
Quando ouvi a primeira instrução sobre a importância da respiração longa, serena e constante ao mergulhar, me senti em casa. Que delícia será esse curso de mergulho! - pensei. Só que no yoga a gente respira absolutamente pelo nariz. Quem disse que consegui anular o nariz e acionar somente a boca? A coordenação interna falhou várias vezes, e eu me vi engolindo boa parte da água clorada da piscina de treinamento. COF COF COF
Surgiu, naturalmente, o medo de encarar a situação com 18 metros de água pesando acima da cabeça. “O medo é natural e saudável. Só não podemos deixar que ele nos domine”, explicou o instrutor. Sábias palavras? Ui.
O mergulho é um esporte de aventura sofisticado. Requer o manejo de uma parafernália de equipamentos que nos deixa claustrofóbicos, precisamos aprender a fazer cálculos da quantidade de nitrogênio a ser inalada e sobre como identificar e evitar narcose (a embriaguez das profundezas), doenças descompressivas, furo de tímpano, embolia pulmonar, subidas de emergências (etc etc etc), enquanto você, na verdade, só quer ver peixinhos, curtir e meditar ao som do borbulhar de sua respiração.
Enfim, neste sábado estarei em Paraty (com lua cheia!) para iniciar oficialmente a trajetória carlinística de
open water diver.

Parênteses: como é bom o desafio de aprender algo completamente novo!
Fotos: autoretrato matinal e o peixinho solitário do Blogwaw