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20.08.2011 - O Cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, referiu-se com dureza contra "grupos de classe", entre eles os sindicatos, que põem os interesses individuais à frente do interesse nacional quando fazem reivindicações contra as medidas impostas pela troika.
20.08.2011 - O Cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, referiu-se com dureza contra "grupos de classe", entre eles os sindicatos, que põem os interesses individuais à frente do interesse nacional quando fazem reivindicações contra as medidas impostas pela troika.
Ao D. José Policarpo, mais valera que, na sua infinita misericórdia, Deus o levasse rapidamente para junto de si, ou, não sendo isso possível, que o prelado seja despachado (física e espiritualmente) por aqueles com salários de fome, pelos desempregados, pelos precários, pelos pensionistas de miséria, pelos pobres, etc...
Correio da Manhã – 21.08.2011
... D. José Policarpo não esqueceu os tempos difíceis que o País vive e, na homilia da missa que celebrou no pavilhão a que dá o nome, criticou os grupos que preferem defender "o nós individual" em vez do "nós grupal".
"Está a fazer-me muita confusão ver neste anúncio das medidas difíceis que até nos foram impostas por quem nos emprestou dinheiro que os grupos estejam a fazer reivindicações grupais, de classe. Não gosto", desabafou o prelado, perante 800 pessoas. O Cardeal-patriarca não concretizou as críticas, mas ter-se-á referido a sindicatos e outras organizações que respondem com ameaças de greve contra as medidas de austeridade impostas pela troika e concretizadas pelo Governo. Para D. José Policarpo, Portugal tem de ultrapassar este momento "em diálogo com os outros países, mas, sobretudo, dando as mãos procurando o bem de Portugal e não o bem de cada grupo, de cada pessoa". "Todos somos chamados a vencer o egoísmo, a pensar no nós e não no eu", reforçou o prelado.
Correio da Manhã – 21.08.2011
... D. José Policarpo não esqueceu os tempos difíceis que o País vive e, na homilia da missa que celebrou no pavilhão a que dá o nome, criticou os grupos que preferem defender "o nós individual" em vez do "nós grupal".
"Está a fazer-me muita confusão ver neste anúncio das medidas difíceis que até nos foram impostas por quem nos emprestou dinheiro que os grupos estejam a fazer reivindicações grupais, de classe. Não gosto", desabafou o prelado, perante 800 pessoas. O Cardeal-patriarca não concretizou as críticas, mas ter-se-á referido a sindicatos e outras organizações que respondem com ameaças de greve contra as medidas de austeridade impostas pela troika e concretizadas pelo Governo. Para D. José Policarpo, Portugal tem de ultrapassar este momento "em diálogo com os outros países, mas, sobretudo, dando as mãos procurando o bem de Portugal e não o bem de cada grupo, de cada pessoa". "Todos somos chamados a vencer o egoísmo, a pensar no nós e não no eu", reforçou o prelado.
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Abaixo, as declarações sobre este assunto de Nuno Magalhães, um simpático moçoilo do CDS, a quem, se eu tivesse a fortuna de dar de caras com ele, não desdenharia em espetar-lhe dois valentes chapadões e um grandessíssimo pontapé nos tomates.
Nuno Magalhães, Líder parlamentar do CDS, sobre o apelo de D. José Policarpo contra as reivindicações "de classe":
Correio da Manhã – 22.08.2011
Correio da Manhã – O apelo de D. José Policarpo à paz social é dirigido aos sindicatos?
Nuno Magalhães – Não faria uma segunda interpretação. É um apelo do sr. Cardeal-patriarca, sem pôr em causa formas de protesto que estão consignadas na Constituição, para que não ocorram em Portugal formas de protesto que nós vimos noutros países e que se tornam parte do problema e não da solução.
– Concorda com o apelo...
– Eu creio que este apelo do sr. Cardeal-patriarca, é um apelo que revela um enorme bom senso, noção das dificuldades, mas ao mesmo tempo é uma mensagem de esperança, o que é muito importante. Demonstra uma consciência social e patriótica.
– A paz social está em risco com as medidas da troika?
– Não me parece. A verdade é que aquilo a que temos assistido em Portugal são protestos ordeiros, que nada têm a ver com o que se viu noutros países, perante medidas que são difíceis mas que têm de ser adoptadas. Comungo da esperança do sr. Cardeal-patriarca na necessidade de um esforço conjunto para sairmos da crise.
Nuno Magalhães, Líder parlamentar do CDS, sobre o apelo de D. José Policarpo contra as reivindicações "de classe":
Correio da Manhã – 22.08.2011
Correio da Manhã – O apelo de D. José Policarpo à paz social é dirigido aos sindicatos?
Nuno Magalhães – Não faria uma segunda interpretação. É um apelo do sr. Cardeal-patriarca, sem pôr em causa formas de protesto que estão consignadas na Constituição, para que não ocorram em Portugal formas de protesto que nós vimos noutros países e que se tornam parte do problema e não da solução.
– Concorda com o apelo...
– Eu creio que este apelo do sr. Cardeal-patriarca, é um apelo que revela um enorme bom senso, noção das dificuldades, mas ao mesmo tempo é uma mensagem de esperança, o que é muito importante. Demonstra uma consciência social e patriótica.
– A paz social está em risco com as medidas da troika?
– Não me parece. A verdade é que aquilo a que temos assistido em Portugal são protestos ordeiros, que nada têm a ver com o que se viu noutros países, perante medidas que são difíceis mas que têm de ser adoptadas. Comungo da esperança do sr. Cardeal-patriarca na necessidade de um esforço conjunto para sairmos da crise.
Comentário de um leitor do Correio da Manhã
"D. Policarpo para o bem de dos explorados e aos olhos de Deus, perdeu uma oportunidade de ouro para estar calado. O seu silêncio já era suficiente para sabermos de que lado estava. É por estas e por outras, que já não convencem".
Por Catita
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Por Catita
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