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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Memórias


Da minha vida, os anos que passaram
não os quero de volta: só agora
me basta pra viver, a toda a hora,
os momentos que em mim se eternizaram.

Caminho pesaroso, entre destroços
de lutas amorosas, sem ter tréguas.
Vão às cegas, meus passos pelas trevas
de sombras movediças feitas de ossos.

Lembro os que já se foram de viagem,
Levando-me por essa morte fora,
até ao fim da noite cor de aurora,
porque é lúcida a luz dos que morrem.


António Barahona
O sentido da vida é só cantar, pág.315
Assírio & Alvim


                                                                            
 
Adélio Sarro
 
 
( Agradeço à Lídia Borges do Searas de Versos, pois foi no seu blogue que conheci Adélio Sarro e a sua pintura.)