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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Acaso ou destino?

terça-feira, 6 de outubro de 2009
Ela apagou os telefones dele do celular para evitar ligações indesejadas. Ele sumiu para evitar conversas que não levavam a nada.

Era sexta-feira, por volta de 2h da manha, ela voltava de uma festa com a amiga. Passavam pela avenida mais movimentada quando um moço no carro ao lado disse alguma cantada barata que elas não conseguiram entender. Ela se ajeitou no banco do carona e olhou para o carro ao lado da amiga, de onde vinham as cantadas. O moço no banco do carona continuava a dizer algo que ela deixou de prestar atenção quando observou quem era o motorista. Era ela. Euforia total. Ele abriu aquele sorriso e dizia não acreditar que era ela, e ela só pedia para a amiga parar o carro. Pararam ali mesmo na avenida e desceram dos carros. Nem se importaram com os amigos que não estavam entendendo nada. Lá estava ele mais uma vez com o olhar penetrante, o sorriso afetuoso e uma camiseta branca que o deixava mais branco ainda, e lá estava ela com os cabelos esvoaçastes, os olhos cinzas levemente fechados devido ao álcool e, por acaso ou destino, uma blusa branca que a deixava mais branca ainda.

O abraço foi bom, mas as últimas conversas tinham deixado mágoas e coisas inacabadas. Não podiam cobrar nada um do outro, não naquele momento, não ali, havia mais gente no local que precisava ao menos saber o que estava acontecendo. Decidiram então ‘beber mais uma’ no posto mais próximo. Estava tudo muito amigável entre os quatro, até que no meio de um assunto qualquer ele puxou ela de lado e quis esclarecer as coisas. Ele cobrava as indecisões dela em não querer vê-lo, ela contou que apagara seus telefones e disse que não ligaria mais. Ela cobrava os ‘quem é?’ dele toda vez que ela ligava e ele confessou saber que era ela todas as vezes. Muitas outras coisas foram esclarecidas e conversadas, e no meio disso tudo rolou aquele beijo, aquele saudoso e esperado beijo. E ficaram assim, entre carícias e beijos e sem ver o tempo passar, mais uma vez, estavam eles vendo o Sol nascer juntos.

Há essa altura não existiam mais amigos, não existia mais nada. Ficavam se perguntando se esse encontro teria sido um mero acaso ou a força do destino os colocando juntos de novo? Talvez acaso e destino juntos, forçando uma despedida, uma despedida para ficar guardada na memória como um bom fim, o fim de uma saudade e talvez o começo de outra.
Mas, após tanta conversa, talvez tenham tido a certeza de que são melhores separados.






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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Algum tempo depois...

terça-feira, 22 de setembro de 2009
Voltaram a se falar. Telefonemas, mensagens e encontros por acaso em uma ou duas festas. Ela pensava como era bom vê-lo. E ele pensava por que não tinham ficado juntos.
O sentimento parecia querer voltar e ela resistia, pois não queria viver de passado. Mas ele só queria ter ela outra vez e chegou a confessar que não a havia esquecido sequer por um dia.
Em várias conversar muito se falava e nada se resolvia, não tinham ficado juntos. Ela era confusa e não se entendia, ele tão pouco a compreendia mas respeitava, até que aquela situação foi ficando insustentável. Seriam amantes de novo ou não? Eram apenas amigos ou não? Uma hora as coisas precisavam se resolver.

Dizem que para o amor tudo vale. Ela não queria as coisas assim, estava alcoolizada, bebia em família, estava tranquila e precisava ter com ele uma conversa civilizada. Ele telefonava e insistia, queria sair da tal festa que estava para ir vê-la, mas ela preferia conversar sóbria e contrariando seus instintos conseguiu se conter.
Não se sabe que horas e nem em que estado ele foi dormir contrariado, pois achava que toda aquela paixão do passado poderia voltar à tona. Ela foi dormir com raiva de si mesma por não ter se entregue à paixão, foi dormir com o pensamento longe e talvez até tenha tido vontade de chorar, chorar de raiva pela vida que levava, chorar por não conseguir se decidir, chorar de saudade por não viver mais tudo aquilo de bom que viveram juntos, pois sabia, tudo tinha acabado ali.

continua...




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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Em um encontro...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Em um desses encontros em que ela foi pensando que seria só mais um aonde iria se divertir, conversar, as coisas foram diferentes. Mal sabia ela que a conversa iria para outro rumo após uma simples mensagem que receberia no celular.

Devia ser entre 4 e 5 horas da manha, estava frio e ele a recebeu com uma taça de vinho na mão, era sua bebida preferida. Como sempre ela já estava sobre o efeito do álcool, cerveja e vodka, não iria beber vinho agora, e ele, além do vinho, já tinha alguma substâncias ilícitas em seu organismo.
Ela deixara um possível namorado para ir encontrá-lo, ele não sabia que o tal existia. Havia um som ao fundo, Bob Marley ou talvez Peter Tosh, quando lera a mensagem que falava sobre o assunto. Começou a rir, era hilário o fato dos dois estarem traindo alguém. Ela entregou o celular à ele e o deixou ler esperando que também daria uma boa gargalhada, mas a reação foi outra. Era estranho para ele pensar que agora ela seria de mais alguém, que ela teria um compromisso e não iria mais viver só para ele. Não demonstrou na hora a insegurança de perdê-la e ela nem notou que o desdenho dele era medo.
Ela não sabia que a essa altura do campeonato ele já não namorava mais e não tinha contado para ela. Pq ele não contou ninguém sabe, mas sabe-se que também não foi neste dia que ela ficou sabendo, a novidade o deixou abalado que talvez tenha esquecido de contar.
Ele se acalmou por dentro quando ela disse que esse possível namoro, que nem havia começado, não teria futuro e a partir desse momento aquela foi a noite mais maravilhosa que já tiveram.

Viram o Sol nascer e naquele momento único pensaram juntos que aquilo nunca mais iria acontecer, que aquela madrugada havia sido uma despedida para o amor que viveram. E talvez até tenha sido, pois nenhum encontro chegou aos pés deste e assim a vida os levou para rumos diferentes. Começaram a se falar menos, ela arrumou um novo amor e ele, sem namorada, só queria saber de gandaia.
Algum tempo depois...

continua...



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domingo, 30 de agosto de 2009

Durante o ano...

domingo, 30 de agosto de 2009
Eles sempre gostaram de conversar, sempre que se viam conversavam muito, e assim aprenderam coisas novas um com o outro. Sempre era bom, agradável. Ela às vezes sentia uma sensação de paz de estar com quem se gosta, outras era só adrenalina por não conseguir conter o turbilhão de emoções. Ele às vezes estava eufórico, às vezes quieto, mas sempre com o olhar penetrante.

Ninguém sabe ao certo quando nem como, mas um dia ele começou a namorar. Ela nem quis saber quem era e nem por que ele tinha escolhido a outra. Ele não tocava no assunto, se sentia constrangido no início e até evitou algumas conversas, mas um tempo depois se deu conta de que era ela quem tomava conta dos seus pensamentos e talvez até do seu coração. Voltaram a se falar como antes e até se viram algumas vezes. Em uma dessas vezes resolveram por os pingos nos is.
Ela saiu de casa com óculos de grau no rosto, camiseta e havaianas verdes, toda desajeitada como quem vai para a faculdade, afinal era isso que iria fazer se não fosse encontrá-lo. Quando ele parou o carro e ela o olhou, percebeu que era a primeira vez que o achava bonito de verdade, mesmo detestando camisetas cavadas, aquela branca lhe caia muito bem, combinava com o sorriso afetuoso e os óculos escuros. Ah aqueles óculos, sabia que por trás deles estava aquele olhar penetrante. Ele a fitava dos pés a cabeça e era só elogios a ela, como sempre. A achava linda, espontânea, diferente de todas que ele havia conhecido.
No som do carro tocava uma música eletrônica, psy trance que ele adorava. Conversaram para tentar esclarecer algumas coisas. Ele mudou o som para Bob Marley que ela achava mais agradável, a conversa foi amenizando e terminou em beijos calientes de loucura, amor e prazer. Os pingos nos is se transformaram em reticências e pode ser que ela tenha se transformado na amante oficial.

Encontros aconteciam ocasionalmente na madrugada, quando ele deixava a namorada em casa e ela fugia dos seus rolos para vê-lo.
Em um desses encontros...

continua...



NOTA: a continuação das boas frases de bons compositores já etão prontas aqui e serão postadas até o Z logo.

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domingo, 23 de agosto de 2009

Tudo começou em 2007...

domingo, 23 de agosto de 2009
Se conheceram na internet. Mero acaso, destino, força maior ou seja lá o que for. Com um simples recado no orkut em que ele fazia referência à beleza dela, tudo começou. Depois de algumas conversas no msn notaram que se davam bem, que talvez não tivessem muito em comum mas tinham muito um do outro. Combinaram de se encontrar, ele telefonou, foi até a faculdade encontra-la. Ficaram um bom tempo sentados na porta da biblioteca conversando sobre a vida, romances, festas, estudos, enfim, se conhecendo melhor. Durante a conversa ele reparou em tudo, nas Havaianas vermelha que ela usava, na calça jeans um pouco apertada, na regata branca, na bolsa verde, no caderno em suas mãos, nos brincos hippies e o anel no polegar da mão esquerda que ele pediu para si. Ficou olhando seus olhos e tentando descobrir que cor eles eram, e acabou achando que estavam cinzas. Ela notou suas mãos, seus braços, aquelas posseiras de couro um pouco desbotadas e talvez tenha reparado no brinco de coco em que usava na orelha esquerda. Fisicamente se pareciam, ambos da mesma altura, branquelos, cabelos castanhos, o dele curto, o dela nos ombros, magros, ela mais do que ele e sorrisos envergonhados. Os ponteiros andaram e ela precisava voltar a aula. Se despediram com um forte abraço e naquele momento tudo começou a mudar.

Quando se encontravam de novo foi em uma festa rave. Ela já estava bêbada e ele já tinha tomado algo para ficar mais ‘ligado’. Se beijaram com tamanha intensidade e paixão que ele não conseguiu acreditar que ela estava ali, não se importou com a sua embriagues e tão pouco que continuasse a beber, estava eufórico, contente e talvez até feliz. Ela não estava muito consciente dos seus atos, mas a alegria tomava conta e não conseguia parar de falar e como sempre falou muito com as mãos espalhou bebida pra tudo quando é canto. Ele ria, com cara de quem estava achando bom. No meio disso tudo chegaram a confessar um ao outro que poderiam ter se beijado naquela outro dia, lá, em frente à biblioteca.

continua...

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