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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Crítica: Star Trek (2009)

Star Trek, uma das criações mais influentes da história do cinema, uma ficção científica que marcou gerações. Criada em 1966 em uma série de televisão, a história já serviu de base para mais cinco seriados e onze filmes. A resenha agora nada mais é que sobre o décimo primeiro longa que estreou ano passado e teve 4 indicações ao Oscar 2010!

por Fernando Labanca

Intitulado apenas de Star Trek, o filme se baseia nos personagens originais criados em 66 por Gene Roddenberry. Dirigido por JJ Abrams, o filme tem o intuito de nos mostrar o início desta longa saga, ou seja, não se trata de um "remake", é simplesmente um novo começo, com argumentos originais.

O filme já começa com uma grande batalha, o vilão e romulano Nero (Eric Bana) vindo diretamente do futuro, cria uma guerra atrás de um grande inimigo, Capitão Spock, mas desta guerra, acaba tendo consequências trágicas, como a morte do capitão George Kirk, que entregou sua vida para salvar milhares, virou uma lenda.



Muitos anos depois, com a nave USS Enterprise recrutando novos tripulantes para missões espaciais, há a chegada de jovens inspirados, com a telentosa Uhura (Zoe Saldana) e Spock (Zachary Quinto), um ser meio humano e meio vulcaniano que desde criança sofreu preconceito por suas origens e desde sempre aprendeu a ser forte psicologicamente e por isso não consegue transmitir sentimentos. Ainda há a chegada de James T.Kirk (Chris Pine), um jovem viciado em adrenalina, que sempre se depara em briga nos bares, até que o capitão da Enterprise, Christopher Pike, o incentiva a seguir o rumo de seu pai, George, que muito fez pela Federação e acredita que James é a nova salvação. E com a ajuda de um amigo, Leonard McCoy (Karl Urban), também novo tripulante, James acaba parando na nave. Tendo Spock como comandante, entre outros tripulantes, a USS Entrepise embarca numa grande missão, a investigação de uma misteriosa tempestade magnética.

Lembrando do histórico do pai, James, menosprezado pelos demais, percebe que tudo isso nada mais é que uma armadilha de Nero. Durante 25 anos, Nero esperou por Spock e começa a tramar seu grande plano de captura, a vingança de algo que no presente nem chegou a acontecer. Exilado por mau comportamento, James T.Kirk se depara com o impossível, diretamente do futuro, Spock (Leonard Nimoy, da série original) o prova o caos que o futuro lhes espera, e que só ele poderá salvar a vida dos demais. Ele cometeu um erro no futuro e voltou para reparar os danos. A partir de então, James volta, enfrentando a inimizade de Spock e tentando impedir que os mesmo erros aconteçam.



Enfim, o filme ainda reserva muitas outras surpresas que prefiro não comentar pra não estragar as inúmeras novidades deste novo Star Trek. Viagens para futuro, seres de outros planetas, monstros de outros planetas, batalhas visualmente belíssimas e sequências arrebatadoras, personagens inteligentes e muito bem desenvolvidos, diálogos espertos e bem escritos. Ou seja, difícil é achar um defeito para esta mega produção, que me pegou de surpresa, sinceramente não esperava muita coisa.

Um filme feito, não só para os fãs, mas também para aqueles que nunca se sentiram envolvidos com a saga, assim como eu, mesmo aqueles que nunca viram nenhum filme e nenhum episódio de nenhuma série, não irá se sentir perdido. E para aqueles que já viram, ainda estarão diante de algo novo. E este é o triunfo de Star Trek, por conseguir inovar aquilo que já estava fadado ao esquecimento, aquilo que há muitos anos deixou de ser novidade, um caso raro de resgatar algo do passado e ser tão bom quanto, ou quem sabe, até melhor.

JJ Abrams surpreende, Star Trek é um filme poderoso, extremamente bem cuidado, os efeitos especiais são ótimos, ajudado pela ótima fotografia e ainda temos uma trilha sonora empolgante muito bem utilizada. Vencedor do Oscar deste ano por Melhor Maquiagem, merecidamente, logo que fez Eric Bana estar irreconhecível. Aliás, Eric Bana é outra surpresa do longa, excelente como vilão, os outros também estão ótimos em cena, Chris Pine também surpreende, assim como Zachary Quinto que desenvolve um personagem interessantíssimo. Zoe Saldana sempre bela e compenetrada em cena, ainda temos Simon Peg, com seu humor britânico, divertindo fácil.

Ou seja, imperdível! Mesmo quem nunca suportou essa invenção, não deixe de assistir, um filme único, maravilhosamente bem feito. Hipnotizante, inteligente, ágil, dinâmico, divertido, incrível como pouquíssimas ficções científicas, deixa os "novos" episódios de Star Wars no chinelo!


NOTA: 9,5




















Trailer Star Trek - Legendado

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Crítica: Tá Rindo do Quê? (Funny People, 2009)


Lançado diretamente para DVD, "Tá Rindo do Quê?" tem direção do ótimo Judd Apatow, o mesmo de "Ligeiramente Grávidos" e "O Virgem de 40 Anos". Responsável por boas comédias que fizeram grande sucesso, ele retorna com um dos seus mais fracassados filmes, financeiramente, por outro lado, um dos mais adoráveis!

por Fernando Labanca



Inicialmente, iria para o cinema, era chamado apenas por "Funny People", passado algum tempo, foi traduzido como "Gente Engraçada" e já com data prevista nos cinemas brasileiros, mas devido ao pouco sucesso nos Estados Unidos, essa pérola foi simplesmente abandonada e lançada apenas em DVD. Talvez, até, realmente não seja um tipo de filme que agrade muita gente, por não ser uma comédia usual, daquelas que estamos acostumados a assistir, com aquele jeitinho que só Hollywood nos proporciona. Neste, Apatow parece fazer um filme mais pessoal, com boas cenas um pouco mais dramáticas que os anteriores e um humor menos escrachado.


O longa conta sobre um famoso comediante (daqueles tipo "Stand up comedy"), George Simmons (Adam Sandler), passou a vida fazendo piadas e vivendo de um jeito único, despreocupado, bebidas, dinheiro fácil, se aventurando em relacionamentos fracassados, no entanto traiu sua grande paixão por uma garota que mal lembrava o nome. Até que recebe a triste notícia de que possui uma rara doença sanguínea e que tem pouco tempo de vida. Ira (Seth Rogen) é um comediante, ainda desconhecido, que ganha a vida trabalhando numa lanchonete e se apresentando em alguns bares com suas piadas nada inspiradoras sobre...é melhor nem comentar! Dividi o apartamento com seus amigos estranhos, Mark (Jason Schwartzman) e Leo (Jonah Hill). Até que um dia conhece George, seu ídolo, em uma de suas apresentações, e por causa de alguns desentendimentos, surge uma inevitável amizade.


George admite o talento do rapaz e pede para que ele escreva piadas para ele fazer nos próximos shows, e ainda o convida para iniciar suas apresentações. George passa, a partir de então, a treiná-lo, a mostrar as melhores maneiras de se fazer e contar piadas, como uma forma de passar seus conhecimentos para outra pessoa, alguém talentoso e que possa ocupar seu lugar, porém, Ira nem desconfia dos problemas do comediante. Mas a verdade não demora para aparecer, e numa tentativa de reconstruir sua vida, Simmons tenta retomar contato com aqueles que deixou no meio do caminho, inclusive com Laura (Leslie Mann) sua grande paixão, agora casada e com duas filhas. Ela, ainda linda e encantadora retorna a sua vida e faz ele refletir sobre tudo aquilo que ele não deu valor no passado. Ele tenta reconquistá-la, com a ajuda de Ira que se torna seu fiel escudeiro que toma conta de sua casa, de sua saúde, de sua carreira e agora de sua vida pessoal. O problema aumenta quando George descobre que melhorou, e agora saudável vai ter que fazer o impossível para manter o que conquistou enquanto todos achavam que era seu fim.

Dentre Ligeiramente Grávidos e O Virgem de 40 Anos, ouso em dizer que este, por bem pouco, é o melhor de todos. Judd Apatow parece aprender com o que faz, e a medida que sua brilhante carreira vai desenvolvendo ele vai aperfeiçoando o que já estava ótimo. Tá Rindo do Quê? é diferente das comédias em geral, primeiro pela longa duração, de quase 2 horas e meia, o que provavelmente vai desagradar muita gente, e por ter um ritmo diferente de uma comédia normal, é mais demorado, mais cauteloso, o roteiro vai com calma, sem perder o dinamismo, mas acredito que assim, o roteiro e as personagens são bem mais trabalhadas e assim conseguem ser bem mais desenvolvidas.


Seje, Funny People, seje Gente Engraçada, seje Tá Rindo do Quê?...é ótimo. Gente Engraçada, seria um título interessante, por mostrar a vida daqueles que nos fazem rir, que não são bem humorados cem porcento do tempo e que não são tão felizes quanto pretendem mostrar. O filme nos mostra uma série de pessoas engraçadas, e vivem por isso, humoristas, comediantes, ou apenas pessoas que ganham dinheiro fazendo outra coisa mas que não deixam de ser engraçadas. Tá Rindo do Quê? é um título estranho, mas conveniente, logo que a idéia implicita nessa expressão é de que algo ruim está acontecendo e que alguém, por sarcasmo ou ironia, faz a pergunta retórica, é como estarmos diante de algo que não temos o direiro de rir, e é isso que o filme faz, uma história que tinha tudo para ser um drama, conflitos necessários não faltam para isso, e mesmo assim, o roteiro apimenta o drama de cada um com piadas e muito humor.


Mas nada disso seria possível sem essas pessoas engraçadas. Adam Sandler é sempre engraçado com sua eterna cara de bobo, mas poderia ter se entregado mais a essa personagem, mas infelizmente faz o mesmo que já fez antes, portanto quem rouba a cena é Seth Rogen, seu melhor papel até então e seu melhor desempenho como ator também. É engraçado, hilário, mesmo quando a cena é séria. Jonah Hill de "Superbad", mais uma vez mostrando com facilidade sua veia cômica, assim como Jason Schwartzman. Até mesmo Leslie Mann aparece mais humorada, mais ilumida, eu arriscaria dizer. Está linda como nunca esteve no cinema, e consegue ser engraçada em alguns momentos, está irradiante, seu sorriso brilha a cada cena em que aparece, está ótima, e aliás, faz cenas brilhantes ao lado de Adam Sandler, sendo a conversa inicial do casal onde eles se emocionam contando sobre o passado, uma das mais marcantes do filme. E por incrível que pareça, até ele, Eric Bana, surge, mais engraçado impossível, e a cada filme que ela aparece, está melhor e neste, ele está incrível.

Ótima comédia, que vale a pena ser levada a sério!


NOTA: 9


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Crítica: Te Amarei Para Sempre (The Time Traveler's Wife, 2009)


Demasiadamente simples. Exageradamente dramático. Surpreendentemente encantador!


por Fernando

Baseado na obra de "A Mulher do Viajante do Tempo", de Audrey Niffenegger, nos trás a bela história de amor entre uma garota qualquer e um homem, que é aparentemente normal, a não ser por um pequeno detalhe, ele viaja constantemente no tempo. O grande conflito do filme é esse, como um amor, por mais forte que seje, pode superar as idas e vindas e os constantes desencontros de uma paixão eternamente instável.

Henry De Tamble (Eric Bana) vive dessa maneira inusitada, quando menos espera, está em outro lugar em outra época. Descobriu esse seu "dom" aos seis anos de idade em um acidente de carro, onde segundos antes do acontecimento, ele desaparece, deixando sua mãe morrer drasticamente. Naquele momento, ele havia viajado no tempo, pela primeira vez e desde então nunca parou. Era apenas uma criança, evitar aquele acidente era impossível, esse seu poder lhe salvou a vida, mas vive com a mágoa de mesmo podendo viajar no tempo, simplesmente não consegue mudar a rumo de nenhuma história, não podendo, de forma alguma, voltar atrás e salvar a vida de sua mãe.

Tenta viver da melhor forma possível, por mais difícil que isso seja. Do nada, ele viaja, seu corpo desaparece e surge em outro ambiente, sem roupas, logo, seu objetivo é caçar qualquer outra roupa, sendo preso constantemente. Ou seja, já não bastasse esse dom incontrolável, ainda tem que passar por essa humilhação.





Até que certo dia, ele encontra Clare Abshire (Rachel McAdams), uma talentosa artista plástica que diz conhecê-lo de outra época. E junto com ela, Henry vai recordando seus passos e descobrindo suas futuras viagens na vida da bela moça. Segundo ela, eles se conheceram no jardim da casa dela, ela era apenas uma criança, ele já era adulto, estava prestes a se casar, mal ela sabia que era com ela mesma, só que no futuro. O último encontro deles foi quando Clare era adolescente e finalmente se reencontraram novamente, mas agora eles decidem ficar definitivamente, esquecendo os obstáculos, suportando essa vida tão diferente das demais. Clare sempre foi completamente apaixonada por ele, desde criança esperou por esse momento.


Os dois se casam, numa divertida sequência, onde Clare acaba dividindo a cerimônia com Henry do presente e Henry do futuro. Ambos se envolvem completamente nessa loucura. Ele não para de viajar, algumas vezes se encontra com ela no passado, outras, com ela no futuro. Até que nessas idas e vindas incontroláveis, Clare se descobre nem tão forte assim, os anos vão passando, ela vai envelhecendo e ele viajando, é quando ela começa a refletir que é impossível viver dessa maneira, viver esperando por alguém que nunca chega, ou que some quando mais precisa, sem data para retorno. Outros conflitos surgem, como quando ela engravida, mas misteriosamente o feto desaparece, ela perde o filho, mas acaba engravidando o Henry do futuro que chega para sua felicidade e pela primeira vez, ele consegue mudar o rumo de algo. O problema maior é quando ambos chegam a conclusão que um Henry velho nunca surge, ou seja, o viajante do tempo não é eterno, e uma hora ou outra, quando menos esperarem, seu fim chegará.

Te Amarei Para Sempre, na minha opinião, foi vendido de maneira equivocada, alguém que chega no cinema e se depara com essa capa e com esse nome, acredita estar diante de um filme de romance e basicamente isso, sendo que "A mulher do Viajante do Tempo" descreve exatamente do que se trata o longa, não havendo futuras decepções, de alguém que esperava um filme de romance e se depara com uma história lunática e fantasiosa sobre viagens no tempo. Claro que se trata de romance, isso é óbvio, mas pode decepcionar aqueles que procuram por algo, digamos, mais realista.


O problema do longa de Robert Schwentke (Plano de Vôo) fica na simplicidade. É pequeno no formato, simples demais. Em nenhum momento ousa mais da história inusitada desse casal, os conflitos são resolvidos facilmente e rapidamente discutidos. O filme acaba e ficamos com a sensação de...faltou algo! A história é ótima, tenho que afirmar isso, me conquistou do princípio ao fim, porém poderia ter sido muito mais grandioso, com cenas mais bem elaboradas e diálogos mais profundos.

O roteiro é o forte do filme, uma história diferente sobre amor, mesclando de maneira delicada, fantasia e realidade. As cenas, por mais simples que sejam, tem ótimos visuais, a fotografia do longa é bela, assim como a trilha sonora, que acaba focando mais no instrumental.

Os atores estão bem em cena, principalmente Rachel McAdams. É linda, isso é inegável, mas sua beleza vai além de sua face, tem uma interpretação encantadora, tão suave e extremamente carismática. Eric Bana, sinceramente, nunca o vi tão a vontade em cena, ele que sempre aparenta ser imune de sentimento e expressões, me surpreendeu, parece que se entregou mais a esse personagem, se encaixou melhor, em alguns momentos, parecia estar se divertindo de verdade, o que trás uma segurança maior, logo, que sempre aparenta estar perdido nos filmes.


Recomendo, mesmo para aqueles que não curtam muito filmes de romance. É diferente. Não é nada ousado e nem tão original, mas é divertido. Há cenas que nos levam a uma verdadeira viagem, mergulhamos nessa louca fantasia. É preciso abrir a mente, deixar a imaginação bem fértil e se permitir viajar. Há clichês e frases feitas durante a projeção. Te Amarei Para Sempre é belo, encantador, emocionante em determinadas cenas, nos leva uma experiência divertida, onde várias situação inusitadas e de ótimo gosto nos são apresentadas. Um filme sobre o tempo e a velocidade que ele corre, achamos que tudo é eterno, mas tudo tem seu fim e quando menos esperamos, tudo aquilo que amamos se vai, perdemos, inclusive nossa vida, essa que é passageira e incontrolável.


NOTA: 8

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