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domingo, 13 de maio de 2012

Renan Luce - Repenti[2006]

Confesso que prefiro o Clan des Miros(2009), mas depois de ouvir melhor resolvi postar o primeiro trabalho do Renan Luce, em especial, como um agrado para meus estimados leitores(as) :-D. 
Lançado em setembro de 2006, Repenti foi dirigido por Jean-Louis Pierot e gravado no Estúdio du Manoir (Landes), Studio de la Seine (Paris) e ICP Studio (Bruxelas). Em 2007, em passagem por Pezenas, uma pequena cidade no sul da França para o "Printival". Ele retorna novamente depois de iniciar sua carreira.
Ele assinou contrato para uma turnê francesa, que durou até a primavera de 2008 para cerca de 200.000 espectadores, acontecendo quatro vezes no Quebec em 2007. Durante um período de 18 meses, todos os seus concertos em Paris: Café de la danse, Trianon, La Cigale, Olympia Grand Rex. Apoiado desde o início por Bernard Chereze da Rádio France Inter que antes de outros comunicadores, ajudou a popularizar suas canções, Luce lançou cerca de 3 singles que simultaneamente se posicionaram muito bem no ranking (Yacast) francês: La lettre, Les voisines e Repenti(que significa arrependido). 
       Repenti foi disco de platina França e na Bélgica e foi indicado à três categorias, venceu 2 delas, obtendo o prêmio Victoires de la Musique em 2008, como "Artista revelação do ano" e "Álbum revelação do ano". Nosso artista foi indicado a 3 prêmios Victoires de la Musique em 2009, e venceu duas, com o prêmio de "Canção do Ano" por Repenti.  
         Esse álbum é um acúmulo de emoções que atravessam o banal e a realidade fantástica, uma mistura de emoções meio escuras e ao mesmo tempo irônicas. De sonoridade difícil, reconheço, fui insistentemente degustando esse disco, aos poucos, a cada audição mais fui me acostumando, mas admito que foi um verdadeiro desafio conseguir apreciá-lo à princípio.  Esse trabalho tem um perfil curioso, digo isso por todo seu conteúdo e pela descoberta dos aspectos que o compõem. 
          Renan Luce se torna voyeur "em frente a sua janela de acrílico" quando observa "Les voisines" ( as vizinhas em francês), traz um ar mafioso em "Repenti", canção inspirada no clássico O Poderoso Chefão, de Francis Ford Coppola, passando pela fúnebre "Monsieur  Marcel," ou o homem dominado pela esposa que a segue por todos os lugares, com cara de cachorro molhado em "Chien Mouillé" ou o cara que sofre de insônia e assiste ao Canal+ até  às 00:01 da manhã, na faixa "24h 01". 
      Esse trabalho apresenta uma galeria de personagens inusitados, onde os clichês se invertem, aproximando-os do cômico, como em um circo de cidade pequena em "Le lacrimal circus". Esse turbilhão de ritmos, as vezes emprestados e outras vezes inéditos, desencadeia sensações olfativas, trazidas pelas memórias de infância como se percebe em "Mes racines" e "I was here". Um de sentidos, misturando bossa nova como em "Repenti " e " Je suis une feuille " com o folk abrasivo da faixa " La lettre " ou algo meio à la Bob Dylan em " I Was here " canção triste, jpá mecionada antes com estilo bem 'Velho oeste'.
Renan demonstra ser um herdeiro digno de grandes nomes como Brassens, Brel, Ferré ou mesmo Moustaki. Um cantor-compositor de voz grave e escrita poética  que traz um novo olhar sobre as coisas, como constata-se na inusitada e final "Iris et Rose " através de um álbum bem sucedido e aclamado pela crítica. Acredito que esse fato deva-se à cara 'fabrique en France"(mande in france) que ele conseguiu dar a seu produto final.



Baixem Repenti Aqui 

Confiram La Lettre, primeiro single desse trabalho.

 

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Renan Luce - Le Clan des miros [2008]

A música pop francesa segue realmente uma linha mais própria, cheia de uma peculiaridade, de uma assinatura diferenciada e eu gosto disso. Temos o mais do mesmo também, mas nomes que merecem destaque compõem a meu ver, a grande maioria das produções. É assim com o Renan Luce, que vos apresento aqui, o que ouvi em setembro. Esse é seu segundo trabalho e me agradou mais que o primeiro disco, chamado Repenti de 2006.
Conheci o Renan Luce melhor através de uma canção cantada por ele na Trilha Sonora do filme
Le Petit Nicolas, 2009. Esse disco é morninho, admito, mas depois de algumas audições, não é que me agradou bastante. Tão francês esse rapaz, música suave, com cara de violão e estrada, voz calminha, ambientando um cenário de mansidão musical, ficando na estrada da folk-music e a plantação de trigo dos vídeo-clipes. Mas é legal, letras cheias de história, um pouco de poesia as faixas animadas são mais interessantes, certamente. Renan Luce é francês da gema, como dizemos aqui no Brasil, nascido em Paris mesmo. E aos 31 anos é autor-compositor e intérprete.
Le Clan de Miros foi lançado em outubro de 2009, seguido de dois singles, La Fille de la bande e On n'est pas à une bêtise près, uma versão diferente é apresentada no album do Renan daquela existente na trilha sonora do filme Le Petit Nicolas[2009] e por último a faixa Nantes. Renan Luce começou a turnê de divulgação desse disco em 1º de Outubro de 2009, estendendo-se até 2010, incluindo apresentações no La Cigale, em Paris e no Olympia (lotação completa), contando ainda com uma passagem pelo Québec.
Após um de seus shows no Olympia, Renan recebeu a condecoração de disco
de platina duplo pelo seu Clã de Miros (Le Clan de Miros) e pasmem vocês ficarão, nosso jovem proeminente da folk music francesa está entre os artistas ativistas, declarou apoio ao Cacique Raoni, em sua luta contra a construção da Barragem de Belo Monte. Eu particularmente vivenciei uma experiência desafiante, esses trabalhos de Folk music trazem uma produção pouco convencional a nossos ouvidos, e que desafio prazeroso. Le Clan de Miros é sem dúvida melhor que o álbum anterior do Renan, Repanti de 2006. Esse disco é meio que um conto de fadas, suave, relatos de emoções passadas, anedotas 'abracadábricas' e às vezes comuns também, uma olhadela delirante no cotidiano das coisas muitas vezes é o que encontramos nesse trabalho. O Renan de acordo com confissões posteriores, desejava um álbum produzido e cantado de maneira mais natural possível, preferindo trabalhar com aqueles que o acompanharam em turnês passadas, ao invés de músicos americanos ou um estúdio sofisticado, acho que por isso ficou tão francês esse trabalho. Muito boa decisão meu jovem. Temos muitos elementos positivos nesse disco, das Guitarras 'Brassenianas' e eletrônicas, os violinos com cara de pop inglês e vozes marcantes, cheias de suavidade.
Renan demonstra aqui sua ambição musical, a expansão de seu universo. Além de La fille de la bande, minha preferida do disco, temos outros títulos interessantes a aventura romântica de Nantes, a comédia nacional de Chez Toi, o conto sensual e infantil de La Rue de l'Oiseau-Lyre, o quadro amoroso de Femme à lunnettes, temos ainda o espírito brincalhão e hedonista On n'est pas à une bêtise près. Um verdadeiro entrelace de notas de guitarras, auxiliadas por teclados notórios, e competência nas melodias, a gaita de boca deu um ar bem triste a algumas faixas, mas ainda sim considerei tudo uma experiência memorável. Renan Luce, deixou claro para mim, que seu talento vai além de ser intérprete, mas também ser um bom contador de histórias e poeta de não se jogar fora.


Para evitar problemas com direito autorais, visto já ter oa postagem desse disco deletada resolvi retirar o link, por enquanto enviarei o link por email. Lamento, mas está cada vez mais difícil postar algo aqui, disfarçar os links e colocá-los nos comentários não funcionou. Segue mais uma vez meu e-mail:mitzzrael@gmail.com Aproveitem!!

Confiram la Fille de la bande, Superbe!!!