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domingo, 4 de fevereiro de 2018

Alma que chora




Homem consciente que se atormenta
Com certas coisas que a outros fascina
É porque conduz uma alma sedenta
Que por caminhos outros peregrina.

Sualma outra dimensão frequenta
Sem obscurecimento da neblina
Tudo examina de maneira lenta
Contumaz e correta, na surdina.

Pois este homem tem seus desejos
Coadunados com certos ensejos
No fundo da sualma adormecidos.

Mas, bem lá no fundo do seu armário
Há um ente por demais solitário
Desejoso, emitindo seus gemidos!

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Meus versos

As vezes, afinal, canto os astros
Em composições que as vejo belas
E também versejo poemas castos
Quando os enxergo da minha janela.

Tanto vejo lama como alabastro
Mas também viajo pelas estrelas
Que na minha mente deixam um rastro
Versar, melhor jeito de removê-las.

Então, mostro o que existe por aqui
Tudo que sei, que desejo e que vi
As coisas nas quais estamos imersos.

Contudo, percebam, não busco palmas
Tampouco me interessam as almas
Quero apenas construir meus versos.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Juízo final

O apocalipse promete redenção
Porém não um oceano de doçuras
E somente praquelas almas puras
Que resistiram a toda tentação.

A crença que boas novas virão
Não convida a maiores aventuras
Descarta umas tantas amarguras
E, então conforta alma e coração.

Se tu fostes bom, acabarás rindo
Se, não, ao inferno serás bem vindo
Então fique em paz, meu caro amigo.

Porque almoço de graça não existe.
Só pecador permanecerá triste
Mas tua alma ficará num abrigo.

sábado, 18 de novembro de 2017

Quando eu me for

Quando eu for, favor não chorar por mim
Prefiro que guardes essa tua dor
Por certo é melhor que seja assim
E lembrar do melhor seja onde for.

Quando eu for, por favor sorria sim
Prefiro que não fiques em torpor
Somente meu corpo chegou ao fim
Os que ficam ainda podem compor.

Na cova não há beleza ou bondade
E tampouco espaço para saudade
Apenas muita paz, tão somente.

Nossa alma não tem nenhuma vontade
Só um grande silêncio a invade
E, naturalmente, ela nada sente.

sábado, 30 de setembro de 2017

Nossas almas

Pois enquanto transita por aqui o diabo
Em busca das almas que um dia se vão
Há algumas já marcadas, mas outras não
Que a estas ele dedica seu menoscabo.

Porquanto o satanás, às emoções apela
Mas se empenha no trabalho logo cedo
É convincente, amável faz um jogo ledo
Adquire alma sem jamais se referir a ela.

Pode ser, que agora esteja na sua frente
E sua amarga pílula, tornando-a dourada
Então, ingênuo, você sequer está ciente.

Mas não se avexe, sualma será trocada
Por um bem melhor, mais que suficiente
Algo que no idioma pátrio dizemos: nada.

terça-feira, 18 de julho de 2017

Alma

Por existir, onde nossa alma se esconde?
E como ela própria entretanto se chama?
Confesso, já perguntei e ela não responde
Escondida, porque lama é seu anagrama?

Mesmo que pelo esconso então ela ronde
E em tudo que toca, muita vida derrama
A qual parte da mente, ela corresponde?
E que ela faz quando nós voltamos a lama?

Sinceramente não sei, alma é evasiva
E faz questão, sobre ela própria, silencia
Como a dizer, tenha dúvidas se sou viva.

Fé nos diz que sem ela ninguém viveria
Que vive no nosso corpo e não é cativa
Que corpo sem alma é uma bolha vazia.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Sonho?

Sonho utópico, sonho de épicas visões
Criado pelos meandros dos pensamentos
O qual recusa ser levado pelos ventos
Pelos tufões, terremotos e turbilhões.

Então sonho de indagamento e de senões
Donde nunca brotam agruras dos lamentos
Nem trafega por esconsos ares nevoentos
Porém são bem distinguíveis suas feições.

Enxergo portando, um retrato de minha alma
Que tem o vezo de revelar-se e tudo acalma
E deste corpóreo invólucro se desprende.

E creio que essas minhas internas vozes
Me sejam umas carrascas mais atrozes
Consciência travestida de óbvio duende.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Essa tal de Alma

Nossa alma essa quase entidade tão passiva
Quando silenciosa nosso corpo habita
Certamente com seus dotes ela cativa
Uma outra alma que lhe pareça mais bonita.

Talvez numa relação um tanto o lasciva
Na qual a nossa tão preciosa alma acredita
Essa bela interação tão discreta viva
Sob nenhuma norma até agora escrita.

Então, nada disso nos deixa amargurados,
Somos veículo que carrega a alma apenas
Por menos que tal não tenhamos anelado.

Porquanto se as tais almas não são pequenas
E que nós estejamos desta vida animados
Nossas relações corpo/alma serão serenas.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Nossas almas

E lembremos que as almas têm segredos
Como se esqueletos em seus armários
São pérfidos, esconsos e arbitrários
Que contraem nossas entranhas em medos.

Lembremos: as almas não são rochedos
Sucumbem aos cavilosos cenários
Frente a adversidades? sem comentários
Pasmas, seus movimentos ficam quedos.

Porquanto, esses entes transcendentais
Comunicam-se apenas com iguais
E a nós não dão nenhuma explicação.

Conduzimos as almas nessa jornada
Apesar delas não nos dizerem nada
Perguntando, a resposta será não.

sábado, 13 de agosto de 2016

O peso da vida


Vaga o vate por inóspitos lugares
Escrevendo versos de abandono
De tresloucado se dá, então, ares
À terra do nunca onde não há sono.

Passa sem deixar pegadas no chão
Está na busca insana do ignoto
Indo em busca de onirismo vão
Como barco perdido sem piloto.

Carrega uma alma assaz dolorida
Num corpo já, então, desgastado
Lhe oprime o peso da própria vida,

Porém sabe que este será seu fado
Levar para sempre sua alma ferida 
Ainda que caminhe para todo lado.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Consórcio

A alma do corpo não é dissociada
Ambos seguem unidos por um fio
Uma alma sem corpo não é nada
Um corpo sem alma é saco vazio.

Alma pode tocar aquilo que sente
Corpo acompanha onde alma vai
Se um ou outro continua ausente
Aquele que atrás fica o outro atrai.

Talvez até o juízo final mais além
Seguirão os dois juntinhos assim
Sem que nunca os separe alguém.

Não é nenhum consórcio chinfrim
Tampouco conveniência também
É então vitalício contrato até o fim.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

É a vida?


Ainda que nos falte um ou dois pedaços
Nada indica que não estejamos inteiros
Porquanto se dentro nós existem laços
Vivemos só nossos valores verdadeiros.

Minha fortaleza é meu próprio sustento
Embora essa força esteja quase esvaída
E tudo mais a minha volta apenas vento
Onde posso pressentir qualquer saída.

A respeito do restante então fico mudo
Se não diz respeito à minha triste vida
E o universo não está nem aí, contudo.

E o lamento sendo de minha alma ferida
Então se resume a um resmungo miúdo
De corpo dorido sobre uma alma sentida.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Poesia é cura

Ela, filha bastarda da literatura
Érato acode seres de alma pura
Longevo poema voa sobre eras
E você o compõe como quisera.

Quando o poeta o diz, está dito
Pois onirismo não gera conflito
Poesia, essa febre intermitente
Cordão umbilical que une gente

Pergunto, como o mundo seria
Sem os poetas, sem sua poesia
Talvez esse feliz enlaçamento

Compulse uma busca partilhada
Nos vetando que efeito manada
Leve-nos ao desumano desalento.