Ontem na TV, que é muito raro ver, dei com um economista que, perante a recessão previsivelmente prolongada, com as piores consequências para as gerações mais jovens, referiu como solução desejável o desenvolvimento da economia, para o que é preciso investimento, injectar dinheiro e, para isso, incrementar a dívida. Tal solução assente na obsessão do desenvolvimento a todo o custo, poderia ser boa solução numa situação normal, sem os actuais graves problemas de dívida, que foi gerada pela mania do desenvolvimento acima das possibilidades e a ostentação de luxos insuportáveis, com base em empréstimos descontrolados.
Mas numa recessão mundial, como está em perspectiva, em que a dívida exagerada torna impraticável obter empréstimos para investimento rentável, a solução correcta não pode ser essa. Parece que é mais aconselhável, moderar as ambições e os luxos, descer de escalão e estruturar a vida de forma mais modesta, sem ostentação e apertar o cinto fortemente em volta das vértebras lombares, por jáo ter desaparecido a barriga.
Curiosamente, no mesmo programa, apareceu um autarca prudente e realista a dizer que, para pagar salários, muitas câmaras deixaram de pagar a água à empresa Águas de Portugal. Claro que, em tal situação, têm de parar de fazer rotundas e de nelas colocarem «obras de arte» de pedra tosca que enriqueceram «artistas» amigos, o que não tem passado de uma forma de ostentar riqueza inexistente. E, quanto a salários, terão de reduzir o pessoal e as mordomias a dirigentes, bem como a quantidade de empresas municipais, etc. etc.
Os senhores políticos devem, desde já, assumir visivelmente que têm de deixar de ostentar riqueza que não existe e que só tem tido o efeito de aumentar a dívida, de forma criminosa, que terá de ser paga pelos vindouros os quais se referirão aos governantes de hoje e das décadas mais recentes, usando os piores nomes e adjectivos.
É preciso eliminar as instituições inúteis, como as referidas por Marques Mendes, reduzir a quantidade de assessores, «especialistas» e «boys» dispensáveis, de automóveis, de telemóveis, de outras mordomias, controlar as despesas, simplificar a burocracia, eliminar a corrupção e o enriquecimento ilícito, etc. etc.
Senhores economistas, parem de pensar na economia do desenvolvimento e redescubram regras para uma economia de sobrevivência, em condições de alguma dignidade. O desenvolvimento deve ser aceite apenas em nichos do mercado, por empresas com meios de subsistência e independência que lhes permitam aumentar a produção, em boas condições éticas, em relação ao capital, trabalhadores, fornecedores e clientes.
Mas numa recessão mundial, como está em perspectiva, em que a dívida exagerada torna impraticável obter empréstimos para investimento rentável, a solução correcta não pode ser essa. Parece que é mais aconselhável, moderar as ambições e os luxos, descer de escalão e estruturar a vida de forma mais modesta, sem ostentação e apertar o cinto fortemente em volta das vértebras lombares, por jáo ter desaparecido a barriga.
Curiosamente, no mesmo programa, apareceu um autarca prudente e realista a dizer que, para pagar salários, muitas câmaras deixaram de pagar a água à empresa Águas de Portugal. Claro que, em tal situação, têm de parar de fazer rotundas e de nelas colocarem «obras de arte» de pedra tosca que enriqueceram «artistas» amigos, o que não tem passado de uma forma de ostentar riqueza inexistente. E, quanto a salários, terão de reduzir o pessoal e as mordomias a dirigentes, bem como a quantidade de empresas municipais, etc. etc.
Os senhores políticos devem, desde já, assumir visivelmente que têm de deixar de ostentar riqueza que não existe e que só tem tido o efeito de aumentar a dívida, de forma criminosa, que terá de ser paga pelos vindouros os quais se referirão aos governantes de hoje e das décadas mais recentes, usando os piores nomes e adjectivos.
É preciso eliminar as instituições inúteis, como as referidas por Marques Mendes, reduzir a quantidade de assessores, «especialistas» e «boys» dispensáveis, de automóveis, de telemóveis, de outras mordomias, controlar as despesas, simplificar a burocracia, eliminar a corrupção e o enriquecimento ilícito, etc. etc.
Senhores economistas, parem de pensar na economia do desenvolvimento e redescubram regras para uma economia de sobrevivência, em condições de alguma dignidade. O desenvolvimento deve ser aceite apenas em nichos do mercado, por empresas com meios de subsistência e independência que lhes permitam aumentar a produção, em boas condições éticas, em relação ao capital, trabalhadores, fornecedores e clientes.
Imagem do Google
1 comentário:
A mostrar a má gestão autárquica, eis esta notícia do Público de 09-08-2011:
Quando a Câmara de Beja não salda as suas dívidas, a calçada é que paga
«Capital do Baixo Alentejo debate-se com diversos problemas financeiros.
O insólito aconteceu, na última sexta-feira, na freguesia da Salvada, localidade que faz parte do concelho de Beja. O subempreiteiro contratado para colocar calçada na Avenida 25 de Abril voltou ao local para levantar a pedra. Motivo? A autarquia não lhe pagou a obra e, por isso, decidiu apoderar-se da calçada para devolver a pedra ao fornecedor, ele próprio à espera de ser pago pelo fornecimento de material.
O episódio já é do conhecimento da Câmara de Beja, que tem até hoje para saldar uma dívida que ronda os 30.000 euros. Se não pagar, o subempreiteiro ameaça voltar à avenida e levantar o resto da calçada, para a devolver, uma vez que não tem dinheiro para pagar ao fornecedor.»
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