Mineiro é mineiro,tenha lá a profissão que tiver..Fazer negocio com mineiro é bão,mesmo que o sujeito saia perdendo;porque sempre aprende alguma coisa,quando nada,a ser menos otário.
Zé dos Brejo era um exemplo disso;era corretor imobiliário,mas,não sabia,porque naqueles tempos quem vendia lotes não tinha esse nome tão pomposo,não andava de terno e gravata nem vivia pendurado numa montanha de celulares,que atendia a todo momento.
Mas,Zé vendia lotes,terras,fazendas e era honesto,suas contas fechavam direitinho.
E aí,entrou o governo;que encasquetou de mudar a capital de Minas,de Ouro Preto para Belzonte.Claro que houve uma celeuma,os de Ouro Preto não queriam perder status e muita gente foi contra;gente,inclusive que podia gorar o negocio,vereadores,altos funcionários etc.
Mas,o governo também era mineiro e resolveu tudo com um “cala boca”,método usualmente aplicado pelos governos,desde Tomé de Souza até Lula;pois o governo doou lotes aos contrários para que fizessem suas casas e se acalmassem. Aí entra o Zé;quando,finalmente a capital foi mudada,os funcionários que não queriam se mudar começaram a vender por qualquer preço os terrenos que ganharam; ele comprou baratinho aqueles terrenos doados ou comprados á mijona que passaram a se valorizar a peso de ouro.
Zé passou a ser um dos homens mais ricos das Minas Gerais.Aqueles que estranhavam aquela fortuna repentina,Zé lhes obsequiava com uma resposta resumida que valia por uma aula de filosofia,administração e negócios:
-Como foi que enriquei?Comprando lotes de cretinos que pensavam que isto ia ser prá sempre Curral Del Rey e vendendo depois para outros que se julgavam espertos que pensavam que aqui ia ser a Avenida Paulista.Simples assim!
Assim me contaram!
Assim vos conto!