O Bloco de Esquerda apresentou em Porto Salvo o programa eleitoral. Francisco Louçã esteve presente no jantar que reuniu dezenas de apoiantes, e onde o candidato à CMO, Francisco Silva, adiantou que “chegou o tempo do Bloco”.
Alterar o panorama actual de um concelho “onde existem diversos obstáculos à vivência do espaço público” foi o ponto de partida para a elaboração do programa eleitoral do Bloco de Esquerda, apresentado segunda-feira em Porto Salvo.
O candidato à Câmara Municipal de Oeiras, Francisco Silva referiu as “cada vez mais visíveis diferenças entre as freguesias do interior e do litoral do concelho”, alertando para a necessidade de “alterar esse panorama”.
Apresentando as propostas para várias áreas de intervenção, Francisco Silva adiantou que o Bloco de Esquerda apresenta uma política de futuro para Oeiras.
Estudo de Potencialidade
Uma das propostas de Francisco Silva para resolver as assimetrias entre as localidades do município é realizar “um estudo exaustivo sobre a potencialidade de cada Freguesia, bem como realizar diversas reuniões do executivo com os moradores”, reconhecendo que “são propostas simples mas estruturantes e indispensáveis para cumprir o objectivo de levar o desenvolvimento de forma sustentada a todo o concelho de Oeiras”.
Transportes e Urbanismo
O Bloco de Esquerda acredita que “com o actual Plano de Regional de Ordenamento da Área Metropolitana de Lisboa (PROTAML) em suspenso, devido á construção do novo aeroporto, o projecto de expansão do Metropolitano até Oeiras é uma miragem”, e sublinha que “é necessário um Plano de Mobilidade Concelhio independente e objectivo”.
Para isso a proposta vai no sentido de constituir uma Comissão Municipal de Transportes “de modo a articular com a CP e a Vimeca uma reestruturação da actual rede pública de transportes, bem como a criação de corredores BUS”.
Desporto
A aposta no Desporto em Oeiras, segundo o Bloco de Esquerda, vai no sentido de “não reduzir o desporto público às aulas de educação física nas escolas, temos sim de democratizar também o acesso ao desporto e consequentemente à qualidade de vida”, alterando a “entrega dos polidesportivos das escolas a empresas, que assim veda o acesso aos jovens ao acesso gratuito ao desporto”.
Francisco Louçã referiu em Porto Salvo que o candidato à autarquia “enfrenta um desafio muito importante”, considerando que Francisco Silva “enfrenta as duas faces do PSD, já que Isaltino Morais é uma espécie de cavaquismo 'offshore' do PSD” sublinhando que “combater esse populismo é muito importante".