Aos 27 anos de idade, Francisco Silva é o mais jovem candidato à Câmara de Oeiras. Concorre pelo Bloco de Esquerda, força política da qual é coordenador concelhio, sendo ainda líder da bancada na Assembleia Municipal.
Jornal da Região - Tradicionalmente, a gestão da Câmara de Oeiras tem sido partilhada por vários partidos. Admite assumir pelouros ou partilhar responsabilidades com a maioria que sair das próximas eleições?
(...)Admito em abstracto que o Bloco aceitaria fazer parte de um executivo que envolvesse mais do que um partido à Esquerda. Não há sectarismo por parte do BE, há sim respeito por quem, ao depositar o seu voto na urna, deposita também a sua confiança em nós. Vendo concretamente as demais candidaturas e os seus programas, tal não se apresenta como um cenário possível.
JR - Já tem um programa eleitoral definido? Quais são as áreas estratégicas que a candidatura do BE vai apresentar ao eleitorado?
As principais áreas de intervenção serão a nível social; é essa a raiz do Bloco de Esquerda, o socialismo. Não nos esquecemos quem somos nem de onde vimos. A principal proposta será acabar com os recibos verdes com e a precariedade laboral na Câmara Municipal de Oeiras.
(...)Em relação a projectos estruturantes, vemos como prioritária a reabilitação urbana, criando uma linha de financiamento público que resulte na inserção do edificado recuperado numa bolsa pública de habitação jovem, social e para idosos, dando movimento e vida ao nosso concelho. Se passearmos à noite pelos diversos centros históricos vemos como é essencial este projecto.
Contamos reestruturar a rede de transportes públicos, acabar com o desperdício que é o SATU assumindo o erro de outros e propondo o seu desmantelamento. Faz parte ainda do programa a criação de uma rede de transportes que sirva os alunos do concelho de maneira a que a escola esteja o mais acessível a todos, e facilitando assim o trânsito em Oeiras.
Contamos fazer como primeira medida de gestão uma auditoria à Câmara, SMAS e empresas municipais e participadas, assim como a reestruturação da Parques Tejo que é uma empresa que em vez de facilitar o estacionamento vive das multas e dos reboques.
Todo este processo será baseado numa política de proximidade com os cidadãos, cuja participação o Bloco pretende ver aumentada. Não só através do orçamento participativo, que também é uma das nossas propostas, mas também pelo controlo dos cidadãos sobre quem os elege, tendo como objectivo a transparência e o aprofundamento democrático.