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25/03/2013

Terreno da Feira Popular em Lisboa vale 100 milhões de euros mas está abandonado


In Público Online (25/3/2013)
LUSA «A Feira Popular de Lisboa fechou em Outubro de 2003 e desde então o terreno que ocupava, em Entrecampos, com um valor estimado em 100 milhões de euros, está ao abandono. Após dez anos marcados por avanços e recuos polémicos, ainda não há uma decisão sobre o futuro do espaço.

Os antigos edifícios do parque de diversões estão em ruínas e cheios de graffiti, no terreno há lixo e mato a crescer. Uma chapa de metal cobre uma abertura no muro, mas é possível entrar por ali, como muitos têm feito. O espaço é hoje poiso de toxicodependentes e, mesmo em pleno dia, há casos de prostituição masculina, descreveu à Lusa a presidente da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, Idalina Flora.

Pontualmente, parte do terreno volta a acolher equipamentos de diversão ou tendas de circo, que ali se instalam sobretudo em épocas festivas, mas o espaço perdeu o brilho de antigamente.

Contactado pela Lusa, um promotor imobiliário da ERA - Avenidas Novas, Rui Ferreira, estimou que o terreno, com 100 mil metros quadrados, tenha um valor entre os 90 e os 110 milhões de euros, tendo por base um custo por metro quadrado entre os 900 e os 1100 euros. O valor do terreno depende de vários factores, nomeadamente a localização, o projecto para o local e a rentabilidade que pode proporcionar. [...]

Quando a Feira Popular abriu para a última temporada, a 28 de Março de 2003, a Câmara de Lisboa, então presidida por Pedro Santana Lopes (PSD), tencionava criar um novo parque de diversões, mais moderno - na época, a feira estava envelhecida e degradada - e reabilitar o Parque Mayer. [...]

No ano passado, o Tribunal Central Administrativo declarou nula a permuta entre a Câmara de Lisboa e a empresa Bragaparques. Autarquia e empresa recorreram e continua a aguarda-se a decisão do Supremo Tribunal Administrativo sobre a posse do terreno. [...]

Em 2008, o Ministério Público calculou que estes avanços e recuos já tinham custado, até então, mais de 40 milhões de euros ao município, entre taxas que ficaram por receber, investimento em projectos e indemnizações.[...]»

19/11/2009

Teotónio Pereira considera que igreja do Restelo é uma aberração

In Público (19/11/2009)
Por Ana Henriques


«Um dos autores do plano de urbanização do bairro do Restelo, Nuno Teotónio Pereira, considera “uma aberração” a igreja que ali começou a ser construída na terça-feira. Para este arquitecto, a gravidade do caso deveria levar a Câmara de Lisboa a mandar parar a obra e a exigir outro projecto.

Autor do plano de urbanização do Restelo defende que a obra tem de ser travada

Desenhada pelo arquitecto Troufa Real, a nova igreja do Restelo inclui uma torre de cem metros de altura em forma de minarete e uma paleta cromática ousada, com paredes pintadas de dourado, vermelho, verde e cor-de-laranja. O edifício tem, num dos lados, a forma bojuda de um barco assente numas cornucópias que imitam ondas, numa alusão à época dos descobrimentos.

Autor de várias igrejas – uma das quais, a do Sagrado Coração de Jesus, em Lisboa, classificada como monumento nacional –, Teotónio Pereira não tem dúvidas sobre a obra que está a nascer no Restelo: “Ofende de forma muito grave a paisagem urbana e os princípios basilares da arquitectura contemporânea.”

No seu entender, o projecto está completamente desenquadrado do conjunto urbano que planeou juntamente com Nuno Portas, nos anos 70, e, se for por diante, vai descaracterizar toda a encosta que se estende até ao rio. “Pela sua dimensão excessiva para as necessidades do local e pelo seu custo, nunca acreditei que fosse construído”, admite. “E, do ponto de vista da arquitectura religiosa, parece-me um completo disparate. A arquitectura das igrejas deve pautar-se pela pureza de formas e pela beleza”.

“Espanta-me por isso que o patriarcado e a própria câmara tenham consentido na sua construção”, prossegue. “A câmara deveria estar vigilante e defender os interesses da cidade”.

Movimento de opinião

Teotónio Pereira ressalva que lhe custa estar a criticar a obra de um colega – até porque partilha do princípio de que a liberdade de criação dos arquitectos não deve ser limitada. “Mas, perante este caso, não posso ficar em silêncio”, observa. “Devia formar-se um grande movimento de opinião para impedir esta obra”.

O PÚBLICO tentou perceber os meandros da aprovação deste projecto, cujos passos decisivos foram dados nos mandatos de João Soares e de Santana Lopes. Mas a consulta do respectivo processo camarário não foi esclarecedora. Tentámos, igualmente, chegar à fala quer com Troufa Real, quer com a vereadora de Santana Lopes que aprovou o projecto de arquitectura, Eduarda Napoleão, sem sucesso. Igualmente infrutíferas foram as tentativas para obter declarações por parte do actual vereador do Urbanismo, o arquitecto Manuel Salgado.

Em 2007, a propósito da escultura de Rui Chafes que o escritório de advogados de José Manuel Júdice colocou em frente à sua sede, na Avenida da Liberdade, o presidente da autarquia, António Costa, mostrou-se de acordo com uma sugestão do PCP para a constituição de uma comissão municipal de estética. Este organismo serviria para evitar a profusão de “mamarrachos”. A comissão, que de resto se destinava apenas à arte pública, acabou por não vingar.

Processo pouco claro

Apesar do seu exotismo, o projecto da igreja de Troufa Real para o Restelo foi apreciado pelos técnicos camarários como se de outro qualquer se tratasse. Não há, no processo consultado ontem pelo PÚBLICO na Câmara de Lisboa, qualquer referência dos técnicos nem à torre de cem metros, nem tão-pouco às cores a usar ou ao facto de a igreja ter a forma de um barco com ondas por baixo. Os funcionários apenas repararam em questões menores, como o número de lugares de estacionamento ou as taxas de construção a pagar pela igreja à autarquia. E estas, no valor de 198 mil euros, foram perdoadas, dada a finalidade da obra.»

...

AVANCEM!

09/04/2009

PSD defende que processo de edifício para o Rato tem dados falsos e deve ser anulado

In Público (9/4/2009)
Ana Henriques

«Altura de prédios à volta foi "empolada" no projecto entregue à câmara, diz vereadora. Arquitectos respondem que aprovação seria dada na mesma


O processo para a construção de um edifício de grandes dimensões junto ao Largo do Rato, em Lisboa, deve ser anulado, porque os dados entregues pelos projectistas à câmara no pedido de licenciamento do projecto são falsos no que à altura dos prédios circundantes diz respeito, defende a vereadora do PSD Margarida Saavedra.

Já os autores do projecto, Manuel Aires Mateus e Frederico Valsassina, dizem não ver razões para tal desconfiança e alegam que, seja como for, os elementos postos em causa por Margarida Saavedra nem sequer foram tidos em conta na apreciação do projecto.
A promotora imobiliária Aldinis viu há dez meses a Câmara de Lisboa negar-lhe a licença de construção do imóvel de sete andares, destinado a apartamentos, depois de, em 2005, os sociais-democratas que governavam a autarquia terem viabilizado o projecto. Uma situação que levou a Aldinis a ameaçar processar o município, o que não fez até agora. Frederico Valsassina mostra-se admirado por Margarida Saavedra voltar com o tema à baila nesta altura: "Para mim, o assunto está encerrado. Não falamos com o proprietário [do terreno] há meses. Esse assunto morreu, já não tem interesse". Mas Diogo Jardim, ligado à promotora imobiliária, diz que a empresa tenciona mesmo avançar para tribunal para fazer valer o que entende serem os seus direitos.
Numa carta enviada recentemente ao presidente da câmara, António Costa, a vereadora do PSD expõe as suas objecções. Nos desenhos que os dois arquitectos entregaram nos serviços camarários, a altura dos imóveis que circundam o terreno destinado ao novo edifício foi "empolada", de forma a que este último aparentasse ser mais pequeno do que realmente é, defende. A autarca diz que, depois de ter recorrido aos serviços de um topógrafo, chegou à conclusão de que o muro do Palácio Palmela, por exemplo, onde está instalada a Procuradoria-Geral da República, aparenta nos desenhos de Valssassina e Aires Mateus ter cerca de 9,5 metros na sua altura máxima, "quando tem, de facto, 7,06 metros, o que equivale a uma distorção superior a 30 por cento".
O mesmo acontece, no seu entender, com a representação do chafariz do Rato, embora em menores proporções. No caso do alinhamento da nova construção com o edifício Ventura Terra, mesmo ao lado, há também um problema: "A cota de alinhamento permitida é de 18,26 metros, mas a altura do novo edifício é de 19,80 metros". Consequências? "Para alinhar com o edifício do lado o novo imóvel teria de ter menos um piso".
Anular processo
"Perante isto, a câmara deve anular todo o processo", argumenta Saavedra. Mas qual é a relevância disso depois da recusa da autarquia em autorizar o início das obras? A vereadora responde que a questão impede o promotor imobiliário de vir a alegar em tribunal direitos adquiridos em 2005, aquando da aprovação do projecto, uma vez que essa aprovação se baseou em dados errados. "A única hipótese que tem o promotor é deitar o projecto para o lixo e fazer outro", observa. A Aldinis está ligada a Diogo Vaz Guedes, ex-dirigente da Somague.
Aires Mateus desvaloriza as objecções de Saavedra. Depois de explicar que as cérceas dos edifícios contíguos à nova construção foram confirmadas pela sua equipa junto da câmara, acrescenta que a lei apenas impõe que na apreciação do projecto sejam levadas em conta as alturas dos edifícios que estejam na sua continuidade - Alexandre Herculano e Rua do Salitre. Ora os exemplos a que alude a vereadora, como o palácio Palmela e o chafariz, já estão noutras artérias, "pelo que, segundo a lei, não entram nestas contas", nota.
Apesar de o terreno não ser camarário, o PSD continua a defender a criação de um jardim no local.»

05/08/2008

Lapa, quem te viu e quem te vê (10)



Rua das Praças, Nº 21, 25 e 27

Foi deferido em 2005, por Eduarda Napoleão, um pedido de informação prévia para ampliação de mais um piso e 'remodelação' de interiores.

27/06/2008

Av.República (e imediações) à espera do fim (49)


Rua Latino Coelho, Nº 93

Prédio com os dias contados, já que o pedido de demolição entrado na CML (Proc. 970075/EDI/2003), foi deferido em 20/2/2004.

Av.República (e imediações) à espera do fim (38)


Avenida Praia da Vitória, Nº 43-47

Sobre este pequeno prédio existe um projecto de construção (Proc. 960006/EDI/2002), aprovado ao tempo de Eduarda Napoleão (26/8/2003), que ainda não foi avante, vá-se lá saber porquê...

25/06/2008

Av.República (e imediações) à espera do fim (34)


Avenida Miguel Bombarda, Nº 25 e 27

Para estes dois pequenos prédios gémeos está reservada a foice, desde 2002, altura em que foi aprovado projecto de construção de conhecida e omnipresente imobiliária (Proc.960168/EDI/2002). Contudo, o projecto de demolição (970182/EDI/2004) ainda está em apreciação, vá-se lá saber, talvez preso nas malhas da burocracia, não da vontade férrea em dizer 'não'.

Av.República (e imediações) à espera do fim (32)


Avenida Miguel Bombarda, Nº52

Esta é de bradar aos céus: demolição total do edifício, sem apelo nem agravo, segundo o 'especialista'. Proc. 2276/EDI/2005 (ainda em apreciação), para dar lugar a um outro, entretanto aprovado em 2004 (Proc.1413/EDI/2004 ... e também 'em apreciação').

Av.República (e imediações) à espera do fim (27)


Avenida Elias Garcia, Nº 60-62

Juntamente com o Nº 46, tem projecto aprovado para demolição e construção nova, com contenção de fachadas.

24/06/2008

Av.República (e imediações) à espera do fim (23)


Avenida dos Defensores de Chaves, Nºs 5-7-9

Três prédios, o mesmo fim: demolição e construção nova. Eduarda Napoleão deu luz verde em Dezembro de 2004.

Av.República (e imediações) à espera do fim (22)


Avenida dos Defensores de Chaves, Nº 16

Projecto de demolição aprovado, pela excelentíssima Srª Vereadora, em 2002.

22/01/2008

Eduarda Napoleão com critérios distintos para casos similares

In Diário de Notícias (22/1/2008)
PAULA SANCHEZ

«A vereadora do Urbanismo durante o mandato de Pedro Santana Lopes na Câmara Municipal de Lisboa, Eduarda Napoleão, terá usado dois pesos e duas medidas na apreciação de operações urbanísticas que obrigavam à existência de planos de pormenor ou de urbanização.

Depois de indeferir projectos de loteamento apresentados por diversos promotores, com a fundamentação da exigência de daqueles planos de nível inferior ao PDM, Eduarda Napoleão acabou por dar a sua concordância aos projectos de loteamento desenhados para Entrecampos e para a Feira Popular, no âmbito do negócio estabelecido entre uma sociedade ligada à Bragaparques (a Parque Mayer) e a Câmara Municipal de Lisboa. (...)»