Talvez ouçamos muitas orações,
vozes e trombetas vibrantes
dos que aclamam as imagens.
Somos das terras dos vulcões,
terras extintas e necessárias,
de onde trazemos complexa bagagem,
o que nos resta caminhar.
Em nossa inconseqüência, vemo-nos sagrados,
apesar de nossas roupas tão vulgares,
das formas de Medusa que assumimos,
quando nos abraçamos, nos apertamos,
quando nos devoramos.
Queremo-nos em nossas palavras,
em nossos gemidos inúteis,
em nossas sórdidas invenções,
e em nossas oportunas mentiras...
A chuva cai muito lá fora, na noite.
Deixemos que os outros chorem.
E, depois, esqueçamo-nos em definitivo.
terça-feira, 24 de março de 2009
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