Hoje
é dia de S. Nicolau. Se as nozes dentro das meias acontecerem de véspera, como
o Menino Jesus português, esta manhã muitas crianças – não sei se também
adultos – tinham nozes e outros frutos dentro das meias. Compreendi talvez,
hoje, a utilidade daquelas meias de Natal um bocadinho grandes de mais.
Verdade, é um bocado tarde para aprendizagem tão básica. Os portugueses não
estão familiarizados com este santo e nem parece que venha a ter tanta saída
como o S. Valentim que há uns vinte anos ninguém sabia quem era. Quer dizer, eu
sabia. Ficou-me das fotonovelas que gostavam muito da data. Lembro uma senhora
de chapelinho à Jaqueline Kennedy dizendo através dos balõezinhos das palavras
para o motorista Max, uma lindeza de boné, que era dia de S. Valentim. Parece
claro, mas não é. Pensei que S. Valentim fosse o nome de um lugar, a madame queria por força ir a um
parque, chamar-se ésse Valentim ou outro nome, era indiferente à minha gestão
da fotonovela.
E
posto que é Natal: ainda não descobri os lápis, estou a ponderar usar umas
aguarelas que me apareceram a pedir água. Embora não seja o meu mundo, se os
vagabundos dos lápis não derem à costa, olha, lá vai um borrão em aguarela.
Desventrei umas caixas com artigos de Natal e, por amor a quem mo fez, pendurei
um anjo em crochet que tem tudo de fantasma; é esquisito lendo-se o u. Também
apareceu, muito bem embrulhadinho, o Menino Jesus número dois, legado que muito
prezo e tem três anos em minha casa. Fiquei a olhá-lo que tempos, meio escurinho,
em barro tosco. E desejo com muita força que proteja até ao fim quem o trouxe
consigo a vida toda.
Acabei de comentar no blogue da Teresa que o Dia de S. Nicolau é celebrado essencialmente pelas comunidades ucranianas e holandesas. Outras comunidades referir-se-ão a ele de passagem... : )
ResponderEliminare eu aprendi mais alguma coisa:). Obrigada
EliminarBea...algo que não conhecia e por sinal bem interessante! Bj
ResponderEliminarE para quem não conhece, a igreja de S. Nicolau na baixa de Lisboa, é uma das mais bonitas. Que interioridade se adquire debaixo dos seus claustros!
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