriscaram o que não deviam. Mas, então, porque é que só agora são demitidos? E como ficam nomes como Rui Rio ou Marco António Costa que também passaram pela administração do Metro do Porto?
Enquanto o Governo não prestar os esclarecimentos totais, revelando o detalhe das operações realizadas, a sua natureza e o que o poderá ter de assumir de prejuízos e porquê, a credibilidade do Governo fica em causa, internamente, mas também externamente, junto de dezenas de bancos internacionais que assinaram aqueles contratos e que são, também, os futuros investidores de dívida pública portuguesa.
PS: Durão Barroso foi secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado e João Gomes Cravinho também. Ontem, tomou posse Francisco Almeida Leite. O problema não é do próprio. É de quem o escolhe
junho 25, 2013
Portugueses trabalham, em média, mais 400 horas por ano que os alemães
Para que conste:
«Os portugueses trabalham em média 1700 horas por ano, mais 400 que os alemães. "Trabalham muito mas, infelizmente, produzem pouco com esse trabalho. Geralmente isso significa falta de uma estratégia clara que nos ajude a definir o que vamos fazer e, ainda mais importante, o que não vamos fazer", afirmou Nadim Habib, diretor da Nova Executive Education, na conferência "As empresas e o futuro - Competitividade e Empreendedorismo", organizada esta semana pela revista Exame e pelo Banco Popular» - Fonte: Expresso
E, mesmo assim, ainda não é claro para mim que os portugueses "produzem pouco" com o seu trabalho. Os indicadores são o que os analistas assumirem que contêm... e o que "esquecem"...
«Os portugueses trabalham em média 1700 horas por ano, mais 400 que os alemães. "Trabalham muito mas, infelizmente, produzem pouco com esse trabalho. Geralmente isso significa falta de uma estratégia clara que nos ajude a definir o que vamos fazer e, ainda mais importante, o que não vamos fazer", afirmou Nadim Habib, diretor da Nova Executive Education, na conferência "As empresas e o futuro - Competitividade e Empreendedorismo", organizada esta semana pela revista Exame e pelo Banco Popular» - Fonte: Expresso
E, mesmo assim, ainda não é claro para mim que os portugueses "produzem pouco" com o seu trabalho. Os indicadores são o que os analistas assumirem que contêm... e o que "esquecem"...
junho 13, 2013
Horas de trabalho dos professores - tanta falácia junta!...
Texto do Amigo Mestre Professor Antonino Silva que devia ser lido por todos os responsáveis do desGoverno e do Ministério da Educação, não só os actuais mas os que vão alternando:
"Nesta disputa de opinião, há muita trave que nos cega
1. As 40 horas não existem no privado. Um quadro médio ou superior (caso dos professores) trabalha 35 horas. 40 horas são para os técnicos operacionais.
2. Um professor que dá 22 horas de aula, ao passar a ter as 40 horas de permanência obrigatória na escola terá de ter, concomitantemente, um espaço para o seu trabalho não letivo .Ou queremos que lecione as 40 horas? Também se arranja!
3. O ministério terá de, por legislação adequada, informar quanto tempo de preparação pressupõe cada hora de aula; quanto tempo máximo poderá demorar uma reunião (não as 8 horas que algumas levam); quanto tempo deve contabilizar a correção de um teste, etc. A partir daí, vai ser uma coisa fantástica. vamos ver os professores a encerrarem 'a sua cadeira' (o dito gabinete) da sala de professores cumpridas as 8 horas do dia e as 40 semanais e os nossos filhos à espera dos resultados dos testes que tardam porque as sua correção estaria para lá do horário semanal.
Todos sabem que os professores trabalham mais que as 40 horas? Parece que nem todos.
Os professores marcam o ponto cada 45 ou 90 minutos. Marcam os livros de atendimento, de reunião de apoio, de ateliês, etc.
Um professor com 7 turmas de 30 alunos terá ao todo 210. Se fizer 2 testes no período terá 420 para corrigir. Em média cada teste demora 30 minutos a corrigir, o que dará 210 horas. Se o período tem 12 semanas (como é o 1º) teremos 17.5 horas por semana para corrigir testes. Some as 22 horas de aula e terá 39.5 horas. Na meia hora que resta pretende-se que faça direção de turmas, que coordene, que prepare as aulas, que vá às reuniões, que dê apoio, que prepare os testes, que... ???!!!
Mesquinho é o povo que quando vê o vizinho com manteiga no pão fica feliz se tirarem manteiga ao vizinho e não se lembra de a exigir para si."

1. As 40 horas não existem no privado. Um quadro médio ou superior (caso dos professores) trabalha 35 horas. 40 horas são para os técnicos operacionais.
2. Um professor que dá 22 horas de aula, ao passar a ter as 40 horas de permanência obrigatória na escola terá de ter, concomitantemente, um espaço para o seu trabalho não letivo .Ou queremos que lecione as 40 horas? Também se arranja!
3. O ministério terá de, por legislação adequada, informar quanto tempo de preparação pressupõe cada hora de aula; quanto tempo máximo poderá demorar uma reunião (não as 8 horas que algumas levam); quanto tempo deve contabilizar a correção de um teste, etc. A partir daí, vai ser uma coisa fantástica. vamos ver os professores a encerrarem 'a sua cadeira' (o dito gabinete) da sala de professores cumpridas as 8 horas do dia e as 40 semanais e os nossos filhos à espera dos resultados dos testes que tardam porque as sua correção estaria para lá do horário semanal.
Todos sabem que os professores trabalham mais que as 40 horas? Parece que nem todos.
Os professores marcam o ponto cada 45 ou 90 minutos. Marcam os livros de atendimento, de reunião de apoio, de ateliês, etc.
Um professor com 7 turmas de 30 alunos terá ao todo 210. Se fizer 2 testes no período terá 420 para corrigir. Em média cada teste demora 30 minutos a corrigir, o que dará 210 horas. Se o período tem 12 semanas (como é o 1º) teremos 17.5 horas por semana para corrigir testes. Some as 22 horas de aula e terá 39.5 horas. Na meia hora que resta pretende-se que faça direção de turmas, que coordene, que prepare as aulas, que vá às reuniões, que dê apoio, que prepare os testes, que... ???!!!
Mesquinho é o povo que quando vê o vizinho com manteiga no pão fica feliz se tirarem manteiga ao vizinho e não se lembra de a exigir para si."
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janeiro 26, 2013
Mas por que raio os políticos fazem de nós parvos?
Apreciai a evolução das taxas de juro da dívida soberana dos 4 países europeus intervencionados (Portugal, Itália, Espanha e Grécia), desde 2008 até agora:
O que achais? A descida das taxas de juro da dívida soberana de Portugal desceu pelo que tem sido (des)feito pelo nosso (des)Governo, que (não) se tem fartado de deitar foguetes por estes dias?!
Não, malta! A razão, explica-a Miguel Abrantes no blog Câmara Corporativa: "(...) em meados do ano passado (...) [Mario] Draghi assumiu, perante os mercados, que o BCE se posicionaria como «credor de último recurso» em relação à dívida pública dos membros da zona euro, à semelhança do que ocorre com outros bancos centrais, como a Reserva Federal norte-americana, o Banco de Inglaterra ou o Banco do Japão. Naturalmente, essa alteração de política do BCE fez com que os mercados recuperassem a tranquilidade, com os resultados que estão à vista. Os países em dificuldades da zona euro têm beneficiado da descida de juros. É o caso de Portugal, que agora vai ao mercado amparado pela declaração de conforto de Mario Draghi."
No blog Aspirina B aprofundam mais este tema, no texto «It’s a bird… it’s a plane… no, wait… oh, my god… it’s Super-rabbit!!!», em que só se perdem as que caem para o chão.
Que falta nojenta de vergonha a vossa, senhores desGovernantes!


(gráficos do blog Aspirina B)
O que achais? A descida das taxas de juro da dívida soberana de Portugal desceu pelo que tem sido (des)feito pelo nosso (des)Governo, que (não) se tem fartado de deitar foguetes por estes dias?!
Não, malta! A razão, explica-a Miguel Abrantes no blog Câmara Corporativa: "(...) em meados do ano passado (...) [Mario] Draghi assumiu, perante os mercados, que o BCE se posicionaria como «credor de último recurso» em relação à dívida pública dos membros da zona euro, à semelhança do que ocorre com outros bancos centrais, como a Reserva Federal norte-americana, o Banco de Inglaterra ou o Banco do Japão. Naturalmente, essa alteração de política do BCE fez com que os mercados recuperassem a tranquilidade, com os resultados que estão à vista. Os países em dificuldades da zona euro têm beneficiado da descida de juros. É o caso de Portugal, que agora vai ao mercado amparado pela declaração de conforto de Mario Draghi."
No blog Aspirina B aprofundam mais este tema, no texto «It’s a bird… it’s a plane… no, wait… oh, my god… it’s Super-rabbit!!!», em que só se perdem as que caem para o chão.
Que falta nojenta de vergonha a vossa, senhores desGovernantes!
janeiro 21, 2013
Solução para a Crise é a revisão Constitucional? A grande falácia.
Para quê a alteração constitucional?
Há crise?
Altere-se a Constituição!
Há leis que não passam, porque são anti-constitucionais?
Altere-se a Constituição!
Apresenta-se assim a Constituição como um texto imutável, fundamentalista e desenquadrado da dinâmica da realidade, entenda-se: da vida, e por isso, um entrave ao desenvolvimento e bem estar...
No entanto, nada mais falacioso.
Em Portugal, a primeira revisão do texto constitucional derivado do após 25 de Abril de 1974 ocorreu em 15 de outubro de 1982 e teve como objectivo a extinção do Conselho da Revolução e a reformulação do sistema dos órgãos de soberania. A segunda foi realizada em 1989 e visou a reversibilidade das nacionalizações. A terceira revisão deu-se em 1992 e produziu as alterações com vistas a adequar as normas constitucionais ao Tratado de Maastricht, que versava sobre o ingresso de Portugal na União Europeia. A quarta revisão realizada em 1997, tratou a revitalização do sistema político. A quinta revisão ocorreu em 2001 e teve em vista as modificações necessárias para a ratificação do Estatuto do Tribunal Penal Internacional. Ou seja, tem havido modificações da Constituição na medida das necessidades de adaptação.
Mas rever agora a constituição?
Para quê?
O professor Jorge Miranda escreve:
" Uma Constituição não resolve uma crise nem pode ser posta em causa a pretexto de uma crise, nem ser modificada a toda a hora (....) é imprescindível preservar a duração e estabilidade das Constituições, ou seja, a segurança juridica...
E aqui é que está o cerne da questão. Quando certos governantes apelidam de muito bem feito um documento do FMI, recheado de imprecisões e observações gratuitas umas e fortemente ideológicas outas, e agitam a seu propósito da sua implementação o entrave que a Constituição representa, precisamos urgentemente de expor a nu o que querem dizer estas afirmações.
Rever a Constituição? Quais os artigos? Os que conferem o direito em abstracto a um mínimo de dignidade social? Coisas como direito ao ensino segurança e saúde, tidas como fundamentais, passarão a ser acessórias? O direito a uma habitação digna é algo anti-económico?
Ou uma retribuição decente e mínima, será algo mirabolante e alvo imprescindível a ser revisto?
Que sociedade quer esta gente propôr, ou melhor, impor aos Portugueses?
E os Portugueses, vão deixar? Vão continuar a ser cozidos em lume brando?
Até quando?
janeiro 13, 2013
A FALÁCIA DA INSUSTENTABILIDADE DA SEGURANÇA SOCIAL
Na sequência do projecto neoliberal que está a arrasar todo o nosso sistema social em prol do ressurgimento de modelos regressivos e privados, o ministro Gaspar, em jeito de porta-voz da súmula do pensamento deste governo, saiu com a tirada sobre o modelo social que estaríamos dispostos a pagar. Os governos seriam assim, segundo este conceito, sobrecarregados com prestações para as quais não possuiriam verbas, antevendo-se assim um progressivo descartas dessas obrigações, excessivas portanto para um Estado saudável.
A desmontar a falácia deste argumento sou aqui a reproduzir este texto que circula na Net e que acho importante também aqui divulgar:
A Segurança Social nasceu da Fusão (Nacionalização) de praticamente todas as Caixas de Previdência existentes, feita pelos Governos Comunistas e Socialistas, depois do 25 de Abril de 1974.
As Contribuições que entravam nessas Caixas eram das Empresas Privadas (23,75%) e dos seus Empregados (11%).
O Estado nunca lá pôs 1 centavo.
Nacionalizando aquilo que aos Privados pertencia, o Estado apropriou-se do que não era seu.
Com o muito, mas muito dinheiro que lá existia, o Estado passou a ser "mãos largas"!
Começou por atribuir Pensões a todos os Não Contributivos (Domésticas, Agrícolas e Pescadores).
Ao longo do tempo foi distribuindo Subsídios para tudo e para todos.
Como se tal não bastasse, o 1º Governo de Guterres (1995/99) criou ainda outro subsídio (Rendimento Mínimo Garantido) em 1997, hoje chamado RSI.
E tudo isto, apenas e só, à custa dos Fundos existentes nas ex-Caixas de Previdência dos Privados.
Os Governos não criaram Rubricas específicas nos Orçamentos de Estado,
para contemplar estas necessidades.
Optaram isso sim, pelo "assalto" àqueles Fundos.
Cabe aqui recordar que os Governos do Prof. Salazar, também a esses Fundos várias vezes recorreram.
Só que de outra forma: pedia emprestado e sempre pagou. É a diferença entre o ditador e os democratas?
Em 1996/97 o 1º Governo Guterres nomeou uma Comissão, com vários especialistas, entre os quais os Profs. Correia de Campos e Boaventura de Sousa Santos, que em 1998, publicam o "Livro Branco da Segurança Social".
Uma das conclusões, que para este efeito importa salientar, diz respeito ao Montante que o Estado já devia à Segurança Social, ex-Caixas de Previdência, dos Privados, pelos "saques" que foi fazendo desde 1975.
Pois, esse montante apurado até 31 de Dezembro de 1996 era já de 7.300 Milhões de Contos, na moeda de hoje, cerca de 36.500 Milhões ?.
De 1996 até hoje, os Governos continuaram a "sacar" e a dar benesses, a quem nunca para lá tinha contribuído, e tudo à custa dos Privados.
Faltará criar agora outra Comissão para elaborar o "Livro NEGRO da Segurança Social", para, de entre outras rubricas,
se apurar também o montante actualizado, depois dos "saques" que continuaram de 1997 até hoje.
Mais, desde 2005 o próprio Estado admite Funcionários que descontam 11% para a Segurança Social e não para a CGA e ADSE.
Então e o Estado desconta, como qualquer Empresa Privada 23,75% para a SS?
Claro que não!...
Outra questão se pode colocar ainda.
Se desde 2005, os Funcionários que o Estado admite, descontam para a
Segurança Social, como e até quando irá sobreviver a CGA e a ADSE?
Há poucos meses, um conhecido Economista, estimou que tal valor, incluindo juros nunca pagos pelo Estado, rondaria os 70.000 Milhões?!
Ou seja, pouco menos, do que o Empréstimo da Troika!...
Ainda há dias falando com um Advogado amigo, em Lisboa, ele me dizia que isto vai parar ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
Há já um grupo de Juristas a movimentar-se nesse sentido.
A síntese que fiz, é para que os mais Jovens, que estão já a ser os mais penalizados com o desemprego, fiquem a saber o que se fez e faz também dos seus descontos e o quanto irão ser também prejudicados, quando chegar a altura de se reformarem!...
Falta falar da CGA dos funcionários públicos, assaltada por políticos sem escrúpulos que dela mamam reformas chorudas sem terem
descontado e sem que o estado tenha reposto os fundos do saque dos últimos 20 anos.
Quem pretender fazer um estudo mais técnico e completo, poderá recorrer ao Google e ao INE.
Charlie
A desmontar a falácia deste argumento sou aqui a reproduzir este texto que circula na Net e que acho importante também aqui divulgar:
A Segurança Social nasceu da Fusão (Nacionalização) de praticamente todas as Caixas de Previdência existentes, feita pelos Governos Comunistas e Socialistas, depois do 25 de Abril de 1974.
As Contribuições que entravam nessas Caixas eram das Empresas Privadas (23,75%) e dos seus Empregados (11%).
O Estado nunca lá pôs 1 centavo.
Nacionalizando aquilo que aos Privados pertencia, o Estado apropriou-se do que não era seu.
Com o muito, mas muito dinheiro que lá existia, o Estado passou a ser "mãos largas"!
Começou por atribuir Pensões a todos os Não Contributivos (Domésticas, Agrícolas e Pescadores).
Ao longo do tempo foi distribuindo Subsídios para tudo e para todos.
Como se tal não bastasse, o 1º Governo de Guterres (1995/99) criou ainda outro subsídio (Rendimento Mínimo Garantido) em 1997, hoje chamado RSI.
E tudo isto, apenas e só, à custa dos Fundos existentes nas ex-Caixas de Previdência dos Privados.
Os Governos não criaram Rubricas específicas nos Orçamentos de Estado,
para contemplar estas necessidades.
Optaram isso sim, pelo "assalto" àqueles Fundos.
Cabe aqui recordar que os Governos do Prof. Salazar, também a esses Fundos várias vezes recorreram.
Só que de outra forma: pedia emprestado e sempre pagou. É a diferença entre o ditador e os democratas?
Em 1996/97 o 1º Governo Guterres nomeou uma Comissão, com vários especialistas, entre os quais os Profs. Correia de Campos e Boaventura de Sousa Santos, que em 1998, publicam o "Livro Branco da Segurança Social".
Uma das conclusões, que para este efeito importa salientar, diz respeito ao Montante que o Estado já devia à Segurança Social, ex-Caixas de Previdência, dos Privados, pelos "saques" que foi fazendo desde 1975.
Pois, esse montante apurado até 31 de Dezembro de 1996 era já de 7.300 Milhões de Contos, na moeda de hoje, cerca de 36.500 Milhões ?.
De 1996 até hoje, os Governos continuaram a "sacar" e a dar benesses, a quem nunca para lá tinha contribuído, e tudo à custa dos Privados.
Faltará criar agora outra Comissão para elaborar o "Livro NEGRO da Segurança Social", para, de entre outras rubricas,
se apurar também o montante actualizado, depois dos "saques" que continuaram de 1997 até hoje.
Mais, desde 2005 o próprio Estado admite Funcionários que descontam 11% para a Segurança Social e não para a CGA e ADSE.
Então e o Estado desconta, como qualquer Empresa Privada 23,75% para a SS?
Claro que não!...
Outra questão se pode colocar ainda.
Se desde 2005, os Funcionários que o Estado admite, descontam para a
Segurança Social, como e até quando irá sobreviver a CGA e a ADSE?
Há poucos meses, um conhecido Economista, estimou que tal valor, incluindo juros nunca pagos pelo Estado, rondaria os 70.000 Milhões?!
Ou seja, pouco menos, do que o Empréstimo da Troika!...
Ainda há dias falando com um Advogado amigo, em Lisboa, ele me dizia que isto vai parar ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
Há já um grupo de Juristas a movimentar-se nesse sentido.
A síntese que fiz, é para que os mais Jovens, que estão já a ser os mais penalizados com o desemprego, fiquem a saber o que se fez e faz também dos seus descontos e o quanto irão ser também prejudicados, quando chegar a altura de se reformarem!...
Falta falar da CGA dos funcionários públicos, assaltada por políticos sem escrúpulos que dela mamam reformas chorudas sem terem
descontado e sem que o estado tenha reposto os fundos do saque dos últimos 20 anos.
Quem pretender fazer um estudo mais técnico e completo, poderá recorrer ao Google e ao INE.
Charlie
dezembro 10, 2012
A prisão das gavetas
As pessoas convencem-se de coisas.
De que são praticamente a Giselle Bünchen, de que dançam como a Jennifer Lopez, de que conduzem como o Schumacher, correm como o Obikwelu ou escrevem como o Miguel Esteves Cardoso. Ou de que a colega nova só pode ter subido na horizontal (porque é gira e tudo), ou de que a atlética do ginásio só pode tomar umas bombas (porque ninguém define assim tão depressa e muito menos continua a ser tão magra, com o que aventesma come, sem uma ajudinha química), ou de que o fulano de tal é tão brilhante como o maior dos génios ou de que o outro é burro como um soco. Ou de que A é bom e grande amigo e de que B é uma besta e mau como as cobras. Ou que o político/partido X é magnânimo e o político/partido Y só quer é tacho.
Estas coisas tornam-se todas verdades absolutas: porque engavetámos as pessoas e as situações, não conseguimos ver a sacanice/burrice/maldade dos que decidimos que eram o máximo ou, pelo contrário, não damos crédito a quem metemos na gaveta daqueles de quem não gostamos.
É muito mais fácil, a vida, assim. O que vem dali sabemos que é sempre bom e o que surge dacolá é sempre mau - não se pensa mais nisso e não só não temos de nos maçar no intervalo da novela ou da sobremesa que fizemos com tanto empenho, como dificilmente somos capazes de ver para além do que estabelecemos (e o ver para além faz mal à vista, aos neurónios e, sobretudo, ao sossego).
E depois somos surpreendidos, não estávamos à espera, ficamos para morrer, quando os absolutamente bons até têm uma dimensão menos agradável ou quando os camelos que odiamos agem da melhor das formas - porque durante muito tempo fomos incapazes de constatar o que decidimos não ter existência.
O perigo das gavetas em que encerramos verdades absolutas é mesmo esse: juntamente com os dogmas, fechamos à chave também a nossa capacidade de pensar e de lidar com o novo - o que, parecendo que não, muitas vezes, dá um jeitaço.
De que são praticamente a Giselle Bünchen, de que dançam como a Jennifer Lopez, de que conduzem como o Schumacher, correm como o Obikwelu ou escrevem como o Miguel Esteves Cardoso. Ou de que a colega nova só pode ter subido na horizontal (porque é gira e tudo), ou de que a atlética do ginásio só pode tomar umas bombas (porque ninguém define assim tão depressa e muito menos continua a ser tão magra, com o que aventesma come, sem uma ajudinha química), ou de que o fulano de tal é tão brilhante como o maior dos génios ou de que o outro é burro como um soco. Ou de que A é bom e grande amigo e de que B é uma besta e mau como as cobras. Ou que o político/partido X é magnânimo e o político/partido Y só quer é tacho.
Estas coisas tornam-se todas verdades absolutas: porque engavetámos as pessoas e as situações, não conseguimos ver a sacanice/burrice/maldade dos que decidimos que eram o máximo ou, pelo contrário, não damos crédito a quem metemos na gaveta daqueles de quem não gostamos.
É muito mais fácil, a vida, assim. O que vem dali sabemos que é sempre bom e o que surge dacolá é sempre mau - não se pensa mais nisso e não só não temos de nos maçar no intervalo da novela ou da sobremesa que fizemos com tanto empenho, como dificilmente somos capazes de ver para além do que estabelecemos (e o ver para além faz mal à vista, aos neurónios e, sobretudo, ao sossego).
E depois somos surpreendidos, não estávamos à espera, ficamos para morrer, quando os absolutamente bons até têm uma dimensão menos agradável ou quando os camelos que odiamos agem da melhor das formas - porque durante muito tempo fomos incapazes de constatar o que decidimos não ter existência.
O perigo das gavetas em que encerramos verdades absolutas é mesmo esse: juntamente com os dogmas, fechamos à chave também a nossa capacidade de pensar e de lidar com o novo - o que, parecendo que não, muitas vezes, dá um jeitaço.
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