16 outubro 2010

DO CHILE

GRAÇAS E GRAÇOLAS PARA
FRANCÓFONOS E FRANCÓFILOS

ESTÁ AÍ O FAMIGERADO ORÇAMENTO

O orçamento para 2011  já foi apresentado e a demagogia galopante do PSD e  restantes brota de tudo que é boca foleira e irresponsável.   Conforme bem lembra o Eduardo Pitta, o dito traz como anexos ”a factura da Expo 98, do Porto Capital da Cultura 2001, dos estádios do Euro 2004, dos estudos e expropriações da OTA, da maquinação para mudar a OTA para Alcochete, do  metro do Porto, do metro de Almada, do bodo aos pobres para (em ano de eleições) obviar às ondas de choque do subprime, da nacionalização do BPN, do acordo Alçada & Fenprof...”
É mais fácil acusar o  Sócrates, que tem as costas largas.... Ainda se o povo português tivesse o discernimento da mandar o Coelho crescer e aparecer depois... tavez isto tivesse, entretanto,  solução capaz e atempada.  Mas com o rapazinho a inchar como o bicho para parecer maior e a mando sabe-se lá de quantas cabeças pensadoras que lhe assopram recados e aguardam tacho e  prebendas diversas, vai ser difícil dar a volta ao texto. Neste processo incluiu-se a tentativa de assassínio político e de carácter de José Sócrates, um homem forte e determinado, o único que, dos que por aí campeiam, será  capaz de levar isto a bom porto.  Mas os portugueses têm o masoquismo como característica determinante e tendem a endeusar figuras de almanaque e,   por um sentimento de inveja que lhes vem das entranhas, liquidam os melhores sem qualquer rebuço. Daí dizer-se que terão   aquilo que merecem: um Coelho de galinheiro para galar as galinhas...  

PCP - PARTIDO ZOMBIE


Numa reportagem sobre quem constrói a Festa do Avante! fui amiúde confrontada pelos objectos da minha demanda jornalística. Diziam estes não entender porque estava eu a fazer tantas entrevistas se quando chegasse ao jornal os meus "chefes" iriam "cortar tudo". Porque, afiançavam-me, tudo o que diz respeito ao PCP é "censurado". Houve mesmo quem tivesse a simpatia de me explicar porquê: os patrões não querem que o povo saiba o que diz "o partido". É que a palavra "do partido" liberta e portanto é preciso calá-la, sob pena de o povo quebrar as grilhetas, etc.
Lá tentei fazer ver àquelas pessoas que o meu patrão tem bastante mais que fazer que cortar os meus textos e que é um bocadito desrespeitador do trabalhador jornalista - para além de um niquinho ideologicamente contraditório - decretá-lo, sem apelo, capacho. Mas dei-lhes razão quanto à cobertura noticiosa do PCP e a minha opinião sobre o motivo: a generalidade dos jornalistas (excepto, claro, os "do partido") não levam o PCP a sério. Acham que não conta; dão a tudo o que dali sai o desconto que resulta de uma curiosa mescla de desprezo (pelo que vêem como um anacronismo ideológico) e respeito (pela memória sacra da resistência a Salazar). E isso - coisa que me eximi de acrescentar na altura - é o melhor que pode suceder ao PCP.
Trata-se, afinal, de um partido que não se inibe de venerar publicamente um autor de crimes contra a humanidade que ombreia com Hitler - sim, o "genial pai dos povos" Estaline; cujos dirigentes consideram a monstruosa monarquia da Coreia do Norte "opção do povo", quiçá uma democracia; que defende a greve geral por cá a propósito do corte de salários no sector público e o despedimento de um milhão de funcionários públicos na ditatorial e oligárquica Cuba; que protesta, em comunicado oficial, contra a atribuição do Nobel a Liu Xiaobo, condenado a 11 anos de prisão por delito de opinião na China do capitalismo selvagem de partido único, da depredação ambiental e do recorde mundial das execuções capitais.
Os Estados democráticos apertam a mão aos líderes chineses e fazem negócios com eles, é certo - mas só por acharem não ter remédio. Já o PCP defende o regime chinês (como o norte-coreano) por fé - a fé de que uma bandeira vermelha, "comunismo", "revolução" e "república popular" na Constituição mais horas de paradas militares e ódio aos EUA são sinónimo de bem, e o resto (sendo o resto as pessoas e os seus direitos) que se lixe. Tão obscena duplicidade e tão sinistro desprezo pelos valores democráticos e pelos direitos humanos só não causam repugnância e terror generalizados porque para a maioria o PCP não existe. É uma caricatura, uma espécie de zombie da história que em vez do asco que as suas posições justificam concita simpatia, piedade e até protecção. A começar pela que os media lhe concedem, ao dá-lo como morto.F.CâncioDN






A CRISE QUE A PARIU

A CRISE QUE A PARIU
Quem parece e estará  feliz com a crise
é a nossa gente do Partido Comunista que já
rejubila com a perspectiva da chegada
dos amanhãs que cantam...
e do poder aos "trabalhadores"
É vê-los na A.R. levinhos, irónicos
com ar de contentinhos
Se calhar já a fazerem contas às
mordomias que despontam no horizonte
para os cargos do sistema de racionamento
do pão e do chouriço
Cá o rapaz
Que não esconde a simpatia
que lhe merece a organização
do Avô Cantigas
 já terá lugar reservado
em qualquer  inevitável Sibéria
Estrutura que nenhum
poder comunista
jamais dispensou

MARX TINHA RAZÃO???

A crise em que estamos afundados será o resultado de uma espécie de litígio  que está a ocorrer,  uma guerra cambial entre o dolar e o Euro? Não será  por acaso, dizem os entendidos,  que a China anda a comprar os créditos sobre paises europeus...Ou tratar-se-a de um conflito entre as duas maiores potências: a China e ...os EUA, sendo que os EUA lutam pela sobrevivência de uma cultura financeira que pode ter chegado ao fim e a China luta para ocupar um lugar cimeiro no concerto das Nações.
Por enquanto o palco desta guerra situa-se no plano financeiro e longe das fronteiras do Império do Meio,mas  o tempo e a História terão algo a dizer num futuro muito  próximo.
A cultura chinesa de adaptação ao adversário, num cenário de luta, tem sido uma estratégia eficaz que, aliado ao efeito dissuasor do tamanho,  criaram as condições necessárias para um sucesso temporário. Mas a cultura norte americana é diferente, não se adapta antes elimina o adversário e não nos  admiraremos  se um dia destes não se repita o que aconteceu no passado ao Japão
 Será que estamos em plena  3ª Guerra Mundial travada nas trincheiras das bolsas de valores cujas acções,divisas, fundos e títulos são o arsenal bélico das potências em confronto?... Realmente faz muito  sentido e explicará o que está a ser vivido  nos dias de hoje... Ou será mesmo  o sistema capitalista no seu processo de auto-detruição conforme a previsão da análise marxista?

15 outubro 2010

NO INFERNO EM PELO

MINHA ILHA TERCEIRA


LEVE, AMENO, SUAVE E INTENSO
VIBRANTE E ÁGIL TAL COMO O VENTO
ASSIM É QUE SINTO NO FUNDO DA ALMA
ASSIM POR TI TERCEIRA É MEU SENTIMENTO
++
TUAS NOITES TERNAS TUAS DOCES BRISAS
INVADEM MEU SER ASSIM COMO O VENTO
NUM TURBILHÃO ARRASTAM MEUS AIS...
TRAZENDO A  SAUDADE  AO MEU PENSAMENTO
++
EU SOFRO POIS SEI P'RA MINHA TRISTEZA
QUE ÉS INCONSTANTE ASSIM COMO O VENTO
MAS QUERO ASSIM MESMO ESTAR AQUI PARADO
ENQUANTO PUDER, A TODO O MOMENTO
++
QUANDO VOAR P'RA LONGE DE TI
É PORQUE CHEGOU MEU PROFUNDO INTENTO
DE ENCONTRAR QUEM É DONA DE MEUS AIS
QUE EM TI NASCEU E ME MANTÉM SEDENTO
CANADA DAS ALMAS,1JAN2009
aabarroso

CARRILHO ESTÁ SEM TACHO

Manuel Maria Carrilho, o político por excelência que tem vivido de ocupar lugares de nomeação política e que faz autênticas guerras épicas quando lhe desviam a manjedoura do seu alcance, como a que está latente no escrito que se segue, da sua autoria, podendo depreender-se que estará em vias de fundar um partido para dar corpo às suas ideias mas isso dá muito trabalho e o seu carisma tem as potencialidades de um melão aboborado...  A Sua tática é cramar e resingar até que o permissivo partido que o sustenta lhe arranje chucha para o calar. De um bode é o que esse marmelo está a precisar. Vejam a seguir como ele fala dos políticos como se não fosse ele um exemplo acabado do quadro que aqui traça. É claro que ele  é um bom intérprete do fado da desgraçadinha e tem aquele decaramento de se colocar fora dos quadros negros que pinta como se não tivesse nada a ver com a classe política, fugindo descaradamente com o rabo à seringa! Um ilustre intérprete da canção do bandido:
-Atraso da classe política em geral, das suas ideias e dos seus métodos. Da classe política que vive fechada nas suas equívocas cumplicidades e nos seus jogos de interesses. Das suas ideias, que se tornaram nichos ideológicos residuais que sobrevivem assustadiços com todas as frestas por onde possa passar algum ar... Dos seus métodos, sobretudo orientados para fazer durar, mais do que para incentivar ou representar o que quer que seja.
Este é um dos traços que mais devem merecer a nossa atenção, se quisermos fazer um balanço sério das últimas décadas, ter um inventário honesto dos últimos anos e mudar o estado das coisas. Ele foi--se instalando a pouco e pouco desde os primeiros anos do regime democrático, quando muitos descobriram que era mais fácil fazer da política uma profissão do que assumi-la como uma missão.
As elites não tiveram coragem, ou inteligência, para resistir. Preferiram afastar-se, deixando os partidos nas mãos de grupos com poucos valores e quase sem causas, que assim foram dominando os aparelhos, cartelizando o Estado e virando costas à sociedade.DN



DEIXAI AS CRIANÇAS EM PAZ - TRASTES

Alegre diz que estão a ser recrutadas crianças para acompanharem as visitas da encapotada campanha de Cavaco. "Sítios onde, segundo me disseram e testemunhei em imagens, vão recrutar crianças às escolas, com bandeirinhas, como em tempos que deviam estar no passado”.
Deviam, não deviam...
A decência neste país parece que pifou de vez!!!  Não se salva ninguém!

A INSUSTENTÁVEL BIPOLARIDADE DE PASSOS COELHO

A insustentável bipolaridade do discurso de Passos Coelho
 Passos Coelho conseguiu em seis meses deitar ao lixo um gigantesco capital político com a delicadeza do elefante na loja de porcelanas é um mistério
O homem que já afirmou que "pior do que não ter um Orçamento do Estado é ter um mau Orçamento do Estado" é o mesmo que admitiu que "a realidade que se nos oferece" é que depende do PSD "a salvação do país". Ah, e também que Portugal está na iminência de, "se o PSD não viabilizar este Orçamento, não ter crédito externo e de não ter financiamento para o país", coisa pouca, evidentemente. Isto foi na segunda-feira à noite. Na terça-feira, o líder do principal partido da oposição mudou outra vez de ideias. Invocando Sá Carneiro, a alma mater social--democrata para a mitologia das rupturas, voltou a acenar com o chumbo, uma vez "que um partido com a história do PSD não pode ceder" a "chantagens" e não quer "contribuir para mais desemprego em Portugal, para mais falências em Portugal, para mais recessão em Portugal, sabendo que isso não valerá de nada".
Alguém se entende? Alguém percebe este discurso? Se o líder diz que "o PSD não pode deixar de ajudar a melhorar a situação do país, mas deixar passar o Orçamento como aquele que o governo manifestou intenção de apresentar não é melhorar a situação", podemos deduzir que chumba. Se nos reportarmos ao discurso da véspera, em que Pedro Passos Coelho afirmou que o seu único critério é que "como poderá ajudar o país a passar este momento difícil", podemos deduzir que se abstém.
A conclusão terrível de que o que Pedro Passos Coelho diz não se escreve e de que haverá sempre a hipótese de mudar de opinião no momento seguinte não é entusiasmante para quem gosta de oposições fortes e alternativas de governo. Sim, o que Sócrates diz também não se escreve - e desde que chegou ao governo reescreveu várias vezes a história. Mas de Passos Coelho, novíssimo na liderança, até alguns cépticos se tornaram crentes numa possível alternância.
Se a total indecisão de Passos Coelho face ao Orçamento é sincera, o cenário é assustador. Se se trata de manipulação com o objectivo de aparecer como o "salvador da pátria", é de uma ingenuidade incrível. Depois de ter conseguido que o PS passasse o Verão a atirar-lhe à cara a revisão constitucional e o Estado social, Passos Coelho conseguiu agora tornar-se no centro das atenções - quando o que devia estar no centro das atenções era mesmo o tal mau Orçamento, já suficientemente conhecido e relativamente ao qual o PSD não apresentou nenhuma alternativa. Agora pede ao governo para ouvir as suas propostas, mas a verdade é que, nesta altura do campeonato que já vai longo ainda não apareceu nenhuma.
Passos Coelho afirmou esperar que o partido se reveja na opção que vier a tomar e está aborrecidíssimo com a pancada que tem levado, mesmo dentro do próprio PSD: queixa-se de que "muitas pessoas hoje - algumas até dentro do PSD - acham preferível obrigar o PSD a mudar de posição do que sugerir ao PS que tenha juízo, que ouça o país e que faça o que é preciso". Deixou um desabafo-lamento: a "verdade é que nenhum dos que fazem o apelo" tem de decidir e que "teria preferido ser presidente do PSD num tempo em que este problema não se colocasse". Ora, um presidente do PSD tem de lidar com todos estes problemas e se for eleito primeiro-ministro com outros piores. Como Passos Coelho conseguiu em seis meses deitar ao lixo um gigantesco capital político com a delicadeza do elefante na loja de porcelanas é um mistério. Para quem gosta da existência de alternativas de governo, sejam de esquerda ou de direita, tudo isto é um aborrecimento.
Ana Sá Lopes no

PORTUGAL ELEITO PARA O CONSELHO DE SEGURANÇA

Portugal eleito para o Conselho de Segurança da ONU.
Bom, quem não sabe o que isto representa (o que custa lá chegar, o que vale lá estar) nem vale a pena estar a aborrecer-se com miudezas e salte para outra ou vá lamber as botas ao indigente Coelho, tal como o faz "O Público" do sr Belmiro que noticia assim: «Portugal conseguiu um lugar como membro não-permanente do Conselho de Segurança, a partir de Janeiro de 2011, depois de obter uma maioria de 150 votos dos outros países-membros das Nações Unidas. Mas só à terceira ronda, e depois de o Canadá retirar a sua candidatura. A Alemanha confirmou que partia como candidato favorito: foi eleita na primeira ronda, com 128 votos, deixando Portugal e o Canadá disputarem o lugar que restava.» Desfazendo na coisa tendo na lembrança a negociata da PT  que Sócratas gorou, apesar das engraxadelas de que foi alvo, tendo a partir daí à perna os cachorros do grande senhor. Estava em início do primeiro mandato como Primeiro Ministro e deixou aí a marca da sua verticalidade e firmeza de acção.  
O Público, na sua linha anti-Sócrates faz tudo para menorizar a coisa invocando que Portugal só conseguiu o seu intento depois de o Canadá ter retirado a sua candidatura.  Porque terá afinal o Canadá retirado a sua candidatura? Será que Sócrates ameaçou cortar o vencimento do Chefe de
Estado, que "por acaso" é a Rainha Isabel II? Ou terá o Canadá retirado a sua candidatura por estar a recolher muito menos votos do que Portugal e ser uma questão de tempo até isso produzir a eleição de Portugal? Foi só à terceira ronda! Pois foi: não foi contra Barbados, foi contra o Canadá, a quem nunca tinha passado pela cabeça ser fintado por uma província da Ibéria. Mas foram eles que tiveram de sair, não fomos nós. E estava a Alemanha em liça, Alemanha que muitos entendem que devia ter um lugar permanente, não apenas rotativo. Mas o Público não diz que a Alemanha foi eleita à tangente do número de votos necessários para o efeito, já que, claro, no caso da Alemanha isso não interessa nada.
Claro, muita gente acha que isto não interessa nem em Rabo de Peixe.
Vivem cá dentro, ponto final, nada a dizer. Já alguns dos que sabem que isto é importante tentam disfarçar: é que não cola nada com a sua (deles) tese peregrina de que Portugal tem uma péssima imagem internacional. Também se pode fazer como o Presidente Cavaco: «Para o Presidente da República, "esta eleição reflete o reconhecimento por parte da comunidade internacional do firme compromisso do nosso país com os valores e objetivos das Nações Unidas"». Será que ao Canadá faltava esse "firme compromisso"? A alguns parece sempre difícil de engolir que Portugal tenha êxitos se isso for por mérito dos outros. Por isso arranjam sempre explicações que excluem o nosso mérito activo. E depois ainda dizem que a crise é (só) económica... A desgraça de Portugal está na pobreza de espírito das suas rafeiras elites..





14 outubro 2010

UM PAÍS EM PERMANENTE RECREIO

A crer no que se debate,  o país não tem grandes problemas: temos uns submarinos por pagar, um défice que se resolve tramando uma parte dos funcionários públicos, umas dúvidas já resolvidas em relação à localização do futuro aeroporto de Lisboa, o momento mais adequado para avançar com o TGV e pouco mais.
O sector privado tem um problema de competitividade? Isso resolve-se, na impossibilidade de recorrer às desvalorizações para salvar as empresas da mão-de-obra barata congelam-se os ordenados, liberaliza-se o despedimento e reduzem-se os impostos pagos pela empresas. E o que fazer dos desempregados a quem se tem de pagar o subsídio do desemprego e à redução da receita do Estado. Bem isso logo se vê.
O país tem um problema na qualidade do ensino? Tem outro na dependência energética? Falta concorrência nos mercados? A economia paralela destroi as empresas que cumprem com as suas obrigações fiscais e laborais? O SNS absorve cada vez mais recursos? O país não consegue reduzir a pobreza?
Não isso não são problemas, o que tem interessado ao país durante os últimos anos foram coisas bem mais importantes, saber se Sócrates era gay, se sabia ou não falar inglês, se tinha jeito para o desenho de construção civil, se algum primo, amigo ou conhecido se tinha abotoado no Freeport, se tinha ou não ajudado o país a livrar da Manuela Moura Guedes.
Foram estes episódios e não os debates em torno dos problemas do país que preocuparam os portugueses, os nossos políticos, jornalistas, magistrados em comissão sindical e outras personagens comportaram-se como se estivessem a participar num reality show em que o único objectivo da generalidade dos concorrentes foi tentar mandar Sócrates para fora da casa. Os comunistas aliaram-se à direita e a Alegre em manifestações espontâneas contra o encerramento de serviços de saúde anacrónicos, o líder do PSD recebeu os comunistas da FENPROF em defesa da auto-avaliação dos professores, o Pacheco Pereira ficou desiludido porque a imobilização dos camiões não deu em pancadaria como tinha sucedido com o buzinão na ponte.
Ainda hoje se compararmos as estratégias sucessivas de Pedro Passos Coelho com as dos concorrentes do últimos reality show da TVI não encontramos grandes diferenças, até nem falta o jogo com segredos e a qualidade de alguns dos intervenientes no debate, como o idoso professor de direito fiscal, está muito aquém da qualidade dos concorrentes do reality show. Se a TVI meteu gémeos dentro da casa, no PSD temos um problemas de geminação na liderança, não se sabe muito bem quem manda, se Passos Coelho, se Ângelo Correia ou mesmo António Nogueira Leite.
O país não discute os problemas e andam por aí muitos idiotas, desde conhecidos sociólogos a ex-ministros das Finanças, a dizerem que o problema é José Sócrates, como se o problema não fosse o mesmo que existia quando disseram que era Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso ou Santana Lopes.
O problema é que neste país não se discutem problemas reais, tudo não passa de uma imensa farsa pois todos os que participam nos debates, desde Medina Carreira ao Ângelo Correia, nenhum deles tem qualquer problema, às vezes até ganham com os problemas do outros. É por isso que se divertem tratando o país como a casa da TVI e se comportam como falsos actores de um reality show a que os portugueses assistem, até que um dia decidam fazer zapping e mudar de canal.daqui

O COELHO É UM BARRETE

É só pose - Um grande barrete
Começa a ser insuportável a demagogia do galã do PSD que não deixa qualquer rasto de ideias  para resolver os problemas do país e gasta os insipientes neurónios a matraquear vulgaridades em poses de grande senhor  quando não passa de um papagaio do patrão e será,  porventura,  o líder mais indigente que o PSD jamais teve. Ao pé deste galã, mesmo nessa qualidade de galã, SANTANA LOPES foi e   é um grande senhor e já prestou bons serviços ao país.  E o PSD, um partido determinante na nossa vida  política, com gente de muita qualidade no seu seio, não pode continuar a ser  representado por palhaços e rapazes jeitosos que apenas servirão para, no poder, servirem de homens de mão para  cuidarem  dos interesses dos bons quadros do partido que agora se dedicam a ganhar dinheiro nos negócios. Não estamos, nem por sombras,  a pensar  no senhor Angelo Correia porque são muitos  a levá-lo ao colo, entre os quais parece que é o comunista Pina Moura. 

E VÃO QUATRO - SEGUE-SE O COELHO?


O  Engenheiro Sócrates  já atirou para o lixo  quatro cabeças de lideres do PSD: Santaninha de Aragão, Mendes Bolena, Menezes Seymour, Leite de Cleves e já tem a do quinto, Coelho Howard, pousada no cepo.daqui

13 outubro 2010

OS NEONAZIS MEXEM NOS E.U-A?

Nos seus tempos livres, um candidato a deputado republicano pelo  Tea Party, no distrito 9 de Ohio, Estados Unidos,  vestiu  o uniforme da Waffen SS alemã, o braço armado do Partido Nazi. O candidato, Rich Iott, fez isso com um grupo de amigos –neonazis tal como o que se denomina “Wiking”. No  grupo, Iott faz-se tratar pelo  pseudónimo de Reinhardt Pferdmann. O Tea Party, de Iott, é a ala direitistata do Partido Republicano onde    militam vários ex-colaboradores de George Bush daqui

O RAPAZINHO MAL EDUCADO

Estas são palavras de um rapazinho chamado Alexandre Relvas que passava por muito civilizadinho, que monta cavalos de raça e que pensariamos ser o paradigma da boa educação da rapaziada da direita bem comportada.  Pelos vistos o rapazinho não passa de um carroceiro potencial se despojado dos cavalos e posto na feira a apregoar as arrematações de jumentos. 

12 outubro 2010

A COISA ESTÁ PRETA


Dando de barato a propensão oracular do i, uma coisa parece certa: cada vez se torna mais improvável que os passistas venham a formar governo nos tempos mais próximos. Se o OE for chumbado, Cavaco será obrigado a medidas extremas. Mas ninguém o vê a entregar o país a um grupo de bloggers. Cavaco tudo fará para conservar em funções o actual governo, pelo menos até à realização de eleições antecipadas, nunca antes de Junho de 2011.
Se a crise atingir um pico insustentável, obrigando o Estado à dilação de pagamentos (e quaisquer dez dias seriam suficientes para tumultos de consequências imprevisíveis; é disto que fala Marcelo quando alude a colapso financeiro) e alguns bancos a uma situação de pré-ruptura; e se, nessas circunstâncias, Sócrates bater com a porta, Cavaco não terá alternativa em formar um governo de sua iniciativa. Não acredito na hipótese Gama, não por causa dele, mas porque o PS não deixará avançar nenhum dos seus. E numa lista de putativos primeiros-ministros, Passos Coelho não tem lugar. Talvez não quisesse tê-lo, admito que sim, mas, para o PSD, o busílis é outro: ele não conta. Mais depressa lá chega Eduardo Catroga, ou mesmo Ernâni Lopes.
E depois, com as eleições (irrelevante saber se é o PSD que fica dois pontos à frente do PS ou o contrário), voltamos à tranquibérnia. A coisa está preta.

A CRETINICE DOS SOCIAL- FASCISTAS DO PCP

“Face a solicitações de vários órgãos de comunicação social”, o gabinete de imprensa do PCP divulgou um comunicado onde afirma que a atribuição do prémio Nobel da paz a Liu Xiaobo é “inseparável das pressões económicas e políticas dos EUA à República Popular da China”…. “um golpe na credibilidade de um galardão que deveria contribuir para a afirmação dos valores da paz, da solidariedade e da amizade entre os povos.
Liu Xiaobo é um intelectual chinês conhecido em todo o mundo “pela sua longa e não violenta luta pelos direitos humanos fundamentais na China”, refere o Comité Nobel. Desde a sua participação nos protestos da Praça Tiananmen em 1989, foi preso por quatro vezes e continua detido.

Este comunicado do PCP, que merece o repúdio de qualquer democrata sério em qualquer parte do mundo, deveria também levar os portugueses a pensar como é que Jerónimo de Sousa, Manuel Carvalho da Silva, líder da CGTP, Mário Nogueira, presidente da FENPROF, e outras figuras de proa de um partido que avilta desta forma a luta pelos direitos humanos e pela democracia onde ela não existe, têm a lata de nos entrar em casa a invocar direitos que não reconhecem a Liu Xiaobo…daqui
Nota:
Poder-se-á agora concluir que Jerónimo de Sousa adquiriu difinitivamente   o cargo de  representante em Portugal da Casa Real da Coreia do Norte

O PSD É AGORA UM PARTIDO DE PAPAGAIOS???

QUANDO TODO O PSD SE PRONUNCIA SOBRE A QUESTÃO DA APROVAÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2O11, O SILÊNCIO DE ÂNGELO CORREIA, A PERSONALIDADE QUE PASSA POR SER O MENTOR DE PEDRO PASSOS  COELHO
FAZ UM RUIDO ENSURDECEDOR
NEM ÂNGELO  NEM PASSOS COELHO
O PAPAGAIO MOR DO ENG.
SE DIGNAM ABRIR O BICO
E PÕEM A PIAR
PAPAGAIOS MENORES
DO LARANJAL

GREVE GERAL

A Greve Geral é uma boa notícia? É. O facto de poder vir a ser depois da votação de mais uma nova vaga de PEC e do orçamento é bom para a luta? Não. A adesão da UGT reforça sindicalmente a greve? Sim. E a sua combatividade política? Menos. É por isso que é geral? Não. É por isso que não vai exigir a demissão do governo? Também. Isso fragiliza o protesto? Sim. Torna-o desnecessário? Não. Os freios da UGT são controlados pelo PS? São. O PS está no Governo? Sim. E saudará as reivindicações dos trabalhadores? Não. Por a greve ser contra si? Sim. Então porque é que a sua central sindical adere a um protesto autofágico? (Boa pergunta...)

11 outubro 2010

"TIBALDINHO"

Pelo João Galamba (Jugular) tomamos conhecimento de que o grupo parlamentar do PSD, contrariando a direcção do seu partido que diz querer acabar com os institutos públicos, apresentou recentemente uma proposta de criação de um organismo de direito público para a “PROMOÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS BORDADOS DE TIBALDINHO”.
Talvez se duvide da oportunidade desta proposta, mas é difícil resistir à sua fundamentação: “Nestes panos é bordada uma panóplia de motivos decorativos: os ilhós simples, espirais de ilhós (enleios), arcos de ilhós (cadeia), arcos ogivais, quadrados de nove ilhós, espirais de cordão, espirais de borbotos, círculos simples e concêntricos, rodízios, estrelas, óculos em cruz, corações simples, floridos ou com chave, com hastes, pétalas, malmequeres, girassóis, cravos, botõezinhos, folhas abertas e fechadas, folhas redondas, alongadas, pontiagudas e serrilhadas, folhas de feto, carvalho, trevo de quatro folhas, composições florais, laços, silvas, bolotas, tranças, pevides, pássaros, borboletas, Cruz de Cristo, dois oitos em cruz, crivos simples e de duas pernas, recorte ondeante, bainha aberta, machocos redondo, alongados (de pevide) e bicudos (serrilha ou dentes de rato), curvas espiraladas, cordão ondeante, canutilhos, pompons, letras maiúsculos, monogramas.
Com os alvos fios de lã são feitos os seguintes pontos: lançado, entrançado, espinhado, de recorte (vulgo caseado), de cordão, de nós, pé-de-flor, de cadeia, de formiga e de canutilho”.
Eu sei que é difícil conter as lágrimas, mas se os bordados feitos na simpática aldeia da freguesia de Alcafache (Mangualde) “por meia centena de bordadeiras que mantêm viva a tradição, sendo para a maioria delas o bordar uma actividade supletiva e irregular”, conseguiram chegar até aos nossos dias sem precisar da tutela do estado, que falta lhes faz um organismo público?
Para quem enche a boca com a redução da despesa pública e o emagrecimento do estado, estamos conversados.

Caetano Veloso - Você é linda

O PECADO ORIGINAL

Eis o pecado original de natureza política que contribui, de forma decisiva, para a coreografia do fim a que assistimos: os últimos doze meses têm-se encarregado de provar a irresponsabilidade de termos o único governo de maioria relativa da zona euro, sem qualquer tipo de acordo parlamentar estável ou coligação ministerial. O Governo, os partidos, o Presidente e os parceiros sociais, ainda que em doses diferentes, são corresponsáveis por nos encontrarmos numa situação que é politicamente excêntrica e que dificultou os ajustamentos necessários. Há também nisto um lado fúnebre: como se não bastasse a crise económica e social e os desequilíbrios financeiros, temos hoje um país que se sente politicamente abandonado.


Texto publicado na edição do Expresso de 2 de outubro de 2010.

Andrea Bocelli - Besame Mucho (2006)

O SENHOR ANGELO CORREIA NEM PIA

A incerteza que a liderança do PSD faz pairar sobre o orçamento de 2011 não é uma ameaça ao governo, é uma chantagem sobre o país.
Falta na lista acima citada o nome que será o  verdadeiro mentor de Passos Coelho e o senhor que manda de facto no PSD por interpostos papagaios - o senhor Ângelo Correia...



Lady-Kenny Rogers

10 outubro 2010

ADRIANO CORREIA DE OLIVEIRA - CANTAR DE EMIGRAÇÃO

Stevie Wonder - I Just Called To Say I Love You (Live in London, 1995)

Creedence Clearwater Revival - Jambalaya

CORTES DE SALÁRIOS DA FUNÇÂO PÚBLICA



Pelo que entendi, os cortes salariais dos funcionários públicos podem ser representados de acordo com o  gráfico supra
 Este gráfico é uma aproximação. Não pode estar absolutamento correcto,
dado que tal implicaria que quem ganha
1500€ ficaria a ganhar menos do que quem ganha 1499€.

PPS O gráfico já está correcto. A informação pode ser consultada aqui.
PPPS A este corte dos salários há ainda que acrescentar 1 ponto percentual,
dado que a contribuição dos trabalhadores para a CGA vai aumentar.


La vie en rose - Louis Armstrong

AS COISAS NÃO ESTÃO PARA PAPAGAIOS SE RECREAREM

Há que entender que este é um momento delicado, de fragilidade da confiança, e há que fazer tudo o necessário para consolidar e fortalecer a confiança” em Portugal, afirmou José Ángel Gurría, entrevistado pela Lusa poucos dias após ser reeleito para um segundo mandato à frente da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económicos.
José Ángel Gurría recordou que foi ministro das Finanças do México (1999-2000) e que conhece “muito bem” a importância da discussão em torno do orçamento, que compreende ser o ponto alto do jogo partidário.
“Não há crise política em Portugal. O que há é um ambiente pré-orçamento que é muito normal em todos os países. Conheço bem e posso identificar claramente as características deste período”, frisou o secretário-geral da OCDE.
Feita essa ressalva, porém, José Ángel Gurría alerta que “jogar à política como ‘business as usual’, como se (Portugal) estivesse num tempo normal, é brincar com o fogo. É expor o país, a sua economia e os portugueses a um perigo, a uma vulnerabilidade”.
Essa vulnerabilidade, acrescenta Gurría, “evita-se, ou que pelo menos reduz-se, na medida em que Portugal dê uma mostra de unidade de propósito, ainda que dentro da diversidade política mas com uma convergência última na intenção de consolidar o crescimento, a criação de empregos e o nível de bem-estar”.
O secretário-geral da OCDE apresentou em Lisboa, a 27 de Setembro, na presença do primeiro-ministro José Sócrates, o último estudo económico da organização sobre Portugal, documento que por diversas vezes salientou a necessidade de “consenso”.
José Ángel Gurría explicou à Lusa que “o consenso vai mais além do que o orçamento do próximo ano. Mas começa também no próximo ano. Começa hoje”, enfatizou Ángel Gurría.
“Uma das coisas que se vê, para o mercado, para os agentes económicas, os investidores, para os bancos, para os próprios portugueses, é qual é a capacidade de Portugal de consensualizar medidas e fazer que elas sejam aprovadas e cumpridas”, explicou.
Por outro lado, interessa avaliar “também qual é o custo em termos de tensão superficial que gera a adopção destas medidas (de austeridade). Claramente, se houver mais consenso, ou pelo menos uma convicção inteligente, pois pode não haver entusiasmo, mas se os agentes económicos, o sector privado, os bancos, os sindicatos, actuarem em consequência, o custo das medidas é mais baixo”.
Ángel Gurría refere-se “ao custo político e económico” e referiu que quando há consenso “a eficiência que se consegue com as medidas é, no todo, melhor porque não há resistência de certos grupos que o que fazem é demorar o efeito ou o benefício dessas medidas”.
Portugal precisa de uma "convergência" dos partidos em torno do orçamento pois "jogar à política agora é brincar com o fogo", afirmou o secretário-geral da OCDE à Agência Lusa, em Paris.
(Um bom aviso para o Senhor Ângelo Correia e os seus papagaios...)