Wikileaks fez ontem algo incrível e publicou um trecho classificado pelo Departamento de Estado que tratava, em parte, sobre mim e meu filme, 'Sicko'. É uma visão impressionante sobre a natureza orwelliana de como os burocratas do Estado fazem circular suas mentiras e tratam de recriar a realidade (suponho que para satisfazer seus chefes e dizer-lhes o que querem escutar).
A data é o 31 de janeiro de 2008. Apenas uns dias depois que Sicko fora indicado ao Oscar como Melhor Documentário. Isto deve ter enlouquecido alguém no Departamento de Estado de Bush (seu Departamento do Tesouro em seguida havia me notificado que estavam investigando quais são as leis que podia ter violado ao levar três dos primeiros resgatistas do 11 de novembro a Cuba para que recebessem atenção médica que lhes havia sido negada nos Estados Unidos).
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As contribuições superam os 25.000 dólares que pedia um cineasta para terminar o documentário.
O novo filme de Michael Moore, "Capitalism: A Love Story" , revela muito do carácter criminoso do actual sistema económico dos EUA. E faz isso no seu habitual estilo popular. Mas o filme também reflecte o facto de que Moore ainda não ultrapassou o seu caso de amor com o capitalismo. 
HÉRCULES 56 é um documentário sobre a resistência armada contra o regime militar, focado no seqüestro do embaixador estadunidense Charles Elbrick. Em troca do diplomata foi exigida a divulgação de um manifesto e a libertação de quinze presos políticos, representantes à época de todas as tendências políticas que combatiam a ditadura. Banidos do território nacional e com a nacionalidade cassada, eles foram conduzidos ao México no avião da FAB Hércules 56.Os personagens principais do filme são os remanescentes daquele grupo: Agonalto Pacheco, Flávio Tavares, José Dirceu, José Ibrahin, Maria Augusta Carneiro Ribeiro, Mario Zanconato, Ricardo Vilas, Ricardo Zarattini e Vladimir Palmeira. Também são ouvidos idealizadores do próprio seqüestro, como o historiador Daniel Aarão Reis e o jornalista Franklin Martins. Os que já faleceram estão presentes através de materiais de arquivo: Luís Travassos, Onofre Pinto, Rolando Frati, João Leonardo Rocha, Ivens Marchetti e Gregório Bezerra. Em entrevistas individuais, eles relatam as condições de atuação política no final dos anos 1960, a prisão, a libertação, a curta permanência no México e o período vivido em Cuba, terminando por avaliar a experiência da luta armada no Brasil. No Canal Brasil, hoje às 21 h. e amanhã, domingo, às 16 h. Historianet. (Dica de Jorge Branco)
