Nos últimos dias têm sido anunciados os vários prémios Nobel de 2011. Este ano houve uma particularidade, um dos laureados com o Nobel da Medicina faleceu poucos dias antes de anunciarem o prémio. Sempre tive um grande interesse pelos prémios Nobel. Em miúda li um livro, "15 prémios Nobel", eram 15 pequenas biografias sobre 15 laureados. A minha preferida era Madame Curie, por ser mulher e por ter ganho, duas vezes, o prémio Nobel.
Curiosamente, este ano, o prémio Nobel da Literatura foi atribuido à prata da casa, Tomas Tranströmer, um poeta sueco. Não há muitos poemas seus traduzidos para português mas escreveu um poema sobre o bairro de Alfama:
"No bairro de Alfama os eléctricos amarelos cantavam nas calçadas íngremes
Havia lá duas cadeias. Uma era para ladrões
Acenavam através das grades
Gritavam que lhes tirassem o retrato.
'Mas aqui', disse o condutor e riu à socapa como se cortado ao meio
'aqui estão políticos'. Vi a fachada, a fachada, a cachada e lá no cimo um homem à janela
tinha um óculo e olhava para o mar
Roupa branca no azul. Os muros quentes
As moscas liam cartas microscópicas
Seis anos mais tarde perguntei a uma senhora de Lisboa
'será verdade ou só um sonho meu?'"
Curiosamente, este ano, o prémio Nobel da Literatura foi atribuido à prata da casa, Tomas Tranströmer, um poeta sueco. Não há muitos poemas seus traduzidos para português mas escreveu um poema sobre o bairro de Alfama:
"No bairro de Alfama os eléctricos amarelos cantavam nas calçadas íngremes
Havia lá duas cadeias. Uma era para ladrões
Acenavam através das grades
Gritavam que lhes tirassem o retrato.
'Mas aqui', disse o condutor e riu à socapa como se cortado ao meio
'aqui estão políticos'. Vi a fachada, a fachada, a cachada e lá no cimo um homem à janela
tinha um óculo e olhava para o mar
Roupa branca no azul. Os muros quentes
As moscas liam cartas microscópicas
Seis anos mais tarde perguntei a uma senhora de Lisboa
'será verdade ou só um sonho meu?'"
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