sexta-feira, 10 de maio de 2002

MAIO - 2002 - Dulcinéa-Laís-J.Rodrigues-Arita

LAÍS  RODRIGUES  de  LIMA

ASPIRAÇÃO

Que o Cristo possa estar dentro de mim,
Agora e sempre, pra me conservar;
Que possa estar, também, atrás de mim,
Ativo vigilante a me guardar !
      Que possa estar, com Seu amor sem fim,
      Acima de mim a me abençoar,
      Pra que na terra eu seja sempre assim
      E a Sua imagem possa retratar !
Para me defender, fique ao meu lado,
Como audaz militar, fiel soldado,
Evitando-me toda tentação...
      E à minha frente, pra me conduzir
      No Seu caminho, até que eu possa vir
      A ser igual a Ele em perfeição !...



JEHOVAH  AMARAL

PRECONCEITO

Um amor que teve se chamava Vera,
E é o amor primeiro que nos marca tanto,
Ela tinha tudo o que de bom se espera,
Tudo quanto dela lhe trazia encanto.
      Por ela ser sua prima isso nada altera,
      Tem sonhos tumultuados, cálidos, entretanto
      Aínda lhe parece vê-la tal como era,
      Isso o entristece levando-o quase ao pranto.
Longe, separados, nem mesmo a distância
Fará ele esquecer tal beleza e fragrância,
E por toda vida ela será lembrada.
      A quem tão delicada nos gestos e na fala
      O seu pai quadrado o impediu desposá-la,
      Porque PRIMA VERA, para ele, é de florada.

quinta-feira, 11 de abril de 2002

ABRIL - 2002 - F. VIDAL RAMOS

F.  VIDAL  RAMOS

POR  TEU  AMOR

Por teu amor eu me afastei de Deus !
Eu que era meigo, simples e bondoso,
Pela mentira dos carinhos teus,
Fiz desta vida um antro pavoroso !
      Por teu amor eu me afastei de Deus !
      O meu destino, outrora luminoso,
      Hoje me leva ao mundo dos ateus,
      E a um futuro sombrio e tenebroso !
Hoje vagando ao léu, sem rumo ou norte,
Sei que me espera após a negra morte,
Todo o mal que este louco amor me fez !
      Mas eu sinto, no horror desta ferida,
      Que se me fosse dada uma outra vida,
      Eu te amaria... por segunda vez !




ARISTIDES  NUCCI

N Ò S

Quem é você ? E eu quem sou ? Quem somos ?
Duas almas simples: uma incompreendida,
Outra querendo, no pomar da vida,
Colhêr talvez, os intangíveis pomos.
      Eu sou aquele ser triste e mesquinho.
      Você é aquele ser cheio de ardor
      Simbolizando a pétala da flor,
      Enquanto eu simbolizo triste espinho.
E nossas almas pairam, devaneando,
No zênite azulado da quimera
Enquando o dealbar da Primavera
Nem bem se mostra e já se vai findando.

terça-feira, 19 de março de 2002

MARÇO - 2002 - S.LANDINI

SIDNEI  LANDINI

AMOR, AMOR, AMOR...

Bendita sejas tu, bendito o dia
Em que te vi, de luz ataviada,
Quando subias, linda, pela escada,
Acompanhando o tom da melodia.
      E ficou nosso o canto, a sinfonia
      A evoluir na sala, como fada
      A enfeitiçar a tudo e enfeitiçada
      Estivesse a cantar a cotovia !
E no ar dançava um conto de desejo
Quando roubei o teu primeiro beijo,
E outros furtei, depois, em noites calmas...
      E a música a cantar, cantava assim:
      " Amor, amor, amor... Nasceu de mim,
      Nasceu de ti, nasceu de nossas almas..."

domingo, 10 de março de 2002

MARÇO - 2002

CAMILO  GUIMARÃES

G Ê N E S I S

A criativa forma da unidade
A razão do universo consolida,
E o Criador confirma a eternidade
E a eternidade justifica a vida.
      É o momento supremo da vontade
      De uma energia universal sentida,
      O mundo exurge em luz, plasma a verdade
      De uma nova existência concebida.
A razão sente o assombro do mistério
Do equilíbrio dos astros no hemisfério,
Na cadência vital de um mesmo rito.
      A natureza, de arrebóis em festas,
      Se encanta de oceanos e florestas
      E o tempo toma a forma do infinito.





LOURDES  BADARÓ

FELICIDADE

Miragem que persigo já cansada,
De tanto sofrimento e desencanto,
Sentindo na alma a aridez do nada
E fluir, dos meus olhos, triste o pranto...
      Nunca incessante busca malograda,
      Vivi delírios por querer-te tanto,
      Acenavas fugindo em minha estrada,
      O teu mistério cheio de quebranto.
Eu te julgava errante aventureira
E ansiei por ti a minha vida inteira
Sem nunca encontrar-te de verdade...
      Tu não eras longínqua fantasia,
      Eras a minha sombra... eu não te via
      Seguindo os passos meus, Felicidade !

terça-feira, 26 de fevereiro de 2002

FEVEREIRO - 2002 - JAEL e CÉLIA PAULINO

JAEL  LEME  C.  de  ARAÚJO

ENCANTAMENTO

A brisa passa tão sutil...
E contemplo o céu azul.
As brancas nuvens deslizando...
Com o sol sempre a brilhar,
Em nossos campos verdejantes.
Os pássaros cantam alegremente,
O rio vai deslizando lentamente...
E com o doce murmúrio das águas,
Meu coração bate em harmonia.
Eu vou, entrando em fantasia...
E extasiada, por tanta beleza
Das maravilhas da natureza,
Me lembro de um ser tão... "superior"
Que tudo fez, com muito amor !
E ao "autor" do Encanto da Vida,
Me curvo feliz... e agradecida !...





CÉLIA  PAULINO  SILVA

S I L Ê N C I O

Em um breve silêncio, seu corpo dormia,
Mãe do amor eterno, deste mundo se despedia,
Por um caminho Azul e Rosa ao céu subia;
      Era manhã de verão,
      Uma leve chuva branca das nuvens ali caia
      Mãe, querida, já não mais sorria.
Rosto de Paz e Serenidade,
Entre uma multidão seguia
Deixando lembranças e muitas saudades.
A chuva branca e transparente,
Margarida já não mais sentia.
      A sua nova morada que não conhecia,
      Em lágrimas e orações, uma nova flor
      Ali nascia junto a Deus e a Luz Divina
      Mãe, eternamente Mamãe.
     

quarta-feira, 23 de janeiro de 2002

JANEIRO - 2002



CÁRMEN  G.  PEDROSO

ONDE  ESTÁS ?

Procurei-te nas estrelas,
na lua, no universo inteiro.
Andei pelos lindos jardins
e nem lá eu te encontrei.
Procurei-te nos vales e montes
e desesperada chorei.
Procurei-te tanto...tanto...
E cansada adormeci.
Ao acordar,
encontrei-te nos meus braços,
apenas através
do doce perfume da saudade !
Sofri, e sofri demais,
pois na minha vida
jamais havia encontrado
alguém como tu !




SAMUEL  LISMAN

MAIS  NADA

Rosa, que podes dar-me ?
Perfume e mais nada.
Vento, que podes dar-me ?
Brisas e mais nada.
Amor, que podes dar-me ?
Tudo e mais nada.

terça-feira, 25 de dezembro de 2001

DEZEMBRO - 2001


JOÃO  BAPTISTA  MUNIZ  RIBEIRO

NOITE  DE  PAZ

Noite de paz, bordada de magia,
Num dadivoso céu cor de granito,
Que torna o amor um canto de harmonia,
Na divina pureza do infinito !
      Enquanto vibram sonhos de alegria,
      Deus leva paz ao coração aflito,
      E as chagas doloridas alivia,
      Num momento mais doce e mais bendito.
O viver em ternura resplandece,
O vento se transforma em leve brisa
E o mar bravio a um lago se parece,
      E a noite em seu encanto reproduz
      O toque de clarim do anjo que avisa :
      Nasceu a redenção... nasceu Jesus !





MAURO  SAMPAIO

RESSURREIÇÃO

No silêncio absoluto
A trombeta soará portentosa.
E todos se prostrarão
Ante a Sagrada Cruz
Onde resplandecerá o Senhor.