Como é possível ter paz?
Se a alma não sossega.
Se o coração dispara,
Cada vez que me falais.
Como é possível viver?
Se tua figura fugidia,
Teima em se esconder
Na solidão da selva vazia.
Como é possível amar?
Se teima em brigar,
Discorrer o improvável,
Discutir o que não vê.
Como é possível sonhar?
Se só tens o pés no chão
E um par de asas
não quer usar.
Como será possível sobreviver?
Este amor caloroso,
Esta desatino de louco,
Se na troca há tão pouco.
Como?
sábado, 30 de outubro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Encontros e Despedidas
Toda vez que ouço esta música me lembro de uma pessoa muito querida que diz que gosta de viajar sem fazer planos.
Então, prá você, uma homenagem de Milton Nascimento e Fernando Brant.
Então, prá você, uma homenagem de Milton Nascimento e Fernando Brant.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Nosso Grito
Tem horas que tudo fica ruim, tudo perde a cor, falta chão.
E quando se pensa que tudo está ruim, piora mais um pouco.
É hora de sumir, desaparecer e esperar que tudo melhore uma hora qualquer.
Eita vida.....
E quando se pensa que tudo está ruim, piora mais um pouco.
É hora de sumir, desaparecer e esperar que tudo melhore uma hora qualquer.
Eita vida.....
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Serei Rei
Um dia serei rei
Neste mundo que é meu.
Um reino eu terei
Estarei em camafeu.
Morrer não faz parte,
No meu mundo,
Viveremos só pela arte,
Serão todos vagabundos.
Comida não será necessário,
Nos alimentaremos de pó.
Moraremos no dispensário,
E nunca seremos só.
Neste mundo que é meu,
Todos serão felizes.
Seja você ou seja eu,
Todos teremos matizes.
Todos teremos luz,
Todos viveremos em paz.
O amor de Deus é quem conduz
E todos iremos atrás.
Neste mundo encantado,
Repleto de fantasia,
Ninguém é deixado de lado,
Todos teremos primazia.
Diferenças não mais existem,
Seremos todos por um igual.
O amor é o que resiste,
Neste mundo não há mau.
Ninguém irá governar
Ninguém a obedecer.
Todos irão falar,
Todos irão fazer.
Neste mundo utópico
A idéia é o que persiste.
Não há ser melancólico
E muito menos alguém triste.
Este mundo meu sonhado,
Um dia irei encontrar.
E te quero ao meu lado,
Para nele habitar.
Neste mundo que é meu.
Um reino eu terei
Estarei em camafeu.
Morrer não faz parte,
No meu mundo,
Viveremos só pela arte,
Serão todos vagabundos.
Comida não será necessário,
Nos alimentaremos de pó.
Moraremos no dispensário,
E nunca seremos só.
Neste mundo que é meu,
Todos serão felizes.
Seja você ou seja eu,
Todos teremos matizes.
Todos teremos luz,
Todos viveremos em paz.
O amor de Deus é quem conduz
E todos iremos atrás.
Neste mundo encantado,
Repleto de fantasia,
Ninguém é deixado de lado,
Todos teremos primazia.
Diferenças não mais existem,
Seremos todos por um igual.
O amor é o que resiste,
Neste mundo não há mau.
Ninguém irá governar
Ninguém a obedecer.
Todos irão falar,
Todos irão fazer.
Neste mundo utópico
A idéia é o que persiste.
Não há ser melancólico
E muito menos alguém triste.
Este mundo meu sonhado,
Um dia irei encontrar.
E te quero ao meu lado,
Para nele habitar.
domingo, 24 de outubro de 2010
Não Vou, ainda.
Ei! Você! Do terno escuro!
Sai prá lá, não acabou.
Não existe desconjunto,
Porque um novo dia já raiou.
Vem você com pessimismo,
Vem querendo me levar.
Tô na beira do abismo,
Mas não penso em me jogar.
Tô correndo pelo mundo.
Com novas coisas a encontrar,
Eu não sou um moribundo,
Prá você me levar.
Vai–te embora!
Vades retro !
Eu não sou um caipora,
Pra querer ficar por perto.
Tô tranqüilo e muito bem protegido.
Tô com muita luz.
Vou viver meu paraíso,
Seu cantar não me seduz.
Sou menino passarinho,
Que só pensa em voar.
Vou voando devagarzinho,
Onde o vento me levar.
Sou menino sonhador,
Vivendo toda esta emoção.
Também quem mandou por asas
no lugar coração.
Quero mais é brincar,
Sorrir e cantar.
Vem você prá junto de mim,
E vamos a vida alegrar.
Sai prá lá, não acabou.
Não existe desconjunto,
Porque um novo dia já raiou.
Vem você com pessimismo,
Vem querendo me levar.
Tô na beira do abismo,
Mas não penso em me jogar.
Tô correndo pelo mundo.
Com novas coisas a encontrar,
Eu não sou um moribundo,
Prá você me levar.
Vai–te embora!
Vades retro !
Eu não sou um caipora,
Pra querer ficar por perto.
Tô tranqüilo e muito bem protegido.
Tô com muita luz.
Vou viver meu paraíso,
Seu cantar não me seduz.
Sou menino passarinho,
Que só pensa em voar.
Vou voando devagarzinho,
Onde o vento me levar.
Sou menino sonhador,
Vivendo toda esta emoção.
Também quem mandou por asas
no lugar coração.
Quero mais é brincar,
Sorrir e cantar.
Vem você prá junto de mim,
E vamos a vida alegrar.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Meu Amor.
Meu amor é como um rio
Que se entrega para o mar,
Mas que não cai no vazio
E sim cresce sem parar.
Meu amor não é frio,
Pelo contrário incendeia.
Queima tudo, até o pavio,
Falta ar, até tonteia.
Meu amor é puro,
Não é singelo.
É feito com apuro
E assim me entrego.
Meu amor é completo
Ao teu lado sou feliz.
É muito mais que repleto,
Ela sara a cicatriz.
Meu amor só é triste
Quando ao lado não te vejo.
Não há coração que resiste
Na alma falta lampejo.
Meu amor é você,
E não adianta mais falar.
Nem tento mais esconder
Já não dá prá segurar.
Que se entrega para o mar,
Mas que não cai no vazio
E sim cresce sem parar.
Meu amor não é frio,
Pelo contrário incendeia.
Queima tudo, até o pavio,
Falta ar, até tonteia.
Meu amor é puro,
Não é singelo.
É feito com apuro
E assim me entrego.
Meu amor é completo
Ao teu lado sou feliz.
É muito mais que repleto,
Ela sara a cicatriz.
Meu amor só é triste
Quando ao lado não te vejo.
Não há coração que resiste
Na alma falta lampejo.
Meu amor é você,
E não adianta mais falar.
Nem tento mais esconder
Já não dá prá segurar.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Renascendo
Depois de muito sentir
Depois de muito chorar
Agora voltei a sorrir
E na vida acreditar.
Este órgão é danado,
Meu coração não tem jeito.
Oh..., menino levado,
Este que carrego no peito.
Ele brinca comigo,
Me testa, prá ver onde vou chegar.
Ele é meu melhor amigo,
E faz isto para me lembrar.
Que a vida é muito curta
Para tantos aborrecimentos.
Se solta, desgruda,
Não viva dos desalentos.
E aqui estamos nós,
Mais uma vez a vibrar.
Desatado alguns nós
Esperando outros que venham a dar.
De tropeção em tropeção,
De cura em cura.
Vamos, eu e meu coração,
Driblando a amargura.
Ninguém sabe o que se passa,
Só ele e eu sabemos o que se diz.
A nossa vida de trapaça,
Tentamos enganando Nyx.
O sol surge de novo.
Um novo dia que nasce.
Estamos no meio do povo,
Passamos por outros “quase.”
Agora é continuar
A sorrir... e a amar.
O que vivi não lembrar,
E me deitar em novo sonhar.
Depois de muito chorar
Agora voltei a sorrir
E na vida acreditar.
Este órgão é danado,
Meu coração não tem jeito.
Oh..., menino levado,
Este que carrego no peito.
Ele brinca comigo,
Me testa, prá ver onde vou chegar.
Ele é meu melhor amigo,
E faz isto para me lembrar.
Que a vida é muito curta
Para tantos aborrecimentos.
Se solta, desgruda,
Não viva dos desalentos.
E aqui estamos nós,
Mais uma vez a vibrar.
Desatado alguns nós
Esperando outros que venham a dar.
De tropeção em tropeção,
De cura em cura.
Vamos, eu e meu coração,
Driblando a amargura.
Ninguém sabe o que se passa,
Só ele e eu sabemos o que se diz.
A nossa vida de trapaça,
Tentamos enganando Nyx.
O sol surge de novo.
Um novo dia que nasce.
Estamos no meio do povo,
Passamos por outros “quase.”
Agora é continuar
A sorrir... e a amar.
O que vivi não lembrar,
E me deitar em novo sonhar.
domingo, 17 de outubro de 2010
Redecorando ou pelo menos tentando.
Resolvi fazer uma mudança,
E redecorar todo o interior.
Surge nova esperança,
Tentarei na vida dar mais cor.
A mágoa, vou arrancar,
E colocar perdão em todo o canto.
A raiva, vou pintar,
Escondendo todo seu pranto.
A tristeza, vou desmontar,
E com suas partes outra coisa fazer.
Talvez consiga remodelar,
E um pouco de alegria trazer.
As lágrimas, de todo não secarei,
As deixarei o chão marcar.
Para lembrar que não remocei
De tanto nelas debulhar.
O sentimento de vingança,
Por não mais cuidar morreu.
Plantei em seu lugar esperança,
E esta logo, logo, floresceu.
O coração de vermelho pintarei,
Um vermelho bem vivo.
Nos olhos mais luz porei,
Para iluminar o que ver consigo.
O externo não mudarei,
Deixarei assim como está,
Pois ao olhar no espelho perceberei,
O quanto ainda devo mudar.
De erros e tentativas,
Vou tentando me acertar
E achar a estrada perdida
Durante o meu caminhar.
Já disse várias vezes que existem músicas que me tocam profundamente, esta é mais uma delas.
Não sei se pela beleza da letra ou pela situação que vivo, mas me toca muito.
E redecorar todo o interior.
Surge nova esperança,
Tentarei na vida dar mais cor.
A mágoa, vou arrancar,
E colocar perdão em todo o canto.
A raiva, vou pintar,
Escondendo todo seu pranto.
A tristeza, vou desmontar,
E com suas partes outra coisa fazer.
Talvez consiga remodelar,
E um pouco de alegria trazer.
As lágrimas, de todo não secarei,
As deixarei o chão marcar.
Para lembrar que não remocei
De tanto nelas debulhar.
O sentimento de vingança,
Por não mais cuidar morreu.
Plantei em seu lugar esperança,
E esta logo, logo, floresceu.
O coração de vermelho pintarei,
Um vermelho bem vivo.
Nos olhos mais luz porei,
Para iluminar o que ver consigo.
O externo não mudarei,
Deixarei assim como está,
Pois ao olhar no espelho perceberei,
O quanto ainda devo mudar.
De erros e tentativas,
Vou tentando me acertar
E achar a estrada perdida
Durante o meu caminhar.
Já disse várias vezes que existem músicas que me tocam profundamente, esta é mais uma delas.
Não sei se pela beleza da letra ou pela situação que vivo, mas me toca muito.
sábado, 16 de outubro de 2010
Briga
Nunca serei poeta,
Serei eterno sonhador.
Tenho de sonhos a mente repleta
E o corpo coberto de dor.
A cabeça vai voando,
O corpo pesado, não acompanha.
A mão de tinta riscando,
O papel, letras que ganha.
O corpo fica parado
Esperando acontecer.
A mente busca ansiosa
O que tiver de viver.
De um lado um quer parar,
O outro só quer carmim.
É um eterno lutar,
É uma briga sem fim.
Mente e corpo,
não se entendem.
E buscando novo escopo,
Tropeçam, e ninguém se entende.
Parem de brigar,
Ambos querem prazer.
Passem a se entregar
Sem muito querer acontecer.
O que vier é lucro,
Aproveite enquanto há.
Não seja animal chucro
Que não tem onde pastar.
Se deitem no vento amigo
E vamos juntos sonhar.
Derrotemos este inimigo
Que só quer te fazer chorar.
E na paz nós ficamos,
Com o amor a conquistar.
De noite sempre sonhamos
Com aquela mulher para amar.
Serei eterno sonhador.
Tenho de sonhos a mente repleta
E o corpo coberto de dor.
A cabeça vai voando,
O corpo pesado, não acompanha.
A mão de tinta riscando,
O papel, letras que ganha.
O corpo fica parado
Esperando acontecer.
A mente busca ansiosa
O que tiver de viver.
De um lado um quer parar,
O outro só quer carmim.
É um eterno lutar,
É uma briga sem fim.
Mente e corpo,
não se entendem.
E buscando novo escopo,
Tropeçam, e ninguém se entende.
Parem de brigar,
Ambos querem prazer.
Passem a se entregar
Sem muito querer acontecer.
O que vier é lucro,
Aproveite enquanto há.
Não seja animal chucro
Que não tem onde pastar.
Se deitem no vento amigo
E vamos juntos sonhar.
Derrotemos este inimigo
Que só quer te fazer chorar.
E na paz nós ficamos,
Com o amor a conquistar.
De noite sempre sonhamos
Com aquela mulher para amar.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Promessa
Quero fugir no sonho,
Quero morrer sem asas.
Quero apagar o medonho
Pensamento que me arrasa.
Quero fugir do mundo,
Quero viver na solidão.
Quero ser oriundo
Do prazer do coração.
Quero pintar de dourado
O céu que sobre mim está.
Quero morrer fantasiado
De tudo que possa sonhar.
Quero abraçar o mundo,
O meu mundo de ilusão.
Não quero ser moribundo
De tamanha obstinação.
Quero ser uma brisa
Que revolve seu cabelo.
Queria ser poetisa
E destruir todo este gelo.
Mas como nada posso ser,
Tento ser o que não sou.
Talvez um dia possa parecer
Um pouco do que você sonhou.
Quero morrer sem asas.
Quero apagar o medonho
Pensamento que me arrasa.
Quero fugir do mundo,
Quero viver na solidão.
Quero ser oriundo
Do prazer do coração.
Quero pintar de dourado
O céu que sobre mim está.
Quero morrer fantasiado
De tudo que possa sonhar.
Quero abraçar o mundo,
O meu mundo de ilusão.
Não quero ser moribundo
De tamanha obstinação.
Quero ser uma brisa
Que revolve seu cabelo.
Queria ser poetisa
E destruir todo este gelo.
Mas como nada posso ser,
Tento ser o que não sou.
Talvez um dia possa parecer
Um pouco do que você sonhou.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Na Pele
Como posso deixar de sentir na pele,
O teu chamado ofegante.
Não há quem o revele,
Só o sentido vibrante.
É um crime controverso,
O teu apelo distante.
Eu tento, desconverso,
Mas não resisto, vou avante.
Sussurras em meu ouvido,
Palavras desconexas.
São coisas tão sem sentido,
Que ferem com se fossem flechas.
Ali não é você,
Ali não sou eu.
Ali é só prazer,
Ali é só apogeu.
Na pele o suor abundante,
Resultado de uma luta infinda.
Não há quem vá adiante,
No meio da batalha finita.
Esgotados pelo confronto,
Caímos ao lado, só.
No corpo um assombro,
Quase viramos pó.
Um olhar carinhoso,
O encaixe no corpo alheio.
Um beijo amoroso,
A busca novos anseios.
E a batalha recomeça,
Com todo seu vigor.
Não há nada que impeça
Este banho de amor.
O teu chamado ofegante.
Não há quem o revele,
Só o sentido vibrante.
É um crime controverso,
O teu apelo distante.
Eu tento, desconverso,
Mas não resisto, vou avante.
Sussurras em meu ouvido,
Palavras desconexas.
São coisas tão sem sentido,
Que ferem com se fossem flechas.
Ali não é você,
Ali não sou eu.
Ali é só prazer,
Ali é só apogeu.
Na pele o suor abundante,
Resultado de uma luta infinda.
Não há quem vá adiante,
No meio da batalha finita.
Esgotados pelo confronto,
Caímos ao lado, só.
No corpo um assombro,
Quase viramos pó.
Um olhar carinhoso,
O encaixe no corpo alheio.
Um beijo amoroso,
A busca novos anseios.
E a batalha recomeça,
Com todo seu vigor.
Não há nada que impeça
Este banho de amor.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Graça Maravilhosa.
Depois de um curto tempo na Marinha Real, John Newton iniciou sua carreira como traficante de escravos. Certo dia, durante uma de suas viagens, o navio de Newton foi fortemente afetado por uma tempestade. Momentos depois de ele deixar o convés, o marinheiro que tomou o seu lugar foi jogado ao mar, por isso ele próprio guiou a embarcação pela tempestade. Mais tarde ele comentou que durante a tempestade ele sentiu que estavam tão frágeis e desamparados e concluiu que somente a Graça de Deus poderia salvá-los naquele momento. Incentivado por esse acontecimento e pelo que havia lido no livro, Imitação de Cristo de Tomás de Kempis, ele resolveu abandonar o tráfico de escravos e tornou-se cristão, o que o levou a compor a canção Amazing Grace (em português: "Graça Maravilhosa").
domingo, 10 de outubro de 2010
Aguardando
Pensei em algumas palavras dizer,
mas isto não aconteceu.
De tanto esperar acontecer,
a folha branca apodreceu.
No chão úmido de meu solo
Os pensamentos passam longe.
Nada mais cai em meu colo,
Tudo está no horizonte.
O sol nasce,
e a tudo aquece.
Só não renasce
quem jamais se esquece.
Terra fria, outrora vivida.
Pensamentos, que se foram no tempo.
Nem tudo nesta vida
Será só contentamento.
Só o tempo o dirá
Se irá florescer.
Um novo tempo de amar
Um novo jeito de viver.
Enquanto dura a estiagem
A terra racha de seca.
Nesta vida de bobagem
Não tem nada que permaneça.
Não há nada o que perdura,
Nem felicidade, nem amor.
Nem mesmo toda candura
Resiste ao um dissabor.
O tempo da bonança se vai,
Novas chuvas irão chegar.
Nuvem e raio, se atrai
Para o trovão descarregar.
E no imenso gritar estrondante
Das forças da natureza.
Me protejo vacilante,
Mostro toda minha fraqueza.
Escondido, aguardo só,
Que tudo fique calmo.
Enquanto não volta o sol
Constrito, rezo um salmo.
De onde vem a inspiração senão de dentro de nós?
Um sopro de esperança, que alimentar o corpo, fortalece o espírito e liberta a alma.
mas isto não aconteceu.
De tanto esperar acontecer,
a folha branca apodreceu.
No chão úmido de meu solo
Os pensamentos passam longe.
Nada mais cai em meu colo,
Tudo está no horizonte.
O sol nasce,
e a tudo aquece.
Só não renasce
quem jamais se esquece.
Terra fria, outrora vivida.
Pensamentos, que se foram no tempo.
Nem tudo nesta vida
Será só contentamento.
Só o tempo o dirá
Se irá florescer.
Um novo tempo de amar
Um novo jeito de viver.
Enquanto dura a estiagem
A terra racha de seca.
Nesta vida de bobagem
Não tem nada que permaneça.
Não há nada o que perdura,
Nem felicidade, nem amor.
Nem mesmo toda candura
Resiste ao um dissabor.
O tempo da bonança se vai,
Novas chuvas irão chegar.
Nuvem e raio, se atrai
Para o trovão descarregar.
E no imenso gritar estrondante
Das forças da natureza.
Me protejo vacilante,
Mostro toda minha fraqueza.
Escondido, aguardo só,
Que tudo fique calmo.
Enquanto não volta o sol
Constrito, rezo um salmo.
De onde vem a inspiração senão de dentro de nós?
Um sopro de esperança, que alimentar o corpo, fortalece o espírito e liberta a alma.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Separação
Na cama vazia
Só lembranças amarrotadas.
Sobra de picardias,
Resto de uma intifada.
Um grito de alerta
Foi solto no ar.
Numa conversa deserta,
não há o que sustentar.
Cada um no seu cantinho.
Cada um com sua razão.
Dois viraram descaminhos.
Os dois disseram não.
E tudo assim se vai,
nas lágrimas o que não foi dito.
Nada no momento se atrai.
Só o silêncio é bendito.
A raiva a alimentar,
A mágoa a nos guiar.
O medo de separar,
Sem saber no que vai dar.
A hora é chegada,
É tomada a decisão.
A porta da rua é entrada,
De um mar de solidão.
Tanto eu, quanto você,
Não sabemos o que fizemos.
Talvez iremos arrepender,
talvez nunca mais nos encontremos.
Assim foi feita a vida,
Nós é que a moldamos.
Viveremos com a ferida,
Que nós mesmo provocamos.
Só lembranças amarrotadas.
Sobra de picardias,
Resto de uma intifada.
Um grito de alerta
Foi solto no ar.
Numa conversa deserta,
não há o que sustentar.
Cada um no seu cantinho.
Cada um com sua razão.
Dois viraram descaminhos.
Os dois disseram não.
E tudo assim se vai,
nas lágrimas o que não foi dito.
Nada no momento se atrai.
Só o silêncio é bendito.
A raiva a alimentar,
A mágoa a nos guiar.
O medo de separar,
Sem saber no que vai dar.
A hora é chegada,
É tomada a decisão.
A porta da rua é entrada,
De um mar de solidão.
Tanto eu, quanto você,
Não sabemos o que fizemos.
Talvez iremos arrepender,
talvez nunca mais nos encontremos.
Assim foi feita a vida,
Nós é que a moldamos.
Viveremos com a ferida,
Que nós mesmo provocamos.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Reticências
é....
fui.....
tá bom.....
deixe assim ......
de lado.....
debruçado no chão.....
a fé..........
e a solidão.......
vai......
segue teu rumo......
eu me aprumo.....
tentarei.......
eu juro.....
já sou bem maduro......
sufocado.......
na paixão......
esquartejado.........
no pensamento......
emoldurado.........
na emoção........
sou levado.......
pelo vento.......
o corpo.......
atado........
amordaçado.........
retalhado........
despedaçado.......
no coração......
fui.....
tá bom.....
deixe assim ......
de lado.....
debruçado no chão.....
a fé..........
e a solidão.......
vai......
segue teu rumo......
eu me aprumo.....
tentarei.......
eu juro.....
já sou bem maduro......
sufocado.......
na paixão......
esquartejado.........
no pensamento......
emoldurado.........
na emoção........
sou levado.......
pelo vento.......
o corpo.......
atado........
amordaçado.........
retalhado........
despedaçado.......
no coração......
terça-feira, 5 de outubro de 2010
O que sou?
Sou dono de circo,
Sou vendedor ambulante.
Sou como cachorro arisco,
Sou pássaro avoante.
Sou bolha de sabão
Que sobe, e brinca no ar.
Sou brasa fumegante,
Que queima até cinza virar.
Sou chá de erva-cidreira,
Que acalma de vez em quando.
Sou sem eira nem beira,
Não valho este tanto.
Sou soldado,
Sou coronel.
Sou um ser moldado
Nas mãos do tabaréu.
Sou tijolo,
feito de barro.
Sou consolo
Sou bizarro.
Sou pedra,
sou poder.
Meu nome é Older,
muito prazer.
Sou vendedor ambulante.
Sou como cachorro arisco,
Sou pássaro avoante.
Sou bolha de sabão
Que sobe, e brinca no ar.
Sou brasa fumegante,
Que queima até cinza virar.
Sou chá de erva-cidreira,
Que acalma de vez em quando.
Sou sem eira nem beira,
Não valho este tanto.
Sou soldado,
Sou coronel.
Sou um ser moldado
Nas mãos do tabaréu.
Sou tijolo,
feito de barro.
Sou consolo
Sou bizarro.
Sou pedra,
sou poder.
Meu nome é Older,
muito prazer.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
És livre......
És livre...
Livre para amar,
a luz do sol
ou a luz da lua.
És livre...
livre para sonhar,
em noite estrelada,
ou no meio da rua.
És livre...
Livre para andar,
Por entre o verde campo,
ou em noite escura.
És livre...
Livre para fazer o que quiser,
Ou lhe convier.
Só não caia na amargura.
És livre...
Livre como nuvem passageira,
Ao sabor do vento
Com pouca conjectura.
És livre...
E sempre serás.
Faz sua história
como muito lhe apraz.
És livre...
Como sempre quis ser,
Mas com sua liberdade,
O que farás?
Livre para amar,
a luz do sol
ou a luz da lua.
És livre...
livre para sonhar,
em noite estrelada,
ou no meio da rua.
És livre...
Livre para andar,
Por entre o verde campo,
ou em noite escura.
És livre...
Livre para fazer o que quiser,
Ou lhe convier.
Só não caia na amargura.
És livre...
Livre como nuvem passageira,
Ao sabor do vento
Com pouca conjectura.
És livre...
E sempre serás.
Faz sua história
como muito lhe apraz.
És livre...
Como sempre quis ser,
Mas com sua liberdade,
O que farás?
domingo, 3 de outubro de 2010
Poema Vazio
Debruço sobre a página em branco
Um novo texto irá nascer
No olho, rola um pranto.
Será obra de um novo sofrer?
Escrevo sem vontade própria,
Sou escravo de um alento.
As mãos, de vida sóbria,
São leves como vento.
Se mexem descompassadamente,
Os dedos sobre o teclado.
Aflitos, não seguem a mente,
Vai um para cada lado.
Assim se juntam as palavras eventuais,
Montando um grande mosaico.
Tentam ser especiais,
Apesar de ser prosaico.
E o texto sem conteúdo,
Revela o se passa.
Mesmo envolto em veludo,
Se mostra sem muita graça.
Vírgulas e pontos,
Tentam dar respiração.
A quem o lê de encontro,
Buscando uma emoção.
Mas emoção aqui não há,
Só dor e ressentimento.
As letras tentam abafar,
O que se passa no momento.
E o poema vazio toma forma,
Uma forma bem redondinha.
Ele viu no que transforma,
Escrever algumas linhas.
De alma lavada,
Encerro este texto aqui.
A lágrima foi arrancada,
Surgirá um novo sorrir.
Um novo texto irá nascer
No olho, rola um pranto.
Será obra de um novo sofrer?
Escrevo sem vontade própria,
Sou escravo de um alento.
As mãos, de vida sóbria,
São leves como vento.
Se mexem descompassadamente,
Os dedos sobre o teclado.
Aflitos, não seguem a mente,
Vai um para cada lado.
Assim se juntam as palavras eventuais,
Montando um grande mosaico.
Tentam ser especiais,
Apesar de ser prosaico.
E o texto sem conteúdo,
Revela o se passa.
Mesmo envolto em veludo,
Se mostra sem muita graça.
Vírgulas e pontos,
Tentam dar respiração.
A quem o lê de encontro,
Buscando uma emoção.
Mas emoção aqui não há,
Só dor e ressentimento.
As letras tentam abafar,
O que se passa no momento.
E o poema vazio toma forma,
Uma forma bem redondinha.
Ele viu no que transforma,
Escrever algumas linhas.
De alma lavada,
Encerro este texto aqui.
A lágrima foi arrancada,
Surgirá um novo sorrir.
sábado, 2 de outubro de 2010
Sábado
Sábado, normalmente o dia que tiro para afogar a alma, escolho um estilo de música e vou fundo, não quero nem saber se os vizinhos vão gostar dela ou não.
Neste sábado, boleros, muito Luis Miguel tocando e eu e meu amigo portenho, Syrah, fazemos a festa.
Um bolero em especial, que eu adoro,Delírio, ótimo para dançar, até sozinho.
Taça de vinho na mão, corpo imáginário na outra e vamos nós.
Neste sábado, boleros, muito Luis Miguel tocando e eu e meu amigo portenho, Syrah, fazemos a festa.
Um bolero em especial, que eu adoro,Delírio, ótimo para dançar, até sozinho.
Taça de vinho na mão, corpo imáginário na outra e vamos nós.
Vestindo-me
Me visto com a noite,
em meu vestido de estrela.
Ninguém tem o pernoite,
só eu que posso tê-las.
Como nuvem vagueio,
com os pés sem onde pousar .
Só a lua é meu esteio,
neste sem rumo voar.
Mas vamos logo andar,
Andar e não ficar parado.
Deixar o muito gostar,
Ficar um pouco de lado.
Mágoa não levo comigo,
só um pouco de solidão.
Preservo o prazer amigo,
com carinho do coração
Foram tempos de felicidade,
E de muita alegria.
Mas, cedo ou tarde
Sempre acaba chegando este dia.
A ingratidão fica no alheio,
de mim ninguém sabe.
Eu tinha muito receio
que tudo isto se acabe
Mas o que irá acabar?
que já não se acabou.
É melhor parar e olhar,
esquecer o que passou.
Deito-me,
como se deita o sol ao fim da tarde.
Vesti-me de profundo abismo,
no peito tudo arde.
em meu vestido de estrela.
Ninguém tem o pernoite,
só eu que posso tê-las.
Como nuvem vagueio,
com os pés sem onde pousar .
Só a lua é meu esteio,
neste sem rumo voar.
Mas vamos logo andar,
Andar e não ficar parado.
Deixar o muito gostar,
Ficar um pouco de lado.
Mágoa não levo comigo,
só um pouco de solidão.
Preservo o prazer amigo,
com carinho do coração
Foram tempos de felicidade,
E de muita alegria.
Mas, cedo ou tarde
Sempre acaba chegando este dia.
A ingratidão fica no alheio,
de mim ninguém sabe.
Eu tinha muito receio
que tudo isto se acabe
Mas o que irá acabar?
que já não se acabou.
É melhor parar e olhar,
esquecer o que passou.
Deito-me,
como se deita o sol ao fim da tarde.
Vesti-me de profundo abismo,
no peito tudo arde.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Ser Adulto
Ser adulto é muito chato,
Não quero ser mais não.
É discutir a toa,
é julgar de antemão.
É ser preconceituoso,
é ser egoísta.
É sempre querer ser jeitoso,
é botar tudo na lista.
Uma hora punição.
O que é que há com você?
Eu não fiz nada não,
Você não consegue entender?
Ser adulto é muito ruim,
é mostrar independência.
E levando a vida assim,
nos deixará muita carência
Uma hora eu me calo,
na outra quero muito te ver.
As vezes eu nem reparo,
no que faço com você.
Uma hora, queda de braço,
Na outra, muito prazer.
Uma hora, eu te rechaço,
Na outra, "ai que saudade d’ôce"
Se adulto é muito chato.
É difícil entender.
Uma hora faz um trato,
Na outra tem de desfazer.
O melhor é ser criança,
Só brincar e muito sorrir.
Ter sempre a esperança,
e o coração a florir.
Não quero ser mais não.
É discutir a toa,
é julgar de antemão.
É ser preconceituoso,
é ser egoísta.
É sempre querer ser jeitoso,
é botar tudo na lista.
Uma hora punição.
O que é que há com você?
Eu não fiz nada não,
Você não consegue entender?
Ser adulto é muito ruim,
é mostrar independência.
E levando a vida assim,
nos deixará muita carência
Uma hora eu me calo,
na outra quero muito te ver.
As vezes eu nem reparo,
no que faço com você.
Uma hora, queda de braço,
Na outra, muito prazer.
Uma hora, eu te rechaço,
Na outra, "ai que saudade d’ôce"
Se adulto é muito chato.
É difícil entender.
Uma hora faz um trato,
Na outra tem de desfazer.
O melhor é ser criança,
Só brincar e muito sorrir.
Ter sempre a esperança,
e o coração a florir.
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