Hoje é Dia de Natal

Hoje é Dia de Natal.  Muitos festejam, outros não.

Gosto do meio-termo das coisas e habituei-me a não criar expectativas em relação a  circunstâncias e momentos, sejam eles quais forem.  Talvez seja uma defesa minha, quem sabe.  Talvez queira proteger-me dos efeitos do que esperamos, mas não acontece, ou sucede com resultados bem aquém do esperado.

Mas, neste Natal, infelizmente,  as minhas expectativas não ficaram aquém do que esperava, pois ele foi duro para muitos, comparativamente com o que foram, até agora,  os seus sonhos para o Natal. E assim o esperava, em boa verdade.

A vida segue e amanhã tudo voltará à normalidade, ou quase. 

Um país onde há crianças e idosos com fome compromete o seu futuro e não honra o seu passado.

Dias simples

Tenho lido sobre simplificar a vida e os dias e confesso que estou a reflectir bastante a esse respeito.  Estou longe de ser minimalista, por agora, mas há caminhos feitos pelos que o são que estão a levar-me a pensar no meu tempo e do uso que faço dele, entre alguns outros aspectos.


Por orientação moral, há muito que passei a relativizar alguns hábitos e escolhas que já foram meus e hoje valorizo muito mais aspectos da minha existência que antes mal percebia.  Olhando atentamente, muudei bastante, nos últimos anos, mas quero ir mais longe, bem ao encontro de mim, ou melhor, do que vim fazer a esta encarnação em que me encontro.

Pois bem, esta busca de mim mesma, rumo ao que é, em concreto,  o que faço, neste momento.

Poderão perguntar o que me leva a escrever tudo isto num blog aparentemente sem conseguir conquistar leitores.  É que, ainda assim, devemos pôr um pouco de nós em tudo o que fazemos, ou nada fará sentido, de outra forma.  E esta sou eu.  Não sou apenas isto, mas também sou assim.

Bom sábado!

"Quando estiveres em dúvida..."

"Quando estiveres em dúvida,
resolve pela atitude menos prejudicial
ao próximo e a ti próprio.
Evita arriscar-te e arruinar outras
pessoas.
Age em serenidade, certo de
que o teu gesto repercutirá nas demais
pessoas, de acordo com a
emoção e o conteúdo de que se
revista."
("Vida Feliz", Joanna de Ângelis/Divaldo Franco)

2,5 milhões

Não gosto de falar em temas desagradáveis, mas há notícias que nos obrigam a reflectir.  Segundo dados divulgados hoje na comunicação social, em 2011, havia em Portugal cerca de 2,5 milhões de pessoas em risco de exclusão social. Hoje, estes valores estão bem mais elevados, certamente.

A questão que coloco a mim mesma é:  como vivem estes nossos cidadãos?  Mais questiono:  que fazem os que estão no poder para resolver a situação?  Como podem dormir em almofadas de paz, sabendo que muitos não conseguem adormecer com fome, mas mesmo assim terão de levantar-se no dia seguinte para trabalhar ou estudar?

Há alguns dias, falava-se do aumento da violência doméstica e alguém do poder político apressava-se a desmentir uma das causas apontadas para tal:  a crise.  Questiono, igualmente:  se não é da crise, o que dá origem a este aumento de violência? 

Bem, fico por aqui, não sem recordar imagens de filmes da infância em que meninos tristes percorriam famintos ruas geladas pelos rigores do Inverno, espreitando com fome e brilho nos olhos e as montras de confeitarias onde desfilavam maravilhosas e doces criações a que as suas infâncias tristes não tinham acesso.

Que houve, para que tudo isto esteja a ser normal para muitos, novamente?

Hoje

Falava com alguém que me referiu estar em período de descanso do trabalho habitual, até à próxima segunda-feira e perguntei-lhe como iria ocupar estes dias.  Curiosamente, a minha interlocutora referiu-me ainda não ter pensado nisso.

Esta circunstância fez-me pensar na necessidade de aproveitarmos bem o tempo de que dispomos, por razões várias.  Esta é a minha opinião pessoal, uma vez que acredito que para isso estamos no mundo e na vida.

Tenho pensado seriamente nesta questão e tennho lido sobre o tema e cada dia mais me convenço da necessidade de sermos úteis a nós mesmos e ao próximo, utilizando para tal os nossos recursos e talentos, sem que isso implique custos materiais.

Termino este post com a questão com que terminei o diálogo que referi no início: 

- O que já fizémos de útil, por nós mesmos e/ou pelo próximo, no dia de hoje?

Façamos esta reflexão.

Esperança

 

 

 

 

"Quando a gente acha que tem todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas."

 

(Luis Fernando Verissimo)

 

 

Assim é, efectivamente.  Por isso mesmo, nunca devemos desistir de nós mesmos, nem perder a esperança num amanhã melhor, por maiores que sejam as tribulações presentes.  Muitas vezes, um pouco mais à frente e ainda que isso, por agora, pareça improvável, o caminho revela novos rumos e melhores soluções.

 

 

Assim são os dias...

Tenho uma orientação de fé que me explica a causa das aflições que passamos, no dia-a-dia.  Ainda assim, não é com ligeireza que observo quanto se passa à minha volta, pois  ainda que o mundo possa estar a desmoronar aos nossos pés, deveria haver sempre alguém que nos socorresse, pegando-nos a mão e ajudando-nos a levantar.

Vistas as circunstâncias assim, quando passo pelas ruas e observo quem está ou quem passa, não entendo como há tantos rostos fechados, semblantes carregados de dor, que passam anónimos por entre vozes que nem os percebem.  Serão vidas que vão fechadas nas suas próprias tribulações, ou alheias ao que as circunda?  Esta é uma resposta interior que cada um de nós deve dar a si mesmo.

Assim são os dias...

"Se tens ..."

"...se tens Jesus contigo
Não temas a tempestade."

(Belmiro Braga, na obra  "Relicário de Luz", Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)

"Completar tarefas..."

"C OMPLETAR TAREFAS - Uma tarefa por fazer, fica pendente em dois lugares: no local em questão e dentro da sua cabeça. As tarefas incompletas, na sua cabeça, consomem a energia da sua atenção, à medida que elas moem a sua consciência. Está a atrasar algo por ser um perfeccionista? Tente, talvez, ser aquele que completa as tarefas."

 (Brahma Kumaris)