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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Dia da árvore

Ilustração da internet

Eis que, tenho formato  duma rasa taça,
a minha carne  aos viventes dá  dinheiro,
a floresta  sem eu não tem  alguma graça,
porém sou derrubada sempre por primeiro.

Ser árvore mais formosa de toda praça,
não me liberta do  lenhador intrigueiro;
ao contrário, todo  madeireiro  me caça,
abatida por   madeira no mundo inteiro.

Dessa maneira agora passei a ser escassa,
transformada na lenha para  tal fogueiro,
vítima   duma  sanha   que  jamais  passa.

Acossam-me na mata através de sendeiro,
pra  fazer  papel  me  diluem  na  potassa,
portanto sabem agora, sou o bom Pinheiro.

domingo, 9 de setembro de 2018

Minha floresta



Nesgas de sol invadem o sombrio da mata,
quebrando o verdor semi transparente apenas;
cortam o ar borboletas asas de prata,
contrapondo-se a araucárias não pequenas.

No vale um riozinho quase silente cascata,
e somente ele fere as dolências serenas;
dando acordes que compõe argentina sonata,
onde voejam folhas outonais amenas.

Do galho alto, coruja apõe seus pios graves,
coleópteros coruscam os élitros seus,
enquanto se esquivam de famélicas aves.

Porquanto, tudo forma atmosfera que enleva,
dos gigantes pinheiros aos grilos pigmeus,
das flores das copas às minhocas da treva.

domingo, 9 de abril de 2017

O energúmeno

A natureza fala e um timorato escuta
Entretanto, não o faz o homem rebelado
A mata tropical de ramagem hirsuta
É vítima da motosserra e do machado.

Pois o energúmeno homem de força bruta
Se julgando dono absoluto emancipado
Ele desmata, se achando criação astuta
Então sai contando o dinheiro arrecadado.

Homo sapiens, um bandoleiro impassível
O qual só dá valor à própria liberdade
A todo crime que faz, riso indefinível.

Porque só crê e admite a sua própria verdade
Quer seja ela pequena, quer seja terrível
Vai destruindo o mundo por banalidade.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

O mal é o homem


É mais uma cobrança que a floresta faz
A mataria, pelo ser humano aviltada
Febre amarela, desativada lá atrás
Em rápido surto dizimou a macacada.

Bastou que bicho homem fizesse cagada
Retirando árvores que viviam em paz
E febre chegou tal como quem não quer nada
Atacou bugios, homens de modo voraz.

Mas, felizmente, isso tudo tem solução
Assim, vamos todos procurar a vacina
Risco nenhum tem,  e salva uma multidão.

Então vamos ao Posto logo ali na esquina
Lá, depois de vacinado o homem fica são
Apenas saiba, micos sofrem mesma sina.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Que bicho sou eu?

O mundo aqui em cima devagar passa
Devagar e constante a melhor premissa
Julgando que quase ninguém me caça
Subo carregando a minha macia peliça.

Viver vagarosamente, saibam, é massa!
Só me alimentando de folhas de hortaliça
E nada haverá portanto que aqui se faça
Que minha vontade de não acelerar atiça.

Se o caçador vem atrás de mim, embaça
Porque ele é persistente naquela cobiça
E nesta floresta a fauna se torna escassa.

Sou o mamífero que não entra nessa liça
Onde qualquer bicho selvagem se enlaça
Da ordem Folivora, sou o bicho-preguiça.