Auto-Retrato Desenho a sanguínea |
1880-1954
André Derain nasceu em Chatou, perto de Paris. Em 1900, tornou-se amigo de Maurice de Vlaminck, e os dois pintores compartilharam um estúdio em Chatou. Ficaram impressionados com uma exposição de Van Gogh, que visitaram em 1901, e formaram uma ramificação importante do movimento Fauve, a qual se tornou realidade em 1905. Nesse ano, Derain pintou com Matisse em Collioure e expôs no Salon des Indépendants e no Salon d’Autonne. Em 1905 e 1906, visitou Londres e pintou assuntos impressionistas com cores brilhantes e sem mistura dos Fauves. De 1906 até ao início da primeira guerra mundial, Derain manteve-se em contacto íntimo com Picasso e Braque. O seu Banhistas, de 1906 revela interesse pela arte primitiva de formas simplificadas inspiradas por Cézanne. Derain não acompanhou os amigos no cubismo, mas até 1910 efectuou experiências com o tratamento do tipo bloco da paisagem de Cézanne. Mais tarde diria: “Não me apego a qualquer princípio, excepto o da liberdade, mas a minha ideia de liberdade consiste em que ela deve relacionar-se com a tradição.”
De 1914 a 1919, Derain esteve no exército, onde produziu máscaras e rostos feitos de cápsulas de granadas. Uma exposição dos seus trabalhos foi elogiada por Apollinaire em 1916. Em 1921, visitou Roma, onde pintou uma série de retratos e nus monumentais. Ao longo da década de 30, pintou esses assuntos e também naturezas mortas e paisagens e, em 1924 um estranho Pierrot e Arlequim. O seu estilo variava, mas ainda revelava admiração por Rousseau, Chardin, Corot e Courbet.
Em 1937, proporcionaram-lhe uma exposição retrospectiva no Salon des Indépendents. Até morrer, continuou a pintar paisagens, naturezas mortas e figuras com diferentes graus de naturalismo. Giacometti afirmou: “Ele apenas queria fixar uma pequena parte do aspecto das coisas, a aparência maravilhosa, atraente e desconhecida daquilo que nos rodeia.”
Charing Cross Bridge, 1906 Óleo sobre tela, 81 x 100 cm Museu d’Orsay, Paris |
Natureza Morta, 1921-1922 Óleo sobre tela, 87,2 x 124,5 cm Art Gallery of New South Wales, Sydney, Australia |
Estrada para o Castelo Gandolfo Óleo sobre tela, 62,5 x 50,80 cm Hermitage, Saint Petersburg, Russia |
Arvoredo, 1912 Óleo sobre tela, 116,5 x 81,30 cm Hermitage, Saint Petersburg, Russia |
Cliffs, 1912 Óleo sobre tela, 60,5 x 81 cm Hermitage, Saint Petersburg, Russia |
Banhistas, 1907 Óleo sobre tela, 132,10 x 195 cm Hermitage, Saint Petersburg, Russia |
Ponte de Londres, 1906 Óleo sobre tela, The Museum of Modern Art, New York City |
Auto-Retrato, 1903 Óleo sobre tela, 42,20 x 34,60 cm National Gallery of Australia, Canberra |
Arredores de Chatou, 1904-1905 Óleo sobre tela, 54,20 x 65,20 cm Museu Thyssen-Bornemisza, Madrid, Espanha |
Retrato de Henri Matisse, 1905 Óleo sobre tela, 46 x 35 cm Tate Gallery, Londres |
Ponte sobre Riou, 1906 Óleo sobre tela, 82,60 x 101,60 cm Moma, Nova Iorque |
O Cavaleiro do Cavalo Branco, 1905 Óleo sobre tela, 45,90 x 37,90 cm National Gallery of Australia, Canberra |