quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Amizade - Jael Leme Cardoso de Araújo


Amizade é um sentimento
Que vai crescendo devagar...
E guardamos no momento
Cada imagem, cada olhar.

Vai se expandindo de repente,
Sem saber onde termina.
Em cada gesto se estende
O impulso que domina.

É uma palavra doce e pura
É um simples aperto de mão...
É um olhar de ternura
Que penetra o coração!

Em nossas vidas guardamos,
Bem dentro de nosso ser
E com carinho conservamos
Para nunca fenecer!

Como é bom estarmos unidos
Com cada amigo e cada irmão...
Com nossos braços sempre estendidos
Para aconchegá-los ao coração!

Vamos fechar com chave de ouro
Esses bons momentos de emoção
E com um abraço duradouro
Fortalecer mais, a nossa união!


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Jael Leme Cardoso de Araújo

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

O Semeador de Palavras - Coletânea em Homenagem a José Luiz Pires


Presidente da Casa do Poeta de Campinas JOSÉ LUIZ PIRES é o autor  homenageado na 
20ª  ANTOLOGIA INTERNACIONAL DE POESIAS, CONTOS E CRÔNICAS 
“O SEMEADOR DE PALAVRAS” . 
Antologia com textos em Português, Espanhol e Italiano 
Academia Internacional de Artes, Letras e Ciências 'A Palavra do Século 21' - ALPAS 21, teve lançamento dia 14/11/2014 às 16 h no Memorial do Rio Grande do Sul
Rua Sete de Setembro, 1020 Praça da Alfândega
Centro Histórico – Porto Alegre – RS


A CASA DO POETA DE CAMPINAS PARABENIZA SEU PRESIDENTE, PELA HOMENAGEM 



José Luiz Pires

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Pedido - João Baptista Muniz Ribeiro


Venha tirar de mim esta tristeza,
Esta tristeza infinda que dói tanto
Esta mágoa profunda que traz pranto
A um coração coberto de incerteza.

Venha acalmar a febre com seu canto,
Com seu canto repleto de beleza,
Trazer-me à alma um pouco de pureza,
De doce paz e de cativo encanto.

Tente ajudar-me um pouco mais que nada,
Par esquecer a estrada mal traçada
Que percorri com meus cansados passos

E levar-me de volta, enquanto posso,
Aquele lar que sempre foi o nosso
E rever-me de novo nos seus braços.  

João Baptista Muiniz Ribeiro - Presidente de Honra Perpétuo da Casa do Poeta de Campinas com esposa e filhas



segunda-feira, 10 de novembro de 2014

LUTA - Eunice Rodrigues de Pontes






Luta
 
"Luta, a palavra vibrante que levanta 
 os fracos e determina os fortes".

 Cora Coralina










 "Não chores meu filho, / Não chores, que a vida
  É luta renhida, viver é lutar. / A vida é combate,
  Que os fracos abate, / Que os fortes, os bravos, 
  Só pode exaltar".
 Gonçalves Dias





Luta, uma constante na vida...
Muitas vezes quando menos se espera,
a vida surpreende, é preciso estar
sempre atento, ela pode desafiar.

É necessário reagir, não adianta fugir;
a vida está aí e com ela a eterna luta,
por vezes mais amena, porém feroz,
até atroz; em certas ocasiões, algoz.

Luta, está presente na vida de cada ser,
diariamente, mesmo que camuflada,
mas não se pode esmorecer; às vezes alada,
não importa em qual figura instalada.

Exige tenacidade e perseverança sem mais
tardança, não ingenuidade; é preciso combater,
não desistir de enfrentá-la; às vezes exige
renúncia; não se pode deixar por ela abater.

Luta, muitas vezes vã, renhida, enfim
sem guarida, tão sofrida que se chega
quase a desfalecer, porém mesmo
dura, não perdura; tudo tem seu fim.
  
Eunice Rodrigues de Pontes


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Ah! Sarah de Oliveira Passarella

Do filete vertical formam as quedas d’águas,
os espelhos aquáticos onde banham os Bem-te-vis
das minhas claras manhãs, porque poeta não tem
curriculum, tem inspiração...

Ah!...
Ah!... Se eu pudesse acordar tiritando
fustigada pela ventania
que me abre um véu no céu
e ver, no cimo dos montes,
o horizonte alaranjado,
e um radiante nascer do sol
que faz lembrar o seu sorriso
   
Ah!... Se eu pudesse pelos tórridos chãos,
cavalgar embevecida
ao encontro da felicidade

 nas serenas planícies de capim molhado
 e sentir o cheiro de estrume dos animais,
 matando a sede nas nascentes
 que murmuram no ar
 sons e cantigas do nosso amor.

 Ah!... Se eu pudesse ao entardecer na praia
 caminhar pela areia, ir ao encontro do grande amor
 e no enlevo molhado da brisa salobra
  me perder na contemplação da imensidão azulina
 e embalar nossas almas no doce balanço das ondas mar.

Ah!... Se eu pudesse, ao cricrilar dos grilos,
falar para a lua pelas nuances da noite
e contar-lhe como é dorido
ter calcinado nos pensamentos de outrora
um amor que nasceu ainda menino.
Poder provar de ti um beijo embora,
ainda que seja com sabor
do travo da silvestre amora.


Poema publicado na Antologia da Casa do Poeta de Campinas "A Voz da Inspiração VI" -2014  

Sarah de Oliveira Passarella

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Discurso de José Luiz Pires - Presidente da Casa do Poeta de Campinas



COMPONENTES DA MESA, CARÍSSIMOS CONFRADES E CONVIDADOS.

Vivo um tempo de imensa generosidade para com o meu nome.

Minha caminhada nesta lida literária é muito recente. Contudo, estou tentando me avigorar junto aos meios culturais e cívicos, no intuito de me inteirar de tão nobres movimentos.

Chego à presidência desta casa, onde carinhosamente fui acolhido.

Sinto o mesmo acanhamento quando pela primeira vez no ano de 2009 apresentei meus poemas ao sonetista campineiro e presidente perpétuo desta casa, João Batista Muniz Ribeiro.

Aos poucos fui conhecendo e me inteirando das carências culturais existentes na minha querida cidade de Campinas. Iniciei uma peregrinação por academias, bibliotecas e entidades cívicas. Quando acordei, estava envolvido tecnicamente, exercendo cargos administrativos e praticando o ativismo cultural em quase todas.

A partir do momento em que fui cientificado de que meu nome fora aprovado para presidência da Casa do Poeta de Campinas, ponderei muito com o meu bom Deus. E hoje posso lhes afirmar: consegui muito, diante do pouco que esperava e mereço.

São poucos os degraus que compõem minha escada literária, todavia, estão muito bem alicerçados pela amizade, dedicação e carinho de todos vocês!


Cheguei até está presidência por caminhos literários que, até Outubro de 2009, jamais imaginaria! 

Sinto-me honrado e emocionado neste momento. Ao mesmo tempo triste, pois me privei por longo tempo da amizade e convívio de pessoas brilhantes! 

Nossa classe literária é nômade por sua natureza e fertilidade poética, concebida em versos e inerente a formatações. 

Nossos poemas são cinzas de um corpo poético cremado em verdades, anseios e devaneios, na ânsia de vê-los espalhados por campos verdejantes e semeados em lugares inóspitos. 

Cultuemos, assim, a nossa Literatura. Ofereçamos a ela o que de mais puro possamos conceber. Somente com uma educação laboriosa nas escolas, no meio sociocultural, poder-se-á contar com resultados construtivos.

Um projeto literário é algo que não pode ficar na prateleira da nossa memória. Disseminação e comprometimento clamam ao vento e aos portais literários para que um dia possam escancarar suas janelas e portas.

Nossas crianças e muitos adultos carecem aprender conosco as lições de brasilidade poética, literária e cívica, que as tornarão grandes e úteis no seio da nossa sociedade. 

Durmo para viver e acordo para sonhar com as muitas e alheias vontades encarceradas.

Caríssimos confrades, desejo que todos vocês possam morrer vazios. Não guarde uma semente sequer que possa germinar durante sua vida literária.

Plante, plante, plante e deixe que colham, colham, colham... 

Que o Senhor nosso Deus, esteja sempre à frente das nossas jornadas. 

Que Ele continue sendo para nós em todo o sempre: 

‘O SEMEADOR DE PALAVRAS’!


José Luiz Pires
Presidente da Casa do Poeta de Campinas ( 2014-2017)