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17 de dezembro de 2009

www.espresso.pt/cronicasfaranaz - a todos um Bom Nata!

Há quem me critique porque não escrevo com periodicidade certa neste blog...
Não me obrigo a tal, nem tuda a minha vida passa po aqui, não sou apenas isto.


Pretendendo desejar aos meus amigos e visitantes um Bom Natal pensei em várias coisas para escrever. De como o Menino Jesus que descia pela chaminé foi sempre forreta e surdo com os meus pedidos, de como criei o Pai Natal para os meus filhos. De como já não suporto estes sósias do Pai Natal que invadem lojas ruas estações... de como detesto os insufáveis, são uma ofensa ao idos dono de renas que na noite de 24 de modo incansável cruza os seus! Com tanto sósia rasca acabam com a magia a qualquer um!
Depois podia falar da corrupçao, essa pandemia pior que qualquer gripe, de como é possível que o vencimento dos gestores bancários aumente apesar da crise... de Darfur do Afeganistão de Guantánamo, dos civis mortos pela Polícia no Brasil... 
Mas não é nada disso que me ocupa o espírito por esta altura natalícia de modo mais perene.
Nada me preocupa mais que o advento da xenofobia que se renova na Europa.
A Grécia já deu sinais sérios de turbulência social. Mas a Suiça num acto de manifesta ignorãncia política hasteou da intolerância religiosa - não há maior rastilho para a morte que este!
Sejamos responsáveise e menos ignorantes.
A liberdade de culto é um direito essencial da condição humana, não deixemos que entre nos se acendam as trevas.
Visitem: www.espresso.pt/cronicasfaranaz
UM FELIZ NATAL

21 de dezembro de 2008

O que é o Natal?














Há perguntas a que não sei responder. Já soube, quando a idade não me permitia um conhecimento tão vasto da diversidade de Religiões e de costumes nem dos ensinamentos da História, das lições da Ciência.
Antes de entrar para a escola, em casa o Natal era só o Menino Jesus a descer pela chaminé durante a noite para deixar-me um presente no sapatinho - moedas pretas ou rebuçados, também pretos.
Quando entrei para a escola primária, o Natal começava mais cedo com o presépio - musgo verdadeiro a vaquinha e o burrinho, Maria José e o Menino nas palhinhas, os pastores e a caminho seguindo a estrela os Reis Magos... Nasci pagã, os meus preferidos eram a vaquinha e o burrinho tão quentinhos e bondosos... e lá no céu tão linda e sabedora a Estrela!
Aprendi com o meu pai a desenhar a estrela de cinco "bicos", mas nunca tive presépio em casa.
Depois apareceu a Árvore de Natal, via-se nas janelas, nos jardins. E fui eu própria que fiz a primeira árvore de Natal em casa, com lacinhos de cores e a estrela... mas isso não tornou o Menino Jesus mais generoso. Mas continuei a fazer a Árvore de Natal desde então, uns anos com os presentes outros mais artística, maior ou pequena, com enfeites de cores e luzes, agora mais natural... e com o passar anos resolvi substituir o Menino Jesus, contei aos meus filhos a história do seu nascimento e vesti-me de Pai Natal, de Mãe Natal... gostava de olhar o céu e pensar que por alguns minutos havia paz na Palestina.
Agora não sei bem o que é o Natal, continuo a comprar presentes, a comer as iguarias tradicionais nos pratos mais ricos e na melhor toalha e sempre no Alentejo...
Tenho saudades, não da minha infância, mas da magia do Natal que construía para os meus filhos... e que talvez volte se um dia tiver netos.
Agora o Natal começa em Outubro com o chamariz do comércio.
Não celebro o Natal a pensar no nascimento do Menino Jesus, não faço o presépio... Gosto da história e acredito nela só porque acredito nas histórias e até acredito que parte desta história se confunde com a História.
Acredito nos personagens, mas não acredito em Deus como o descrevem os Livros Sagrados, Antigo Testamento, Novo, Alcorão... e as guerras não param na Noite de Natal, nem o frio a fome a malvadez a ganância a desesperança....
No entanto adoro representações do presépio, e lembro-me das ruas de Alpedrinha, do Giraldo em Évora, do Redondo...
Mas este ano o meu voto vai para a estação de S. Bento no Porto, de onde são as imagens.
Um Bom Natal!