Mostrando postagens com marcador Imprensa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Imprensa. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, abril 25, 2007

O Papa é mais pop?

Infelizmente, é isso que podemos concluir. Com a visita da digníssima, excelentíssima, santíssima velhinha do Vaticano, a nossa não tão "íssima" TV Globo irá transmitir a missa que o Papa irá rezar em São Paulo...

(pausa)

Que a mídia revolucionou nossas vidas, não há como negar. Nesse caso, em especial, algo me deixa curioso. Minha criação é católica, apesar de que, hoje em dia, eu só piso em igrejas durante casamentos. Mas nos idos de 1990 alguma coisa, eu estudava numa igreja, digo, numa escola de freiras e lá aprendemos que a purificação do espírito - ou qualquer outro termo que a sacrossanta Igreja impõe aos seus fiéis -, que ocorre durante uma missa, só acontece caso as pessoas estejam dentro de uma igreja. Ou seja, quem assiste a missa do padre Marcelo Timão Rossi pela TV está perdendo seu tempo. Sendo assim, qual a utilidade de se ver uma missa pela TV?

(fim da pausa)

...ao invés de transmitir sua programação matinal de domingo, que no caso do dia 13 de maio, contava com uma corrida de F-1, em Barcelona. Nem quero discutir o que é mais importante, porque pra mim parece óbvio que é a corrida, ainda mais com um brasileiro em franca ascensão no campeonato. Mas sejamos razoáveis, Globo. Por que não transmitir via SporTV (alguém sabe se isso vai acontecer?)? No Brasil, a maioria da população é composta de católicos. OK. Mas é uma maioria que diminui a cada ano. Mesmo assim, não nego que para eles o evento seja importante. Resta esperar para ver como será feito.

Em tempo: alguém sabe se o Speed Channel passa a F-1 para o Brasil?

quarta-feira, março 14, 2007

Machismo?

Começo esse post com uma citação que, apesar de interessante, eu discordo totalmente.

"Ela não poderia estar aqui. Eu sei que isso parece machismo, mas eu sou machista. Isso aqui não é brincadeira, é futebol, então o que uma mulher está fazendo aqui?"

Mike Newell, treinador do Luton, da Segunda Divisão do Campeonato Inglês,
criticando a bandeirinha Amy Rayner, que atuou na derrota do time para o
Queen´s Park Rangers por 3 a 2

Remeto essa frase lamentável à atuação da bandeirinha Ana Paula de Oliveira no jogo de domingo. Quantos torcedores santistas não disseram isso? O que os jogadores falaram pra ela no momento do impedimento mal marcado? São dúvidas que ficam. Mas ela errou, é humana e o principal: fez o que nenhum arbitro (a) fez até hoje: admitiu um erro publicamente. Ganhou um castigo e deve voltar a bandeirar normalmente.

Agora o que eu não entendo é a proteção da mídia para a cidadã. Ok, ela é uma ótima bandeira e tal, mas já mudou resultados em dois clássicos (ano passado num Corinthians e Palmeiras e agora no Santos e São Paulo no domingo). Está sujeita às falhas como qualquer outro bom árbitro ou bandeirinha, mas ao contrário dos outros, não é esculachada quando erra. Parece ter uma proteçãozinha extra.

Com isso pergunto: isso é por que ela é mulher? Se isso proceder, não seria uma forma de inferiorizar a moça?

Mais uma da nossa querida imprensa esportiva marrom...

sexta-feira, março 09, 2007

Reflexões jornalísticas

Ou reflexões de MSN

«Rod®igo AAM» diz:
Cara, acho que vou começar a vender abacaxi na 25 de Março..

Guilherme diz:
Pq cara, dá grana?

«Rod®igo AAM» diz:
Mais que jornalismo com certeza deve dar..

Guilherme diz:
Com certeza..

«Rod®igo AAM» diz:
Ainda mais levando-se em conta que, se é pra descascar abacaxi, que seja a fruta...

Guilherme diz:
hahahahaha

«Rod®igo AAM» diz:
Cara, isso vai pro meu blog!

Guilherme diz:
Que merda cara!

****

A parte legal da visita do Bush-cara-de-macaco em São Paulo é que pela primeira vez eu me sinto seguro andando pela cidade, tamanho o contingente policial-militar que está mobilizado para garantir a segurança do cidadão...

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Questão...

"Semana passada, ao desembarcar após o empate vergonhoso com o Calcinha Preta FC, Émerson Leão, com o seu mau-humor tradicional, passou dos limites..."

Essa seria a linha mais comum nos noticiários esportivos de São Paulo no final da semana passada. Resumo da ópera: Leão, visivelmente irritado, perguntou para a jornalista Marília Ruiz (irmã de um bixo meu na faculdade), da Rede Record, se ela estava ali interessada em jantar ou ir num motel com ele. O bate-boca prosseguiu e a discussão permeou as mesas-redondas dominicais.

Aqui vos pergunto, não se Leão estava certo ou errado - afinal, não há justificativa nenhuma para uma pessoa ser machista e mal-educada -, mas sim o que vocês, jornalistas formados (90% do público desse blog) acham da cobertura futebolística. Uso o caso Leão apenas como pano de fundo, já que ele é o técnico de futebol que tem mais problemas com a imprensa.

Mesmo sendo um jornalista, poderia fazer diversas críticas à imprensa esportiva. Uma delas seria o fato de que futebol SEMPRE é assunto principal, o que acaba deixando outros esportes de força no País (como o vôlei) em um segundo plano. Mas o caso é que, como está abordado num texto do Mauro Beting que coloquei logo abaixo, a imprensa tende a criar cenários dentro do esporte. É como falar, após a 1a derrota de um time X, que o mesmo está em crise. São muitos rumores e poucos fundamentos. E, apesar da grosseria e má-educação de alguns, isso acaba por ser um dos fatores de instabilidade nessa relação entre classes profissionais distintas.

Essa é a minha opinião. Quero saber a de vocês.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Cerveja com Veja

Estava eu outro dia sentado numa mesa de plástico amarelo, em um boteco da região do Glicério, esperando uma amiga chegar. Veja é o nome dela. Fazia muito tempo que não nos encontrávamos e, ao caminhar pela Avenida Paulista no início da semana, acabei por avistá-la do outro lado da rua. Me chamou a atenção a camisa que ela vestia, com uma foto de um menino e uma frase, com os dizeres: "NÃO VAMOS FAZER NADA?".

Decidi então marcar um encontro com ela. Queria esclarecer a razão daquela pergunta. Logo vi que a foto era do menino João Hélio, a vítima mais recente da realidade violenta do nosso país. Esperei por 5 minutos, quando Veja finalmente chegou.

Nos cumprimentamos cordialmente. Ela trazia um semblante carregado, um misto de raiva e indignação. Logo perguntei a razão daquela frase e ela prontamente me explicou que queria uma solução para que esses crimes fossem punidos com o devido rigor. Vi sede de justiça, um olhar parecido com o de um cowboy que teve a família assassinada por algum vilão de western.

Ouvi pacientemente. Cada palavra. Cada sugestão para punir os criminosos desse país. Idéias que fariam tremer qualquer malfeitor metido a corajoso. E só. Terminou ali. Tentei discutir a razão que leva pessoas a tomarem tão bizarra atitude, mas ela não quis me ouvir. Além de cega de raiva, dizia estar com pressa. Para quê eu não sei. Mas saiu. E não pagou a sua parte da conta.

Me permito então responder à pergunta estampada em sua camiseta.

Vamos fazer algo sim, Veja:

Vamos discutir a origem do crime.
Vamos buscar soluções para a causa, não para a conseqüência.
Vamos tentar abrir os olhos e enxergar que há mundo além dos muros de nossas casas.
Vamos deixar um pouco de lado nossos interesses e pensar um pouco no todo.
Vamos aprender a ver qualidades em quem mais criticamos.

Resumindo: vamos fazer tudo que você não faz há anos, Veja.

Topa?

quarta-feira, novembro 22, 2006

Ode à futilidade

Hoje cometi um erro enquanto esperava minha consulta com uma dermatologista: folheei uma revista Caras.

Nunca vi tanta besteira junta. Das cerca de seis edições que estavam empilhadas numa mesinha, pelo menos três falavam do suposto fim do noivado de Débora Secco e Falcão. Não me imagino trabalhando numa redação dessas. Nessas horas agradeço por ser assessor de imprensa!

ps. e imaginem vocês tendo sua vida amorosa publicada em diversas edições de uma revista. Agradeço por ser assessor de imprensa novamente e, principalmente, por ser anônimo!