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quarta-feira, 30 de março de 2011

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Ganhos dos gestores públicos

Transcrição seguida de NOTA:

CDS questiona atraso no envio de relatório sobre remunerações ao Parlamento
Público.10.08.2010 - 13:19 Por Lusa

O CDS-PP quer que o ministro das Finanças explique porque não foi ainda enviado ao Parlamento o relatório com as remunerações fixas e variáveis dos gestores públicos, prémios e regalias, tal como inscrito no Orçamento deste ano.

A deputada centrista Cecília Meireles sublinha que o “que faz sentido” é que “durante o ano parlamentar que decorre em 2010, e que já terminou, o Governo envie o relatório com estas remunerações”, ainda que “relativo a 2009”.

O envio deste relatório foi aprovado a 5 de Março na comissão de Orçamento e Finanças, por proposta do CDS-PP, e determina que o “Governo envia anualmente à Assembleia da República um relatório do qual constam as remunerações fixas, as remunerações variáveis, os prémios de gestão e outras regalias ou benefícios com carácter ou finalidade social ou inseridas no quadro geral das regalias aplicáveis aos demais colaboradores da empresa, dos titulares dos órgãos de gestão previstos no Decreto-lei 71/2007, de 27 de Março”.

É “uma questão de cumprimento da lei” frisou Cecília Meireles, defendendo que “obviamente que uma norma que está inscrita no orçamento é para já ter sido cumprida” e adiantou que o CDS-PP vai questionar por escrito o ministro das Finanças sobre esta matéria.

A deputada recordou ainda que em Setembro, na próxima sessão legislativa, o parlamento vai começar a discutir o Orçamento de Estado para 2011 o que “não faz nenhum sentido” “sem que esta norma tenha sido cumprida”. Cecília Meireles afirmou também que este relatório se torna “imprescindível” perante os dados divulgados pelo Governo no final de Julho sobre as empresas públicas, relativos a 2009.

“Entre 2007 e 2009 a cada dois meses o Governo criou uma empresa pública. Temos mais 16 empresas públicas em 2009 do que em 2007” e o “número de gestores, entre 2007 e 2009 aumenta 20 por cento”, para “mais 71 gestores”, afirmou a deputada.

“Isto representa cada vez mais despesa”, pelo que “é imprescindível que as pessoas saibam exactamente de que vencimentos estamos a falar, os possam comparar com os currículos dos gestores em causa” e “com os resultados das empresas”, por uma “questão de absoluta transparência”, defendeu.

De acordo com o relatório sobre o Sector Empresarial do Estado, os resultados operacionais das empresas públicas subiram 62,6 por cento em 2009 para 631 milhões de euros, tendo o Estado recebido 573 milhões de euros em dividendos (+2,2 por cento).

NOTA: Haja quem se esforce por parar o esbanjamento do dinheiro público em benefício dos detentores de «tachos dourados» ocupados, não por concurso público, mas por critério de «amiguismo», cumplicidades, conivências, trocas de favores.
Parabéns e agradecimentos ao CDS por mais esta sua iniciativa patriótica, moral, legal, ética.

Quem tem medo da transparência?

Que representantes têm os cidadãos que evitam dar contas claras da forma como gastam o dinheiro dos impostos?

Imagem da Net.

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quinta-feira, 18 de março de 2010

Gestores públicos com prémios chocantes

Segundo o Jornal de Notícias de hoje, o presidente do conselho de administração da Sonae SGPS, à margem da apresentação de resultados do grupo, considerou "absolutamente chocantes" os "abusos importantes" na atribuição de prémios aos gestores de algumas empresas públicas, e defendeu ser "preciso corrigir isso".

Segundo Paulo Azevedo, "não são claros os processos de nomeação, não é claro o mérito" e esta situação arrisca-se a "dar mau nome à actividade de administrador".

O Correio da Manhã noticia hoje que Rui Pedro Soares, ex-administrador executivo da PT e não executivo do Taguspark, é suspeito da prática do crime de corrupção passiva no caso do contrato celebrado entre Luís Figo e o Taguspark, no início de Agosto de 2009.

Ao que o CM apurou, a investigação tem recolhido indícios que apontam para uma forte suspeita: o contrato com o ex-futebolista terá tido como contrapartida o apoio a José Sócrates e ao PS na campanha eleitoral para as legislativas de 2009.

Acerca deste administrador e de José Penedos da REN ver ao crónica do Jornal de Notícias de ontem Fome & fartura. Mas há muitos outros casos escandalosos, que circulam diariamente por e-mail.

É pena que não se moralize o sistema remuneratório seguindo as palavras de Paulo Azevedo, tornando claros, transparentes, os processos de nomeação, exigindo mérito e capacidades nos concursos de admissão, definindo claramente as funções e, em face delas, efectuar uma rigorosa avaliação do desempenho. Sem isto, se continuar esta situação, arrisca-se o descrédito público, o mau nome da actividade de administrador e dos que a desempenham. Para isso já bastam os políticos.

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quarta-feira, 25 de março de 2009

Remunerações de gestores

No mundo globalizado e interactivo em que actualmente vivemos, as empresas e instituições financeiras, mais do que há uns anos atrás, não podem deixar de ter em atenção factores complexos que as condicionam, de que se salientam: o capital (englobando activos financeiros, instalações, equipamentos), a mão-de-obra (da mais à menos qualificada, sua formação permanente, sua motivação) os fornecedores, os clientes e o ambiente social local.

O ambiente social local pode ser influenciado por acções de bom relacionamento, de mecenato e de patrocínios. Nele se encontram os familiares e amigos dos seus colaboradores, que podem, no seu relacionamento social, servir de veículos de publicidade gratuita.

A mão-de-obra constitui um pilar de importância semelhante à do capital, por ser, como ele, imprescindível ao funcionamento da empresa. Exige, embora nem sempre o manifeste de viva voz, um tratamento adequado, traduzido na remuneração, nos prémios de produtividade e, na distribuição dos lucros, e é sensível à escala de salários, entre extremos sensata e eticamente justificados. O tratamento que tem contemplado de forma pouco justa os gestores do topo da hierarquia não tem favorecido o bom funcionamento das empresas e instituições e é apontado como a principal origem da actual crise global.

Já há sinais positivos de este problema estar a ser observado à lupa, por forma a reestruturar a vida social, criando mais justiça e equidade, evitando desequilíbrios sem qualquer justificação racional, a não ser os maus hábitos viciosos enraizados no tecido empresarial ao longo do tempo. O Fórum Europeu de Governação Corporativa, grupo de especialistas que auxilia a Comissão Europeia (CE) e que é um grupo de empresários e académicos criado em 2004, defende que os estados-membros passem a vincular os prémios pagos aos gestores de empresas aos resultados reais destas.

Em sintonia com a ideia já aqui abordada com a designação de CÓDIGO DE BEM GOVERNAR, o Forum avançou com um conjunto de recomendações e boas práticas, no que respeita aos princípios que orientam as remunerações dos administradores de empresas e das instituições financeiras. Na causa destas preocupações estão os prémios recebidos por gestores que posteriormente vieram a ser responsabilizados pela falência de algumas empresas e contribuíram para a actual crise mundial.

Segundo tais especialistas, os países da União Europeia (UE) deveriam exigir às empresas cotadas na bolsa de valores que tornassem público o salário dos seus directores, bem como a política de bónus praticada. Sem isso, «o controlo dos accionistas sobre a remuneração dos directores é ilusório" porque não se sabem os valores pagos nem os benefícios que recebem, explicam os especialistas.

Esta posição já constitui um passo muito importante, a aproveitar pelos sindicatos, para defenderem os interesses dos trabalhadores com os salários mais baixos, exigindo que os salários mais altos não ultrapassem em múltiplos muito elevados o SMN (Salário Mínimo Nacional).

Há que reduzir a dimensões mais morais e éticas o fosso entre ricos e pobres, porque todo o ser humano tem direito a viver com dignidade e há que evitar enriquecimentos ilegítimos, desperdícios, ostentações e arrogâncias de novo-riquismo, muitas vezes, saloio.

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terça-feira, 29 de julho de 2008

Custos de um Estado miriápode

Transcrevo, sem resumo nem cortes, este artigo do DN que evidencia as inúmeras mãos do Estado que quer estar em todo o lado e tudo controlar, para poder dar poleiro aos familiares, amigos e compinchas, que não se encolhem perante a atracção dos dinheiros públicos.

Gestores públicos receberam 27 milhões
Ana Suspiro

EMPRESAS DO ESTADO. Os encargos com a remuneração das administrações das empresas públicas subiram no ano passado 30%. As Finanças dizem que os dados de 2006 e 2007 não são comparáveis, mas admitem que o número de gestores subiu com os administradores não executivos

Cada gestão custou 349 mil euros em 2007

As administrações das empresas públicas receberam um total de 26,8 milhões de euros no ano passado. Esta soma compreende um universo de 77 empresas que representam cerca de 90% da carteira de participações relevantes do Estado.

Este montante significa um valor médio por cada administração (pode ter entre três e onze elementos) de 349 mil euros, de acordo com o documento sobre o bom governo das sociedades que acompanha o relatório sobre o sector empresarial do Estado, divulgado na semana passada. O valor médio das remunerações desce para os 323 mil euros por ano, quando excluímos a Caixa Geral de Depósitos, entidade onde o accionista Estado mais paga.

O documento mostra que para além das remunerações base e complementares, os gestores públicos beneficiaram de 4,5 milhões de euros outras regalias e compensações, tendo sido assumidos custos de 2,8 milhões de euros em benefícios sociais. Se essas parcelas forem adicionais às remunerações, o que não é claro no documento, os gestores receberam então 34 milhões de euros em 2007.

Os custos com a remuneração base da gestão das empresas públicas revelam uma subida da ordem dos 30% em relação aos encargos pagos aos conselhos de administração de 78 empresas públicas em 2006. O relatório sobre o sector empresarial do Estado de 2007 [relativo a 2006] revela que as administrações receberam 20,3 milhões de euros, incluindo remuneração base, outras regalias e compensações e encargos com benefícios sociais. Não obstante, o valor médio pago por empresa era mais alto em 2006, cerca de 398 mil euros, de acordo com o relatório.

Questionado sobre o aumento dos encargos globais com as administrações de empresas públicas, fonte oficial do Ministério das Finanças esclarece que os dois números não são directamente comparáveis. É que o levantamento do ano passado, e relativo ao 2006, foi feito com base em informação das próprias empresas e não incluíam a totalidade da carteira do Estado. Os dados de 2007 têm um âmbito mais alargado. Além disso, os dados de 2006 só revelam a remuneração base e por isso também não são comparáveis, realçam as Finanças.

Mais gestores

Mas por outro lado, o Ministério das Finanças reconhece que as empresas do Estado tem agora mais administradores que no passado, embora sejam não executivos e com salários menos altos. "Em virtude da importante reforma do modelo do governo do Sector Empresarial do Estado (SEE) e em particular do reforço de função de fiscalização foram nomeados administradores não executivos". Outra alteração importante na carteira do Estado que explica o aumento dos encargos com administrações é a transformação de hospitais que estavam no sector público administrativo em empresas públicas, o que naturalmente se traduziu na subida dos custos com a remuneração das administrações no sector empresarial do Estado. Em média, 84% das remunerações dos gestores públicos é paga pelas próprias empresas. As empresas públicas pagaram ainda 1,486 milhões de euros aos órgãos de fiscalização das administrações, um valor médio global de 19305 euros por empresa.

PREJUÍZO GLOBAL ASCENDEU A 373 MILHÕES EM 2007

Gestão. O sector dos transportes públicos é a grande dor de cabeça do Estado

Entre a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e a Refer há uma diferença da ordem dos mil milhões de euros em resultados. Enquanto o banco público apresentou um lucro recorde de 856 milhões de euros em 2007, a gestora da Rede Ferroviária Nacional registou prejuízos 223 milhões de euros.

Apesar da melhoria de 14% ou de 129,6 milhões de euros anunciada pelo Executivo, no final da semana passada, nos resultados das empresas públicas, a verdade é que o saldo continua negativo. Aliás o prejuízo global até aumentou quase três vezes para 373 milhões de euros, antes de interesses minoritários, o que é explicado pelo facto da Parpública ter registado lucros extraordinários em 2006 decorrentes das mais-valias com privatizações que não foram repetidos no ano passado.

O sector dos transportes continua a ser a grande dor de cabeça do accionista Estado.

A somar aos prejuízos da Refer, as operadoras de transportes somaram 557,2 milhões de euros de resultados negativos, praticamente o mesmo nível do ano anterior. A CP é a que apresenta mais prejuízos, não obstante uma ligeira melhoria dos resultados também sentida na Carris e no Metropolitano de Lisboa. A Metro do Porto foi a empresa que mais agravou os prejuízos. O sector dos transportes públicos é aliás um dos grandes responsáveis pelo aumento de endividamento que nas empresas não financeiras registou um crescimento de 2835 milhões de euros face a 2006.

Em matéria de dividendos, o Estado recebeu 556 milhões de euros no ano passado, relativos aos lucros apurados em 2006, o que representa um aumento de 4%. Por outro lado, o Estado reforçou o esforço financeiro que subiu 177 milhões de euros para 881 milhões no ano passado, sobretudo através de dotações de capital e de indemnizações compensatórias. A saúde foi uma das áreas mais beneficiadas, com um acréscimo do investimento de 150 milhões de euros.

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