E não é que compram? Compraram e, pelo jeito, vão pedir bis! Ou não?
Para quem não sabe, eu sou gremista. Na condição de gremista, esse ano eu me preparei para o pior com a devida antecedência. Aceitei que o Inter seria campeão sul-americano e nem sofri na final da Libertadores. Até me diverti imaginando o pânico dos colorados no Beira-Rio a cada ataque do São Paulo.
Como eleitor eu também já estava preparado para coisas ruins. Já havia aceitado a idéia de mais quatro anos com o Rigotto. Mas, subitamente, uma catástrofe começou a se anunciar: um segundo turno entre Rigottinho e Yeda “Cruela Cruel” Crusius.
Essa possibilidade só era comparável à sensação que nós gremistas tivemos na épica (e varzeana) “Batalha dos Aflitos”. Naquele dia, enquanto os jogadores do Grêmio eram expulsos em massa, fiquei esperando o inevitável e imaginando mais um ano de humilhações, sendo massacrado por Anapolinas da vida e sem o Andershow para dar um alento. Mas aí, o Galatto defendeu o pênalti! Era pouco ainda. Eu nem vibrei muito porque a situação era muito adversa. Mas aquela defesa foi fundamental para que o milagre acontecesse e o Grêmio vencesse aquela partida.
É assim que eu vou para esse segundo turno, com a mesma sensação que tive após a defesa do Galatto. Uma contida alegria, sabendo que ainda é muito pouco, que a situação é muito adversa. Mas quem sabe o Olívio não surpreende a todos e marca um improvável e inesquecível golaço, como aquele do Andershow?