quinta-feira, 10 de agosto de 2006

AGOSTO - 2006 - LAÍS R. LIMA

LAÍS  RODRIGUES  de  LIMA

QUEM  ÉS  TU,  LEITOR ?

Quem és tu, que não sabes quem és,
De onde vieste e para onde hás de ir,
E, no mundo horroroso em que estás
Não consegues em paz nem dormir ?
      Quem és tu, que andas falto de amor,
      Alegria. saúde e bondade,
      Neste mundo de tanto amargor,
      Presunção, fingimento e maldade ?
Quem és tu, bom leitor, que te sentes
Cá na terra um rebelde exilado,
E com pena dos pobres carentes,
Vives triste, sem fé, revoltado ?
      Quem és tu, que persistes sonhando
      Com um mundo melhor, mais fraterno,
      E a ti mesmo perguntas, curioso:
      - Quem sou eu ? Quem sou eu neste inferno ?

domingo, 9 de julho de 2006

JULHO - 2006 - F.F. de ARAÚJO

FRANCISCO  FERNANDES  DE  ARAÚJO

ROSA  AMARELA

O poeta ama a rosa,
E a transforma em mulher,
Pra cantá-la em verso e prosa,
Namorá-la como quer...
      No jardim de tantas flores,
      Dentre todas a mais bela,
      O maior de meus amores
      É uma rosa amarela...
É de ouro a sua cor,
Rara jóia preciosa,
Nada existe igual à flor,
Se amarela for a rosa...
      Essa rosa é poesia,
      Tem imagem meiga e doce.
      Que me deixa com mania
      Como se eu abelha fosse...







sexta-feira, 7 de julho de 2006

JULHO - 2006 - MARILZA

MARILZA  PEREIRA  CALSAVARA

PRECE  AO  SOL
MEU  AMIGO  SOL

Tu que aqueces o solo com teu calor,
E faz germinar a semente,
És o símbolo da prosperidade,
E da abundância.
      Que a tua luz sempre me ilumine.
      Que o teu brilho me faça sempre brilhar.
      Que o teu calor sempre me aqueça.
      Que a tua força sempre me faça forte.
Que o teu poder se instale em mim.
Que a tua energia circule pelo meu corpo.
Que os benefícios que trazes para a humanidade,
Façam-me benéfico a todos que me cercam.
                     NAMASTÊ !

domingo, 25 de junho de 2006

JUNHO - 2006 - ANANIAS


ANANIAS  BATISTA  FONTES

AOS  PROFESSORES

Ao mestre dedicado e incansável,
À professora amável que te ensina,
Rendamos gratidão inquebrantável
Pela missão que tanto nos fascina.
      Ao longo dos anos, mesmo assim, afável,
      No augusto sacerdócio que domina
      Com paciência e devoção notável,
      O mestre e a mestra têm unção divina.
Avante, professores, no ideal
De semear conhecimento e luz,
Levando pois, verdade por fanal,
      Na caminhada santa, ascencional,
      Em cujos frutos sempre se traduz:
      Missão sublime, nobre, magistral !

quarta-feira, 10 de maio de 2006

MAIO - 2006 - VIDAL


F.  VIDAL  RAMOS

M A R C A S  !

Deixamos tantas marcas nos caminhos
Que percorremos num trilhar de dores,
Quando arrastando a noite de pavores,
Levávamos andores só de espinhos...
      Deixamos tantas marcas nos caminhos
      Na busca inútil de jardins e flores,
      À espera eterna de um viver de amores,
      Na eterna espera de um pisar de arminhos...
Hoje que o tempo se desfaz em nada,
Quando a rosa do ideal, despetalada,
É a derradeira dor que nos restou,
      Quero apagar as marcas do passado,
      Para que um outro alguém, mais abençoado,
      Pise, feliz, onde esta dor pisou...

domingo, 23 de abril de 2006

ABRIL - 2006 - L. BADARÓ

LOURDES  BADARÓ

DONA  SOLIDÃO

Chegou, bem de mansinho, silenciosa
E adentrou, sem convite, em minha vida;
Logo estendeu-me a mão branca e sedosa,
Num gesto de piedade comovida...
      Era pálida, fria e tão formosa,
      Acenou-me, a sorrir, com a paz perdida
      E com uma existência venturosa
      Onde a dor ficaria sem guarida...
Eu que exgotara a taça de amargura,
Longe do amor, sem ter felicidade,
Acreditei na estranha criatura !
      E, fascinada, sem hesitação,
      Aspirando o perfume da saudade,
      Iludida, abracei a Solidão !...

quarta-feira, 15 de março de 2006

MARÇO - 2006 - N. ARDITO

NEI  ARDITO

ROSA  DE  PRATA

Nada mais resta
neste fim de festa.
Apenas a dor sentida
de uma ilusão perdida.
Fim de festa...
Caminho só,
levando o que me resta.
Na mão,
a rosa de prata
que me deste
como prêmio de consolação.
Só, terrivelmente só,
neste fim de festa,
caminho para a porta,
com uma rosa de prata,
um coração ferido,
e uma ilusão já morta.