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02/09/2013

Notas do Fim-de-Semana

Derby:

- Jesus, outrora "Mestre da Táctica", já não gosta nem parece acreditar na mesma, naquilo a que chamava de sua "Ciência". Na versão 2013/2014 do SL Benfica, não existe uma filosofia, um ideal de jogo. Jesus acredita sim na mais-valia das suas individualidades, acredita que se puser 11 jogadores melhores que os 11 adversários, sairá vencedor. Duvido que hoje em dia o nosso treinador dedique uma parte importante do seu tempo ao estudo do adversário do fim-de-semana seguinte. Jesus é, hoje, o "Mestre do Vai-lá-para-dentro-e-tira-um-coelho-da-cartola". Contra equipas médias-boas, não chega.

- O Sporting, com 11 jogadores piores que os nossos 11 (dos titulares leoninos, talvez 3/4 pudessem almejar a um lugar na equipa titular do Benfica), foi imensamente superior como equipa ao longo da maioria dos 90 minutos. Ao contrário do que tem sido dito, a nossa dupla de centrais protagonizou uma exibição de elevado acerto, tendo resolvido bem quase todos os lances do jogo, mesmo quando em inferioridade numérica. Só isso impediu o Sporting de criar situações de maior perigo para a nossa baliza. É inadmissível que, com a matéria prima que temos, não nos superiorizemos a um adversário de valia bastante inferior. 

- Maxi Pereira não pode ser o titular da lateral direita do Benfica. Nunca reuniu as condições técnico-tácticas e agora também não reúne as emocionais para tal. Não basta que, de cada vez que faz merda, de cada vez que oferece um golo ao adversário, de cada vez que manda uma castanhada fora de tempo que pode causar a sua expulsão e colocar a sua equipa em inferioridade numérica, baixe a cabeça e faça um ar muito triste em sinal de arrependimento, para merecer ser titular no Benfica. Quem acha que o maior problema do Benfica está do lado esquerdo da sua defesa, desengane-se.

- Em 3 jornadas, perdemos 5 pontos, nos terrenos do 7º e 10º classificados da época transacta, em dois terrenos onde nos temos vindo a dar bem. O ano passado, antes do descalabro do jogo com o Estoril (28ª jornada), tínhamos apenas mais um ponto perdido. 

Arbitragem

- 3 erros de arbitragem que acabam por resultar em menos dois pontos para o Benfica e mais dois pontos para o Porto na corrida ao Título. Em Alvalade, um golo em fora-de-jogo e um penalty por assinalar a favor do Benfica. Em Felgueiras, na casa emprestada ao Paços, um golo tardio precedido de uma carga nítida nas costas do defensor dos castores. Curiosamente, a equipa de arbitragem, apesar da proximidade do lance, não viu, e os próprios jogadores pacenses optaram por não reclamar. Comum a estes 3 lances, a forma como foram escamoteados pela comunicação social (alguém se lembra dos "penalties" Capela?).

Mercado

- Os episódios Lisandro Lopez e Melgarejo são mais dois exemplos da péssima, ridícula política desportiva desta Direcção. Até ao final do dia veremos se perdemos alguma pedra fundamental da equipa do futebol, sabendo que o sufoco só acaba no dia 6 deste mês.

05/08/2013

Fazer das Forças Fraquezas

1) Sempre fui um fã de Cardozo. Mais do que isso, sempre o apoiei, mesmo quando criticado por tantos colegas de Bancada. Não foram poucas as vezes em que, tendo o Benfica ganho um jogo em Casa, saí do Estádio irritado pelos constantes assobios ao Taquara, ainda que tantas vezes fosse ele a desbloquear os jogos mais complicados.

2) Para mim, Jesus deveria ter saído no final da temporada passada. Considero-o um excelente treinador, um enorme conhecedor do jogo, atributos que lhe permitem potenciar ao máximo o talento dos seus jogadores e colocar as suas equipas a praticar um futebol envolvente e com a sua tão conhecida "nota artística". No entanto, não é ou não tem sido um treinador Vencedor, característica que julgo ser fundamental num Treinador do Benfica ou "à Benfica". Em qualquer momento.

3) Não sou um "Vieirista", não votei no actual Presidente do Benfica, não me revejo, de forma geral, nas suas políticas e forma de estar, discordo em grande parte da forma como o Clube é gerido presentemente.

Posto isto. Considero que os lenços brancos e cânticos "pró-Cardozo" do último jogo com o São Paulo são uma autêntica aberração. Provavelmente, muitas das aves raras que cantaram a música do Paraguaio no sábado passado, eram os mesmos que há meses o assobiavam e chamavam de tosco. É esta muitas vezes a bipolaridade do Terceiro Anel.

Adepto pede o regresso de Cardozo (foto ASF)

A razão pela qual Cardozo não deve fazer mais parte do plantel do Benfica não tem nada que ver com Jesus ou com Vieira, tem que ver... com o Benfica. Nenhum atleta do Clube, seja ele quem for, deve desrespeitar, principalmente em público, alguém que lhe é hierarquicamente superior, como o é um Treinador em relação a um Jogador. É uma questão de Princípios e de Valores, que penso todos querermos ver implementados no Nosso Benfica. Cardozo deve sair independentemente e apesar de Jesus. Não se resolve com um almoço de amigos ou com um aperto de mão.

Não quero com isto dizer que o dossier Cardozo tem sido bem gerido. Não tem, como é mais que óbvio. Aconteça o que acontecer daqui em diante. Como em tantas outras coisas, a Direcção foi novamente incompetente em todo este processo, ainda por fechar.

O que quero dizer é que nós, Terceiro Anel, temos também que ser melhores no que nos compete, empurrar a nossa Equipa rumo à Vitória. Somos muitas vezes nós, Adeptos, a suposta e Verdadeira Força do nosso Grandioso Clube, que tornamos mais difícil a tarefa dos nossos jogadores, ao criarmos os famosos fantasmas que nos perseguem durante toda uma época (não estou obviamente a falar do Emerson, que nasceu e morrerá como um fantasma que um dia teve a honra e ousadia de vestir o Manto Sagrado). Não nos merece Lima, o jogador que desempenha funções em campo semelhantes às de Cardozo, todo o nosso respeito? E Matic? E Enzo? E todos os outros que acabam de chegar ao Clube e precisam da estabilidade crescerem de Águia ao Peito?

Já o disse e repito: O ano passado não fomos campeões também por nossa culpa. Nunca me esquecerei do jogo com o Estoril, quando um Estádio cheio não soube levar a sua equipa, acabada de vencer uma épica meia-final europeia, às costas em direcção ao tão ambicionado Título de Campeão Nacional. Nesse dia, houveram 55 mil silenciosos fantasmas nas Bancadas da Luz. E Perdemos. Não repitamos, também nós, os erros do passado.




14/05/2013

Eu acredito!

Chegou finalmente o dia em que vou ver o Benfica numa final europeia! Nas finais de 1988 e 1990 já era benfiquista, mas ainda muito novo para saber o que era futebol. Tem um significado muito especial poder finalmente ver o meu clube no meio dos melhores, a jogar jogos que decidem títulos e que realmente fazem a história do clube.
 
A chegada a esta final representa o que de muito bom tem vindo a ser feito no Benfica nos últimos anos. Todo o trabalho de recuperação financeira (numa primeira fase, com mérito de Manuel Vilarinho e Luís Filipe Vieira) e desportiva (numa segunda fase, aqui com mais mérito de Jorge Jesus, ainda que com as condições disponibilizadas pelo presidente) está à vista de todos. Os resultados estão à vista, embora falte ainda o pormenor que fica para a eternidade: os títulos. No entanto, a forma como as coisas têm vindo a ser feitas, de forma sustentada e gradual, fazem-me crer que estão reunidas as condições para que esta evolução tenha continuidade.
 

Há quem defenda que já são muitos anos de “quase” e que isso não chega, que tantos anos de recuperação e evolução deveriam ter-se materializado em mais títulos. Na minha opinião houve erros que nos tiraram alguns títulos que tiveram ao nosso alcance nestes últimos anos (nacionais e internacionais), mas quem errou também nos fez evoluir duma forma contínua, duma forma que nos faz olhar para o futuro com uma grande convicção que as coisas vão continuar a melhorar e que já só faltam pormenores para que os títulos comecem a aparecer mais assiduamente!
 
A nível interno, aos poucos e poucos temos vindo a enfraquecer o poder desportivo instalado em Portugal. O nosso grande rival já não se passeia nem no futebol português, nem mesmo nas modalidades. Aliás, está a enfraquecer bastantes as modalidades para conseguir elevar o nível do futebol à fasquia que nós estamos a impor. Há que ter consciência que estamos a lutar contra uma equipa e uma estrutura muito competente e oleada, desde há muitos anos. Isso não é fácil de bater por si só. Mas já estamos lá muito perto. Tão perto ao ponto de ter que ser o factor sorte a resolver as coisas num confronto directo.
 
A nível europeu, entraremos na próxima época como 6ª melhor equipa do ranking. Um ranking baseado nas prestações dos últimos 4 anos nas provas da Uefa. Este facto fala por si. Estamos lá perto, muito perto. A competência está consolidada. Agora falta aquela parte em que o factor “futebol” decide. Falta ter a sorte do nosso lado para que todo o trabalho possa ficar eternizado com finais e títulos.
 
 
Em relação ao jogo de amanhã tenho esperança obviamente! Sendo uma final tudo pode acontecer (por alguma razão os clichés são criados), e penso que para as coisas acontecerem a nosso favor a estratégia deveria passar pela que utilizámos no passado sábado.
A meu ver o Chelsea é uma equipa que prefere jogar em contra ataque, que gosta de esperar pelo adversário e depois chegar rápido à área adversária quando tem a bola. Penso que para contrariar isso deveríamos conceder a iniciativa de jogo ao Chelsea numa primeira fase do jogo, obrigando-os a ficar desconfortáveis com posse bola a que não estão habituados. Para isso começaria o jogo apenas com um avançado e com o meio campo mais povoado (Matic-Enzo-Nico), para tentar garantir que a posse consentida não nos causaria problemas. Os momentos de recuperação de bola seriam para aplicar uma das nossa melhores armas: o contra ataque.
Numa fase mais avançada do jogo, se fosse necessário jogar o jogo pelo jogo e arriscar, faria entrar o 2º avançado e tentava partir para cima do adversário com o nosso tiki-taka em excesso de velocidade.
Resta-nos esperar para ver como correm as coisas. Sendo que estamos a falar de futebol, mesmo que Jorge Jesus adopte esta estratégia, pode correr tudo de forma contrária ao previsto. Mas há que acreditar sem dúvida! Temos muitas armas para conseguir trazer a Taça para o Museu!
EU ACREDITO!!!

07/05/2013

Falar no fim é fácil mas…


…a culpa do empate do Benfica ontem parece-me 100% de Jorge Jesus. Aliás, 95% de Jorge Jesus e 5% de Carlos Martins.
Não pretendo com este post deitar a toalha ou chão, nem mesmo ofuscar a perfeição que tem sido esta época desportiva. No entanto, pareceu-me que Jesus falhou no primeiro momento crucial da época.
Jesus parece que se esqueceu da rotatividade perfeita que fez até aqui. Rebentou, e bem, a equipa contra o Fenerbahçe, tendo com isso conseguido a melhor exibição dos últimos 3 anos. Por isso tinha a obrigação de ter percebido que o desgaste se faria sentir no jogo de ontem com o Estoril, caso o forcing inicial não desse o merecido golo. Na minha opinião, neste jogo era importante ter deixado Gaitán e Lima no banco, pois eram os mais cansados e os que tinham as opções mais válidas no banco para os substituir (Ola John e Rodrigo, ambos frescos pois não rebentaram nem na Madeira nem contra os turcos). Com isso o rendimento da equipa não teria sido afectado, daria para carregar e sempre haveria malta mais fresca para correr atrás da bola nos momentos em que o Estoril fez uma boa circulação de bola. Com esta opção que proponho também teríamos os dois jogadores citados no banco para entrar apenas numa parte final em que eventualmente houvesse necessidade.
A saída de Melgarejo a meu ver foi completamente disparatada. Ainda havia muito tempo para jogar e lutar pelo resultado, e com a equipa a ceder fisicamente essa luta tinha que ter sido feita com a equipa compensada tacticamente e não com os sectores completamente desligados, a pedir correrias defensivas a um Matic exausto e a um Enzo que já não estava em campo (ou a um Carlos Martins que não tem pernas para defender contra-ataques e faz logo falta para amarelo). A juntar a este disparate, Melgarejo não jogou os dois últimos jogos e estaria fresco para o pressing final.
Jesus tinha a obrigação de ter percebido que o Estoril não era um adversário de fim da tabela que foi lá colocar o autocarro e despejar bolas à espera dos nossos ataques consecutivos, tinha que ter percebido que eles tinham qualidade para nos fazer correr porque nós não estávamos com disponibilidade física para sufocar 90 minutos. Tinha que ter mantido o esquema táctico e a frieza que o golo iria aparecer! Desperdiçámos a oportunidade de resolver o título de campeão nacional e com isso poder ir ao dragão rodar a equipa e aparecer frescos contra o Chelsea na final da Liga Europa.
Mas repito que não deito de forma alguma a toalha ao chão, continuo a acreditar porque o que tem sido feito até agora tem sido muito muito bom. Só espero que Jesus não bloqueie nesta recta final e que não esprema os mesmos 11 sem justificação aparente, pois nos anos anteriores foi isso que fez com que não tivesse materializado a sua enorme qualidade em mais títulos até agora. E espero também que não se encha dele próprio, porque na realidade NADA está ganho, e o que nos trouxe até aqui foi a humildade.
 
Como tenho escrito pouco aproveito para deixar registado que embora perceba que é difícil ser contido quando vemos as coisas tão perto do sucesso achei ridículo e prejudicial o folclore que se montou depois do jogo na Madeira. Não me venham com tretas de que não nos devemos calar, aquela conferência de imprensa passou claramente a mensagem “agora que já está ganho deixa lá mostrar que isso foi conseguido com mérito”. Parece que não aprendemos com os erros…

28/03/2013

Água na fervura

Embora considere que o que Jorge Jesus já fez até agora pode ser avaliado como (mais) uma boa época ao serviço do Benfica, obviamente que gostaria que esta pudesse ser eternizada com, pelo menos, dois títulos importantes. Mas a verdade é que isso ainda está bem longe de acontecer! E pelo que leio e oiço, há muitos benfiquista com pouca noção disso e, na minha opinião, a euforia instalou-se cedo demais!
 
Em relação ao Campeonato ainda vejo alguma calma, natural devido ao que se passou na última época, mas em relação à Europa leio em muitos blogues benfiquistas que a chegada às meias-finais da Liga Europa é um dado adquirido. Está-se a menosprezar o Newcastle duma forma perigosa. As equipas inglesas hoje em dia já não são o que eram. Os treinadores ingleses evoluíram bastante nos últimos anos (sensivelmente desde que José Mourinho chegou a Inglaterra). As formações britânicas já não são um 4-4-2 sem ideias, de futebol directo e de "bola pó mato que o jogo é de campeonato". Além disso, o Newcastle tem bastantes franceses de qualidade média-alta, muitos deles internacionais.
Vai ser duro, muito duro, passar este Newcastle. O Benfica não tem o plantel com a qualidade de anos anteriores e a rotatividade que Jorge Jesus tem necessariamente que impôr fará com que esta eliminatória seja bem mais disputada do que se possa pensar.
Acredito que podemos passar obviamente, temos qualidade para isso, mas há que meter água na fervura. E acima de tudo há que ter bem presente que onde se deve ter o 11 titular fresco é no campeonato.

Há muitos adeptos que não vão perdoar Jorge Jesus se voltarmos a deixar escapar títulos que parecem bem encaminhados. Diria até que têm em si uma esperança inconsciente que isso aconteça, para poderem dizer que sempre tiveram razão em relação à inadequabilidade de Jorge Jesus para o cargo de treinador do Benfica. Mas repito que, vistos os números e os factos, a verdade é que o que já foi feito até aqui esta época está a anos-luz das épocas anteriores a Jorge Jesus chegar. Acho bem que a exigência cresça com o passar dos anos, mas há que reconhecer o que de bom tem sido feito até agora mesmo em caso de se perder apenas um ou dois jogos (num total de 50) que possam deitar alguma coisa a perder.

P.S. - Prometo uma análise mais pormenorizada e sustentada desta minha opinião sobre a qualidade que Jorge Jesus trouxe de volta ao Benfica num próximo post (deixo só um aperitivo: o Benfica de Quique Flores perdeu 5-1 na Grécia com o Olympiakos e nem passou um grupo banal na Liga Europa, isto com um plantel com grandes nomes como Suazo, Luisão, David Luiz, Di Maria, Reyes, Cardozo, Maxi, Katsouranis, etc. Já nas mãos de Jorge Jesus, O Benfica passou a ir regularmente aos quartos-de-final das competições europeias, atingindo uma regularidade tal que lhe permite ser hoje em dia a equipa com melhor ranking das equipas em prova na Liga Europa e arriscar-se a ficar no pote 1 do sorteio da Champions na próxima época).

14/03/2013

Enquanto não decidem renovar...

...que se consiga a 4ª chegada aos quartos de final de uma prova europeia em 4 épocas!
E por mim seria assim:

Artur; Maxi, Roderick, Jardel, Melgarejo; Matic, A.Gomes; Nico, Aimar, Ola John; Rodrigo.

Vai ser complicado hoje de certeza (acho que foi um erro ter forçado mais na 1ª mão e ir a França com a eliminatória no bolso), mas há que poupar a equipa.
Temos que estar a 100% no 1º dos dois jogos decisivos desta época (Vit.Guimarães e Rio Ave). Se ganharmos os próximos 2 jogos da Liga penso que o título já não nos escapará! Isto porque o Porto tem uma dupla jornada fora de casa, na Madeira e em Coimbra.

13/03/2013

Também eu Jorge, também eu...

"Tenho saudades de Saviola" - Jorge Jesus in Marca

"Saviola é muito importante e continua a ser capaz de fazer a diferença. É um grande jogador. Só deixou o Benfica porque me pediu para sair, para ter mais minutos. Mas tenho saudades dele, como jogador e como pessoa"

É isto. Mesmo fora da sua melhor forma física, Saviola foi dos jogadores mais inteligentes que vi de Águia ao peito. A forma como percebia o jogo, como se posicionava e se movimentava tinham uma influência incrível na dinâmica e imprevisibilidade do jogo do Benfica de Jesus. A sua inteligência tornava os seus colegas melhores jogadores, tanto que muitas vezes, tocando poucas vezes na bola, era dos melhores em campo, só pelos espaços que abria para que a equipa progredisse em direcção à baliza contrária.

Lima, Cardozo e Rodrigo são 3 jogadores excepcionais, cada um com características e qualidades distintas dos demais. No entanto, nenhum deles possui a inteligência de Saviola, e isso faz sempre falta, nomeadamente contra equipas que apostam na táctica do autocarro. Saviola faz falta, ainda hoje.

20/02/2013

Estado de alerta antecipado

O jogo de amanhã tem de servir para poupar algumas unidades importantes no jogo do Benfica. Temos de fazer descansar Salvio e Lima, pelo que observei nos últimos jogos começa a faltar-lhes o fulgor e a capacidade de desequilibrar que apresentaram em Janeiro.
Os últimos 3 jogos deixaram-me preocupado. Deixámo-nos empatar na Madeira com o jogo praticamente na mão, ganhámos na Alemanha com sorte e por pouco não perdemos pontos em casa contra o autocarro de Coimbra. Em minha opinião faltou meio campo e capacidade de “rasgar” as defesas. Eu sei que não podemos jogar e ganhar sempre com qualidade, mas já são 3 jogos seguidos em que faltou alguma coisa.
Foi exactamente nesta altura que começámos a ir-nos abaixo na época passada, há que ter cuidado para que tudo o que foi feito até agora não vá por água abaixo. Amanhã temos também de dar mais minutos e mais confiança a Rodrigo (vai fazer falta o melhor Rodrigo na recta final), no lugar de Lima de preferência.

Jorge Jesus assumiu que nunca vai pôr em causa o campeonato para apostar na Liga Europa, mas não percebo porque não foram convocados Luisinho e Urreta, tinham de ser titulares amanhã…
 
Tendo em conta que é conhecida a lista de convocados, por mim amanhã era assim:
Artur; André Almeida, Luisão, Garay, Melgarejo; Matic; Ola John, Carlos Martins, Gaitán; Rodrigo, Cardozo.

14/02/2013

Bom Sinal

Onze oficial do SL Benfica para hoje:
Artur; André Almeida, Melgarejo, Luisão e Garay; Matic e o Menino; Alan John, Gaitan e Urreta; Cardozo

Não sei qual será o resultado final, mas confesso que este era o onze que queria para hoje. Sem tirar nem pôr. Ao mesmo tempo que dá descanso a alguns jogadores que têm sido sujeitos a maiores cargas físicas, Jesus mostra que não mente quando diz que a prioridade este ano é o Campeonato. Adicionalmente, ganhamos altura com a entrada dos jovens "Andrés", bem como consistência no meio-campo com a colocação de Gaitán a nº 10 e do menino André Gomes mais próximo de Matic. O sérvio agradece. Ter 3 homens no corredor central do meio-campo era para mim fundamental no jogo de hoje, muito devido ao poderio físico de Reinartz, Bender e Rolfes (não tenho a certeza se serão os titulares, mas costumam ser). Gaitán poderá ainda beneficiar de alguma dificuldade de recuperação destes três jogadores para criar desequilíbrios entre-linhas. Finalmente, a entrada de André Almeida pode ser importante, caso adopte uma postura mais posicional do que a de Maxi Pereira. É que Schurrle e Kiessling são jogadores perigosíssimos e "caem" muitas vezes no seu flanco esquerdo. Maxi que me perdoe, mas hoje não dá para as aventuras do costume, é simplesmente melhor não ir lá à frente do que ir e não ter capacidade para voltar. 

A ideia de Jesus para o jogo parece-me a mais acertada e merece o meu aplauso, veremos qual o resultado. Venham eles, e que o Benfica repita 94!

25/01/2013

Capas Históricas IV


Hoje como ontem. Desde a 9ª jornada da saudosa época 2009/2010 que a anual recepção do Sporting de Braga ao Benfica deixou de ser um mero encontro mais ou menos pacífico, para se tornar num autêntico jogo de vida ou de morte para os anfitriões. 

De lá para cá, de cada vez que se desloca à Cidade dos Arcebispos, o Benfica é recebido à base de "padradas", bolas de golf e duches de água fria. Mais do que isso, cada visita ao Axa, representa um teste à fibra e ao caráter dos jogadores do Benfica, por toda a envolvente criada e pela dificuldade que temos tido em vencer neste Estádio.

O jogo do próximo sábado será disputado num contexto em relação ao qual é possível traçar um paralelismo com a partida de 31 de Outubro de 2009. Também na altura, o Benfica chegava a Braga com um percurso imaculado para o Campeonato, contando com 7 vitórias e um empate. De resto, um registo em tudo igual ao do clube visitado. Em tudo, menos na "nota artística",  uma vez que o Benfica contava já com 30 (!) golos marcados na competição, contra os 13 do Braga, equipa que se apoiava maioritariamente no seu sólido setor defensivo. Assim, e tal como hoje, a deslocação a Braga tinha contornos de vital importância para os comandados de Jesus na luta pelo Ceptro. Importância acrescida pelo facto do Braga ter também a oportunidade de se isolar na liderança do Campeonato, algo que não se repete na presente temporada.

O confronto de 2009/2010 foi talvez o mais marcante no passado recente entre estas duas equipas. Nunca mais as relações entre os clubes, e principalmente entre os adeptos dos mesmos, foram as mesmas. Apesar da vitória por 2-0 da equipa da casa, o que fica na memória foi o que aconteceu fora e dentro do túnel do Axa, à saída para os balneários quando o árbitro Jorge Sousa apitou para intervalo. Num "sururu" provocado por uma bola passada por Angelito Di Magia em direção ao banco de suplentes adversário, o trio brasileiro composto por Vandinho, Mossoró e Ney Santos aproveitou para molhar a sopa. Se o na altura capitão bracarense Vandinho tentou agredir o adjunto Benfiquista Raúl José à patada, já os seus capangas Mossoró e Ney Santos chegaram mesmo a vias de facto com Cardozo, agredindo o goleador do Benfica pelas costas. Surpreendente, não foram os vilões mas a vítima a receber ordem de expulsão, uma vez que o Takuara já não foi autorizado pelo árbitro da partida a regressar ao relvado. O mesmo castigo teve Andre Leone, alegadamente por se ter envolvido em confrontos com o Paraguaio. Finalmente, também o "Queniano" Ramires foi agredido por um qualquer guarda Abel de Braga, já no interior do túnel. 2045 é um número que o craque brasileiro nunca esquecerá.

Na partida do próximo sábado, o Benfica não poderá esperar ambiente diferente. Agressões, provocações (lembremo-nos de Javi Garcia), tentativas de condicionamento por parte da equipa de arbitragem (lembremos Javi, outra vez), manobras extra-futebol, são tudo números que já vimos nos últimos 3 anos pelo Minho, e que se poderão repetir. As declarações dos dirigentes bracarenses na semana passada assim o deixam antever. 

No entanto, e ao contrário do que aconteceu em 2009, temos a necessidade, a obrigação de ganhar. Temos de esfolar o borrego que tem sido não conseguir ganhar em Braga desde que Jesus está ao leme. Temos de mudar a atitude temerosa e sem determinação com que entramos em campo quando vamos ao Axa. Temos de sair de Braga com os 3 pontos e a consequente confiança redobrada de que seremos Campeões... tal como em 2009/2010. Temos de passar essa mensagem de força aos nossos adversários. Não ganhar em Braga poderá colocar-nos numa situação muito complicada no que resta desta corrida. Se na altura contávamos nas nossas fileiras com Di Maria, Ramires, Javi, Saviola, David Luiz e Coentrão, agora continuamos a ter Luisão, Maxi, Aimar e Cardozo, mas temos também Garay, Matic, Enzo Perez, Salvio, Ola John e Lima, entre outros, todos eles com um espírito competitivo e um brio profissional que tem sido inatacável. E, convenhamos, este não é o Braga que nos desafiou na luta pelo título. Temos tudo para ganhar!

03/01/2013

Ponto de situação positivo

Embora seja um acérrimo defensor de que Jorge Jesus é o treinador ideal para o Benfica neste momento e, até ver, num futuro a médio prazo, reconheço que o seu trajecto no comando do Benfica até hoje me faz hesitar quando o elogio a ele e à prestação da equipa.
Ainda assim, penso que há um ponto de situação positivo que deve ser feito neste momento. Achei um bom pronúncio a forma como Jorge Jesus rodou a equipa nestes dois últimos jogos.
Bem sei que o plantel se tem vindo a revelar propício a este tipo de rodagem (ontem supostamente jogaram os suplentes e tínhamos em campo Gaitán, Bruno César e Nolito - que se apresentaram os 3 a um nível elevado), bem como o calendário. No entanto, não sei até que ponto a coisa não deve ser vista de outra forma: não será a rodagem que está finalmente a ser (bem) feita que mostra as potencialidades do plantel? Fica no ar a pergunta... A qual só terá uma resposta definitiva no fim da época, e resposta parcelar no fim deste ciclo infernal de Janeiro.
 
Algo que me deixa um pouco reticente foi a fraca exibição diante do Moreirense, mas ontem fizémos questão de mostrar que talvez tenham sido as férias a empenar um pouco os motores. Ainda assim fizémos um resultado que nos deixa "apenas" a precisar de ganhar em casa à Académica para passar à próxima fase. Ou seja, cumprimos. E, por vezes, cumprir basta. Espero pelo jogo contra o Estoril para tirar ilacções mais concretas...
 
Veremos como continuam a correr as coisas neste complicado mês de Janeiro, mas estou confiante que Jorge Jesus tem aprendido com os erros e, no que depender dele, a gestão será bem feita. Depois é preciso sorte com as lesões e a bola entrar!
 
 
Há ainda a questão do mercado estar aberto. Penso que não deveria ser negociada nenhuma saída, pois só assim conseguiremos manter este nível elevado mesmo a rodar a equipa.
Em relação ao meio campo, continuo a defender que se deveria encontrar uma solução de carácter mais defensivo (regresso de Aírton, por exemplo, não seria demasiado dispendioso). No entanto, se para entrar algúem for preciso vender algum activo, prefiro que não haja mexidas.

 
Por fim,
I - O regresso anunciado de Pablo Aimar a 100% faz-me ficar ainda mais confiante! Se já conseguimos atingir um nível elevado sem ele, acredito numa 2ª parte de época ainda melhor!
II - Finalmente parece-me que Cardozo é consensual entre todos os Benfiquistas! Foi preciso fazer 10 golos em 4 jogos para o conseguir, mas finalmente está a ter o reconhecimento merecido por parte de todos sem excepção! Espero que mantenha a cadência!

19/10/2012

Missão (bem) cumprida

Bom jogo do Benfica ontem. Deviam correr assim todos os jogos deste género (leia-se contra equipas teorica e claramente mais fracas sem argumentos para nos fazer frente). Deu para rodar a equipa, dar minutos ao menos utilizados, e mesmo assim manter um nível de jogo bastante elevado, com boas jogadas ao primeiro toque e muitas oportunidades.
Gostei que Jorge Jesus tenha apostado nos menos utilizados sem problemas, mas espero que continue com esta atitude nos jogos mais fáceis daqui para a frente. Porém, como um dos maiores erros que lhe aponto desde que chegou ao Benfica foi o de massacrar sempre os mesmos 12/13 jogadores, não estou seguro disso.
Exactamente por não estar seguro disso – e também porque o adversário mostrou não ter, de facto, o mínimo argumento para lutar contra nós – não quero tirar grandes conclusões do jogo de ontem. Digamos que tirei apenas umas notas positivas em relação ao treinador e jogadores, que gostaria que se confirmassem com o decorrer da época.

Começando por Jorge Jesus, e sabendo que falar depois do jogo acabar e do resultado feito é sempre mais fácil, acho que fez um óptimo balanço entre os titulares e os menos utilizados. Não deixou a equipa perder identidade, rotinas e cadência ofensiva, ao mesmo tempo que deu minutos e entrosamento aos laterais suplentes, a um central ressuscitado (será desta que Sidnei vai querer alguma coisa com o desporto a nível profissional?) e a um (bom) guarda-redes que esperou 14 anos para cumprir um sonho. Concordo com o Gonçalo no comentário ao post anterior quando diz que o Paulo Lopes é o protótipo de guarda-redes suplente ideal: cumpre, não levanta ondas e é formado no clube.
Deu ainda para dar a Jardel um papel de líder na defesa, que o faz crescer, e minutos aos recuperados Carlos Martins e Cardozo.
Foi também lançado o miúdo André Gomes em jogos oficiais. Do que vi gostei moderadamente. Para já a opinião com que fiquei é que pode dar jeito no futuro. Tem uns bons pés aliados a uma estampa física para se aguentar naquela zona do terreno. E não tem medo de ter a bola nos pés. Pode ser um bom jogador de equipa, mas não me pareceu que venha a ser um craque de nível mundial. Mas o que vi foi pouco claro, por isso espero estar enganado. Mas mesmo que não esteja e ele venha apenas a ser um bom jogador de equipa isso não é necessariamente mau.
Lima e Cardozo voltaram a fazer o gosto ao pé, e Rodrigo só não fez porque falhou uma oportunidade clara. É bom ver que há intenções de retirar o máximo de cada um dos nossos 3 matadores.
Só estranhei que o Ola John não tenha sido utilizado (não sei se estava lesionado ou não), teria sido um bom jogo para ele. Com bastante espaço e defesas lentos.
Por fim, espero que o Matic se aguente todos os jogos até à reabertura de mercado. É um óptimo jogador, mas para aquela posição precisamos de pelo menos uma opção directa e credível (André Almeida ainda não pode ser trinco ao mais alto nível, se é que alguma vez poderá). No modelo em que o Benfica joga o trinco tem que fazer muitas faltas e leva muitos cartões. Já para não falar no cansaço e lesões.
Mas como disse no início do post isto é tudo muito monito se for para continuar em jogos mais fáceis. Se daqui para a frente se massacrar sempre os mesmos isto não valeu de nada.

Em relação ao Freamunde, foi a primeira vez que vi o Bock jogar e gostei do que vi. Só tenho pena que nunca tenha jogado em equipas que os jogos dessem na televisão. Tem qualidade (e golos) para isso. O João Tomás aos 38 ainda faz o gosto ao pé na Primeira Liga...