Mostrar mensagens com a etiqueta mainside. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta mainside. Mostrar todas as mensagens

12/10/2018

Adaptação do Desterro a hotel com construções novas nas antigas olarias - pedido de esclarecimento ao PCML


Ex.mo Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina


C.C. AML, JF Arroios e VMS

Constatada a existência de um projecto de adaptação do antigo Hospital do Desterro a hotel, divulgado no site do arq. Samuel Torres de Carvalho (https://www.stc-arquitetura.com/project/148-Hotel-in-Desterro), afigura-se-nos como inexequível o projecto anunciado anteriormente pela CML e que dizia respeito à adaptação daquele imóvel a um projecto de índole cultural pela empresa Mainside (https://ocorvo.pt/novo-polo-cultural-no-antigo-hospital-do-desterro-talvez-so-mesmo-no-final-de-2018/)

Acrescentamos que já decorrem medições técnicas nos logradouros dos prédios limítrofes, designadamente naqueles com traseiras confinantes ao Pátio das Indústrias, o que nos faz antever que o novo projecto de hotel implicará a construção de um edifício novo ao longo do Pátio das Indústrias e de estacionamento subterrâneo, e, como tal, a destruição do que resta das antigas e históricas olarias (Olarias do Desterro) que ali existiram, e que a CML deveria ter classificado de interesse municipal oportunamente.

Nada nos move contra a adaptação do Desterro a hotel, desde que tal não implique a destruição da “velha Lisboa” e novas construções como a que agora se prevê ao longo do Beco das Indústrias, que nos parece forte e desnecessariamente intrusiva, apesar de nos parecer ser mais premente e oportuno, tendo em conta até o facto de o edifício ser do Estado, a garantia de uma componente de habitação a custos controlados.

Solicitamos a V. Exa. que confirme publicamente esta situação, ou seja, que confirme se o futuro do Desterro passa agora pela sua adaptação a hotel e pela construção de um novo corpo no Beco das Indústrias, em vez do “pólo cultural” anunciado, se o promotor se mantém e qual o regime de concessão que está agora previsto, uma vez que o Desterro é propriedade do Estado.


Melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Rui Martins, Virgílio Marques, Júlio Amorim, Jorge Pinto, Gonçalo Cornélio da Silva, Helena Espvall, António Araújo, Fernando Silva Grade, Fátima Castanheira, Irene Santos, Miguel de Sepúlveda Velloso

Fotos em anexo: Arquivo Municipal, blogs Lérias e Velharias, e Os Dias em Voam

23/08/2016

Afinal o Desterro continua abandonado e estropiado...


Foi em 2014 que se prometeu que na Primavera de 2016, o antigo Hospital do Desterro reabriria como centro de várias coisas, desde alojamento a medicinas alternativas, artes e tutti quanti. Pois estamos no final do Verão de 2016 e nem obras há quanto mais artes e ofícios e pensionato. Parou tudo, se é que alguma vez começou, a não ser a clássica remoção de caixilharias de madeira e as habituais tropelias sob a forma de escavações e descobertas que sempre compõem belos powerpoints. Ali, está tudo assim, como dantes ou pior, mais valia as infecto-contagiosas, como fotografou Gonçalo Gouveia, aquando da sua visita no âmbito da Open House:

N.B. Mais fotos AQUI.

25/03/2015

Pólo criativo no antigo Hospital do Desterro só abre ao público em 2016


In O Corvo (25.3.2015)
Por Samuel Alemão

«Com abertura inicialmente prevista para o final de 2013, o projecto imobiliário que dará nova vida ao antigo Hospital do Desterro apenas deverá abrir portas no início de 2016. A informação foi dada ao Corvo pela promotora, a empresa Mainside, que está neste momento a receber e a analisar propostas de parceria para a utilização do amplo espaço situado junto ao Intendente, área a atravessar um processo de reabilitação urbana. Ou seja, se tudo correr bem, abrirá ao público cerca de três anos após a assinatura da parceria entre a imobiliária a Câmara Municipal de Lisboa e a estatal Estamo, detentora do imóvel.

Quando o projecto foi tornado público, em Maio de 2013, anunciou-se a instalação de “um território experimental aberto a Lisboa e ao mundo, onde será possível habitar e trabalhar numa cela, cultivar uma horta urbana, frequentar um clube, almoçar num refeitório ou assistir a uma aula, entre muitas outras experiências desenvolvidas por várias empresas e organizações”. A ideia surgiu integrada no processo de requalificação do eixo compreendido entre a Mouraria e a Praça do Chile, iniciado nesta década e que tem a Avenida Almirante Reis como elemento de ligação. Foi então acordado que a antiga unidade de saúde, encerrada em 2006, teria a sua exploração entregue à empresa Mainside, promotora do projecto LX Factory, em Alcântara.

Os prazos começaram a deslizar, porém, na sequência dos primeiros trabalhos de limpeza e demolições realizados no velho complexo hospitalar. A Mainside terá querido proceder a algumas alterações de vulto, nomeadamente relacionada com os vãos e com a retirada da caixilharia em madeira das janelas do grande edifício. Operação que terá levado a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) a intervir, por temer uma alteração significativa das características essenciais do edifício. Além disso, surgiu também um impasse relacionado com o melhor destino a dar aos antigos espaços comerciais existentes entre as paredes do velho quarteirão. [...] A responsável da Mainside lança um horizonte temporal mais impreciso para a inauguração do novo centro – que terá quatro eixos essenciais: alojamento; restauração; um centro de produção com oficinas; e um local para a prática de terapias alternativas –, para que não se corra o risco de haver uma derrapagem nos prazos. E que, por essa razão, não é tão claro como a informação avançada ao Corvo por um porta-voz da Parpública, entidade que gere as participações estatais em empresas. “O espaço deverá entrar em funcionamento no primeiro trimestre de 2016”, esclareceu por email.

Na mesma informação escrita, é referido que o projeto “implicou estudos prévios que concluíram que ele não se poderia circunscrever apenas à parte do Hospital do Desterro propriamente dito, como estava inicialmente previsto”. Pelo que “o programa foi aumentando e acolhendo as alterações que o conhecimento aprofundado de todo o espaço exigiram”. “Em consequência, elaborou-se um projeto de licenciamento que já deu entrada na Câmara Municipal de Lisboa, onde aguarda aprovação”, adianta a mesma fonte. [...] »

29/10/2014

Reabilitação do antigo Hospital do Desterro está parada e sem data para avançar


In Público/LUSA (28.10.2014)
Por MARISA SOARES

«Empresa responsável pelas obras aguarda respostas "fundamentais" da Estamo, mas garante que o projecto "continua em desenvolvimento". Previsão inicial apontava para a inauguração no final do ano passado.

As obras de reabilitação do antigo Hospital do Desterro, em Lisboa, para o transformar num espaço cultural, estão paradas e não há prazo previsto para a sua conclusão, disse à Lusa fonte da Mainside, um dos promotores do projecto.

A Câmara de Lisboa, a Estamo (empresa que gere património imobiliário do Estado) e a Mainside (empresa promotora da Lx Factory, em Alcântara) assinaram em Maio de 2013 um protocolo, "tendo em vista a reabilitação e reutilização do Hospital do Desterro", que passará a ser um "território experimental aberto ao mundo".

Em Novembro passado, fonte da Mainside disse à Lusa que as obras deveriam estar terminadas antes do Verão deste ano – em Maio tinha dito ao PÚBLICO que a inauguração do espaço poderia acontecer no final do ano. O edifício foi já alvo de limpezas e de algumas demolições, mas entretanto os trabalhos pararam. A empresa está agora a "aguardar respostas por parte da entidade proprietária do espaço, a Estamo, para dar continuidade aos trabalhos de obra". "Respostas [que são] fundamentais para o normal andamento do processo", acrescentou a empresa, em resposta escrita à Lusa.

"No que respeita a prazos, no momento não conseguimos dar uma indicação de datas concretas", informou. A empresa garantiu que o projecto "continua em desenvolvimento" e que, "apesar do compasso de espera dos trabalhos de obra, o conceito tem evoluído e está cada vez mais forte e coerente".

Em 2013, "foi realizado um conjunto de obras enquadradas numa primeira fase de trabalhos que visavam uma limpeza do espaço e algumas demolições de elementos que não faziam parte do edifício original do Mosteiro de Nossa Senhora do Desterro, nomeadamente acrescentos sem valor patrimonial resultantes das necessidades de uso hospitalar", acrescentou.

Em Maio do ano passado, o presidente da Mainside revelou que o investimento para a primeira fase era de um milhão de euros. "Depois avaliaremos a segunda fase", disse na altura José Carvalho, referindo, ainda, que a concessão daquele espaço é de dez anos e que poderá ser prolongada.

O Hospital do Desterro, antigo convento, foi uma unidade de referência nas áreas da urologia e dermatologia, até ser desactivado em 2006. O edifício foi vendido à Estamo por 9,24 milhões de euros. Através do protocolo assinado com aquela empresa e a Câmara de Lisboa, a Mainside propôs transformá-lo num “território experimental aberto ao mundo”, numa "grande escola, um campus de conhecimento", virado para os lisboetas e para quem visita a capital.

Tal como o PÚBLICO noticiou em Maio de 2013, será possível “habitar e trabalhar numa cela (no sentido figurado, já que as antigas celas do convento deram lugar a quartos de hospital)”. Os visitantes poderão também cultivar uma horta urbana, frequentar um clube de discussão, almoçar num refeitório comunitário ou assistir a aulas ou workshops, “entre muitas outras experiências desenvolvidas por várias empresas e organizações”, segundo uma nota da autarquia.»