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sexta-feira, janeiro 29, 2021

Marcelo - o presidente dos grandes interesses económicos e financeiros

George Wallace (que foi candidato à Presidência dos EUA) afirmou: ... A verdade é que a população raramente é envolvida na selecção dos candidatos presidenciais; normalmente os candidatos são escolhidos por aqueles que secretamente mandam na nossa nação. Assim, de quatro em quatro anos o povo vai às urnas e vota num dos candidatos presidenciais seleccionados pelos nossos 'governantes não eleitos.'



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O verdadeiro vencedor das Presidenciais. Tenho pena. Mas o povo escolheu. Temos de respeitar.



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quarta-feira, janeiro 20, 2016

A impostura (democrática) das Eleições Presidenciais 2016




A ilusão da livre escolha entre Direita e Esquerda (Centrão)



Muitos portugueses irão votar nas próximas Eleições Presidenciais nos candidatos do CENTRÃO (PS - Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém + PSD + cds - Marcelo Rebelo de Sousa), convencidos de que estão a votar útil, quando na realidade estarão apenas a votar em clones a soldo dos grandes interesses económicos e financeiros.


Nunca tinha tido a oportunidade de ver um cidadão neste país (como o candidato Paulo Morais – em quem eu tenciono votar), a descrever de forma tão corajosa e cristalina o modo como são concebidos os roubos a Portugal e aos portugueses, levados a cabo pela “troika” formada pelos poderes Político, Económico e Financeiro.

Paulo Morais explica, tintin por tintin, a maneira como se processa a pilhagem, nomeia desassombradamente os intervenientes - indivíduos, instituições e empresas, e aponta os conluios que os entrelaçam.

Paulo Morais (Correio da Manhã – 19/6/2012): [...] "Estas situações de favorecimento ao sector financeiro só são possíveis porque os banqueiros dominam a vida política em Portugal. É da banca privada que saem muitos dos destacados políticos, ministros e deputados. E é também nos bancos que se asilam muitos ex-políticos." [...] "Com estas artimanhas, os banqueiros dominam a vida política, garantem cumplicidade de governos, neutralizam a regulação. Têm o caminho livre para sugar os parcos recursos que restam. Já não são banqueiros, parecem gangsters, ou seja, banksters."


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Voto no Centrão = Voto nos grandes interesses Económicos e Financeiros



The Establishment's Two-Party Scam
O Embuste dos «Dois-Partidos» engendrado pela Elite do Poder

Establishment - um termo usado para referir a elite do poder e as estruturas da sociedade que ela controla.

Chris Gupta: Esta fraude consiste na fundação e financiamento pela elite do poder de dois partidos políticos que surgem aos olhos do eleitorado como antagónicos, mas que, de facto, constituem um partido único. O objectivo é fornecer aos eleitores a ilusão de liberdade de escolha política e serenar possíveis sentimentos de revolta contra a elite dominante.




Dr. Stan Monteith: "O argumento de que, nos EUA, os dois partidos congressionais, o partido Republicano e o partido Democrata (correspondentes aos PSD e PS) deviam representar políticas e ideias opostas, uma, talvez, de Direita e a outra de Esquerda, é uma ideia ridícula aceite apenas por teóricos e pensadores académicos. Pelo contrário, os dois partidos devem ser quase idênticos, de forma a convencer o povo americano de que nas eleições pode "correr com os canalhas", sem na realidade conduzir a qualquer mudança profunda ou abrangente na política."




George Wallace (que foi candidato à Presidência dos EUA) afirmou: "...não existe diferença nenhuma entre Republicanos e Democratas (PSD e PS)". "... A verdade é que a população raramente é envolvida na selecção dos candidatos presidenciais; normalmente os candidatos são escolhidos por aqueles que secretamente mandam na nossa nação. Assim, de quatro em quatro anos o povo vai às urnas e vota num dos candidatos presidenciais seleccionados pelos nossos 'governantes não eleitos.' Este conceito é estranho àqueles que acreditam no sistema americano de dois-partidos, mas é exactamente assim que o nosso sistema político realmente funciona."




O Professor Arthur Selwyn Miller, académico da Fundação Rockefeller, no seu livro «The Secret Constitution and the Need for Constitutional Change» [A Constituição Secreta e a Necessidade de uma Mudança Constitucional], escreveu: "...aqueles que de facto governam, recebem as suas indicações e ordens, não do eleitorado como um organismo, mas de um pequeno grupo de homens. Este grupo é chamado «Establishment». Este grupo existe, embora a sua existência seja firmemente negada; este é um dos segredos da ordem social americana. Um segundo segredo é o facto da existência do Establishment – a elite dominante – não dever ser motivo de debate. Um terceiro segredo está implícito no que já foi dito – que só existe um único partido político nos Estados Unidos, a que foi chamado o "Partido da Propriedade." Os Republicanos e os Democratas (PSD e PS) são de facto dois ramos do mesmo partido."


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É fácil depreender, pelo que ficou dito acima, que a elite do poder também financia em Portugal dois partidos – PS e (PSD + cds) que surgem aos olhos dos eleitores como antagónicos, mas que, de facto, constituem um partido único. Não é por acaso que, embora trocando regularmente os partidos no poder, as políticas no nosso país se mantêm praticamente as mesmas.

Assim sendo, é óbvio que os candidatos presidenciais apoiados por estes partidos (que constituem um partido único) vão necessariamente seguir fielmente as políticas dos partidos seus padrinhos que, como já sabemos, são rigorosamente iguais.

Vejamos então quem são estes candidatos do Partido Único disfarçados de «independentes»:


Jornal Público - 18/01/2016

PS entra em força na campanha ao lado de Nóvoa

«Em Setúbal, o candidato esteve acompanhado pelos dois adjuntos de António Costa, no partido e no Governo.

Desde sexta-feira tem sido assim: um ministro por dia, a falar nos comícios de António Sampaio da Nóvoa. Augusto Santos Silva, na sexta-feira, Vieira da Silva, no sábado, Campos Fernandes, no domingo – e o presidente do partido, Carlos César, à noite, no mesmo dia -, Eduardo Cabrita na segunda-feira. Esta recta final está, até, a intensificar a presença de dirigentes socialistas junto do antigo reitor.


Jornal Público - 17/01/2016


Maria de Belém: "Socialista candidata, sou eu!”


«Ex-ministra justifica as razões da sua candidatura e afasta que ela tenha a ver com qualquer “sobressalto cívico tardio”.

A candidata presidencial Maria de Belém declarou este domingo que ela é a única candidata do Partido Socialista. “Socialista candidata, sou eu!”, proclamou a ex-presidente do PS.


Jornal de Notícias - 10/12/2015


PSD e CDS-PP recomendam voto em Marcelo Rebelo de Sousa

«O presidente do CDS-PP anunciou, esta quinta-feira, que a direção do partido vai recomendar ao Conselho Nacional democrata-cristão a adoção da recomendação de voto em Marcelo Rebelo de Sousa nas eleições presidenciais de 24 de janeiro.

[...] Também a direção do PSD recomendou, esta quinta-feira, aos eleitores do partido o voto em Marcelo.»

segunda-feira, janeiro 11, 2016

Facebook dá Paulo Morais como Presidente da República




Marcelo Rebelo de Sousa (PSD + CDS), Sampaio da Nóvoa (PS) e Maria de Belém (PS) - os candidatos a Presidente da República dos partidos que, como diz Fernando Madrinha, se tornaram suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais...

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BlastingNews - 7/Jan/2016

Se contarmos a principal página de cada candidato, Paulo Morais é o preferido dos portugueses no Facebook.




As últimas sondagens apontavam a vitória de Marcelo Rebelo de Sousa com maioria absoluta, mais de 50% dos votos, mas se as sondagens se baseassem nas principais páginas de cada candidato às eleições o vencedor seria outro, porém sem maioria absoluta. Paulo Morais é o eleito dos utilizadores do Facebook para o cargo de Presidente da República, revela o site da Rádio Renascença. Muitos portugueses demonstram nas redes sociais estarem convencidos com o discurso de Paulo Morais, que tem estado centrado no principal problema da política em Portugal, a corrupção.

A maior preocupação dos portugueses para as próximas eleições é mesmo sair da crise, mas para isso acontecer é preciso cortar de raiz os problemas. E a corrupção é vista como a principal fonte da crise que se vive no país, a corrupção constante praticada pelos vários governos ao longo dos anos e por grupos económicos onde imperam os interesses económicos de uma minoria em vez dos interesses do povo, ou seja da maioria, tem causado uma situação difícil no país.

Corrupção

O desemprego é bastante elevado e o salário mínimo ainda não é o suficiente para garantir boas condições de vida a todos. Além disso, muita gente vive em más condições de vida e tem dificuldades em garantir a sua alimentação e até mesmo uma vida em condições dignas de ser humano. Precisa de receber apoios do Estado.

Paulo Morais tem-se centrado mesmo nessa "raiz", a corrupção, que tem sido utilizada pelos políticos para servir os seus interesses e não os nossos interesses que deviam prevalecer numa democracia. Mas as democracias são mesmo assim por natureza, corruptas. O candidato independente, que já esteve na Câmara do Porto numa altura em que Rui Rio era o presidente da Câmara Municipal, tem-se focado maioritariamente na corrupção e no seu combate, denunciando vários esquemas de corrupção protagonizados ao longo dos anos, destacando o enorme peso das parcerias público-privadas no aumento da dívida pública, além do caso do BPN e de muitos outros.


Além da corrupção, Paulo Morais promete fazer cumprir a Constituição e pretende obrigar o actual Governo, caso seja eleito, a garantir livros escolares de graça, através de bancos de levantamento de livros nas escolas, onde os alunos no início do ano vão buscar os livros que precisam e no fim do ano devolvem para os próximos alunos. Além disso, quer fazer discutir no Parlamento o acordo ortográfico de 1990 de forma a tentar desativá-lo, ou então, caso os partidos não cheguem a consenso, levar aos portugueses um referendo para decidir se esse acordo continuará válido ou se deixará de ser válido. Também pretende apoiar as famílias de soldados portugueses mortos no estrangeiro, prometendo devolver-lhes os corpos, para que sejam enterrados em solo português.


À hora deste artigo, Paulo de Morais soma 49.584 "Likes"; segue-se Marcelo Rebelo de Sousa (apoiado pelo PSD e CDS-PP) com 44.927 e a completar o pódio do Facebook está Sampaio da Nóvoa, com 26.247 "Likes";Seguem-se Marisa Matias (apoiada pelo BE) com quase 19,5 mil "Likes", Maria de Belém com mais de 18 mil "Likes", Henrique Neto com mais de 7500, Edgar Silva (apoiado pelo PCP) com menos de 4 mil, Jorge Sequeira com quase 3 mil e nos dois últimos lugares estão Cândido Ferreira e Vitorino Silva (Tino de Rans), que nem aos mil seguidores chegam.


quinta-feira, janeiro 07, 2016

Paulo Morais e a corrupção: Quem ele já acusou e de quê


Observador - 9/4/2015


O mais recente candidato presidencial, Paulo Morais, passou os últimos 15 anos a falar em corrupção. Foi vereador do Urbanismo, queixou-se ao MP mas nenhuma denúncia teve seguimento.

Paulo Morais - indubitavelmente o meu candidato a Presidente da República

Paulo Morais foi vice-presidente da Câmara do Porto


Paulo Morais tornou-se conhecido na vida política quando integrou a primeira candidatura de Rui Rio à Câmara do Porto em 2001. A campanha fez-se contra a herança dos socialistas Fernando Gomes e Nuno Cardoso e o ataque à política de urbanismo tornou-se uma das grandes bandeiras da candidatura social-democrata. Ao longo dos anos, fez várias denúncias. Acabou por ser afastado do cargo de vice-presidente de Rio. Nenhuma das acusações deu origem à abertura de um processo pelo Ministério Público.


Metro do Porto

Metro do Porto decidiu pagar quase 9 milhões
por um terreno que sabia valer menos de 5 milhões

Um dos casos que denunciou ao Ministério Público tem a ver com a gestão socialista na Câmara do Porto. “O Metro do Porto resolveu adquirir uns terrenos no Campo dos Salgueiros. Estavam avaliados na ordem dos 5 milhões de euros. Mas o Metro decidiu pagar quase 9 milhões por um terreno que sabia valer menos de 5 milhões. Fiz uma denúncia, apresentei documentos oficiais, avaliações, atas do conselho de administração do Metro, e o MP entendeu arquivar o processo porque não sabia onde estavam os 4 milhões de euros sobrantes. "O povo português foi roubado em 4 milhões só naquele negócio”, contou Morais.


Autarquias

Em 2005, em entrevista à Visão, Paulo Morais acusa “a maioria” das câmaras municipais de ceder a pressões do sector imobiliário e aponta “uma preocupante promiscuidade entre diversas forças políticas, dirigentes partidários, famosos escritórios de advogados e certos grupos empresariais”. Conta que, enquanto vereador, foi alvo de “pressões ilegítimas” por “membros do actual e dos anteriores governos, partidos…”.

“Face ao teor da entrevista, o Ministério Público irá encetar as diligências necessárias para o apuramento da existência de factos com eventual relevância criminal”, afirmava fonte do gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República. O então presidente da Associação Nacional de Municípios (ANMP), Fernando Ruas, e o então candidato do PS à Câmara do Porto, Francisco Assis, desafiaram o vereador a concretizar as suspeitas.

O Ministério Público chama Morais, mas concluiu que os dados são insuficientes e arquiva o caso.


Rui Rio

Rui Rio não tira o sono aos interesses instalados

Rui Rio e Paulo Morais nunca explicaram claramente o que aconteceu para este não ter voltado a integrar as listas à Câmara do Porto nas eleições de 2005. Mas o ex-vereador deixou pistas. “Rui Rio não tira o sono aos interesses instalados”, disse em entrevista ao Jornal de Notícias.


Urbanismo

O urbanismo é «a forma mais encapotada e sub-reptícia de transferir bens públicos para a mão de privados», tem dito Morais. Em junho de 2011, por exemplo, critica as “vigarices” na área do urbanismo praticadas por muitos municípios, acusando-os de “valorizar terrenos à ordem dos 2.000% sem qualquer dificuldade”, apenas para beneficiar um determinado “predador imobiliário”.

“Este tipo de máfia só existe em dois tipos de negócios em Portugal: no urbanismo e no tráfico de droga”, frisou, criticando a “promiscuidade absoluta entre Estado e privados”. “A margem de lucro do urbanismo em Portugal só é equivalente à do tráfico de droga”, diz.


Deputados

Os deputados estão ao serviço de quem os financiou e não de quem os elegeu

Outra questão para a qual tem chamado a atenção é a acumulação de funções dos deputados. Em junho de 2011, o ex-vereador da Câmara do Porto acusa do Parlamento de ser “o centro de corrupção” em Portugal. Isto porque muitos deputados são “simultaneamente, administradores de empresas”.

“Dos 230 deputados, 30%, ou seja 70, são administradores ou gestores de empresas que têm diretamente negócios com o Estado”, disse Paulo Morais, num debate sobre corrupção. A Assembleia “parece mais um verdadeiro escritório de representações, com membros da comissão de obras públicas que trabalham para construtores e da comissão de saúde que trabalham para laboratórios médicos”. Na altura, acusa o Grupo Lena de ser o maior fornecedor do Estado português (dados de 2009) e os políticos de criarem “legislação perfeitamente impercetível”, com “muitas regras para ninguém perceber nada, muitas exceções para beneficiar os amigos e um ilimitado poder discricionário a quem aplica a lei”.

“A legislação vem dos grandes escritórios de advogados, principalmente de Lisboa, que também ganham dinheiro com os pareceres que lhes pedem para interpretar essas mesmas leis e ainda ganham a vender às empresas os alçapões que deixaram na lei”, criticou.

Os deputados estão ao serviço de quem os financiou e não de quem os elegeu”, sendo a lei do financiamento dos partidos “a lei que mais envergonha Portugal”, diz, dando o exemplo das concessionárias das SCUT que financiam ao mesmo tempo os partidos.


Comunicação Social

As verdadeiras negociatas vão assim frutificando, enquanto a população anda distraída

O ex-vereador insiste que «só através de uma enorme pressão da opinião pública se poderá atuar ao nível da corrupção nas autarquias». Mas entende também que alguma «comunicação social se transformou no principal sustentáculo do sistema», ao transformar «temas marginais» em «centrais». «A censura não faria melhor», comenta Paulo Morais, considerando que «as verdadeiras negociatas vão assim frutificando, enquanto a população anda distraída».


Processos


Corre atualmente na justiça um processo do escritório de advogados Sérvulo e Associados contra Paulo Morais. O processo terá a ver com declarações do ex-vereador sobre o facto de ter criticado o dinheiro gasto pelo Estado em pareceres encomendados a escritórios de advogados. Já deu como exemplo o código da contratação pública que foi feito por este escritório e que só em pareceres para explicar o código terá facturado cerca de 7 milhões de euros.

segunda-feira, janeiro 04, 2016

Paulo de Morais - indiscutivelmente o meu candidato a Presidente da República - esmaga Maria de Belém, uma candidata com um percurso político pouco transparente...


Paulo de Morais

Debate entre Paulo Morais e Maria de Belém para as presidenciais (1-jan-2016):



Corrupção marca debate entre Paulo Morais e Maria de Belém


[Maria de Belém foi Ministra da Saúde durante os primeiros quatro anos (1995 a 1999) do primeiro governo de Guterres, e foi criticada por não se ter conseguido impor e ter engrossado o orçamento da Saúde. Resultado: "Foi um desastre financeiro", "gastou mais do que devia" e foi alvo das maiores críticas por parte da sua sucessora (Revista Visão). 

Em 2006, Maria de Belém esteve envolvida numa polémica que na altura fez correr muita tinta: era presidente da Comissão Parlamentar de Saúde quando aceitou acumular com uma consultoria junto do grupo Espírito Santo Saúde - que na altura tinha projectos de expansão de grande envergadura e se posicionava como uma das maiores empresas privadas do sector. Maria de Belém sempre afirmou não descortinar qualquer incompatibilidade entre as duas funções, mas o rol de críticas não a deixaram sossegada.]


Com o início do novo ano, arrancaram os debates televisivos entre os candidatos presidenciais. Um dos primeiros teve lugar na SIC-Notícias, foi protagonizado por Maria de Belém e Paulo Morais e teve como tema central o combate à corrupção.

O candidato independente (Paulo Morais) acusou os políticos que fazem parte dos partidos que têm governado o país nas últimas décadas (PS, PSD e CDS) de terem criado e desenvolvido mecanismos de corrupção. Como consequência, o que existe hoje é um sistema que leva a que cidadãos e as empresas sejam fustigadas com impostos “para alimentar um Orçamento de Estado que serve de manjedoura para alguns grupos económicos irem lá criar fortunas multimilionárias”.

Maria de Belém considerou que este tipo de “acusações generalizadas é inaceitável”, pois leva a que qualquer pessoa que esteja inscrita num partido político fique com “uma mácula em cima de si” só por isso e não por algo menos correcto que tenha feito. No seu caso pessoal, diz ter combatido a corrupção enquanto ministra da Saúde, sendo que uma das medidas que tomou foi “reconduzir as obras dos hospitais aos seus orçamentos iniciais”. Enquanto deputada, teve intervenção na tomada de medidas para “aperfeiçoamento da legislação contra a corrupção” e garante que sempre se bateu contra os paraísos fiscais.

Como resposta às acusações de que foi deputada ao mesmo tempo que trabalhava para grupos privados, Maria de Belém diz que cumpriu a lei que regula a possibilidade de não-exclusividade parlamentar e deixou ao jornalista um dossier sobre a sua actividade para que possa ser escrutinada e “ver se alguma vez fiz alguma coisa que não fosse a defesa intransigente do interesse público”.

Paulo Morais deu como “caso típico de corrupção a favor de determinados interesses económicos” o da isenção de IMI para os fundos de investimento imobiliários. Considera uma profunda injustiça que qualquer família que possua um modesto apartamento tenha de pagar este imposto, enquanto que alguém que tem centenas de prédios registados num fundo imobiliário nada pague. Para além de que, na sua opinião, se trata de uma legislação inconstitucional, pois viola o artigo 104 da lei fundamental do país. E lembrou que foi um governo liderado por António Guterres, que tinha Maria de Belém como ministra, que introduziu a medida.

Os responsáveis pela implementação da legislação que permite a corrupção são, acusou, “todos os governos que a propuseram nos diversos orçamentos, todos os membros dos governos que fizeram estas propostas e todos os membros do Parlamento que as aprovaram”.

Outro tema abordado no debate foi o Banif. Paulo Morais manifestou-se claramente contra a solução encontrada pelo actual governo e garantiu que, se fosse presidente, teria vetado o Orçamento Rectificativo.

Maria de Belém preferiu atirar boa parte das culpas para as instituições europeias responsáveis por esta área que, autenticamente, nos têm feito “cobaias de medidas de resolução”. Lembrou que, neste caso específico, a Direcção-Geral da Concorrência da União Europeia impediu outras soluções de resolução. Maria de Belém deixou, inclusivamente, no ar a suspeição de que as determinações das instâncias europeias não tenham como objectivo regular bem o sistema financeiro, mas “pura e simplesmente obrigarem os bancos portugueses a desaparecerem”.

terça-feira, janeiro 25, 2011

O meu candidato, José Manuel Coelho, foi o grande vencedor das Presidenciais 2011

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O candidato às Presidenciais 2011, José Manuel Coelho

Por Ricardo Noronha

Não se entende muito bem como nem porquê, continua-se a escrever sobre José Manuel Coelho como se ele não tivesse sido, de longe, o candidato mais à Esquerda nestas eleições. Insiste-se em colá-lo à figura de um palhaço, quando ele teve a firmeza e o desassombro de chamar as coisas pelos nomes, sempre que foi necessário. Acompanhou a votação num café, desafiando Cavaco para um debate que nunca teve lugar - por razões inconfessáveis e que deveriam os democratas desta praça corar de vergonha -, depois de uma campanha feita sem qualquer aparato, em que falou sempre alto e bem. Acabou a denunciar o capitalismo selvagem e a defender os «valores de Abril».

Pode-se não gostar do estilo, preferir um poeta caçador e tauromáquico ou um funcionário partidário patriota, mas ainda não encontrei nenhum argumento contra ele que ultrapassasse o tacticismo ou, pior ainda, um elitismo rasteiro, que considera que a política é um assunto de gente bem e chama «populista» a quem desafia esse raciocínio. Para ele seguiu o meu voto anti-capitalista. Pior do que está não fica.


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Jornal Expresso - 23.01.2011



Jardim nunca teve tantos votos como Coelho

José Manuel Coelho tem um folgado segundo lugar na Madeira. Em número de votos já duplicou a maior vitória alguma vez obtida pelo seu principal adversário Alberto João Jardim. Clique para visitar o dossiê Presidenciais 2011.

José Manuel Coelho tem razões para se sentir feliz. O seu surpreendente resultado de 4,5% a nível nacional e os 39% obtidos na Região Autónoma da Madeira permitem-lhe dizer que este é "um basta ao Jardinismo".

O deputado madeirense conta vários números a seu favor: o segundo lugar garantido na Madeira (39% contra 45% de Cavaco Silva, de acordo com os resultados oficiais, ainda não finais, por volta das 22:00) deixou francamente para trás Manuel Alegre (com apenas 7% dos votos dos madeirenses).

Mas maior é, sem dúvida, a diferença entre os resultados nominais obtidos nestas eleições Presidenciais por José Manuel Coelho com os números registados em qualquer das eleições regionais pelo sempre vencedor madeirense, Alberto João Jardim.

As diferenças entre os universos eleitorais - um nacional, outro regional, um maior o outro mais pequeno - explicam, claramente, a diferença de números.

Mas o certo é que José Manuel Coelho leva vantagem: menos de três horas depois do encerramento das urnas, o deputado do PND regista já mais de 180 mil votos. No melhor dos seus scores eleitorais - precisamente o das últimas eleições regionais, de 2007 - o presidente do Governo madeirense obteve 90 377 votos.

O seu segundo melhor resultado, obtido em 1980, dava a Jardim uns escassos 81 mil votos, se comparados com os registados agora por Coelho.

Curiosamente, o deputado do Parlamento madeirense, até agora um ilustre desconhecido na generalidade do país, consegue, só com esta investida nas Presidenciais, registar mais votos que os somados pelos principais partidos candidatos na Madeira - PS e PSD - em todas as eleições realizadas desde 1976.