“E disse: Pequei, traindo o sangue inocente.
Eles, porém, responderam: que nos importa? Isso é contigo.” – Mateus, 27:4.
A palavra da
maldade humana é sempre cruel para quantos lhe ouvem as criminosas insinuações.
O caso de
Judas demonstra a irresponsabilidade e a perversidade de quantos cooperam na
execução dos grandes delitos.
O espírito
imprevidente, se considera os alvitres malévolos, em breve tempo se capacita da
solidão em que se encontra nos círculos das consequências desastrosas.
Quem age
corretamente encontrará nos felizes resultados de suas iniciativas aluviões de
companheiros que lhe desejam partilhar as vitórias; entretanto, muito raramente
sentirá a presença de alguém que lhe comungue as aflições nos dias da derrota
temporária.
Semelhante
realidade induz a criatura à precaução mais insistente.
A
experiência amarga de Judas repete-se com a maioria dos homens, todos os dias,
embora em outros setores.
Há quem ouça
delituosas insinuações da malícia ou da indisciplina, no que concerne à
tranquilidade interior, às questões de família e ao trabalho comum. Por vezes,
o homem respira em paz, desenvolvendo as tarefas que lhe são necessárias;
todavia, é alcançado pelo conselho da inveja ou da desesperação e perturba-se
com falsas perspectivas, penetrando, inadvertidamente, em labirintos escuros e
ingratos. Quando reconhece o equívoco do cérebro ou do coração, volta-se,
ansioso, para os conselheiros da véspera, mas o mundo inferior, refazendo a
observação a Judas, exclama em zombaria: – “Que nos importa? Isso é contigo”.
Livro: Pão
Nosso, lição 91 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
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