Querido Brasil, depois de 45 celebrados comentários (Eu amo vocês!), largas gargalhadas e muitas surpresas que fariam Freud reescrever sua teoria da sexualidade vou passar o que eu consideraria um gabarito meu para o joguinho dos sete erros, referente à foto acima.
1 – Nem todo mundo que veste a camisa da polícia é um policial de verdade.
Esse bonitão fardado aí da foto não é da PMERJ é um modelo trabalhando para uma campanha da grife italiana Relish. Indícios nesse sentido são as enormes tatuagens do braço e a barba mal feita... Ok, isso também não define nem de longe um verdadeiro policial.
2 – Nem sempre quem está numa aparente situação comprometedora é um bandido.
A moça também é modelo e está ganhando o dinheiro dela de forma honesta, até que provem o contrário. Bandida é a Relish que se deu bem na época, por fazer uma campanha-retaliação ao caso Cesari Battisti, o terrorista italiano que recebeu refúgio no Brasil (alguém lembra? Porque tem coisa que é melhor esquecer).
3 – A polícia (sua imagem, seu poder e seus recursos) não pode ser utilizada para fins outros não previstos em lei.
A farda na imagem é exatamente igual à da PMERJ. Comprometeram a imagem de uma instituição pública e do Rio de Janeiro em troca de quê? (snif...)
4 – A mulher foi representada numa atitude de forte conotação sexual, abusiva e que estimula a violência, a desigualdade e o desrespeito.
O ingênuo executivo machista da marca italiana da discórdia, senhor Alessandro Espósito, já pediu desculpas e a gente deixa barato a palhaçada.
5 – Não se deve achar que a fragilidade na aparência do inimigo signifique ausência de perigo.
Abaixe a guarda e você pode ser pessimamente surpreendido. O inimigo do “policial” que simula uma busca pessoal toda errada, pode ser a sensualidade da moça. Mas descobri que há mais inimigos sedutores na atividade policial do que poderia eu imaginar na minha vã filosofia (ui!).
6 – A presença feminina é imprescindível na polícia, pronto e acabou.
O blog é meu e eu puxo sardinha para o meu prato a hora que eu quiser. Isto posto, é um erro pensar que a atividade policial é “coisa pra homem”. Eu sou feliz aqui, tá? E busca pessoal em mulher é só uma das muitas situações onde convém a presença de uma policial. Até uma grife de moda italiana já sabe disso.
7 – Por último, quem tem que julgar é o juiz, aprovado no concurso da magistratura, possuidor de competência legal, capacitação e blá, blá, blá e mesmo os juízes são passíveis de erro. É preciso colocar os preconceitos à parte para um julgamento correto, ileso. Quem nos induziu a acreditar que os sete erros seriam do “policial”?
Agora reflitam... ou não, porque esse negócio de ficar apontando os erros dos outros é chato, né? : p