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25/11/2021

Protesto veemente ao IST pela demolição da antiga gare do Arco do Cego

Exmo. Senhor Presidente do IST
Prof. Doutor Rogério Colaço


CC. PCML, AML, DGPC, Carris e media

Serve o presente para manifestarmos junto de V. Exa. a nossa estupefacção e apresentarmos um veemente protesto pela demolição da antiga gare da Carris do Arco do Cego, que se consumou ontem, naquela que foi até há uma semana um dos últimos redutos do Património Industrial e da Arquitectura do Ferro existentes na cidade de Lisboa, datando a sua construção de 1882, na antiga Quinta do Poço Caído (https://www.carris.pt/a-carris/historia/).

A nossa estupefacção prende-se com o facto de esta demolição ser promovida pelo Instituto Superior Técnico, enquanto promotor de um tal Técnico Learning Center, projecto que quando foi aprovado publicamente na CML, foi-o como indo "marcar a Cidade"; vemos agora que não o será, certamente, pelas melhores razões.

Consideramos indecoroso que aquilo que foi apresentado como um projecto de "reabilitacão e consolidação da edificação existente”, "a antiga Gare do Arco do Cego - um dos últimos exemplos de arquitetura industrial do final do século XIX" (https://www.lisboa.pt/atualidade/noticias/detalhe/um-projeto-que-vai-marcar-a-cidade), se resuma hoje a um monte de entulho resultante da demolição feroz daquela belíssima estrutura em ferro, marco histórico da cidade de Lisboa e que, recuperada, poderia envolver uma plêiade de actividades sem ter que passar por uma única demolição.

Consideramos caricato que, a serem verdade, as imagens virtuais do projecto que vai arrancar, (re)divulgadas no mês passado (http://innovationcenter.tecnico.ulisboa.pt/Apresentacao2020.pdf, https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/antiga-gare-do-arco-do-cego-vai-ganhar-nova-vida-797280#lg=1&slide=1 ), sejam as mesmas possíveis agora apenas com recurso a réplicas das construções que V.Exas. acabam de demolir.

Consideramos confrangedor que esta demolição seja promovida por uma instituição como o Técnico.

Lamentamos que a CML tenha cedido o direito de superfície ao IST, e a AML aprovado o mesmo em 2018, neste terreno camarário, com este resultado para a Cidade (proposta 057/CM/2018, https://www.am-lisboa.pt/301000/1/009234,000482/index.htm)

E lamentamos profundamente que, conforme indicado na ficha técnica do projecto (em anexo), haja arquitectos e especialistas em "salvaguarda de património" que pactuem com a destruição deste Património e, pior, ao lecionarem no IST um curso de arquitectura e procederem deste modo é um desprestígio para o ambos, curso e IST.

Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Fernando Jorge, Miguel Atanásio Carvalho, Jorge Pinto, Luís Mascarenhas Gaivão, Inês Beleza Barreiros, Rosa Casimiro, Gustavo da Cunha, Eurico de Barros, André Santos, Mafalda Magalhães de Barros, Helena Espvall, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Jorge D. Lopes, Fátima Castanheira, António Araújo, Paulo Lopes, Rui Pedro Barbosa, Maria do Rosário Reiche, Irina Gomes, Pedro Cassiano Neves, Martim Galamba, Alexandra Maia Mendonça, Rui Pedro Martins, Virgílio Marques, Miguel de Sepúlveda Velloso, João Oliveira Leonardo, Irene Santos, Gonçalo Cornélio da Silva

Fotos da demolição, in Vizinhos das Avenidas Novas

09/02/2017

Plano de Urbanização de Alcântara - Edifício principal da antiga fábrica Sidul (Alcântara) - pedido de esclarecimentos à CML


Exmo. Senhor Vereador
Arquitecto Manuel Salgado

C.C. PCML, AML, DGPC e media

No seguimento de notícias vindas a público alusiva à entrada para apreciação na CML de um projecto de urbanização da autoria do arq. Frederico Valsassina para os terrenos das antigas instalações fabris da Sidul, em Alcântara, e considerando o manifesto interesse patrimonial do edifício sito na Avenida da Índia, nº 30, praticamente o único edifício ainda existente do resto do completo industrial demolido há cerca de 15 anos, edifício, aliás, que foi considerado inicialmente como sendo um imóvel a manter no master plan (http://www.suakay.com/projecto.php?pid=230&sid=41&ssid=112) então concebido por Sua Kay para o mesmo local;

Constatamos que o edifício em causa, para além de não ser objecto de nenhuma cláusula de salvaguarda em Inventário Municipal, encontra-se num lote sob as directrizes do Plano de Urbanização de Alcântara onde apenas constam planos de construção nova.

Desta forma, solicitamos a V. Exa. que nos informe quais as intenções de facto da CML para este edifício, ou seja, se aprovou ou não a demolição integral deste notável edifício de arquitectura industrial, repetindo a má prática de há 15 anos. A nosso ver, a salvaguarda do edifício é perfeitamente compatível com a ideia de construção nova nos terrenos adjacentes tendo em consideração a ampla área do lote, que resultou das demolições já referidas. Seria lamentável que continuasse a destruir o já raro património industrial da cidade.

Assim, solicitamos que se façam os maiores esforços de V. Exa. e da CML no sentido da preservação do imóvel em causa.

Com os melhores cumprimentos


Filipe Teixeira, Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel Atanázio Carvalho, Miguel Lopes Oliveira, Inês Beleza Barreiros, Miguel de Sepúlveda Velloso, João Oliveira Leonardo, Fátima Castanheira, Júlio Amorim, Fernando Jorge, Beatriz Empis, Fernando Silva Grade

05/12/2016

Antico complesso industriale dei Tabacchi ("Tabaqueira") - Lisbona - Richiesta patrimoniale


Foto do Ruin'Arte

Gentile Sr. Arch. Renzo Piano,


in quanto cittadini preoccupati com il patrimonio della cittá di Lisbona, veniamo a contattarlo per sapere se l’antico complesso industriale dei Tabacchi ("Tabaqueira"), localizzato nella piazzetta denominata “Praceta da Tabaqueira"/rua da Matinha” (identificato dall’immagine in allegato) sia o meno parte del progetto Braço da Prata Housing Complex e, se cosi fosse, se é previsto cosa sará previsto per l’antico edifico industiale.

Ci piacerebbe vedere recuperato l’antico complesso ottocentesco dell’antica Fabrica Tabacchi, e non solo il suo padiglione centrale, come fu annunciato anni or sono. Questo oggetto, ormai visibile come una reliquia industriale potrebbe essere trasformato in un mercato, spazi per ristoro, del tutto simile a ció che giá si fá. Tutto questo sarebbe abbastanza necessario in quella zona di Lisbona.

Lo stato di degrado di quasi tutta la struttura metallica dell’edificio é evidente, e parte é pericolante, ma sappiamo che é possibile intevenire nella struttura sia rafforzando la struttura sia recuperandola.

Detto questo, ci appelliamo a lei, Sr. Arch. Renzo Piano caso il progetto dell’antica fabbrica dei Tabacchi di Lisbona faccia parte del complesso Braço de Prata, possa difendere il suo recupero in tutta la sua estensione e possa cosi dargli un uso piú dignitoso e contemporaneo.

I nostri piú distinti saluti

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Carlos Leite de Sousa, Júlio Amorim, Rui Martins, André Santos, Inês Beleza Barreiros, Jorge Santos Silva, Maria João Pinto, Fernando Silva Grade, Jorge Pinto, Fátima Castanheira, Maria Ramalho, Filipe Lopes, Paulo Dias Figueiredo, João Mineiro, Maria de Morais e Miguel Jorge

...

Exmo. Sr. Arq. Renzo Piano


Enquanto cidadãos preocupados com o património da cidade de Lisboa, vimos contactá-lo para sabermos se o antigo complexo industrial da Tabaqueira, sito na Praceta da Tabaqueira/ Rua da Matinha (identificado nas imagens em anexo), faz ou não parte do Braço de Prata Housing Complex e, se fizer, o que se está previsto para aquele conjunto fabril.

Muito gostaríamos de ver recuperado na íntegra o ainda belo complexo oitocentista da antiga Fábrica Tabaqueira, e não só o seu pavilhão central, como foi anunciado há anos. Gostaríamos de ver esta ainda relíquia industrial transformada, quem sabe, num magnífico mercado com espaços de restauração e estufas, à semelhança do que se faz por esse mundo afora e algo que se torna cada vez mais necessário naquela zona de Lisboa, e viável do ponto de vista económico.

Reconhecemos o estado de degradação da quase generalidade da estrutura metálica do conjunto fabril da Tabaqueira, parte dela inclusive em pré-colapso, mas também sabemos que é possível o seu reforço estrutural bem como a sua recuperação integral.

Apelamos, por isso, ao Sr. Arq. Renzo Piano para que, caso a Tabaqueira pertença à zona de implantação do Braço de Prata Housing Complex, a recupere em toda a sua extensão e lhe dê um uso condigno e contemporâneo.

Melhores cumprimentos

13/10/2016

MAIS UMA MEMÓRIA DE ALCÂNTARA VAI DESAPARECER


Alcântara foi em tempos não muito distantes um local onde se concentravam muitas fábricas que produziam os mais diversos produtos, desde bolachas a azulejos ou lâmpadas. Tais fábricas chamaram população que ali se estabeleceu e deu colorido e vida à Alcântara fabril. Hoje, já nada disso existe. As fábricas foram desaparecendo.

Assistimos agora ao fim da Fábrica de azulejos Ideal, há muito desactivada, e assim Alcântara e Lisboa ficam mais pobres.

Pinto Soares

20/06/2016

Antigo pólo industrial em Lisboa dá lugar a "uma das maiores incubadoras da Europa"


In Público (17.6.2016)
Por INÊS BOAVENTURA

«"Até ao final do ano", o presidente da Câmara de Lisboa quer ter concluído o plano que definirá os usos da Ala Sul da Manutenção Militar, que foi cedida pelo Estado por 50 anos. Medina garante que o património industrial será totalmente preservado. [...]».

...

Faço votos e figas para que tudo dê certo e que o silicon valley do Beato ajude a recuperar, preservar, dignificar e dar o uso compatível que o valiosíssimo património industrial da ala sul da Manutenção Militar MERECE!

09/02/2015

Sobre a n/recente visita à Estação do Rossio, aqui fica este belo artigo do Público:



In Público
Por ALEXANDRA PRADO COELHO (Texto) e JOÃO CATARINO (Ilustração)

«Estação do Rossio, Lisboa : Antes chegava-se a Paris, hoje chega-se a Sintra

No final do século XIX a Estação Central era o terminus do famoso Sud-Express, que ligava Lisboa à capital com que todos sonhavam: Paris.

Olhamos para um edifício milhares de vezes, distraidamente, e não pensamos como, um século antes, os nossos bisavós olhavam para ele de uma forma totalmente diferente. Não há como olhar hoje para a Estação do Rossio, na Baixa de Lisboa, e pensar que está ali a nossa ligação ao mundo. Porque, de facto, não está. Daqui parte-se para Sintra.

Mas no final do século XIX era desta Estação Central — o nome continua lá, desenhado sobre a porta principal — que, a partir de 1891, partia o célebre Sud-Express, que levava os passageiros até à Gare de Orsay (nos anos 30 podia-se mesmo ir de Paris até ao Estoril).

“Tornou-se moda ir a Paris. A gente ‘chic’ e até os pelintras ajanotados emigravam uma vez cada ano”, conta um texto assinado por Rocha Martins e publicado na Gazeta dos Caminhos-de-Ferro já nos anos 30, recordando como décadas antes tinha sido uma excitação para os lisboetas ganhar, num local tão central como o Rossio, “aquela estação magnífica e seus comboios luxuosos e velozes”.

Estamos, portanto, em Lisboa 2015. São dez da manhã e um grupo grande de pessoas reúne-se junto ao Teatro Nacional D. Maria II para, a convite do Fórum Cidadania Lisboa, e com visita guiada, a pretexto do Ano Europeu do Património Industrial e Técnico, conhecer melhor a Estação Central. Jorge Custódio, especialista em arqueologia industrial, convida-nos a olhar para a estação, do outro lado da rua, e também para o Hotel Avenida Palace, ao lado, e recorda como os dois são, na realidade, um conjunto — e, apesar dos estilos diferentes, da autoria do mesmo arquitecto, José Luís Monteiro.

Se a fachada da estação parece vir de um século muito mais longínquo, o seu interior é totalmente século XIX e um exemplo da arquitectura do ferro em voga nesse tempo

A estação foi inaugurada em 1890. A construção foi rápida, em apenas quatro anos o largo conhecido como Camões, que ali existia, desapareceu. Anteriormente, segundo o relato de Rocha Martins, havia no local “o prédio do duque de Cadaval a um lado, para trás o pátio da caçada do Duque, a cerca da Misericórdia, o pátio do Penalva, e, junto do palácio ducal, uma casa de D. Francisco de Assis de Almeida com oito janelas de frente como a do outro grande fidalgo”. E por detrás, “onde ia romper-se o túnel” eram os Recreios Withoyne, local muito popular na cidade, com os seus espectáculos de circo.

Mas Lisboa tinha pressa em modernizar-se e tudo isto desapareceu para dar lugar à estação, com a sua fachada de estilo neomanuelino, em cima o medalhão com a efígie do rei D. Luís I, e em baixo, ao centro, uma estátua na qual muitos tentaram ver D. Sebastião, mas que, tudo indica, representa apenas a figura de um jovem pajem. Se observarmos as grandes janelas centrais, adivinhamos no interior uma sala imponente (desta vez não houve autorização para a visitar) — era a Sala do Rei, onde o monarca esperava a chegada do comboio, ou onde recebia as individualidades que viajavam até Lisboa.

Para quem estiver atento, apesar das muitas modificações que sofreram, os edifícios continuam a tentar contar-nos a sua história. Jorge Custódio convida-nos a atravessar a avenida e a olhar a fachada lateral do Hotel Avenida Palace, inaugurado quatro anos depois da estação, e que servia de apoio aos viajantes trazidos pelos comboios. Era aí a porta principal do hotel, virada para a avenida. Hoje, entre as colunas, instalou-se um “Espaço Emprego”, e já ninguém entra para o hotel por aqui. Olhando para a fachada, vemos duas estátuas, que Jorge Custódio identifica como Vulcano e, possivelmente, Atena, a data de 1892, um misterioso relógio sem ponteiros, dois imponentes leões alados, e um brasão com um conjunto de letras entrelaçadas: Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses.

Entramos para o hall do Avenida Palace — que inicialmente se chamou Hotel Terminus — pela porta do lado oposto, virada para a lateral da estação, e no interior, por entre os reposteiros vermelhos e as decorações douradas, e sob o impressionante tecto de vitral, reencontramos várias vezes os mesmos leões alados e letras entrelaçadas, prova dessa relação próxima que no século XIX havia entre o hotel e a estação (a célebre porta que ligava os dois, e que se diz ter sido utilizada por espiões instalados no hotel durante a II Guerra Mundial, está actualmente fechada).

E se a fachada da estação parece vir de um século muito mais longínquo, o seu interior é totalmente século XIX e um exemplo da arquitectura do ferro em voga nesse tempo — e, sublinha Jorge Custódio, ainda muito próxima do que era originalmente. Ao fundo surge o túnel que muito impressionou os lisboetas quando foi construído. São 2613 metros, o mesmo comprimento da Ponte 25 de Abril.

E não há melhor forma de terminar este texto do que citando novamente Rocha Martins na Gazeta dos Caminhos-de-Ferro: “Bem merece um novo artigo este túnel que talvez um dia não seja utilizado. Quando a Companhia dos Caminhos de Ferro construir a sua nova estação, que nos dizem ser em Entrecampos, o túnel das nossas travessias não passará de uma recordação. E quantos, ao evocarem-no, não verão os deslumbramentos de Paris, aonde chegaram tendo aquela treva por início de viagem à cidade da luz!”»

02/02/2015

Dar uma 2ª oportunidade à Torrefacção Lusitana (Bairro Alto) em Ano Europeu do Património Industrial e Técnico


Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. António Costa,
Exmo. Senhor Vereador do Urbanismo
Arq. Manuel Salgado


C.C. DGPC, AML, JF

Em "Ano Europeu do Património Industrial e Técnico", iniciativa do Conselho da Europa (http://www.industrialheritage2015.eu/), somos a solicitar a atenção de V. Exas. para o edifício da antiga Torrefacção Lusitana, sito na Rua Nova do Loureiro, de que anexamos imagens e sobre o qual foi aprovado pela CML (por delegação de competências) um projecto de ampliação em 2008, conforme plantas também em anexo.

Independentemente das considerações patrimoniais, urbanísticas, estéticas e afectivas então tecidas por nós acerca deste projecto, sem que tenhamos tido sucesso junto da CML e do IGESPAR (ex. as medidas preventivas decorrentes da classificação do Bairro Alto como IIP e a protecção ao Chafariz da Rua do Século, o legado industrial, etc.), e chegados a 2015, decorridos 7 (sete) anos sobre essa aprovação, solicitamos a V. Exas. esclarecimento sobre se a referida aprovação não terá já caducado, tal como os direitos adquiridos então pelo promotor, que, recorde-se, colocou à venda os apartamentos do futuro edifício, antes até da construção avançar.

Nesse sentido, solicitamos igualmente V. Exas., que nos esclareçam sobre se a CML já intimou o proprietário a fazer as necessárias obras de manutenção do edifício em causa , e se será possível à CML encetar negociações com o mesmo de modo a que seja encontrada outra solução para a antiga Torrefacção Lusitana, que não passe pela ampliação do edifício existente nem por construção nova a tardoz (quiçá pela compensação ao promotor de créditos de construção para outro local da cidade), permitindo à cidade dignificar a herança industrial em causa, corrigindo erros de um passado não muito longínquo [ex. demolição da Fábrica de Chocolates Favorita (Sapadores), alteração irreversível e ilegal da antiga engomadoria Ramiro Leão (Pena) e demolição de uma série de armazéns e antigas unidades industriais no eixo Boavista-Alcântara], recolocando o município em sintonia com os objectivos da iniciativa do Conselho da Europa e no trilho das boas-práticas internacionais no que se refere à arqueologia industrial.

Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Pedro Henrique Aparício, Maria do Rosário Reiche, Júlio Amorim, Luís Marques da Silva, Rui Martins, Virgílio Marques, Alexandre Marques da Cruz, Beatriz Empis, Irene Santos, João Oliveira Leonardo, Miguel de Sepúlveda Velloso, Vítor Vieira, Nuno Caiado e Alexandre Pereira da Silva

05/12/2007

«Falar Lisboa», dia 13 de Dezembro, pelas 20h, na Casa da Juventude da Galiza

Trata-se de mais uma iniciativa dos amigos dos ORPRURB-Ofícios de Reabilitação do Património Urbano, desta vez dedicada à Arqueologia Industrial em Lisboa». Eis o programa:

«O próximo Falar Lisboa, será na quinta-feira 13 de Dezembro, na Casa da Juventude da Galiza, na Rua Júlio de Andrade, nº 3, às 20h00 como é habitual.

Terá por tema “A Arqueologia Industrial em Lisboa” pelo Presidente da APAI, Dr. Raul Vital, e vamos também falar de vários assuntos que nos preocupam:
 O relato da entrega da Petição contra as demolições da Baixa de Coimbra;
 Frente Ribeirinha;
 Largo do Rato: o atentado;
 Praça do Comércio;
 Os problemas da habitação em Lisboa e da Reabilitação;
 A agressão ao património edificado da restauração e ao património gastronómico;

Solicitamos confirmação das inscrições até 12 de Dezembro de 2007, pois há que reservar sala e refeições atempadamente, de forma a evitar eventuais contratempos.

Lembramos que os contactos deverão ser efectuados para os telemóveis seguintes: 933 476 949 – Drª. Gabriela Carvalho ou 917 320 602 – Arq. Filipe Lopes, ou ainda por email – arquitecto.lopes@gmail.com. O preço do jantar é de 16 €uros por pessoa.»

27/09/2007

DEMOLIÇÃO: Engomadoria Ramiro Leão



A antiga Engomadoria da Fábrica Ramiro Leão, na Travessa da Pena, 13-15 foi totalmente demolida em meados deste ano. Deste interessante equipamento fabril - ligado a uma família tão relevante para a história industrial de Lisboa - nada resta para além de algumas cantarias e colunas de ferro fundido. A família Ramiro Leão vivia no Palacete mesmo em frente. O terreno serve agora, num típico pragamatismo sem remorso lisboeta, de parque de estacionamento de tom "selvagem".
Não sei mais pormenores desta demolição que fez desaparecer mais um imóvel significativo para a cidade. Alguns moradores afirmam que a demolição foi ilegal e que a obra de construção do novo prédio de habitação colectiva de "luxo" está embargada; outros dizem que o IPPAR não aprovou a demolição e por essa razão tudo se complicou; também me contaram que toda a maquinaria original que existia no interior foi levada pela Divisão de Museus da CML antes do início dos trabalhos de demolição. Um morador contou que até lhe vieram as lágrimas aos olhos quando assistiu à destruição brutal deste edifício tão importante para a história da freguesia da Pena. Tanto o Palacete Ramiro Leão como as fachadas da Fábrica e da Engomadoria estão incluídos no Inventário Municipal do Património - PDM, em FREGUESIA 24 - PENA:

24.64 (Antigo) Palacete Ramiro Leão / Vila Serra, 1
24.65 (Antiga) Engomadoria Ramiro Leão (fachada) / Trav. da Pena
24.87 (Antiga) Fábrica Ramiro Leão (fachada) / Trav. da Pena (acesso)
Se contarmos com a Fábrica de Chocolates Favorita, na Penha de França, já lá vão dois imóveis que estavam classificados no PDM de Lisboa. É caso para os munícipes perguntarem, "Para que serve o Inventário Municipal do Património"?
Alguém sabe a verdade, detalhes sobre este demolição/obra?