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mundo e vida

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O SANTUÁRIO - Conto da Ginjinha Nos alvores da mocidade designou-me a boa fada para um lugar de "barman" numa daquelas casas que já vão caindo em desuso, mas que foram pontos de encontro obrigatórios para boémios desta benquista Lisboa. Algumas ainda existem com o nome de Ginjinhas. O ara do mister situava-se junto do celebérrimo Parque Mayer, outro lugar que as musa jamais deixarão de proteger, pelo que esse cantinho de Lisboa tem sido fonte de inspiração a boémios, poetas, pintores, prosadores e que seu eu?... Talvez mesmo a escroques, numa miscelânea do sagrado com o profano. Acumulando com o afã dos estudos, orgulhosamente servia as ginjinhas, popularizadas em vozes de oiro, como a de Amália ou Hermínia por exemplo. Servia-as a pessoas famosas e não famosas. Ministros, vendedores de jornais, estudantes, pintores, escritores, artistas, turistas, criminosos e criminologistas. Considerava vantajosa experiência de viver rodeado de gente de todas as classes sociais. Ex

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TI ZÉ PEREIRA (conto) Na aldeia, muito dada à produção vinicola, acreditava-se nas visões extra-terrenas, que as lendas sempre imortalizam. entre dois goles de bagaço, quer ao "mata-bicho", ou depois do sol posto, para amenizar a frieza das noites invernosas, os aldeões não deixavam de falar nas inúmeras visões, de que se diziam protagonistas e outros as divulgavam, transformado-as cada qual a seu "paladar". No percurso entre as duas aldeias vizinhas, que se comunicam apenas por veredas térreas e medonhas, era corrente aparecerem as mais estranhas visões. O clássico lobisomem , que passava célere, qual furacão que não deixasse estragos. Um mostro estranho de vozes roufenhas, que não mais não fazia do que deixar aos seus videntes todos os pêlos eriçados. As almas do outro mundo sempre duma alvura contrastante com as trevas, emitindo ruídos só caraterísticos da fúria dos elementos que assolam noites dos Invernos. Apareciam também "coisas". Umas que se asseme