Já tem quase um ano que mudei um pouco minha alimentação e principalmente a forma como lido com a comida e com o espelho. Se for preciso rotular, chamo de dieta paleo, senão digo apenas que como comida de verdade.
Não gosto dessa nomenclatura "dieta paleo", porque acho que ela automaticamente traz uma interpretação errônea e é facilmente ridicularizada pela indústria alimentícia que está aí para fazer isso mesmo: dizer que comer como nossos ancestrais é antiquado e que o certo é ter sempre sua barrinha de cereal na bolsa. É isso que dá lucro, não é? Pois bem, só decidi assumir esse "título", porque as pessoas que me abriram os olhos e me fizeram me sentir muito mais em paz comigo também se denominam assim.
Eu li muitos artigos, alguns livros e ouvi inúmeros podcasts para descobrir que a paleo não é a dieta da proteína, não é low carb, não é a dieta do bacon (eu nem gosto de bacon...) e não necessariamente elimina grãos, frutas ou qualquer outro alimento. Como sempre deveria ser, a individualidade biológica é que determinará qual é o protocolo ideal para cada um. Em um mundo ideal, saberíamos ouvir nosso corpo e por intuição selecionaríamos o que é melhor para ele... na vida real, um nutricionista paleo daria o suporte perfeito para encontrarmos nosso caminho.
Mas o que mais me encanta é que a paleo não fala só de alimentação, mas de tudo aquilo que podemos fazer na busca por mais saúde. Dormir o suficiente, administrar o estresse, movimentar o corpo, pegar sol, evitar substancias tóxicas (como o BPA que já falei aqui) e etc.
Quem acompanha o blog há mais tempo sabe que eu sempre fui a favor da comida de verdade e pode estar se perguntando o que mudou afinal. No meu caso, as principais mudanças foram perder o medo da gordura, comer somente quando sinto fome e eliminar adoçantes ao máximo. Continuo não sendo radical, mas me sinto extremamente empoderada em ser capaz de escolher o que coloco no meu corpo, sem influência da compulsão e tampouco da neura. Isso é liberdade :)
No início eu fiz a ceto-adaptação (adaptar o corpo a usar gordura como fonte de energia) e me alimentava praticamente seguindo os instintos da fome... agora depois de dez meses nesse novo estilo é que comecei a pensar na parte estética de novo e estou arriscando novas estratégias. Para matar um pouco da curiosidade, já estou comendo muito mais carbo (do bem!) do que antes.
Nos próximos posts conto como iniciei, os sustos bons e ruins, além do resultado no físico. Para quem tem interesse e não sabe por onde começar, fiz um "blog roll" ali à direita com as páginas que me ajudaram nesse processo. O meu preferido com certeza é o blog do Dr. Souto e o livro A Dieta da Mente de David Perlmutter.
Compartilho também um vídeo muito explicativo de Chris Kresser, uma das pessoas da comunidade paleo que falam sobre o assunto de forma mais natural... exatamente como sinto que deve ser :)
Bjs