Começou hoje - FINALMENTE - a limpeza dos graffiti na fachada da Sé de Lisboa. Estavam lá desde o final de Setembro. Hoje, 3 meses depois, os técnicos iniciaram os trabalhos. Esperemos que da próxima vez as autoridades responsáveis pela salvaguarda deste Monumento Nacional sejam mais rápidos a resolver o problema. Demorar 3 meses não é aceitável!
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21/12/2010
02/12/2010
29/07/2008
Graffiti em Londres: "Some simple measures to reduce the likelihood of an attack"
A propósito do post sobre a falta de soluções para os graffiti em Lisboa, "Soluções de outras paragens", divulgo aqui as respostas de Londres, mais precisamente, do Borough of Kensington and Chelsea o mais populoso do Reino Unido:
SOME SIMPLE MEASURES TO REDUCE THE LIKELIHOOD OF AN ATTACK:
-Remove graffiti where possible from your own property. Graffiti removal products and advice are available free from the Council.
-Removing it quickly will reduce the likelihood of further attacks. The Council will remove it for you if you are unable to do it yorself.
-Good quality polyurethane gloss paint is easier to clean than other surfaces.
-Cleaning with white spirit or other paint removers might be possible.
-Mid colour paints instead of very light or very dark will be less attractive to the graffiti vandals.
-Trellis, climbing plants or murals on wall will discourage graffiti.
-Security measures should be used where possible to prevent acess to your property.
-Help keep your area free of graffiti once the Council has removed it.
Graffiti is a crime we are all paying for as mindless vandals damage our property and destroy our high quality urban environment. Help us tackle the problem in our borough.
Graffiti is a criminal damage and should be reported to your local police station. You could get a reward of up to L 1000 for information leading to the conviction of graffiti vandals.»
Graffiti is a crime we are all paying for as mindless vandals damage our property and destroy our high quality urban environment. Help us tackle the problem in our borough.
Graffiti is a criminal damage and should be reported to your local police station. You could get a reward of up to L 1000 for information leading to the conviction of graffiti vandals.»
Fonte: panfleto disponível em vários locais de Kensington & Chelsea (como já todos sabemos, nenhuma destas medidas implementadas em Londres existem em Lisboa... o nosso atraso é quase total)
Foto: graffiti na fachada lateral da Sé de Lisboa (se a capital não consegue retirar um graffiti destes num dos seus monumentos mais importantes... que maior prova poderemos ter da falta de soluções, respostas a este problema?)
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31/03/2008
Plano de Urbanização vai ser discutido pela Câmara em Abril
In Público (29/3/2008)
«Catedral de Lisboa e condomínio de luxo continuam no plano para a zona ribeirinha oriental
A nova Catedral de Lisboa e o condomínio de luxo de nove hectares e 500 habitações, "Jardins de Braço de Prata", irão sobreviver à revisão do Plano de Urbanização para a Zona Ribeirinha Oriental da cidade (PUZRO). A garantia foi dada à Lusa pelo vereador do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa, Manuel Salgado, que admitiu que a primeira peça do PUZRO será levada a sessão camarária no prazo de um mês.
"O que houve foi ajustamentos a todos esses projectos para lhes dar uma outra coerência", explicou Manuel Salgado, acrescentando que "nem tudo deve ser homogéneo". "A encosta que está imediatamente sobranceira ao rio pode justificar ter uma percentagem de habitação mais alta do que de serviços. Já o eixo da Marechal Gomes da Costa é claramente uma área para actividades económicas e a zona em torno da futura estação do TGV deve ter uma relação de 50/50", detalhou.
A versão original do PUZRO foi "chumbada" pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo, por incluir demasiada habitação - em causa estavam a "quase exclusividade do uso habitacional", sem promover a multifuncionalidade e a instalação de actividades económicas, os índices de ocupação, cuja análise não era "clara nem conclusiva" e os impactes da área portuária no tecido urbano, entre outros aspectos -, considerando também que "a estratégia definida para a área de intervenção face ao estabelecido no Plano Director Municipal" não estava fundamentada.
A catedral, que deveria ser implementada num terreno de 15 mil metros quadrados ocupando parte da antiga Fábrica de Gás da Matinha, e o condomínio de 500 habitações "Jardins de Braço de Prata", da autoria do arquitecto italiano responsável pelo Centro Pompidou em Paris, Renzo Piano, eram os principais projectos do plano original, concluído em 2005 durante o mandato de Pedro Santana Lopes.
O primeiro PUZRO - que defendia uma mudança do uso industrial que dominou a zona nos séculos XIX e XX, para um cenário que consagrava a habitação como função principal daquela área - previa que a área de cinco quilómetros que se estende entre Santa Apolónia e a fronteira dos municípios de Lisboa e Loures passasse a albergar mais do triplo da população em relação a 2001 (48.313 habitantes, em vez dos então 15.428 residentes), e um número máximo de alojamentos de 16.800, face aos 2053 imóveis existentes na altura, dos quais só cerca de metade tinham função habitacional.
Entre os objectivos programáticos salientavam-se a modernização e reconversão das actividades industriais, instalação de pólos de indústrias de conteúdos, requalificação das áreas habitacionais, com eliminação das habitações degradadas, melhoria das acessibilidades e criação de condições para o rejuvenescimento e diversificação social da população residente.
"O que precisamos é de ter um documento que dê lógica e coerência a toda essa intervenção e é isso que pretendemos ter pronto dentro de um mês", sintetizou o vereador do Urbanismo. Lusa »
Ao projecto de Rezno Piano, acho-o fabuloso e uma mais-valia indiscutível para aquela zona, sob todos os pontos de vista.
Já à catedral, tenho as minhas dúvidas, não só quanto ao projecto (sempre é Niemeyer?), mas, essencialmente, se faz sentido termos uma catedral ali, nos tempos que correm, mas enfim.
«Catedral de Lisboa e condomínio de luxo continuam no plano para a zona ribeirinha oriental
A nova Catedral de Lisboa e o condomínio de luxo de nove hectares e 500 habitações, "Jardins de Braço de Prata", irão sobreviver à revisão do Plano de Urbanização para a Zona Ribeirinha Oriental da cidade (PUZRO). A garantia foi dada à Lusa pelo vereador do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa, Manuel Salgado, que admitiu que a primeira peça do PUZRO será levada a sessão camarária no prazo de um mês.
"O que houve foi ajustamentos a todos esses projectos para lhes dar uma outra coerência", explicou Manuel Salgado, acrescentando que "nem tudo deve ser homogéneo". "A encosta que está imediatamente sobranceira ao rio pode justificar ter uma percentagem de habitação mais alta do que de serviços. Já o eixo da Marechal Gomes da Costa é claramente uma área para actividades económicas e a zona em torno da futura estação do TGV deve ter uma relação de 50/50", detalhou.
A versão original do PUZRO foi "chumbada" pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo, por incluir demasiada habitação - em causa estavam a "quase exclusividade do uso habitacional", sem promover a multifuncionalidade e a instalação de actividades económicas, os índices de ocupação, cuja análise não era "clara nem conclusiva" e os impactes da área portuária no tecido urbano, entre outros aspectos -, considerando também que "a estratégia definida para a área de intervenção face ao estabelecido no Plano Director Municipal" não estava fundamentada.
A catedral, que deveria ser implementada num terreno de 15 mil metros quadrados ocupando parte da antiga Fábrica de Gás da Matinha, e o condomínio de 500 habitações "Jardins de Braço de Prata", da autoria do arquitecto italiano responsável pelo Centro Pompidou em Paris, Renzo Piano, eram os principais projectos do plano original, concluído em 2005 durante o mandato de Pedro Santana Lopes.
O primeiro PUZRO - que defendia uma mudança do uso industrial que dominou a zona nos séculos XIX e XX, para um cenário que consagrava a habitação como função principal daquela área - previa que a área de cinco quilómetros que se estende entre Santa Apolónia e a fronteira dos municípios de Lisboa e Loures passasse a albergar mais do triplo da população em relação a 2001 (48.313 habitantes, em vez dos então 15.428 residentes), e um número máximo de alojamentos de 16.800, face aos 2053 imóveis existentes na altura, dos quais só cerca de metade tinham função habitacional.
Entre os objectivos programáticos salientavam-se a modernização e reconversão das actividades industriais, instalação de pólos de indústrias de conteúdos, requalificação das áreas habitacionais, com eliminação das habitações degradadas, melhoria das acessibilidades e criação de condições para o rejuvenescimento e diversificação social da população residente.
"O que precisamos é de ter um documento que dê lógica e coerência a toda essa intervenção e é isso que pretendemos ter pronto dentro de um mês", sintetizou o vereador do Urbanismo. Lusa »
Ao projecto de Rezno Piano, acho-o fabuloso e uma mais-valia indiscutível para aquela zona, sob todos os pontos de vista.
Já à catedral, tenho as minhas dúvidas, não só quanto ao projecto (sempre é Niemeyer?), mas, essencialmente, se faz sentido termos uma catedral ali, nos tempos que correm, mas enfim.
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Catedral,
projecto Renzo Piano
29/03/2007
Empresa deu terreno que não era seu para catedral
In Diário de Notícias (29/3/2007)
Luisa Botinas e Paula Sanchez
«A Gesfimo, empresa que gere o fundo imobiliário Fimes Oriente, recebeu, em Novembro de 2006, da Câmara de Lisboa, a primeira luz verde para a urbanização de 84 mil metros quadrados nos antigos terrenos da Petrogal, em Cabo Ruivo. Mas um ano antes, a empresa do Grupo Espírito Santo, embora só fosse detentora de um contrato-promesa assinado com a Inland, de Filipe Vieira, já se tinha comprometido com a câmara e o Patriarcado de Lisboa a ceder uma parcela de terreno para a construção da catedral da capital. (...)»
Esta, como outras, gostava que Santana Lopes explicasses aos fregueses do Café Nicola, logo à noite. Mas como se prevê que os cabelos oxigenados à pressa transformem uma palestra numa sessão da Igreja Maná, tenho dúvidas. Saravá, Arqº Niemeyer, que o seu nome foi usado em vão!
Luisa Botinas e Paula Sanchez
«A Gesfimo, empresa que gere o fundo imobiliário Fimes Oriente, recebeu, em Novembro de 2006, da Câmara de Lisboa, a primeira luz verde para a urbanização de 84 mil metros quadrados nos antigos terrenos da Petrogal, em Cabo Ruivo. Mas um ano antes, a empresa do Grupo Espírito Santo, embora só fosse detentora de um contrato-promesa assinado com a Inland, de Filipe Vieira, já se tinha comprometido com a câmara e o Patriarcado de Lisboa a ceder uma parcela de terreno para a construção da catedral da capital. (...)»
Esta, como outras, gostava que Santana Lopes explicasses aos fregueses do Café Nicola, logo à noite. Mas como se prevê que os cabelos oxigenados à pressa transformem uma palestra numa sessão da Igreja Maná, tenho dúvidas. Saravá, Arqº Niemeyer, que o seu nome foi usado em vão!
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