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segunda-feira, 5 de março de 2012

Putin - versão 3.0


Putin regressa à presidência depois de 4 anos de interregno como primeiro-ministro da Rússia.
O homem que em 1999, pela mão de Ieltsin, aparecia como um elemento renovador da política russa (embora vindo da escola do KGB), agora é o génio de uma rede de poder que controla o país e a economia, e que cada vez mais deixa em dúvida o que será uma democracia no país dos czares.
Com a mudança do tempo de mandato presidencial para 6 anos, o homem forte do Kremlim pode permanecer até 2024, com 72 anos de idade...

sábado, 10 de dezembro de 2011

Democracia, essa chatice

Depois de ter vencido as legislativas só com maioria absoluta, e não com maioria qualificada, agora as ruas de Moscovo enchem-se de manifestantes a protestar contra a alegada fraude eleitoral.
Assim, e com eleições presidenciais no início de 2012, será uma chatice para Putin passar de primeiro-ministro a (de novo) presidente.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Re-START


"Washington e Moscovo comprometem-se a reduzir o número das ogivas nucleares para 1550 cada um, o que representa uma diminuição de 74 por cento em relação ao limite do tratado START (Tratado de Redução de Armas Estratégicas), assinado em 1991 e que expirou no final de 2009." (SOL)

"Mesmo não trazendo cortes muito significativos nas existências actuais de armamento nuclear, a adopção destas reduções reflecte um mais profundo estado de entendimento entre os antigos inimigos da Guerra Fria, desde que foi dado o primeiro passo de desnuclearização bilateral em 1991 - com o histórico Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START-1), assinado pelo então Presidente norte-americano George Bush pai e o último chefe de Estado da União Soviética, Mikhail Gorbatchov. Moscovo e Washington vão comprometer-se a diminuir, cada um, para 1550 as ogivas nucleares estratégicas operacionais que possuem dentro de sete anos após a entrada em vigor do novo pacto. Na prática, e admitindo que as legislaturas dos dois países - a Duma russa e o Senado norte-americano - ratificam o tratado até ao final do ano, as novas limitações devem ser cumpridas até 2017." (PÚBLICO)

(Assim de repente, há qualquer coisa de contraditória nestes dois textos de jornais diferentes...)

De qualquer forma, não deixa de ser significativo este acordo. Quanto mais não seja pela pressão que coloca sobre outros Estados que aspiram ter armas nucleares.
E esta manhã, na rádio, ouvi uma análise curiosa: este acordo serve para fazer a Rússia pensar que se equipara aos EUA.

sábado, 3 de abril de 2010

Propagar o ódio

"Dzhanet Abdurakhmanova tinha apenas 17 anos e era viúva de um dos líderes da guerrilha muçulmana do Cáucaso Norte, Umalat Magomedov (também na foto). Foi uma das duas jovens mulheres que se fizeram explodir no metro de Moscovo." (Corta-fitas e Público).

Que pessoas, que sociedade, que valores, que desespero levam uma jovem de 17 anos, viúva, a fazer-se explodir numa estação de metro de Moscovo?

Não entendo esta propagação do ódio. Não apenas por um Estado ou país, mas por outras pessoas. Que niilismo é este?

sábado, 6 de setembro de 2008

Mensagem de Moscovo

"Ao usar a força militar, Moscovo abriu a primeira guerra entre Estados na Europa pós-Guerra Fria, enviando uma tripla mensagem: está decidida a travar a expansão da NATO nos antigos territórios soviéticos, a restaurar a sua "esfera de influência", a controlar as rotas do petróleo e do gás do Cáspio."

Jorge Almeida Fernandes, Público, 24 Agosto 2008

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Posição assustadora

"A União Europeia vai adoptar uma postura "vigilante" nas suas relações com a Rússia" (PÚBLICO).

Com a força e independência que manifestamente a UE tem face à Rússia, os senhores Medvedev e Putin parece terem ficado em pânico. Putin até foi de camuflado para a floresta e atirou a um tigre que alegadamente ia atacar um jornalista (a notícia é real. A minha interpretação é que pode ser criativa...).
A posição da UE é uma nulidade. É a da uma organização sem força a tentar por-se em bicos de pés para ser vista.
Depois do empenho de Sarkozy em encontrar uma solução para a crise no Cáucaso (de facto, o único na UE que lá foi. Nem o presidente da Comissão Europeia se deu ao trabalho de tecer um comentário), e de a Rússia ter garantido a retirada das suas tropas do território georgiano (que não retirou), agora o cenário é repetido em versão comunitária, e a Rússia, cooperante, voltou a garantir a mesma coisa. Mas não deixa lá entrar ninguém para verificar o cumprimento do "acordo".
Ontem na CNN ouvi um russo (não sei se ministro ou embaixador) dizer com as letras todas que vão defender os povos que querem a sua liberdade, e todas aquelas balelas em politicamente correcto. Ou seja, vão continuar a fazer o que quiserem nos países na orla das suas fronteiras, sobre os quais pensam ter um direito de "cuidado". Assim haja recursos por lá.

Uma das leis das relações internacionais é que em política não há amigos, há interesses. E é nestes termos que as questões têm de ser equacionadas.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Rússia, o urso adormecido?

A crise no Cáucaso teve hoje mais um episódio: a Rússia não teve problema em avisar que não receia um regresso à Guerra Fria, ao mesmo tempo que reconhecia a independência da Ossétia do Norte e da Abkházia e pedia a outros países para fazerem o mesmo.
É de coisas destas que a Europa e os EUA estavam à espera quando promoveram a independência do Kosovo. A Rússia, desejosa dos seus tempos de glória, agarrou o pretexto e mexeu as peças que precisava para desestabilizar uma torneira da Europa e controlá-la. Mas com uma interpretação muito própria: territórios de outros países vêem a sua independência reconhecida; enclaves que pretendem a mesma coisa em território russo são ferozmente reprimidos.
Muitos podem ser os clamores da ONU, NATO, UE e EUA contra a violação da integridade territorial da Geórgia que a Rússia vai apenas mostrar os dentes e dizer que tem poder. Lembra uma personagem do recente filme "O Panda do Kung Fu", que está acorrentado, aparentemente frágil, mas que evidencia a sua força quando ninguém espera. Se bem que a acção da Rússia não foi uma surpresa, mas sim um passo num percurso que vem trilhando nos últimos anos, desde que Putin ascendeu à liderança.
Putin que deixou a presidência mas que mostra o seu poder, agora juntamente com um Medvedev que dá mostras de ser um seguidor à altura. Bastou ouvir a sua declaração de reconhecimento da independência das províncias separatistas da Geórgia, bem ao estilo de Putin.
O urso russo acordou... Convém não ser abraçado por ele. O que, convenhamos, tendo em conta o poderio energético da Rússia, deve ser difícil. E já fez umas brincadeiras dessas o ano passado através da Ucrânia.

sábado, 21 de junho de 2008

Euro 2008 - o imprevisível acontece

É impressão minha ou a Rússia está a encostar a laranja mecânica às cordas nestes quartos de final?

Actualização no final do jogo:
Holanda - 1 / 3 - Rússia

terça-feira, 3 de junho de 2008

O pretexto que faltava

Quero ver o último filme da saga Indiana Jones. Gostei das aventuras da série.
Mas, com esta notícia, vou vê-lo de outra forma: como uma comédia.

Um excerto da notícia:

Para os comunistas da segunda maior cidade russa, o filme tem por objectivo «criar na juventude moderna uma ideia deturpada da política externa soviética da URSS nos anos 50 do séc. XX»
«Vincamos decididamente a nossa profunda indignação face à estreia na Rússia do filme-provocação, resíduo da guerra fria, pasquim nojento: o filme de Spielberg: Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal», lê-se num comunicado distribuído à imprensa pelos comunistas."

Fantástico! Era o pretexto que me faltava!
Quando identificar alguma destas cenas no filme, vou dar uma sonora gargalhada!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Marginalidade política e informativa

A política é cada vez mais uma coisa estranha e sem sentido. E a comunicação social ajuda, e muito.

Na entrevista de Luís Filipe Menezes ontem à SIC Notícias, o assunto que ficou foi a retirada da publicidade (e consequente receita…) à RTP. Pelo menos foi isso que a imprensa de hoje ouviu.
Não vi a entrevista, mas… é só isto que um candidato a primeiro-ministro tem a dizer numa entrevista? É só isto que fica de uma entrevista de uma hora?!
Já a semana passada, na entrevista a Sócrates, o grande resultado tinha sido um tabu…. que não passava de uma idiotice. Quer da parte de quem o disse, quer de quem se agarrou a isso como notícia.

É claro que muitas notícias são mal tratadas, agarrando sempre o que não interessa. Alguns exemplos:

1 – no Expresso, a propósito de um pequeno engano de Sócrates no encerramento das jornadas parlamentares, o título é “afinal Maria de Lurdes Rodrigues é ministra da avaliação”. Ouvi a intervenção de Sócrates, e foi um engano normal no contexto do que ele dizia… e é isto que merece realce num jornal de referência?! O jornalismo anda com umas tiradas idiotas…

2 – no Jornal da Noite da SIC, Luís Costa Ribas, um jornalista experiente, a propósito do debate de ontem entre Hillary Clinton e Barack Obama, destaca alguma (pouca) dificuldade da candidata dizer o nome do candidato delfim de Putin, de seu nome Medvedev. E o jornalista comenta que um candidato que não consegue dizer o nome do futuro presidente da Rússia não tem capacidade para liderar os EUA. Costa Ribas não consegue perceber que foi uma dificuldade normal em pronunciar um nome de um país (e alfabeto) diferente? Por que é que todos os jornalistas e comentadores têm de tirar partido por Obama?

3 - outro caso, que se enquadra nesta mesma lógica, é a polémica causada pela foto de Barack Obama com os trajes tradicionais somalis há dois anos. Não há ideias a discutir?
4 - as eleições presidenciais russas são no próximo fim-de-semana... algum jornal ou televisão tem seguido a campanha? (hoje vi uma noticia preocupante no Meia Hora). É certo que a democracia na Rússia tem características muito particulares, mas não há notícias? O que fazem os candidatos alternativos a Medvedev? Conseguem fazer comícios? Têm tempo de antena? Os jornalistas conseguem trabalhar livremente?

Eu devo ser alguém muito elitista e fora da realidade, mas não compreendo nem aceito este tipo de política e forma de a relatar.

Assim não vamos longe….

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Coisas a acompanhar...

  1. a ideia de Putin apontar uns mísseis à Europa como resposta ao escudo que os EUA querem instalar na Polónia e na República Checa.
  2. a Cimeira do G8, na Alemanha. Sobre esta "crise dos mísseis", sobre o ambiente. E as reacções/manifestações de alguns milhares de cidadãos que vão a todo o lado destruir o que só a globalização e o capitalismo - que criticam - permitiu. Só a globalização deu a possibilidade de fazerem o que fazem: sem globalização (e tudo o que ela permitiu ao nível de desenvolvimento tecnológico e de criação de riqueza) gostava de saber onde estavam esses cidadãos...
  3. os passos do novo presidente francês, N. Sarkozy. Está cheio de vitalidade, de energia, de ideias novas. É presidente há duas semanas e a Europa já mexe. Há quem o olhe como uma coqueluche, mas há ideias naquela cabeça. A Europa e a França vão mudar. Na primeira, já quase há novo tratado em versão resumida. Concordo!
  4. o debate (ou a sucessão de disparates..) sobre o novo aeroporto. Seja na Ota ou no deserto...
  5. as eleições de Lisboa... quando algum candidato disser alguma coisa que surpreenda. E que faça algum cidadão-eleitor votar nele sem ser por filiação/preferência partidária.
  6. a última semana da Feira do Livro de Lisboa. Muita mais pequena e pobre que em anos anteriores - infelizmente - mas fica noParque Eduardo VII até ao dia 10 de Junho.

domingo, 3 de junho de 2007

Guerra Fria de volta?

«O presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou hoje apontar mísseis, alguns deles com ogivas nucleares, à Europa como resposta a uma eventual instalação do escudo anti-mísseis que os Estados Unidos querem instalar no leste europeu.
"É óbvio que se parte do potencial estratégico nuclear dos Estados Unidos se encontra na Europa e, segundo os nossos especialistas, nos ameaçam, teremos de responder", afirmou Putin numa entrevista que pode ser lida no site do diário canadiano The Globe and Mail.
"Que medidas é que poderemos tomar? Podemos apontar novos objectivos na Europa. Mas é tudo uma questão puramente técnica. Seja com mísseis balísticos ou de cruzeiro, ou ainda com algum tipo de novos sistemas de armamento", sublinhou o presidente russo.
Segundo o jornal, o presidente russo considera que o escudo anti-mísseis que os Estados Unidos querem instalar na Europa do Leste, nomeadamente em países de influência da extinta União Soviética, é uma "provocação" que arrastará para o "regresso à Guerra Fria entre os dois países".»
(LUSA)
O Sr. Putin está a especializar-se na função de provocador...
Ainda bem que tanto ele como Bush já estão em fim de mandato...

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Boris Ieltsin


Boris Ieltsin morreu hoje, aos 76 anos.

Foi ele que teve a coragem de subir para cima de um tanque em Agosto de 1991, travando assim um golpe comunista. E terá permitido a democratização (!) da Rússia. Ao mesmo tempo que contribui para que a ex-URSS não se transformasse numa espécie de Balcãs em grande.

Mas foi também na sua presidência que se deu a ascensão dos oligarcas, do empobrecimento (ou da descoberta…) económico do país e das suas populações, que se deu a guerra da Tchetchénia.

Ficarão para sempre na memória as suas gaffes. Os "tropeções" em cerimónias oficiais. Dançar em público. Fazer umas “festinhas” a algumas mulheres presentes em reuniões…