“Respondeu-lhes: – Já vo-lo disse e não
ouvistes; para que o quereis tornar a ouvir?” – João, 9:27.
É muito
frequente a preocupação de muitos religiosos, no sentido de transformarem os
amigos compulsoriamente, conclamando-os às suas convicções particularistas.
Quase sempre se empenham em longas e fastidiosas discussões, em contínuos jogos
de palavras, sem uma realização sadia ou edificante.
O coração
sinceramente renovado na fé, entretanto, jamais procede assim.
É
indispensável diluir o prurido de superioridade que infesta o sentimento de
grande parte dos aprendizes, tão logo se deixam conduzir a novos portos de
conhecimento, nas revelações gradativas da sabedoria divina, porque os
discutidores das más inclinações se incubem de interceptar lhes a marcha.
A resposta
do cego de nascença aos judeus argutos e inquiridores é padrão ativo para os
discípulos sinceros.
Lógico que o
seguidor de Jesus não negará em esclarecimento acerca do Mestre, mas se já
explicou o assunto, se já tentou beneficiar o irmão mais próximo com os valores
que o felicitam, sem atingir o alheio entendimento, para que discutir?
Se um homem
ouviu a verdade e não a compreendeu, fornece evidentes sinais de paralisia
espiritual. Ser-lhe-á inútil, portanto, escutar repetições imediatas, porque
ninguém enganará o tempo, e o sábio que desafiasse o ignorante rebaixar-se-ia
ao título de insensato.
Não percas,
pois, as tuas horas através de elucidações minuciosas e repetidas para quem não
as pode entender, antes que lhe sobrevenham no caminho o sol e a chuva, o fogo
e a água da experiência.
Tens mil
recursos de trabalhar em favor de teu amigo, sem provocá-lo ao teu modo de ser
e à tua fé.
Livro: Pão
Nosso, lição 37 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
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