segunda-feira, 21 de março de 2011

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Eletronic Arts tenta trapacear o já trapaceado Metacritics

 

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Clique para ver maior… mas só dá pra entender a imagem depois de ler o post

Depois de reviews bem pouco acalorados de Dragon Age II por parte dos usuários, a Eletronic Arts teve uma idéia nada gloriosa: colocou um desenvolvedor do jogo para fazer uma resenha mega-positiva na seção de usuários do Metacritics - que, pra quem não sabe, é um site que reúne críticas de games, filmes e músicas vindas uma série de veículos jornalísticos. E pior: ao ser questionada sobre o fato, a empresa respondeu com um cara-de-pau “é assim que as coisas são”.

Tudo começou quando o usuário GatoFiasco do fórum Reddit, desconfiou de uma resenha positiva demais que veio acompanhada de um belo 10, postada por um tal de Avanost.

 

"A imersão e o combate deste jogo são incomparáveis! Um épico verdadeiramente comovente e divertido. Uma avaliação negativa deste jogo é um exagero de opinião pessoal. (...) ele é executado com perfeição e infinitamente divertido."

Realmente parece uma peça publicitária, é até possível ouvir a voz de um narrador berrando as frases acima. GatoFiasco ficou ainda mais desconfiado quando descobriu que aquele era o único review dele, e resolveu fazer umas buscas pela internet. Rapidamente descobriu que Avanost é um engenheiro da BioWare, o estúdio por trás de Dragon Age II, possuindo até perfil no Linkedin - nada como deixar rastros no melhor estilo lesma velha. Nosso amigo Fiasco foi então ao Reddit e postou o seguinte, entre outras coisas:

 

Esta é uma questão de ética e integridade. O consumidor exige informações objetivas a fim de tomar uma decisão informada sobre a compra de um produto. Se a linha entre o artigo editorial e análise de um produto se desfaz, então o consumidor está sendo enganado com os custos da sua eventual confiança e lealdade à empresa responsável. É por isso que a divulgação dos laços da indústria é necessária para evitar sequer uma aparência de impropriedade.

Logicamente rolou uma indignação por parte dos usuários do site e da comunidade gamer em geral, ao ver tamanha interferência e jogo sujo, nas palavras deles. O Kotaku americano foi atrás da Eletronic Arts para pegar uma declaração sobre esse caso, e o resultado foi uma pérola:

 

“É claro que os desenvolvedores dão notas positivas para seus próprios jogo. É assim que funciona no Oscar, é assim que funciona no Grammy. E eu aposto que Barack Obama votou em si mesmo na última eleição.”

Eu não vou aqui entrar no mérito da grande diferença entre uma eleição presidencial - ou do Oscar, reconhecidamente com cartas marcadas - e um site com reviews de usuários e críticos, mas acho de extremo mal gosto essa mistura cínica entre publicidade e avaliações, com empresas incentivando isso. O marketing visa despertar o interesse das pessoas em adquirir um produto/serviço, e quando ele invade o espaço jornalístico de forma camuflada, o resultado costuma ser promíscuo. Na minha opinião, uma pessoa que virou noites, recebeu salários e investiu seu tempo desenvolvendo um jogo, não está em posição de opinar sobre a qualidade dele em um fórum público, ainda mais de forma anônima, quase enganosa.

E pior: ele desqualificou a opinião de quem não gostou, ao dizer que “Uma avaliação negativa deste jogo é um exagero de opinião pessoal”. Não sei se essa foi uma iniciativa pessoal de Chris Hoban (nome verdadeiro de Avanost), ou foi a mando da EA - creio que foi a segunda opção, pelo que a empresa disse acerca do review viciado - mas sei que foi uma atitude de extremo mal gosto.

O Kotaku brasileiro fez um adendo interessante ao assunto, ao dizer que o erro dele foi ter feito o que fez de forma anônima, o que discordo. Um desenvolvedor vai, sem sombra de dúvidas, dar uma opinião positiva sobre o game. Ele opinar num fórum de jogadores sobre as impressões dele sobre um jogo que ajudou a fazer, me parece uma armadilha lógica: a) se ele falar mal, será falta de ética dele para com a empresa, por meter o pau publicamente num trabalho que participou, b) se falar bem, será falta de ética com o público, porque sua opinião está naturalmente viciada, fora que seria de uma obviedade extrema, como demonstrou aquela porcaria de texto que o Avanost postou.

 

Existem também três questões secundárias sobre o assunto…

Resenhas com número são por si só armadilhas, principalmente quando usadas em conjunto com notas ao final - a forma como fazemos aqui, por uma série de motivos que explico em um texto futuro. Os que ficam presos a números e não lêem o texto, naturalmente estão sujeitos a enganações como essas, o que dificulta e muito a identificação de avaliações publicitárias como a que está sendo tema desse texto.

A segunda questão passa pela própria natureza do Metacritics. É preciso usar com cautela o serviço dele - que é excelente, por sinal -, principalmente o Metascore, que é a nota final atribuída a um produto avaliado. O problema é que veículos diferentes dão ênfase a aspectos diferentes de cada jogo. Enquanto para alguns avaliadores o som pode ser mais importante, para outros os gráficos são mais.

Na hora de criar a média geral, os critérios são matemáticos, o que também é um problema. Alguns avaliadores podem entender um 5 como uma nota para um jogo mediano, enquanto outros podem ser presos a índices um pouco mais acadêmicos e achar um cinco insuficiente (meu caso). Enfim, minha crítica nesse aspecto não vai ao Metacritics em si, que considero uma boa iniciativa, mas a usuários fissurados em números, o tipo de fanboy que pega a nota de uma revista e mostra para outro fanboy (Eu já fui desses). E uma olhada rápida pelos reviews de usuários do Metacritics revela muitos fanboys desse tipo, que dão um redondo ZERO por alguma coisa praticamente insignificante (não vou exemplificar nenhuma aqui porque elas não têm links, mas é só olhar por lá). Até aí tudo bem, mas os números do Metacritics influenciam até mesmo o mercado financeiro, derrubando ações e condenando as vendas de um game ao ostracismo.

O ótimo site BitMob publicou uma coluna excelente mostrando um terceiro ponto que envolve críticos de games e as relações deles com empresas. O autor expõe que é política de algumas produtoras mandar o jogo antes para alguns sites avaliarem, o que certamente pode ser considerado um privilégio, principalmente para os sites menores. Avaliações negativas simplesmente resultam em cortes desse “privilégio”. Empresas como a Eletronic Arts e a Sony têm uma histórico nesse sentido. A Sony chegou a inventar uma crítica e colocou no DVD de Homem-Aranha, certa vez, o que pode ser considerado crime, acho Eu.

Como exemplo bem recente, Dennis Scimeca - que escreveu o texto - listou as avaliações pré-lançamento de Homefront (que também teve problemas recentes graças ao Metascore).

 

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Antes do lançamento

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Depois do lançamento

Reparou a queda significativa? Segundo o autor - um freelance que escreve para o Gamasutra, G4TV e Joystiq, de acordo com a bio dele -, esse tipo de curva negativa na nota se deve ao caráter de amizade entre veículos que recebem games antes do lançamento e os que os jogam depois do lançamento.

Bom, esse caso parece mostrar isso com certa clareza, e se entendermos a história por trás de Homefront as provas parecem ainda mais claras. O fato é que a THQ, que produziu Homefront, precisa vender pelo menos 2 milhões de cópias dele, tanto para ter retorno financeiro, quanto por estar em uma situação meio delicada no mercado. E o Metascore efetivamente vende jogos, como uma análise do consultor Michael Pachter mostrou certa vez. Não é preciso ser gênio pra lugar as duas coisas e especular sobre subornos em busca de boas avaliações.

 

O pior é saber que esse tipo de caso ocorre com grande frequência, misturando cada vez mais opinião com marketing barato. Uma investigação um pouco mais aprofundada revela ainda mais nessa direção, o que é triste.

 

[Via Kotaku, texto meu no GamesBrasil e BitMob]

Avatar FiliPêra

Ilustrando todos os jogos de Nintendinho. Uma missão para Campbell Whyte

Campbell Whyte é um artista que tomou uma decisão bem foda: foi até a Wikipedia, copiou os nomes de todos os jogos lançados para Nintendinho e fará uma ilustração baseada em cada um deles, no ritmo de uma ilustração por dia, pela ordem de lançamento de cada um. Bom, são 799 jogos, e como ele não desenhou muitos ainda, vai ter uns dois anos de envolvimento no projeto. Espero que ele o complete, porque o resultado até agora está lindo.

 

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[Via Kotaku] Site do artista & sua loja virtual

sexta-feira, 18 de março de 2011

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[Pipoca e Nanquim] Indígenas

Por Pipoca e Nanquim 

 

62- Indígenas - Pipoca e Nanquim - Cinema e HQs por pipocaenanquim no Videolog.tv.

Olá a todos. Sexta feira, dia de balada, mas acima de tudo, dia de videocast!!! O assunto desta semana é Índios – e tem coisa prá burro. Tanta que não abordamos nem metade do que havia na pauta (e olha que deixamos de fora qualquer coisa relacionada a índios do Velho Oeste). Se você acha que este programa merece uma parte dois para saber o que íamos falar, manda um e-mail (pipocaenanquim[at]gmail.com) ou publique aqui mesmo nos comentários sua opinião. A propósito, nossa opinião é que SIM, uma parte 2 seria FUNDAMENTAL! Mas, queremos saber o que vocês também acham, então comentem aí embaixo, sem preguiça, nem que seja apenas "aguardamos a parte 2".

E tem mais sorteio (aaaaeeee palmas, palmas!!). Nas palavras do Daniel, o P&N (e Nerds Somos Nozes, claro!) é uma mãe, sempre dando gibis de presente!!! Quer ganhar a HQ Crônicas da Pindahyba, de Hilton Mercadante? Sensacional, né? Então já sabe o que fazer, assiste o programa e veja como participar.

Abordamos muitos quadrinhos esta semana – e se você só conhece o índio Turok dos games, saiba que ele é provavelmente mais antigo que seus pais. Tem muita coisa nacional, incluindo Flavio Colin e Mozart Couto, dois mestres, sendo que este último desenhou o tal do Turok (o mundo não é cíclico?), e o primeiro trabalhou com André Diniz na HQ Fawcett, da editora Devir. Falamos também de coisas obscuras como Spirit of Amazon e do excelente longa, Brincando nos Campos do Senhor – filmado aqui na Amazônia por Hector Babenco. Conheça também o filme responsável pela pérola abaixo, a comédia Os Deuses Devem Estar Loucos, e muito mais coisas.

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Concurso da semana: concorra a um livro Criaturas

 

 

Um dos nossos principais cúmplices no nosso engajamento Pró-Pirataria, o Coringa, lançou um interessante concurso cultural no blog dele. Participando - as regras estão lá embaixo - você concorrerá ao livro Criaturas, do Rochett Tavares. O Coringa me mandou uma apresentação do livro e achei bem legal, digno do público do NSN.

Abaixo um rápido texto de apresentação do livro e logo após as regras da promoção.

O autor propõe, com Criaturas, uma reflexão sobre a tênue linha que divide o humano do desumano. Ele não só desafia a estrutura de civilidade criada por e para nós, mas a destrói completamente, desnudando aquilo que tanto nos esforçamos para camuflar: o mal, o sujo, o feio, o egoísta; e até mesmo sentimentos altruístas que, às vezes, escondemos por receio de sermos vistos como tolos. A premissa básica deste livro é a de levar o leitor a mundos diversos ao que se observam por recorrentes no meio literário, resgatando um gênero raro no país. As histórias apresentadas fogem ao vulgar, bem como se utilizam de elementos cujo peso provoca toda sorte de considerações, valendo-se de extensa pesquisa para compor a ambientação de cada narrativa e explorando a emoção mais forte e mais antiga do homem, aquilo que assombra a humanidade desde sua aurora até o presente: o medo do desconhecido.

Soldados, policiais, seres fantásticos, ordens iniciáticas são algumas das personagens que desfilam em textos nos quais o horror é tratado como deve ser: uma força na escuridão, um útero purulento onde entidades hediondas rastejam aguardando o momento para saltar sobre vítimas cujo espírito perceberá tarde demais que o aparentemente não visto existe e as observa.

Criaturas pode ser adquirido diretamente com o autor através do SITE ou pelo e-mail: rochettsilva[at]yahoo.com.br

Aventure-se por este universo e descubra que, “para a desgraça da espécie humana, mais uma página se cumpriu!”

 

Regras para participar do Sorteio:

- Siga o @MauriceLacroix e o @coringafiles

- Dê RT ou Tweet normalmente a frase: “Eu quero ganhar o Livro Criaturas, de Rochett Tavares, que será sorteado pelo @MauriceLacroix e @coringafiles http://kingo.to/vAB

- Fique ligado no sorteio que rola dia 26/03 às 12:00 Hrs

- Quanto mais RT, mais chances de ganhar.

- O ganhador terá que entrar em contato, nos comentários do post original da promoção, e enviar ao Coringa o endereço e nome completo para receber o prêmio.

 

Boa sorte a todos!

Avatar FiliPêra

Oi TCC… adeus tempo livre

 

Lá vamos nós de novo…

Como vocês sabem, estou em ano de TCC e isso é uma coisa agradável somente sob um ponto de vista: você vai mergulhar nos estudos de um assunto que gosta… e ponto. Grande parte do seu tempo vai nisso, pode esperar. Estou na fase de elaboração do projeto e tive meu tema e questão de estudo já aprovado - e profundamente elogiado pela minha orientadora, para a minha alegria.

Escreverei sobre a percepção da mídia brasileira com relação ao Compartilhamento (AKA Pirataria), confrontando dois discursos distintos: um de um grande veículo, o jornal Estadão, e outro do blog BaixaCultura. Até chegar nesse estágio, descreverei o ato de Compartilhar como um comportamento histórico humano, bem como a historicidade dos direitos autorais e da Indústria Cultural, que se prestam a sufocar qualquer manifestação cultural independente. Logo depois citarei o desenvolvimento das ferramentas digitais de compartilhamento, e o modo como elas mudaram a forma como consumimos bens culturais.

Por esse motivo, pode acontecer o que rolou essa semana, com o blog com menos posts do que deveria. Mas saibam que sempre me esforçarei para manter as atualizações por aqui, que sempre são a minha terapia diária. E além disso, estou trabalhando nos bastidores com os novos planos para a Mob Ground, que se não deu certo (AINDA, pra deixar claro) como revista, dará como um portal com o melhor conteúdo possível, tenham certeza.

Enfim, espero que entendam. E se verem alguma notícia, estudo, histórico ou algo que achem que pode contribuir para a minha pesquisa acadêmica, é só entrar em contato, seja via Twitter, Facebook ou email mesmo. Será de grande ajuda, tenha certeza.

Quando estiver pronta, publicarei aqui, possivelmente em dois formatos, como fiz no meu texto anterior sobre a Repressão Estatal.

 

É NOZES!

quarta-feira, 16 de março de 2011

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Juiz decide que Sony pode intimar todos que visitaram sites de GeoHot

 

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Depois de andar em águas tranquilas, com seu console longe de qualquer iniciativa Pirata por anos, a Sony experimentou uma descida ao inferno desde que GeoHot oficialmente rompeu todos os lacres de segurança do PlayStation 3. A empresa não quis saber de conversa e foi logo para a fauna jurídica para resolver o problema. Apesar de George Hotz provar que não lucrou ou infringiu alguma lei americana (jailbreak é legal nos EUA pelos próximos três anos, pelo menos), a Sony venceu o primeiro embate nos tribunais, e o juiz do caso ordenou que Hotz tire da internet todos os links que apontam para técnicas de desbloqueio do console, bem como impediu que ele continuasse suas pesquisas. Ele ainda teve que entregar todos os dispositivos de armazenamento que possuía, para a Sony vasculhar em busca de provas.

Essa foi a primeira batalha. Agora a Sony, não satisfeita em enquadrar George, resolve espalhar um pouco de medo para quem sequer se aproximou de um sistema de jailbreak. Um juiz federal de São Francisco bateu o martelo e decidiu que a Sony tem direito de intimar TODOS os endereços de IP que visitaram o site de Hoz nos últimos 26 meses, o que não deve ser pouca coisa. A idéia da empresa é provar que esse caso é de jurisdição federal, e não de Nova Jérsei, onde GeoHot mora.

Para entender melhor: TODAS as pessoas que, nos últimos 26 meses, acessaram o domínio geohot.com, apertaram o play de algum vídeo do canal dele no YouTube, ou mesmo entraram na home do canal dele, terão seu IP analisado pela Sony, e poderão ser intimados para depor num tribunal - claro, desde que more nos EUA, já que a ordem só vale pra terra de Obama.

A Eletronic Frontier Foundation tentou argumentar que a decisão é “muito ampla”, e viola os direitos de Liberdade de Expressão de Hotz. O juiz Joseph C. Spero logo rejeitou essa defesa, dizendo que Hotz e outros hackers violaram as leis de direitos autorais americanas e cabia a Sony conhecer a amplitude que as ferramentas dele alcançaram.

Aguardem os próximos capítulos!

 

[Via The Register e Wired]

terça-feira, 15 de março de 2011

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Depois de muito tempo… A Semana no Anarquia Nerd está de volta

 

Vocês conhecem o Anarquia Nerd e sacam qual é a proposta dele: uma mistura do Lifehacker com um pouco de pornografia, aliado a downloads piratas. Em breve vou ampliar essa proposta. Antes disso, o Anarquia passou por uma pequena morte não-oficial. Uma mistura de falta de tempo com esquecimentos terminou por reduzir o ritmo dos posts. Em 2009 foram 248, e em 2010 foram 102. Em 2011, por enquanto, são vergonhosos 15, mas pretendo melhorar isso em breve, material pra postar tenho aos montes. Só não esqueçam que o Editor-Chefe aqui tá em ano de TCC, e tocando uma reforma na proposta da Mob Ground (é… em breve novidades bombásticas).

Enfim, vamos ao que interessa: o conteúdo! Não sabendo por onde começar, voltei duas páginas no tempo e vou linkar tudo aqui. Quando tiver conteúdo suficiente para mais um post desse, rola mais um A Semana no Anarquia Nerd. Ponto final!

Nos nossos utilitários sempre (in)úteis, tivemos um site que manda feeds completos para você de endereços que os resumem (tô usando, é foda!), um joguinho que funciona na barra de endereços que matou o tempo de muita gente, algumas dicas espertas para melhorar o desempenho do seu PC, um compartilhador simples de arquivos para web e uma seção beat-box com mina do Google Translator (que tem a voz parecida com a mulher que fala as estações na Linha Verde do metrô de São Paulo).

Não parou por aí… tivemos alguns life hacks interessantes e nada-comprovados, um quadro comparando a extrema dubiedade das leis, outro escancarando certos aspectos de uma regressão tecnológica que tá rolando, um Tumblr para ler o The Daily (jornal exclusivo para iPad) de graça, um jogador de futebol americano enganando os adversários com um truque psicológico simples, e um tutorial para construir um estiloso abrigo!

 

Na nossa seção de downloads, tivemos Homem de Ferro V1 COMPLETO, uma insanidade do nosso parceiro Coringa, uma série de números de Os Invisíveis, Sandman completo, e a trilha sonora de Tron: O Legado. Ainda tivemos um joguinho para encher a cuca de José Serra de bolinhas de papel, um vídeo de fantasma e dicas pra mexer no registro do Windows (por sua conta e risco).

Na área NSFW a Playboy da Natália e da Fani juntinhas, e um ensaio com a minha musa podreira Penélope Nova.

 

Até a próxima!

segunda-feira, 14 de março de 2011

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Minha Experiência com Transmetropolitan

Por Paulo Roberto, do Em Paralello

 

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Bebericando uma xícara do que Spider Jerusalém chamaria de “aprimorador de inteligência”, termino a leitura do Volume 1 de Transmetropolitan. Sempre me considerei um nerd, se alguém me sacaneasse, o que era algo corriqueiro na minha infância, eu batia no peito e saía na porrada dizendo: “Vai se fudê sou nerd mesmo e daí?”. Lendo um post do Coringa Files sobre Transmetropolitan no blog pensei: “Que merda de nerd eu sou se nunca li uma HQ na minha vida?”, isso mesmo eu NUNCA li sequer um gibi da Mônica que seja em toda a minha existência. Sempre curti animes, RPG, mulher pelada, LEGO… tudo que um nerd curte. Foi então que me senti um nerd incompleto, mais que isso senti a proeminente necessidade da leitura de uma HQ.

Devidamente conectado, abri o site da Saraiva e comprei a edição especial que a Panini estava lançando de Transmet em capa dura compilando as seis primeiras edições em um excelente acabamento (que fique bem claro que não estou ganhando nada com isso). Exageradamente falando, a ansiedade tomou conta de mim, parecia uma criança no final do ano quando coloca as sandálias na janela e não consegue dormir ansiosa para saber o que Papai Noel irá trazer de presente para ela. Até que finalmente, após 4 dias (demorou, hein Saraiva!), ela chegou. Abri o invólucro e me deparo com aquele careca sacana, fumando um cigarro e sorrindo. O cheiro de novo, as páginas ainda grudando umas as outras começo quase que de imediato a minha leitura.

É uma porrada, não sou jornalista, não sou político são duas coisas que não entendo lhufas. Meus amigos FiliPêra e Dolphin têm me ajudado a navegar por esses dois mundos desde que os conheci, confesso que ainda tenho muito a aprender, mas hoje sei mais do que há algum tempo atrás e isso tenho que agradecer a eles. Você deve estar se perguntando: “Você tá chapado de cafeína?” “O que isso tem a ver?”, e eu respondo: TUDO! Transmetropolitan é uma aula de jornalismo mostrando que hoje o que realmente vende não é a verdade em si, mas a mentira onde as notícias são manipuladas chegando de forma deturpada às pessoas que acreditam pia e cegamente em todas elas sem questionamentos. Nem vou falar dos políticos que fazem absolutamente de tudo para conseguirem se eleger e depois em um surto de esquecimento literalmente cagam diante das promessas que fizeram (não estou generalizando então não me encha o saco).

Exemplo disso é quando Spider Jerusalém está no telhado de um clube de strip no meio de uma confusão dos infernos e diz:

 

“Desculpe. Essa observação foi muito pesada para você? Isso se parece demais com a verdade?

Bom. Vocês mereceram. Com seu silêncio.

Seu chefe faz o que quiser. O babaca da cabine do pedágio, o leão de chácara do bar que vocês frequentam, o segurança que revista você na clínica, os jornais e sites de notícias que mentem pra vocês porque estão a fim.

Eles fazem o que querem. E o que é que vocês fazem? Vocês pagam a eles.

Este “tumulto” aqui, esta terrível tempestade de merda que cai sobre um bando de fetichistas ingênuos e metidos a besta; vocês pagaram por ela. Vocês que comam tudo.

Vocês devem gostar de quando as pessoas que detêm a autoridade e que nunca fizeram por merecer mentem para vocês”

Qualquer semelhança com os dias de hoje não é mera coincidência, Transmet é assim, uma porrada atrás da outra, a luta de um jornalista que anseia pela verdade, de levar às pessoas o que realmente elas deveriam saber, a pensarem de forma crítica sobre os acontecimentos que os cercam. É claro que nem tudo são flores na vida de Jerusalém, após ser ovacionado e seu editor, como ele mesmo disse, estar “quase batendo uma punhetinha de tanta felicidade” retorna para casa e no caminho é recebido por policiais que o espancam dizendo: “Se foder com a gente de novo, volta pra casa num saco”. Mas ele não se abate, afinal de contas ele é um jornalista, porra! Jornalistas não choram! Mesmo ensanguentado ele se levanta sentido o furor de sua glória que se externava naquele momento, as gargalhadas diz: “Eu tô aqui para ficar! Atirem em mim e eu cuspo suas malditas balas de volta no rosto de vocês! Eu sou Spider Jerusalem, e fodam-se vocês todos Hah!”.

É impossível você não curtir Transmetropolitan, cada página narrada por Warren Ellis nos leva a outra de forma quase que instantânea, você não para até terminar. A arte de Darick Robertson é quase uma ligação neural intergaláctica com Warren, quase beirando aquela cena do filme Demolidor quando Sandra Bullock e Sylvester Stallone colocam aqueles capacetes para transarem, lembra? Darick dá a nítida impressão que consegue ler a mente de Warren trazendo a vida aos personagens mostrando um excelente casamento dos dois.

Eu poderia ficar aqui falando horas sobre as minhas percepções sobre Transmet, é fodástico demais, atual, desafiador ou nas palavras de Garth Ennis: “tão inesperado e natural quanto lágrimas de puta, um pequeno veio de humanidade cotidiana”.

Isso resume um pouco o que é Transmetropolitan...

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Pôster e trailer de A Árvore da Vida… o filme que deve mostrar o que o povo vê em Terrence Malick

 

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Diferente de uma pá de cinéfilos por aí, acho Terrence Malick bem mediano. Sim, Além da Linha Vermelha - apesar de possuir um dos melhores elencos já reunidos - não é grande coisa, não passando de uma coleção de diálogos modorrentos, e situações desconexas… O Novo Mundo também não é lá um filmaço, um Pocahontas bem arrastado e beirando o tedioso. Pretendo rever o primeiro pra reiterar minha opinião (é galera, vivo a beira do perigo, pois o assisti com 17 anos e escrevi essa pá de coisas aí em cima baseado nisso), mas em resumo é isso: Malick, pra mim não é gênio.

Porém, esse pretensioso até o talo A Árvore da Vida promete mudar minha opinião. O filme é meio que a história da vida (dããã) no Universo, começando no Big Bang e indo até um futuro distante - algo entre Mr. Nobody e 2001 - Uma Odisséia no Espaço. Porém, a maior parte dessa trama toda se passa na década de 1950, num conflito familiar clássico, com Sean Penn e Brad Pitt no elenco. O personagem principal é Jack, que tem sua vida narrada desde a morte de um dos seus dois irmãos, até sua vida adulta depressiva. Acho que não tem muito mais a falar além disso…

A estréia americana é dia 25 de maio, já a brasileira tá marcada pro dia 3 de junho. Abaixo um trailer legendado que é pura poesia filmada e duas imagens… e desde já estou no aguardo, porque se esse filme for metade do que tá no trailer, vai direto pra minha lista de filmes preferidos de todos os tempos!

 

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Malick, espero que acerte dessa vez!

domingo, 13 de março de 2011

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Prédios japoneses balançando com o terremoto

O vídeo abaixo foi feito por um cinegrafista amador, e fala por si mesmo:

 

 

[Via Gizmodo]


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