Em outubro de 2008, teremos eleições para Prefeitos e Vereadores em todos os municípios brasileiros. É um momento propício, para que os eleitores, exercendo seu direito de cidadão contribuinte, dêem uma resposta aos políticos com discurso fácil, mas sem compromisso com o povo, e que pensam somente em seus interesses, esquecendo das propostas feitas em campanha, logo que são eleitos. A carência dos municípios é muito grande, sem saúde, educação, emprego, segurança, moradia e transportes. Está cada vez mais difícil as condições dos mais pobres, doentes e mal alimentados, sofrendo com salários aviltantes e aposentadorias miseráveis, agravadas, cada vez mais, por uma injusta distribuição de renda, que grassa por todos os municípios brasileiros. Os humildes eleitores, políticamente alienados e desinformados, sem alguma consciência do valor de seu voto, vivem enganados com promessas de campanhas, feitas por políticos aproveitadores da ingenuidade de nosso humilde e bom povo. É bem verdade que em toda regra há exceções. Existem muitos políticos sérios, éticos e idealistas, angustiados por não poderem solucionar tantos problemas existentes, principalmente nas camadas mais pobres da população. Além de serem freqüentadores assíduos da Câmara e preocupados realmente com seus munícipes, votam com a consciência, mesmo contrariando seu partido (de oposição), mas que para ele, valem as propostas e projetos apresentados, que venham a beneficiar o povo. Já outros, vivem a negociar e barganhar o tempo todo, interessados tão somente nas benesses do poder, tratando os eleitores com assistencialismo, trocando soluções, idéias, propostas, plataformas, compromissos e planos de administração, por pagamentos de contas de água, luz, dando tijolos, areia, cimento, telhas e remédios, tudo isso antes do pleito, com o fim de comprometer o pobre eleitor a votar nele como agradecimento, roubando-lhe o direito sagrado de escolher aquele que melhor o representaria, isto quando não compram diretamente o seu voto. Depois que conseguem o que almejam, que é a vitória nas urnas, eles viram as costas, não lhes dando a importância devida, pelos votos que o sufragaram nas urnas. O próprio povo também esquece rápido até em quem votou. Este quadro só irá mudar quando a população for mais informada e esclarecida, tendo certo grau de conscientização, instrução, politização e independência, cobrando dos seus representantes e acompanhando o candidato que elegeu, em toda sua trajetória na Câmara ou na Prefeitura do seu município, podendo assim, avaliar seu desempenho e decidindo se o mesmo merece ocupar um cargo público. Caso tenha errado ou se enganado na escolha, na próxima eleição use sua maior arma política – O VOTO, fazendo com que este político não retorne ao cargo que não fez por merecer, começando assim o processo de saneamento, extirpando-o da vida pública.
Armando Maynard